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Boletim do NPC Nº 2De 2 a 14/5/2002
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



A Comunicação que queremos


Abertura da Mostra de Imprensa Sindical reuniu mais de 130 pessoas
A Mostra de Imprensa Sindical Brasileira – 1988-2002 já é um grande sucesso. A inauguração foi em 30 de abril com um debate com os professores de história da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renè Dreifuss e Marcelo Badaró, e a jornalista Claudia Santiago (NPC e CUT/RJ). Mais de 130 pessoas lotaram o auditório da CUT-RJ. E no dia 2 de maio, já havia mais de 300 visitas registradas.

A exposição ocupa as oito salas da antiga sede do Sindicato dos Petroleiros do Rio. Na sala principal está exposta a história das lutas dos trabalhadores nos últimos 15 anos, através de jornais sindicais. Existem ainda duas salas com  exposições dedicadas à CUT e uma sala para cada um dos seguintes setores: Bancários do Brasil, Bancários do Rio de Janeiro, Educação Federal e Estadual; Petroleiros, Servidores Públicos Federais e Previdenciários, Justiças Federal e Estaduais, Metalúrgicos, Movimento dos Sem-Terra, Massacre de Volta Redonda e uma sala dedicada a sindicatos de diversos outros setores.

Não deixe de visitar!

Local: sede antiga do Sindipetro/RJ. Av. Presidente Vargas, nº 502/ 20º andar. 
Período: até 30 de maio.


Noticiário na Internet quer dar voz aos sem-voz
O projeto é da Associação para o Desenvolvimento da Imprensa Alternativa (ADIA) e começa a funcionar partir de maio. O noticiário pretende dar espaço para fatos, manifestações e denúncias do dia-a-dia dos movimentos populares nacionais e internacionais. Além de oferecer um contra-ponto à leitura que a grande mídia faz dos fatos diários do Brasil e do mundo.

A ADIA também edita as revistas Nação Brasil e Conjuntura Internacional, e mantém no ar o Portal Popular (www.projetoadia.com.br).

O pessoal da ADIA está aceitando colaborações. Basta enviá-las para o endereço eletrônico adia1@uol.com.br. Os textos devem ser enviados em português e ser relacionados a movimentos e regiões específicos, pois já há uma equipe de redação responsável pelos fatos nacionais divulgados na grande mídia.



O Avesso da Mídia


Por que Serra não foi o melhor ministro da Saúde
Veja alguns números importantes do ótimo artigo de Juarez Guimarães - www.agenciacartamaior.com.br 

Queda nos gastos com Saúde

Em 1994, os gastos do Ministério da Saúde corresponderam a 10,6% dos gastos da União. Em 1998, estes gastos equivaleram a 5,6%.

CPMF para agradar FMI

Em 2001, foram arrecadados R$ 17,1 bilhões com a CPMF. Cerca de 10,9 bilhões foram gastos com saúde e previdência e R$ 824 milhões com o Fundo de Erradicação da Pobreza. Cerca de 5,44 bilhões foram compor o superávit primário do governo, como exige o FMI. No período de 1993 a 1999, apenas em 1994 e 1995 os gastos com a Saúde ultrapassaram 1% do orçamento.

Perdendo feio

Em 1995, alcançou-se o maior percentual dos gastos na saúde pública em relação ao PIB 3,2%. Mas, esses números são inferiores aos da França (7,7%), Espanha (5,8%), Argentina (4,3%), Inglaterra (5,7%), Cuba (7,9%) ou EUA (6,6%), segundo dados do Banco Mundial para o mesmo ano.

Planos de saúde faturando

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, as empresas de saúde declararam em 1999 faturamento de mais de R$ 20 bilhões para um total de 32 milhões de clientes. São R$ 625 per capita, cinco vezes o gasto pelo governo com os que não têm cobertura privada. Para os clientes dos planos de saúde, cerca de um quinto da população brasileira, estão disponíveis 80% dos médicos com consultório particular e mais de 50% do total de hospitais.

Epidemias: os fracassos de Serra

O governo que Serra é candidato a dar continuidade praticamente paralisou investimentos públicos em saneamento. A rubrica do controle de doenças transmissíveis marcou 2,51% do orçamento do ministério da Saúde em 1998 e 3,14% em 1999, menos que os 4,23% do último ano do governo Itamar. Resultado de tudo isso: nos três primeiros meses de 2002, houve 317.787 casos de dengue notificados, o dobro do ano passado, com 59 mortes. Além disso, segundo a Folha de São Paulo de 24 de fevereiro de 2002, na gestão Serra oito doenças avançaram ou mantiveram-se em alto nível de incidência (malária, hanseníase, leishmanioses tegumentar e visceral, febre tifóide, dengue, tuberculose, paralisia flácida aguda), três oscilaram (febre amarela, rubéola, hepatite B e C) e duas foram praticamente debeladas (sarampo e cólera).

