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Boletim do
NPC —
Nº 23
— De 1 a 15/6/2003
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
NPC Informa
Gattacicova e NPC lançam filme/documentário sobre a luta do povo da Venezuela
Um filme/documentário sobre a Venezuela "Uma outra maneira é possível na Venezuela" foi lançado no 3º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no começo do ano. Ele foi apresentado no Tribunal contra os crimes da mídia na Venezuela. Companheiros do NPC estavam presentes, gostaram do vídeo e resolveram fazer a versão portuguesa. Hoje está pronto. São 90 minutos de belas imagens, apresentadas com um ritmo empolgante e, sobretudo, com um enredo que permite entender o que se passa no país vizinho. O documentário faz uma rápida recuperação histórica dos últimos quarenta anos daquele país e se aprofunda no período recente com Chaves e o movimento popular bolivariano. Mostra claramente quais foram as forças que armaram o golpe contra o presidente legitimamente eleito e reconfirmado, plebiscitariamente, por sete vezes, desde 1998. O destaque é dado ao papel da mídia, naquele que foi conhecido como "um golpe midiático". Além da mídia, aparecem as forças que tentaram depor Chaves, capitaneadas pela Embaixada americana e seguidas pela Confederação das Industrias (algo como a FIESP de lá). Papel importante, nesta conspiração, é dado à Central Sindical e à alta hierarquia católica, em contraposição com a Igreja popular. O vídeo não é nenhum hino a Chaves. Pela boca do povo, muito presente em cada instante do filme, são feitas várias restrições ao Presidente. Mas o que é destaque absoluto, o tempo todo, é o povo com sua participação ativa. É o protagonismo, como é falado em venezuelano, da população dos bairros pobre de Caracas que se destaca, por si só. Com a autorização dos autores da obra, o NPC e alguns amigos estão fazendo algumas cópias deste belíssimo vídeo. Quem quiser pode solicitar a sua, a preço de custo para o NPC. Vale a pena usá-lo para debate. Traz muitas lições utilíssimas para nós... no nosso Brasil.
Curso de Oratória Sindical e Popular no Rio
O coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Vito Giannotti, ministra nos dias 25 e 26 de junho, no Rio de Janeiro, o Curso Oratória Sindical e Popular. Será no Centro de Formação Paulo Freire, do Sindicato dos Bancários, das 8 às 19h. Atenção! Este curso só voltará a ser ministrado no Rio de Janeiro para turmas abertas em 2004. As inscrições podem ser feitas através dos telefones (21) 2220-5618 / 2210-1493, com Augusto. Ou pelo endereço eletrônico npiratininga@uol.com.br. Custo: R$ 110,00. Temas abordados: # Comunicação como disputa de hegemonia # Objetivos da nossa oratória # Linguagem: muralha ou porta de entrada? # Técnicas essenciais . Preparação remota: leirura, leitura e leitura . Saber o que dizer: conhecer o assunto . Organização do discurso: começo, meio, fim . A centralidade da voz . Gestos e postura . Vícios de linguagem: comuns, e específicos. Sindicalês, politiquês, etc. . Microfone, o bicho papão
Vagas na Imprensa sindical em Sergipe e no Rio
Dois sindicatos cutistas abriram processo de seleção para contratação de jornalista: o Sintese, de Sergipe (contrato temporário); e o Sisejufe, no Rio de Janeiro. Seguem a seguir as informações referentes às duas entidades: Sintese (Sindicatos dos Trabalhadores do Ensino) Os jornalistas interessados deverão inscrever-se na Secretaria Geral do Sindicato até o dia 4 de junho. Serão analisados currículo, produção de matéria jornalística, respostas a um questionário sobre a importância da comunicação sindical e desempenho na entrevista. O contrato temporário vai de 11 de junho a 10 de novembro de 2003. Informações: Rua Sílvio Teófilo Guimarães, 70 – Conj. Paulo Barreto – Bairro Pereira Lobo. CEP: 49050-000 – Aracaju-Se – Telefax: (0**79) 214-0910 Sisejufe (Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal) Os interessados deverão enviar currículo e os últimos trabalhos produzidos ao sindicato, até o dia 13/06/03, incluindo a pretensão salarial, aos cuidados do assistente de comunicação, Sr. Sandro Barros. Os dez selecionados serão chamados para entrevista previamente agendada. A entidade assina a carteira e fornece os benefícios de vale-alimentação, vale-transporte e plano de saúde. Serão considerados os seguintes requisitos como critério para a avaliação: . Experiência profissional na área do movimento sindical e/ou político. . Experiência com assessoria de imprensa, reportagem, redação e edição de veículo impresso; . Amplo domínio da língua portuguesa; . Saber comunicar-se via Internet; . Conhecimento do programa PageMaker; . Conhecimento básico de uma língua estrangeira. Informações: Secretaria de Comunicação e Imprensa do Sisejufe/RJ. Rua Senador Dantas, 117/Sala 1541 – Centro – Rio de Janeiro – RJ. Tel. (21) 2533-1169. sisejuferj@hotmail.
