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Boletim do
NPC —
Nº 223
— De 15 a 31/10/2012
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Seminário no Rio debate a história das Oposições Sindicais no Brasil

Nos dias 8 e 9 de novembro será realizado, no Rio de Janeiro, o evento Meio Século de Oposições Sindicais no Brasil. Serão debatidos temas como a História das Trajetórias das Oposições Sindicais no Brasil, suas experiências, legados, memória e a organização da classe trabalhadora brasileira hoje. Vito Giannotti, coordenador do NPC, será um dos palestrantes. Também estarão presentes o professor Paulo Fontes (FGV/RJ); o ex-militante da OSM de São Paulo, Sebastião Neto; Arthur Henrique, da CUT-RJ/ Mauro Iasi (ADUFRJ), dentre outros. Além das mesas, haverá a exibição do filme Braços Cruzados, Máquinas Paradas, de Sergio Toledo e Roberto Gervitz.
A atividade será realizada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS), que fica no Largo São Francisco de Paula, 1, Salão Nobre. O evento está sendo realizado por núcleos de pesquisa da UFRJ e da UFRRJ, com apoio do projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, o Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro (CPV) e o NPC.
Confira a programação completa.
NPC lança boletim especial sobre 18º Curso Anual
Entre os dias 21 e 25 de novembro, comunicadores, sindicalistas, estudantes e militantes do país inteiro estarão reunidos no Rio de Janeiro no 18º Curso Anual de Comunicação do NPC. Será um momento muito rico de trocar experiências, aprendizado e debates sobre diversos temas ligados à comunicação. As inscrições ficam abertas até o dia 31 de outubro ou até todas as vagas serem preenchidas. Fiquem atentos!
O tema geral do encontro deste ano é: "Os Trabalhadores e a Comunicação na América Latina". O curso será realizado no Rio’s Presidente Hotel, que fica na Rua Pedro I, 19, no Centro do Rio (próximo à Praça Tiradentes). Todas as hospedagens serão no mesmo hotel em que ocorrerão as atividades do curso.
Em nosso último Boletim estão todas as informações sobre o encontro, como a programação completa, formas de inscrição, atividades culturais, oficinas e exibições de filme que fazem parte do nosso curso. Para conferir, basta clicar em http://migre.me/baimY
Agenda NPC é destaque no jornal Brasil de Fato, na Caros Amigos e no portal Carta Maior
O Livro Agenda do NPC de 2013, sobre as lutas e insurreições populares do povo brasileiro, foi tema de entrevistas publicadas no jornal Brasil de Fato e no Portal Carta Maior. Como ressalta Vito Giannotti, coordenador do NPC e idealizador da Agenda, objetivo do material é combater a visão de que povo brasileiro não quer e não costuma se organizar e se mobilizar contra injustiças. “Essa ideia é a base do conservadorismo dessa sociedade. É a base para manter a sociedade do jeito que está: dominada, oprimida e explorada pelos de cima”, defende o escritor. As agendas custam R$ 20,00 e podem ser compradas em nossa Livraria Antonio Gramsci, que fica na Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia. Também aceitamos encomenda pelo e-mail livraria@piratininga.org.br Para conferir a entrevista completa, basta clicar nos links abaixo: “Precisamos lembrar nossas lutas e nossos mártires”. Entrevista para Brasil de Fato “Todo dia é dia de luta”. Entrevista para o portal Carta Maior Link para Caros Amigos [incompleta no site/completa só na revista impressa]: http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/component/content/article/209-revista/edicao-187/2626-vito-giannotti-a-democratizacao-da-comunicacao
Próxima sessão do Cine Fórum sobre neoliberalismo exibe Meu nome é Joe

Desde março, o NPC e o Senge têm promovido um Cine Fórum sobre os efeitos do neoliberalismo no cotidiano de indivíduos do mundo inteiro. A próxima sessão será no dia 25 de outubro, a partir das 19h, com exibição do filme Meu nome é Joe (Inglaterra/1998). Depois do filme haverá um debate com Wolney Malafaia, professor de história do Colégio Pedro II. Este será o encerramento deste ciclo de atividades, que já exibiu filmes como "Roger e Eu", "A Cidade Está Tranquila", "Clube da Lua", "O Corte" e outros.
O diretor Ken Loach, que faz questão de se declarar marxista, reflete neste filme a vida de trabalhadores com seus dramas pessoais e sociais. Depois de muito abusar do álcool, Joe livre do vício encontra a tímida Sarah por causa de um jovem casal, Liam e Sabine, que passa por grandes dificuldades, sofrendo ameaças por causa de dívidas. Cada um deles tenta ajudar o casal do seu jeito. A crítica à sociedade do individualismo atual e questões éticas contornam esta bela história de amor assinada por Loach. As exibições ocorrem na última quinta-feira do mês, no auditório do Senge-RJ (Av. Rio Branco, 277, 17º andar, Cinelândia).
Radiografia da Comunicação Sindical
SINTESE disponibiliza download de filme sobre professoras da rede pública sergipana

Neste 15 de outubro comemoramos o Dia do Professor, lembrando como são importantes as lutas e mobilizações de educadores por melhores condições de trabalho. Para ajudar a refletir sobre este tema, é importante ver o filme Carregadoras de Sonhos, produzido por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese). O filme, de 2010, pode ser baixado na íntegra no seguinte endereço: http://migre.me/aUkMw
Associação de Docentes da UFF investe na melhoria da comunicação

Está no ar o novo site da ADUFF. A reforma traz um visual mais moderno e torna o site mais dinâmico. As atualizações passam a ser feitas diretamente pela equipe de comunicação do Sindicato, sem depender de prestadores de serviço. Além das notícias atualizadas com maior frequência, estão disponíveis no site todos os materiais impressos produzidos pela Associação, como jornais, revistas, cartilhas etc. Há, ainda, um espaço destinado a fotografias e vídeos. Com essa novidade, a equipe de comunicação espera melhorar o contato com a categoria. Para conferir, basta acessar www.aduff.org.br
A Comunicação que queremos
Cartilha aborda impactos de megaeventos e megaempreendimentos no Rio

Foi lançada, recentemente, a cartilha de formação Megaeventos e Megaempreendimentos no Rio de Janeiro: a luta por Justiça Econômica, Social e Ambiental. O material foi elaborado pelo Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), em colaboração com o Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas. O objetivo é refletir sobre o atual projeto de desenvolvimento que está sendo colocado em prática na cidade pelo poder público.
Com intensos investimentos públicos e privados para adequar a cidade para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a cartilha questiona como está sendo imposto esse processo. Isso porque o atual modelo exclui a própria sociedade na tomada de decisões de como esses investimentos poderiam beneficiar a coletividade. Além disso, a publicação denuncia a política de "embelezamento" da cidade, que com as remoções forçadas já retiraram mais de 20 mil famílias de suas casas e ameaçam tantas outras comunidades, e que deixa claro que dentro desse circo armado pelo grande capital, o povo não é o convidado.
Clique aqui para acessar e baixar a cartilha.
Proposta de Pauta
Sucesso de Avenida Brasil mostra como esquerda precisa pensar sobre o poder das telenovelas
Em São Paulo, foi adiado o comício de Fernando Haddad com a participação da presidenta Dilma Roussef, que estava marcado para a sexta, dia 19 de outubro. A coordenação da campanha do PT chegou à conclusão de que “não haveria ninguém”, pois o comício seria realizado no mesmo dia e horário do capítulo final da novela Avenida Brasil, da Rede Globo. Em Santa Catarina, foi divulgado recentemente um fenômeno de queda do consumo de energia durante o horário em que a novela está no ar. De acordo com a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc), a queda de consumo diário de eletricidade gira em torno de 5% entre as 21h e as 22h. Basta haver o congelamento clássico, em preto e branco, do final de cada capítulo que reaparecem os picos. Só então, parece, os telespectadores retomam o ritmo de vida. Avenida Brasil tem também alimentado grande parte da mídia hegemônica. É comum notícias sobre a trama nos jornais impressos e revistas. Nina e Carminha, as protagonistas da novela, já foram até capa da revista Veja, na sua edição de 8 de agosto de 2012. Na última edição do programa de domingo Fantástico, a pergunta que reuniu artistas e jogadores de futebol em torno do assunto foi: “Quem matou o Max?”, personagem interpretado por Marcello Novaes.
É preciso começar a pensar: que valores tais novelas vêm reforçando? Leia o texto completo em nossa página.
Democratização da Comunicação
Movimentos sociais fazem contraponto à Assembleia da SIP

Entre os dias 12 e 16 de outubro, São Paulo sediou a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Como já era de se imaginar, o tom da cerimônia oficial de abertura foi a “preocupação com as ameaças à liberdade de imprensa no continente”. Os principais “inimigos” da democracia seriam, segundo o presidente do comitê anfitrião da entidade, Júlio César Mesquita, os governos da Venezuela, Equador e Argentina. Como avalia o professor Dênis de Moraes (UFF), esses países foram atacados porque a SIP é radicalmente contrária a qualquer forma de regulação democrática dos meios de comunicação na América Latina. “A defesa do Estado de direito democrático causa profundo incômodo para a entidade, que inclusive se notabilizou por apoiar golpes e ditaduras genocidas no continente”. Para o professor, além desse “espírito golpista”, a SIP é, hoje, porta voz dos interesses monopólicos dos grandes grupos privados de mídia. São grupos que, nos últimos anos, vêm enfrentando iniciativas de intervenção no sistema de comunicação para barrar a concentração midiática e desenvolver políticas públicas de diversidade informativa e cultural. O professor destaca que a SIP está a associada ao grupo Diario de Las Americas, formado pelos grandes jornais dos principais países da América Latina. Dênis de Moraes ressaltou, ainda, que a ação desses grupos de mídia vai além da “batalha das ideias”. “Este é um instrumento para tentar desestabilizar politicamente esses governos, simplesmente porque contrariam suas ambições lucrativas e suas pretensões monopólicas”, afirmou.
Por todos esses motivos, movimentos sociais que defendem historicamente a democratização da mídia no Brasil fizeram manifestações contra a SIP em 15 de outubro. Leia o texto completo em nossa página.
De Olho Na Vida
Anderson Leandro, presente!

Lamentamos imensamente a morte do companheiro Anderson Leandro da Silva, grande jornalista do Paraná comprometido com as lutas populares. Ele é um dos fundadores da QUEM TV, uma produtora criada para contribuir com os movimentos sociais urbanos e rurais na área de comunicação, principalmente com meios audiovisuais. O jornalista entendia a comunicação como um elemento central para a construção de outra sociedade. Ele participou de alguns cursos anuais do NPC, colaborou com nosso Catálogo de Vídeos e levou o NPC ao Paraná para cursos e palestras. “Anderson, junto com seu grupo, acompanhava quase todas as ações ligadas aos movimentos sociais e movimentos populares em Curitiba. Estava sempre envolvido com a luta pela moradia no Estado, 1º de maio, Grito dos Excluídos, greves, manifestações sindicais, enfim, todos os movimentos organizados de trabalhadores que não aparecem nos meios de comunicação hegemônicos”, explica Ednúbia Ghisi, jornalista do Cefúria, centro de formação ligado à QUEM TV. Anderson estava desaparecido desde a quarta-feira da semana passada, 10 de outubro. Seu corpo só foi encontrado na tarde de quinta-feira, 18 de outubro, dia em que um homem foi preso pela morte do jornalista. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o crime teria sido por motivação passional, em que o jornalista teria mantido um caso com a mulher do acusado. O Sindicato dos Jornalistas do Paraná lançou uma nota, na qual lamenta a perda do jornalista e se solidariza com familiares, amigos e colegas. “As conclusões dos trabalhos da polícia não mudam nossa posição sobre os problemas relacionados a perseguições, ameaças e ofensas sofridas por jornalistas, fatos que impedem a liberdade de imprensa e o direito social de acesso à informação. De todo modo, entendemos ser necessário aguardar os laudos periciais da polícia científica para que o caso possa ser considerado de fato encerrado”, diz o texto.
Vamos continuar acompanhando todo o andamento do caso. Anderson Leandro, amigo e companheiro de lutas, PRESENTE!
Movimentos que defendem direitos humanos pedem fim dos ‘autos de resistência’
O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) disponibilizou para consulta pública, até o dia 23 de outubro de 2012, uma proposta de Resolução Recomendatória a respeito do uso dos assim chamados “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte”. O objetivo é abolir o uso desses termos nos registros policiais, de modo a garantir que todos os homicídios sejam devidamente investigados.
De acordo com matéria publicada pelo Brasil de Fato, entre janeiro de 2010 e junho de 2012, 2882 pessoas foram mortas em supostos confrontos com policiais em quatro estados brasileiros: Santa Catarina (137), Mato Grosso do Sul (57), Rio de Janeiro (1590) e São Paulo (1098). Os outros estados não divulgam o número de homicídios, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).
Segundo o movimento das Mães de Maio, essa prática é uma verdadeira licença para matar dada a policiais contra a juventude pobre, preta e periférica.
As sugestões devem ser encaminhadas para o seguinte endereço eletrônico: consultaautosderesistencia@sdh.gov.br. A minuta pode ser lida em http://portal.sdh.gov.br/conselho/pessoa_humana/minuta-de-resolucao-cddph
De Olho Na Mídia
Globo fala sobre impeachment de Collor e omite manipulação do debate
A GloboNews, integrante do Sistema Globo, apresentou no domingo 7 programa sobre os 20 anos do impeachment e da consequente renúncia do presidente Fernando Collor, formalizada em 29 de setembro de 1992.
Para a emissora, a história daquela eleição começa com o presidente eleito subindo a rampa no dia da posse. Um calculado corte no tempo. Fez-se um voo rasante sobre a explicação da vitória. Uma aposta do eleitor na suposta “juventude e renovação” de Collor. Seria exigir demais dos sofridos editores do programa referências à manipulação do debate entre Collor e Lula no segundo turno? Manipulação, inclusive, que já foi admitido pelo próprio José Bonifácio Sobrinho, o Boni, em entrevista recente concedida à Globo News. Na ocasião, ele disse: “Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade. Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma glicerinazinha e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula - mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, admitiu.
Com informações da Carta Capital
De Olho No Mundo
Chávez ganhou e a direita não aceita

[Por Vito Giannotti/ Brasil de Fato] A direita dos EUA e seus discípulos no Brasil, sobretudo os grupos da mídia empresarial/patronal, não admitem esta derrota. A mídia, agrupada na revista da editora Abril, no jornal que falou da “Ditabranda”, no empresarial Estadão e nas Organizações Globo, está altamente contrariada. E tem razão de estar. Eles sabem muito bem que Chávez, logo após votar, domingo 7, declarou: “O que está em jogo nesta eleição é o modelo neoliberal”. Na mesma hora o site da Veja colocava sua cobertura que começava a frase: “O ditador Chávez...” Ditador? Com esta eleição disputada, fiscalizada, observada por centenas de enviados internacionais? E daí? A Veja continua sua cruzada, feita de mentiras, como capitã da extrema direita no nosso país. A última eleição para presidente na Venezuela foi a mais fiscalizada do mundo. Os EUA e seu candidato, o aprendiz de golpista Capriles, estavam doidos para achar alguma irregularidade. Queriam virar a mesa. Mas não deu. (...) A direita venezuelana, com todo o carinho da mídia da direita do continente, vai tramar mil e uma coisas para dar um golpe neste projeto. Hoje não precisa um golpe militar. Há outros meio disponíveis à mão. É só se lembrar do Paraguai de Lugo. Tudo eles farão. E daí? O que fazer? É sempre o mesmo refrão: construir nossa mídia contra-hegemônica. Forçar a mudança das leis atuais que só servem ao império da mídia patronal.
Na Argentina, mídia tem até dezembro para se adaptar a nova lei
Em anúncio proferido em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner afirmou que as empresas do setor de imprensa e audiovisual no país tem até o dia 10 de dezembro para apresentarem seus planos de adaptação à nova Lei do Audiovisual. A lei foi aprovada em 2009 e limita a quantidade de licenças de rádio e televisão no país.
Kirchner alertou que se a determinação não for cumprida, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), órgão responsável por supervisionar a concessão de licenças, poderá "agir". Em entrevista à imprensa, Martín Sabbatella, presidente da Afsca, disse que o objetivo da decisão é evitar os monopólios. A lei exige das empresas de mídia a entrega dos planos de adaptação no dia 10 de dezembro. Sabatella acrescentou que "a lei é para todos e foi feita para ser cumprida”. Ao ser perguntado se os trabalhadores do grupo Clarín podem estar preocupados com seus empregos, ele disse que o governo “fará todos os esforços” para cuidar dos postos de trabalho e que a lei vai gerar “maior pluralidade de vozes e novos postos de trabalho”.
O presidente da Afsca também pontuou a postura do grupo Clarín (que tem o controle do principal jornal do país e detém emissoras de rádio e televisão), que faz oposição ao governo. “É o único [grupo de comunicação] que tem 250 licenças, o que excede o que a lei permite, e não reconhece o papel da Afsca", disse ele.
Por Portal Vermelho.
NPC Informa
Rádios comunitárias brasileiras sofrem com pior lei da América do Sul

Com apoio da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), foi realizado um estudo comparativo dos marcos legais de radiodifusão comunitária da América do Sul. A norma brasileira foi considerada a pior entre os 10 países analisados. Alguns dos aspectos mais negativos de nossa legislação (9612/98) são o limite de 25 watts de potência às comunitárias e severas restrições à sustentabilidade econômica das emissoras.
Cinco itens são centrais na pesquisa: definição do que é uma emissora comunitária; acesso ao espectro eletromagnético; alcance de transmissão; período para renovação de licenças; e sustentabilidade econômica das comunitárias. Essas indicações buscam garantir pluralidade, democracia e diversidade na comunicação.
A pesquisa ainda chama atenção para um fato: leis avançadas não garantem necessariamente o direito à comunicação. No Peru, mesmo com a aprovação em 2004 de uma lei geral que reconhecia a existência das comunitárias, as primeiras concessões só saíram em 2009. Já na Colômbia, foram 12 anos sem abertura de chamadas para estas emissoras nas principais cidades do país.
Fonte: Pulsar Brasil
Faculdade de Arquitetura da USP lança Observatório de remoções forçadas
No final de setembro foi lançado o blog do Observatório de Remoções, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O objetivo é tornar público os dados ligados às remoções forçadas no município em um contexto de precarização das condições de vida dos removidos, de valorização do solo urbano pela especulação imobiliária (e o acirramento das disputas de terra na cidade), e a ausência de dados públicos sobre remoções já ocorridas ou previstas para a capital. Segundo o Observatório, atualmente existem na cidade de São Paulo 486 favelas em áreas que coincidem com projetos da Prefeitura, como os parques lineares, ou iniciativas do governo estadual, como o Rodoanel. Segundo os pesquisadores, os moradores de qualquer um dos núcleos de favela situados em perímetros de intervenção correm elevado risco de remoção forçada sem que recebam o atendimento adequado do poder público. Saiba mais em http://observatorioderemocoes.blogspot.com.br
Edição especial da Caros Amigos ganha prêmio Vladimir Herzog

Na quarta-feira, 10 de outubro, foram divulgados os vencedores do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. O número especial da Caros Amigos sobre a “Comissão da Verdade” foi o vencedor na categoria “revista”. O especial levantou temas importantes sobre a ditadura militar que continuam mal resolvidos. Aborda, por exemplo, questões históricas que revelam os crimes cometidos por militares, empresários que apoiaram o regime e meios de comunicação que se omitiram ou até ajudaram a estabelecer o Estado de exceção entre 1964 e 1985. Esta edição também abordou a colaboração internacional na Operação Condor e denunciou agentes da ditadura que continuam na ativa.
A editora de especiais, Débora Prado, e o editor-chefe da Caros Amigos, Hamilton Octavio de Souza, reforçam que o prêmio é pelo conjunto das reportagens. O Prêmio Vladimir Herzog foi criado dois anos após a morte do jornalista, em outubro de 1975. Este é um dos reconhecimentos mais importantes no ramo da defesa dos direitos humanos e um dos mais respeitados no campo do jornalismo. Para ler esta edição premiada na íntegra, basta clicar aqui.
Dicas
Livro As duas guerras de Vlado Herzog

Escrito pelo jornalista Audálio Dantas, o livro As duas guerras de Vlado Herzog conta a versão do autor sobre a morte do jornalista da TV Cultura em 1975, na sede do DOI-Codi paulista. Na época, a causa do óbito de Vladimir Herzog foi divulgada oficialmente como suicídio. Mas Audálio, que na época era presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, sempre se opôs à tal versão. Naquele período, o próprio sindicato circulou uma nota de repúdio à versão oficial. Recentemente, a Comissão da Verdade conseguiu retificar a certidão de óbito de Herzog, registrando que sua morte foi causada por “lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército”. Neste livro, o autor fala sobre a trajetória de Herzog, desde a fuga de sua família da Iugoslávia até a instalação no Brasil e sua vida profissional e política aqui.
Documentários sobre os prejuízos da publicidade infantil

Passou o 12 de outubro, data em que é comemorado o Dia das Crianças. O público infantil tem sido o alvo das campanhas publicitárias, pela facilidade de convencimento nessa faixa etária para o consumo. Como divulgou a Rede Brasil Atual, especialistas do Instituto Alana e da Aliança pela Infância se reuniram no início do mês para discutir os prejuízos trazidos pela publicidade dirigida às crianças. “Estudos mostram que a criança brasileira é a que mais assiste TV entre as de todos os países. Diante da TV a criança é estimulada a comprar o tempo todo”, alertou a pedagoga Roberta Capezzuto, integrante do Instituto Alana. Segundo ela, a situação é preocupante. Pesquisas mostram que 30 segundos de exposição a uma propaganda é suficiente para que a criança seja influenciada por uma marca. Isso é muito preocupante porque estimula um consumismo prejudicial à infância e seus familiares. Na internet, estão disponíveis alguns documentários sobre esse assunto. Criança: a alma do negócio, dirigido por Estela Renner, mostra como a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade, já que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto. Outro filme sobre o assunto, Crianças de Consumo, mostra como a publicidade, os meios de comunicação social e o marketing influenciam as crianças a serem mega-consumidoras. Confira nos links abaixo:
Criança: a alma do negócio Crianças de Consumo
Série de palestras na UERJ sobre o negro no pensamento social brasileiro
De 31 de outubro a 5 de dezembro, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) promove o ciclo de palestras O Negro no Pensamento Social Brasileiro. Monteiro Lobato, Caio Prado Jr, José de Alencar e Joaquim Manoel de Macedo são alguns dos intelectuais visitados. Também haverá reflexões sobre “teorias raciais e identidade nacional (1870-1890)” e “o pensamento racial na Primeira República (1889-1930)”.
Clique aqui para conferir a programação completa.
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 Tel. (21) 2220-5618www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenação: Vito Giannotti Redação: Sheila Jacob Edição: Claudia Santiago Web: Luisa Souto
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