Campeão dos genéricos: propaganda enganosa

Os genéricos representam apenas 8,8% dos remédios vendidos no país. É pouco e ainda por cima vem acompanhado da forte internacionalização do setor farmacêutico nos anos 90. Em dez anos, a importação saltou de 50 milhões de dólares para 2,5 bilhões. Quase 50% dos genéricos são importados prontos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, cerca de 50 milhões de brasileiros não têm hoje condições de comprar remédios.


Venezuela: dublê de golpe
Os jornalões fizeram de tudo, nestes quinze primeiros dias após o golpe contra Chaves, para tirar das manchetes esta incomoda lembrança. As notas sobre o envolvimento dos Estados Unidos na preparação, execução e finalização daquele malogro são reduzidas quase à insignificância. Precisa fazer esquecer rapidamente o que aconteceu.

Para quem não quer esquecer há um paralelo que deve ser feito entre aquele golpe e aquele dado em 64 , aqui no Brasil. Poderíamos fazer aquele joguinho de procurar as semelhanças e, com certeza, encontraríamos bem mais de uma dúzia. Quem quiser relembrar é só reler, ou procurar, em qualquer biblioteca, dois livros fantásticos sobre este tema, do escritor René Dreifuss. Os dois são da Editora Vozes. Um têm mais de 800 páginas: 1964: A Conquista do Estado.

O segundo é menor, mas tremendamente atual:  O Jogo da Direita. Saiu nos dias da grande disputa de dois projetos políticos, em 89, Lula X Collor e se adaptava muito bem àquele momento. Estranhamente e nem tão estranhamente, nenhum dos grandes meios de comunicação quis publicar sua resenha ou dar qualquer destaque. Coisas da vida.

Pois estes dois livros ajudam e muito a entender o golpe...lá na Venezuela, em abril de 2002. Como se dizia antigamente, qualquer semelhanças não é mera coincidência.


RBS pediu a bandidos para prosseguirem seqüestro para entrarem ao vivo no Teledomingo
Isto aconteceu em 12 de dezembro de 2000. A RBS foi condenada judicialmente pelo episódio, mas a publicação da condenação saiu agora. Como sempre a Zero Hora-RBS (grupo retransmissor da Globo) nada disseram sobre isto. Este grupo de comunicação mantém uma campanha sistemática contra o governo Olívio Dutra, principalmente na área de segurança pública. Uma parte do texto do desembargador diz: "Ou seja, como estava transmitindo o programa Sai de Baixo, em rede nacional, a RBS impôs o interesse de que se lhe aguardasse o final para que o assalto pudesse ser transmitido ao vivo no programa local TeleDomingo, logo em seguida... Isto foi conseguido sem que se sopesasse o perigo que corriam os reféns e a situação aflitiva em que se encontravam" Outra citação:" A situação demonstra uma ausência de ética à toda prova exatamente de quem, travestida de dona da verdade, vem impondo regras e normas de conduta e exigindo dos outros aquilo que ela própria despreza, como visto, exatamente a lisura no comportamento e a honestidade das relações humanas".

Leitura obrigatória
Artigo de Cristóvão Buarque sobre o Golpe na Venezuela publicado no jornal O Globo do dia 22/04. Buarque apresenta três características que diferenciam este golpe dos anteriores no século 20: "o golpe foi liderado pelas associações de empresários com os sindicatos de trabalhadores do mais moderno setor; a força não saiu da mobilização dos quartéis, mas da manipulação de informações pelos donos dos meios de comunicação."


Comunicando para milhões


"O Metalúrgico": há 28 anos na estrada

Rosangela Ribeiro Gil

O boletim "O Metalúrgico" foi distribuído, pela primeira vez, aos operários da Cosipa, Companhia Siderúrgica Paulista, em Cubatão (SP), e aos trabalhadores de metalúrgicas, oficinas mecânicas e serralherias da Baixada Santista, no dia 18 de novembro de 1974. Em plena ditadura militar, surgia o veículo de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista. E veio para ficar!

De lá para cá, os metalúrgicos recebem, toda a semana, na porta da fábrica, o boletim que traz notícias específicas da categoria, mas que também olha e sente o mundo.

"O Metalúrgico" é um dos boletins sindicais mais antigos do Brasil, que não deixou de circular uma vez sequer. Ao contrário, já aconteceu de numa mesma semana termos mais de uma edição distribuída.