DIAP lança Agenda Para Falar com os Poderes edição 2003
O DIAP lançou a Agenda Para Falar com os Poderes – edição 2003. A publicação, oitava da série, divulga os contatos das principais autoridades brasileiras do Executivo, Legislativo e Judiciário. São informações como telefone, fax e e-mail de cargos nos ministérios, nos tribunais superiores, na Câmara e no Senado. Há também uma relação de entidades sindicais nacionais de trabalhadores e outras entidades da sociedade civil organizada, veículos de comunicação e, nas esferas estadual e municipal, os contatos dos governadores e dos prefeitos de capitais. Para adquirir exemplar, deve-se fazer o depósito em nome do DIAP, na Agência do Banco do Brasil nº 0452-9, na conta corrente nº 401.918-0, e enviar o comprovante com o endereço de correspondência para o fax (61) 225-9150. A remessa do material para localidades fora de Brasília será cobrada separadamente.
ANDI lança publicação para jornalistas
ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância) lançou durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, duas obras relacionadas ao trabalho da imprensa. O "Guia em Direitos Humanos: fontes para jornalistas" busca dar aos profissionais da imprensa contatos de importantes profissionais ligados aos direitos humanos. Também foi lançada a série "Mídia e Mobilização Social", composta de quatro volumes: Que País é Este? (pobreza, desigualdade e desenvolvimento humano e social no foco da imprensa brasileira), Saúde em Pauta (doença e qualidade de vida no olhar da imprensa sobre a infância), Cidadania Antes dos 7 Anos (a educação infantil e os meios de comunicação) e Equilíbrio Distante (tabaco, álcool e adolescência no jornalismo brasileiro). Todos os volumes trazem análises qualitativas e quantitativas do tratamento editorial dado a cada tema, entrevistas com profissionais da imprensa, artigos, sugestões de fontes, glossário e sugestões de pauta. As publicações são dirigidas a jornalistas, estudantes, professores de comunicação e profissionais das áreas de desenvolvimento humano e social, direitos humanos e infância/adolescência. Mais informações podem ser obtidas por telefone (61) 322-6508 ou via correio eletrônico. (http://www.sjsc.org.br)
"Arte e sociedade" - uma mostra imperdível
"Que tempos são estes em que uma conversa sobre árvores é quase um crime, pois implica o silêncio sobre tantas injustiças". Esta frase provocativa, de autoria do poeta alemão Bertold Brecht, está longo no painel de abertura da exposição "Arte e sociedade - Uma relação polêmica". Ela dá bem a dimensão desta imperdível mostra de artes, que reúne pinturas, gravuras e esculturas, criadas entre 1930 e 2000, por cerca de 100 artistas brasileiros - entre eles, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Eugenio Sigaud, Carlos Sclair e Cláudio Tozzi. A exposição, que ocupa os três andares do Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, próximo ao Metrô Brigadeiro), vai até o dia 29 de junho. Depois não adiante se lamentar! (A dica é de www.agenciacartamaior.com.br)
A Comunicação que queremos
Caco Barcellos lança Abusado em Santa Catarina
O bate-papo com o jornalista Caco Barcellos, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e Confraria da Palavra, será transmitido ao vivo pela Rádio Ponto, da UFSC, entre as 10h30 e 11h30 deste terça-feira, 3 de junho. A Rádio Ponto (http://www.radio.ufsc.br), criada e com toda a programação feita por alunos do curso de Jornalismo da UFSC, é transmitida exclusivamente pela internet. Caco Barcellos, correspondente da Rede Globo em Londres, estará no auditório da Fecesc (Av. Mauro Ramos, 1624) conversando com profissionais e estudantes de jornalismo nesta terça-feira, 3 de junho, das 10h30 às 12 horas. O jornalista vai a Florianópolis lançar "Abusado", livro-reportagem que conta a trajetória de um conhecido traficante carioca, e a partir dela apresenta um painel sobre a ocupação do morro Dona Marta, na zona sul da cidade, pelo Comando Vermelho.
(http://www.sjsc.org.br. Leia em www.carosamigos.com.br entrevista com Caco Barcellos)
Responsabilidade social da mídia é tema de seminário em Goiás O sindicato dos jornalistas de Goiás, a arquidiocese de Goiânia e a Comunicativa promoveram nesta segunda, dia 2 de junho, no auditório do Fórum de Goiânia o seminário Mídia: Liberdade e Responsabilidade social. O objetivo dos organizadores é discutir como os veículos de comunicação podem contribuir para o desenvolvimento da educação, da cultura e dos valores humanos e o papel social que cabe à mídia. O evento contou com a participação do professor da UNB, Fernando Paulino.
CUT Ceará dá show de bola na cobertura do Cecut
A Assessoria de Imprensa da CUT Ceará deu um show na cobertura do 9º Congresso estadual da CUT, no estado, realizado de 1º a 3 de maio, no Sesc, em Iparana. Através da página da entidade foi possível acompanhar os principais momentos do Congresso, ouvir entrevistas ao vivo, depoimentos de dirigentes e muito mais. “Basta clicar: www.cutceara.org.br/congresso para conferir tudo (ou quase tudo) que rolou no maior congresso já realizado pela CUT do Ceará”, afirma o assessor de imprensa da entidade, Elton.
Ceris notícia
O Boletim Informativo do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais está disponível em http://www.ceris.org.br/boletim. Entre os assuntos abordados pela última edição estão o perfil do clero no Brasil e mostra sistema do Anuário para América Latina e EUA.
CSC faz seminário de Comunicação Sindical no Rio
Cerca de 40 lideranças sindicais, dirigentes partidários e profissionais da comunicação participaram do debate sobre comunicação sindical realizado dia 17/05, na sede do PCdoB, no Rio de Janeiro. Iniciativa inédita no coletivo partidário, o seminário organizado pelas secretarias estaduais de Comunicação e Propaganda e Sindical foi o pontapé inicial para discutir a importância do movimento sindical na luta de idéias contemporânea e envolveu representantes de treze entidades sindicais e de três movimentos de oposição sindical. O novo momento político do país, o acirramento do debate ideológico e a vitória da Corrente Sindical Classista, no Congresso da CUT/RJ emolduraram o evento. O debate contou com a presença do jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos Sindicais (CES), membro do Comitê Central do PCdoB e editor da revista Debate Sindical. Sob o bombardeio midiático Altamiro Borges fundamentou a importância do debate, lembrando a formulação de Engels onde o teórico marxista situava a luta de classes em três níveis: luta política, econômica e de idéias. "Dentro do campo das idéias enfrentamos inimigos muito poderosos. Cerca de 85% de todas as informações no mundo são geradas pelos EUA, o que evidencia um imenso monopólio nessa área", lembrou o dirigente.
Miro também afirmou que, em função do intenso bombardeio midiático, uma grande parcela dos trabalhadores não só aceita, mas até defende o ideário liberal: "Basta lembrar que diversas categorias e trabalhadores comuns defendiam a privatização de setores da economia brasileira em nome da modernização e melhoria no serviço". "Para colocarmos a balança a nosso favor", Miro disse ser necessário que o movimento popular, em específico o movimento sindical, valorize e utilize todos os meios de comunicação disponíveis — jornais, impressos, TVs e rádios comunitárias, internet — visando fazer avançar a consciência do povo. "É preciso também que o sindicalismo classista, supere os limites estreitos do corporativismo e do economicismo". É necessário superar o espontaneímo O secretário de Comunicação do PCdoB Marcos Oliveira reforçou a luta contra a subestimação da comunicação na luta ideológica e abordou a necessidade de superar o espontaneísmo através da formação de uma rede de comunicação intersindical da CSC, capaz de articular as ações políticas dos comunistas, tanto no meio sindical como no movimento político e social do Estado. Incitou também a participação dos sindicalistas em outros veículos "como a internet, as TVs Comunitárias, além da própria TV Educativa, que ainda são muito pouco explorados por nossas lideranças".
Uma rede classista de comunicação Os metalúrgicos contaram um pouco da sua experiência com a criação dos jornais Garra Metalúrgica e Meta. "Os dois jornais fizeram com que a categoria se unificasse em torno dos seus interesses, além de estimular uma participação mais ativa nas fábricas e no próprio sindicato", avalia o dirigente Maurício. Registraram também a evolução para uma compreensão mais ampla, que levou à transformação do departamento de imprensa da entidade em departamento de comunicação sindical. Entusiasmados, os metalúrgicos se propuseram a encabeçar, dentro da CSC, a articulação de uma "rede classista de comunicação". (www.vermelho.com.br)
De Olho Na Mídia
A grande imprensa manipula as notícias?
Para responder a esta crucial pergunta, a Fundação Perseu Abramo, do Partido dos Trabalhadores, acaba de lançar o livro Padrões de Manipulação na grande imprensa, do jornalista Perseu Abramo, com posfácio de AloysioBiondi. A Fundação Perseu Abramo é um "aparelho privado de hegemonia", como Gramsci chamava, oitenta anos atrás, os vários instrumentos de disputa político-ideológica entre as classes, no capitalismo moderno. Hegemonia que, para Gramsci era o resultado do convencimento político e da força. Força da argumentação, força da organização para o combate político, força no confronto entre as classes, força da autodefesa. Padrões de Manipulação ajuda a entender melhor a disputa pela hegemonia e a disputa contra-hegemônica.
A tirania da informação
Por Rosângela Gil Estamos sob a égide de um falso paradigma: o da informação para todos. É como se todos, a partir do que nos é transmitido pelas diversas mídias, estivéssemos diante da melhor e da mais imparcial informação. O saudoso professor emérito da Universidade de São Paulo e geógrafo Milton Santos já apontava a "violência da informação" em seu livro "Por uma outra globalização". Vivemos sob a tirania da informação que serve ao poder econômico, que hoje se faz hegemônico em escala mundial. A informação que nos chega de várias formas, pela televisão, pelo rádio, pelos jornais, pela internet, enfim, por todas as técnicas hoje existentes, não é inocente, muito menos tem o caráter informativo (nas palavras de Milton Santos: de mostrar ou informar o "acontecer" do outro ou dos outros). Ao contrário, ela (a informação) tem um caráter decididamente ideológico, de opção de classe. Vale a pena ler, com muita atenção, as linhas seguintes escritas brilhantemente por Milton Santos, que, apesar de geógrafo, entendeu também os meandros da "nossa" informação. Informação despótica"Um dos traços marcantes do atual período histórico é, pois, o papel verdadeiramente despótico da informação. Conforme já vimos, as novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua realidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas de informação são principalmente utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares. Essas técnicas da informação (por enquanto) são apropriadas por alguns Estados e por algumas empresas, aprofundando assim os processos de criação de desigualdades... "O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isto tanto é mais grave porque, nas condições atuais de vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. Mas na medida em que o que chega às pessoas, como também às empresas e instituições hegemonizadas, é, já, o resultado de uma manipulação, tal informação se apresenta como ideologia. O fato de que, no mundo de hoje, o discurso antecede quase obrigatoriamente uma parte substancial das ações humanas -- sejam elas a técnica, a produção, o consumo, o poder -- explica o porquê da presença generalizada do ideológico em todos esses pontos. Não é de estranhar, pois, que realidade e ideologia se confundam na apreciação do homem comum, sobretudo porque a ideologia se insere nos objetos e apresenta-se como coisa. "Estamos diante de um novo "encantamento do mundo", no qual o discurso e a retórica são o princípio e o fim. Esse imperativo e essa onipresença da informação são insidiosos, já que a informação atual tem dois rostos, um pelo qual ela busca instruir, e um outro, pelo qual ela busca convencer. Esse é o trabalho da publicidade. Se a informação tem, hoje, essas duas caras, a cara do convencer se torna muito mais presente, na medida em que a publicidade se transformou em algo que antecipa a produção. Brigando pela sobrevivência e pela hegemonia, em função da competitividade, as empresas não podem existir sem publicidade, que se tornou o nervo do comércio. "Há uma relação carnal entre o mundo da produção da notícia e o mundo da produção das coisas e das normas. A publicidade tem, hoje, uma penetração muito grande em todas as atividades. Antes, havia uma incompatibilidade ética entre anunciar e exercer certas atividades, como na profissão médica, ou na educação. Hoje, propaga-se tudo, e a própria política é, em grande parte, subordinada às suas regras. "As mídias nacionais se globalizam, não apenas pela chatice e mesmice das fotografias e dos títulos, mas pelos protagonistas mais presentes. Falsificam-se os eventos, já que não é propriamente o fato o que a mídia nos dá, mas uma interpretação, isto é, a notícia. Pierre Nora, em um bonito texto, cujo título é "O retorno do fato" (in História: Novos problemas, 1974), lembra que, na aldeia, o testemunho das pessoas que veiculam o que aconteceu pode ser cotejado com o testemunho do vizinho. Numa sociedade complexa como a nossa, somente vamos saber o que houve na rua ao lado dois dias depois, mediante uma interpretação marcada pelos humores, visões, preconceitos e interesses das agências. O evento já é entregue maquiado ao leitor, ao ouvinte, ao telespectador, e é também por isso que se produzem no mundo de hoje, simultaneamente, fábulas e mitos". "Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal", Editora Record, de Milton Santos, é uma indicação de leitura do Boletim eletrônico NPC. (Rosangela Gil, de Santos-SP)
Novos artigos em nossa página
Estudo mostra como mídia dos EUA apoiou ataque – Por Marcel Gomes, em 23/4/2002
Pesquisas divulgadas pela Fairness & Accuracy In Reporting indicam que as networks do país não conseguiram fugir do tom nacionalista e parcial em sua cobertura jornalística. As redes ABC, CBS, NBC e PBS privilegiaram fontes e versões oficiais em suas reportagens.
A urgência da solidariedade a Cuba (1) – Por Altamiro Borges, em 02/6/2002
Nas últimas semanas, a mídia mundial e tupiniquim tem feito enorme gritaria contra decisões da Justiça de Cuba. Num primeiro julgamento, ocorrido entre 3 e 7 de abril, 75 “dissidentes” foram condenados a penas de seis a 28 anos de prisão, acusados de conspiração. Logo na seqüência, três seqüestradores de uma embarcação foram penalizados com a execução sumária por “crimes de terrorismo”. As implacáveis sentenças judiciais, amplificadas de maneira tendenciosa pela mídia, geraram inúmeras reações contrárias ao governo presidido por Fidel Castro. “Ditador sanguinário” foi o adjetivo mais usado pelos noticiários!
Quem foi que disse que os bons tempos não voltam – Por Marcio Martins, em 30/5/2002
Para alguns, a assertiva é verdadeira, do ponto de vista mais conservador e retrógrado possível. É que está em tramite, já no senado, o projeto de lei que aumenta a pena máxima, do código penal, de 30 para 40, senão 50 anos o tempo de prisão aplicada atualmente
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