"O Metalúrgico", como tudo na vida, é e está em movimento. Se em 1974 ele tinha apenas uma cor e era elaborado artesanalmente: títulos em letra "Set", datilografado em máquina de escrever, se muito elétrica, e "pestapado" numa mesa improvisada; hoje ele já tem mais algumas cores e sai prontinho de um computador.

Ao mesmo tempo, "O Metalúrgico" alargou os seus horizontes também, se antes falava mais dos problemas da categoria, hoje ele fala dos problemas da categoria que são os problemas de todos os trabalhadores e trabalhadoras.

"O Metalúrgico" já alcançou tiragens históricas de até 25 mil por edição. Hoje, após a criminosa privatização da Cosipa e a crescente terceirização (dividindo a representação sindical), "O Metalúrgico" tem tiragens entre cinco mil e seis mil exemplares. Mas continua dando trabalho e colocando a "boca no trombone". E, sabemos, é leitura obrigatória dos patrões também.


Um livro para derrubar a hegemonia do clã Sarney no Maranhão
E assim, no longínquo mês de março, a candidatura da tal Roseana se foi para o espaço. Isso para o Brasil, mas não para o Maranhão. Lá os que lutam para que o povo daquele Estado passe a ter uma situação minimamente decente estão tendo que continuar a dar um duro tremendo. O império de comunicação do clã continua intacto, e com isso o povo de lá terá que engolir a senhora Roseana como senadora. Se, se...se os que sabem do império midiático da tal família não conseguirem impedir.

O Sindicato dos Bancários do Maranhão está organizando, em São Luis, o lançamento do livro A candidata que virou picolé, do Palmério Doria, da Caros Amigos. O livro é o que se poderia chamar de instant book, ou no nosso português de livro vapt-vupt. Saiu no final de abril pela editora Casa Amarela. Óbvio que nas livrarias daquela sesmaria dos Sarney este livro não se encontra. Natural...todos são misteriosamente comprados em bloco por alguma alma caridosa.

Mas bancários e professores da universidade de lá querem que este livro chegue às mãos de centenas de leitores que farão um muito bom uso das informações nele contidas. É assim que se disputa a hegemonia com os impérios.



De Olho No Mundo


Capital estrangeiro tem planos para dominar totalmente setor de serviços
A União Européia pedirá ao Brasil facilidades de acesso a 12 setores e cerca de 100 subsetores de serviços. Os setores são serviços financeiros, energia, telecomunicações, transportes, serviços profissionais, serviços de negócios, serviços postais, construção e engenharia, distribuição, serviços ambientais, turismo e serviços de agências de notícias. Nesse bolo está incluída a liberalização, por exemplo, dos setores de advocacia e contabilidade. Os europeus pretendem que seja extinta a exigência de que 2/3 da mão-de-obra sejam brasileiros, em certos setores. A denúncia apareceu num artigo publicado pelo Guardian, escrito pela editora da revista The New Internationalist, Katharine Ainger. Diante dessa ofensiva, é claro que as grandes empresas dos Estados Unidos também tentarão entrar na disputa. Aí, com o governo que temos, a briga vai ser para quem vamos dar mais vantagens.


Veja em nossa página



  • Falsidades sobre a realidade cubana: O salário dos cubanos  - Informativo da Prensa Latina

  • A globalização deve ser um meio e não um fim - Ivo Petry Sobrinho

  • Quando Getúlio seqüestrou o 1º de Maio - Sérgio Domingues  

  • Sucata - Enzo del Buono

  • Sanaúd - Pedro Tierra

  • Dicas: Livros, Vídeos e verbetes do Manual de Linguagem Sindical

Seja bem vindo ao http://www.piratininga.org.br


Expediente




Coordenação: Vito Gianotti e Sérgio Domingues
Jornalista Responsável: Cláudia Santiago
Diagramacao: Edson Dias Neves

Colaboraram nesta edição: Achille Lollo, Kássia Martins e Marcos Arruda
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ÍNDICE
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A Comunicação que queremos
Abertura da Mostra de Imprensa Sindical reuniu mais de 130 pessoas
Noticiário na Internet quer dar voz aos sem-voz

O Avesso da Mídia
Por que Serra não foi o melhor ministro da Saúde
Venezuela: dublê de golpe
RBS pediu a bandidos para prosseguirem seqüestro para entrarem ao vivo no Teledomingo
Leitura obrigatória

Comunicando para milhões
"O Metalúrgico": há 28 anos na estrada
Um livro para derrubar a hegemonia do clã Sarney no Maranhão

De Olho No Mundo
Capital estrangeiro tem planos para dominar totalmente setor de serviços

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Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge