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Boletim do
NPC —
Nº 180
— De 1 a 15/11/2010
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Agenda NPC: indispensável na sua bolsa em 2011
Quem lê, comenta: “Eu não sabia que as mulheres haviam feito tudo isso”
. Mulheres Na História é o tema da agenda 2011 do NPC. Ela está linda e séria. Recupera a vida e a luta de milhares de mulheres no Brasil e no mundo. São jornalistas, professoras, artistas, sufragistas, guerrilheiras, poetas, sindicalistas, frentenegrinas, enfermeiras, defensoras de direitos humanos, da moradia. Na abertura de cada mês há um texto sobre uma mulher com história de vida marcante. . Dentre as homenageadas, Márcia Jacintho, mãe que luta contra a violência policial e Edma Valadão, enfermeira assassinada juntamente com seu marido. Em cada dia do ano, há notas informativas e fotos sobre a atuação destas centenas de mulheres em várias áreas: Lélia Gonzalez, Lélia Abramo, Luiza Mahin, Clara Nunes, Alice Tibiricá Miranda, Iara Iavelberg, Marina dos Santos, dentre tantas outras. . Na agenda também estão mulheres mundialmente conhecidas como Rosa Luxemburgo, Alexandra Kolontai, Louise Michel, Rosa Parks, Dimitila Chungara, Cesária Évora. Informativo e documental. Reserve a sua. Indispensável na estante de pessoas de esquerda, feministas e daqueles que, simplesmente, não compactuam com o machismo. . Quem lê, comenta: “Eu não sabia que as mulheres haviam feito tudo isso”. . Para adquirir a agenda, basta entrar em contato com o NPC pelos telefones (21) 2220-5618 e 2220-4895 ou pelo email npiratininga@uol.com.br. Cada agenda custa R$ 20,00, e há descontos de acordo com a quantidade. . Confira a tabela de preços na página do NPC.
Quem já fez a Agenda 2011 do NPC
A agenda do NPC está chegando a diversas cidades, sob encomendas de sindicatos, com notícias da luta das mulheres nos estados. Assim, temos a agenda com o miolo produzido pelo NPC acrescido de notícias produzidas por jornalistas sindicais. É o caso da Fecosul, Feteerj, Sinpro-DF, Sindsep-PE, Sindjus-Pr, Sepe-Regional7, Ceep-SP, dentre outros que ainda estão enviando suas pesquisas.
16º Curso Anual do NPC
Paquistanês Tariq Ali em ato contra a Guerra do Vietnam. Ele estará no Curso Anual do NPC. A procura por vagas no 16º Curso Anual do NPC que será realizado de 24 a 28 de novembro no Rio de Janeiro ultrapassou os anos anteriores. Participarão da atividade 250 pessoas, entre jornalistas, sindicalistas, estudantes de comunicação e pesquisadores. Os inscritos receberão nesta semana correspondência com todas as informações necessárias para deslocamento, hospedagem e alimentação. Leia mais no nosso Blog.
Matéria do Vozes das Comunidades é classificada em premiação do CRESS
O Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) lançou neste ano o 4º Prêmio Visibilidade das Políticas Sociais e do Serviço Social. Foram cerca de 40 trabalhos inscritos, e dentro das cinco reportagens selecionadas para a etapa final, uma delas foi feita pela equipe do jornal Vozes das Comunidades. A matéria é A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, escrita por Carla Romão, Daiana da Silva e Ana Lúcia Vaz. O Vozes das Comunidades é um produzido pelo Curso de Comunicação Popular do NPC. O concurso irá premiar três categorias. Da área da comunicação haverá prêmios para reportagem escrita e radiofônica, já que não houve inscritos na categoria de TV e vídeo. Para trabalhos de Serviço Social, serão premiados relatos de experiência profissional que tenham obtido visibilidade adequada para o Serviço Social. A cerimônia de premiação do CRESS será no dia 10 de dezembro, às 18h, no auditório do CRESS-RJ. Confira os outros inscritos na página do CRESS e saiba mais sobre a premiação.
Proposta de Pauta
O governo Dilma e a Comunicação
[Por Claudia Santiago] A revista IstoÉ, edição da semana que passou, prestou um grande serviço aos seus leitores. Dissecou em suas páginas a história de Dilma Rousseff, a primeira mulher a presidir o Brasil, país com altos índices de espancamento e homicídios de mulheres. O PT poderia pedir permissão à revista e, a partir do material já produzido, fazer um jornal de papel com uma grande tiragem e contar para o povo quem é esta mulher. . As pessoas não sabem. Poucos, apenas os muito bem informados, são os que votaram em Dilma porque ela é a Dilma. A grande maioria votou porque o presidente Lula pediu. E essa maioria está insegura, esperando que alguém converse com ela e diga que votou corretamente. É fácil chegar a esta conclusão. Basta conversar com as pessoas que lêem as manchetes de manhã nas bancas de revistas, com as manicures, com os porteiros, com os funcionários de bares e padarias. “Por que você acha que vai dar certo?”, perguntam. Se esperar pelos jornais que fizeram a campanha de José Serra, o PT terá problemas sérios para governar. . Duas questões a serem encaradas pelo governo . Já está mais do que provado que passou da hora de encarar os graves problemas de concentração midiática no país, sabendo que este não é um problema exclusivamente nacional. O governo Dilma precisa aprender com a Argentina, Venezuela, Bolívia e Equador e não ceder na regulamentação da mídia. Não pode ter medo. Como explica o professor Venício Lima no seu livro Liberdade de Imprensa X Liberdade de Opinião, os movimentos que estudam o comportamento da mídia no Brasil e querem mudanças não estão propondo nada fora do marco do liberalismo. . O governo Dilma precisa, então, encarar rapidamente duas questões: a sua relação com a concentração da informação nas mãos das famílias por nós já bem conhecidas, e sua relação com a mídia alternativa e comunitária. Como o governo Dilma vai se comportar com relação às rádios comunitárias, ao jornalismo público e às diversas iniciativas de comunicação no campo popular? São perguntas que precisam ser respondidas. Rapidamente. . Apostar todas as fichas na Internet é um erro . A internet é fantástica, maravilhosa, cumpriu um papel central nesta eleição: para o bem e para o mal, como gosta o ex-candidato José Serra. Mas serve muito pouco para combater valores arcaicos arraigados na nossa sociedade. Pelo contrário, também ajuda a difundi-los, como a xenofobia, por exemplo. É muita informação, tudo muito rápido, muito passageiro. A utilizam bem os que dependem dela para trabalhar e os que não trabalham. . O povo trabalhador se mantém alheio ao que se passa na rede. Pega suas rebarbas. Não interage. E quando chega em casa assiste televisão. Passivamente. . Aqueles que querem uma sociedade baseada em valores solidários não podem abrir mão, pelo menos por um bom tempo, de uma folha de papel distribuída pacientemente de casa em casa, nos locais de trabalho. O jornal Folha Universal é um exemplo que não pode, de maneira nenhuma, ser desprezado. Outra questão que precisa ser encarada definitivamente, sem mais delongas, é o uso do rádio, este velho companheiro que faz a cabeça enquanto se dirige um carro, toma banho, faz comida, bota o papel na impressoras e se exerce tantas outras atividades. . Para muitos, sei, estarei parecendo bem ultrapassada com o que digo. Mas eu não tenho a menor dúvida. Para falar com o povo, precisa de um pedaço de papel, com imagens bonitas, bons títulos, textos gostosos de ler. E, obviamente, uma pauta que lhe diga respeito. . Leia mais.
A Comunicação que queremos
Revista Vírus Planetário lança sua oitava edição
A Vírus Planetário é uma publicação independente produzida por universitários e recém-formados. Em sua edição de outubro/novembro, ela apresenta uma entrevista com Plínio de Arruda Sampaio, Zé Maria e Ivan Pinheiro, que apontam os novos desafios da esquerda no Brasil e comentam as eleições presidenciais. Também traz uma reportagem sobre o plebiscito pelo limite de propriedade de terras agrícolas no Brasil, um país divido por capitanias hereditárias e com uma das maiores concentração de terras do mundo. Os leitores também podem conferir análises e matérias sobre as eleições, Irã, Iraque, educação e outros temas. Nessa edição, a revista está à venda em diversos pontos do Rio de Janeiro, por R$ 2,00. Para baixar a edição digital, clique aqui: http://www.4shared.com/document/vqJEW_k2/8_edio_digital_visualizacao.html
Democratização da Comunicação
Tucanos te querem fora da Internet
[Por Sonia Correa] Tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 84/99) do Senador Eduardo Azeredo – da turma tucana do José Serra, que propõe um verdadeiro ataque à democracia na rede, além de transformar a internet num território de rico. Para que vocês tenham ideia, o PL ficou conhecido como o “AI-5 digital”, em alusão ao Ato Institucional nº 5, do obscuro período da Ditadura Militar, que fechou o Parlamento e acabou com a liberdade de manifestação e expressão, além de ter sido responsável pela maior repressão, torturas e desaparecimentos de lideranças populares. Fonte: http://soniacorrea.com.br
61 políticos eleitos são proprietários de rádios e TVs [Fonte: Folha de S. Paulo] Em 3.10 foram eleitos 61 deputados donos de emissoras filiadas da Globo, da Record, do SBT e da Band. Um levantamento da Folha de São Paulo com declarações de bens localizou essas participações em rádio e TV. Entre elas, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e as famílias de Jader Barbalho (PMDB-PA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-MA). Pelo menos dois dos 61 deputados identificados participam da comissão que aprova as renovações de rádio e TV. São Antônio Bulhões (PRB-SP) e Arolde Oliveira (DEM-RJ). A lei permite que ocupantes de cargos no Executivo ou Legislativo sejam sócios de empresas de rádio e TV e proíbe que estejam à frente da gestão das emissoras, o que é pouco fiscalizado. O maior patrimônio declarado é de Júlio Campos (DEM-MT), eleito deputado federal: uma rede de TV de R$ 2,9 milhões. A seguir, vêm os irmãos Roseana (DEM) e Zequinha Sarney (PV). Também fazem parte Jader Barbalho e Beto Mansur (PP-SP), que ainda dependem da decisão da Justiça sobre a Lei da Ficha Limpa para ter novos mandatos.
Conselhos de comunicação representam total liberdade de expressão
[Por Fábio Henrique Fiorenza/ Conjur] Muito se tem falado nas últimas semanas acerca da criação de Conselhos de Comunicação Social pelos Estados. Diversos veículos de comunicação de projeção nacional, além de entidades como a OAB, vêm tratando do assunto de forma negativa. O argumento é que a criação de tais conselhos representará obstáculo à liberdade de expressão e, consequentemente, ameaça à democracia. Tais críticas, contudo, têm sido feitas sem uma análise mais profunda da questão. Nada se tem falado dos deveres da imprensa impostos pela nossa Constituição e que tais conselhos contribuiriam para implementar.
A própria Constituição, aliás, em seu artigo 224, determina a criação de um Conselho de Comunicação Social junto ao Congresso Nacional (que, instituído pela Lei 8.389/91, foi instalado em 2002, mas, infelizmente, foi sendo esvaziado e hoje praticamente já não funciona). Ora, o que certos Estados vêm propondo, então, é tão-somente a criação no âmbito estadual de algo que já existe no âmbito federal; e que não tem nada de inconstitucional — aliás, muito pelo contrário, pois a proposta de tais conselhos é exatamente implementar as diretrizes traçadas pela Constituição Federal. Qual o motivo de tanta gritaria então? Uma primeira razão para isso seria a aversão à crítica ou a medidas que tragam aumento de obrigações. Com efeito, a imprensa estaria inevitavelmente sujeita à crítica nos debates, pesquisas e conferências organizados pelos conselhos, que teriam, ainda, a atribuição de se empenhar para que fossem cumpridos os deveres a ela impostos pela Constituição — como, por exemplo, o dever de dar mais espaço à cultura nacional e regional e preferência a conteúdos educativos e culturais. Leia o texto completo em nossa página.
. Conselho Estadual de Comunicação Social em debate Na tarde do dia 5 de novembro, o Programa ALERJ DEBATE, produzido pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro discutiu o projeto de lei do deputado estadual Paulo Ramos, que propõe a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social. Pela proposta, o órgão vai ter a atribuição de orientar e fiscalizar a atuação dos meios de comunicação. Foram convidados para debater o assunto: o deputado Paulo Ramos e o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Ernesto Viana. O programa está disponível em: http://www.tvalerj.tv/PlayMediaInPortfolio.do?mediaId=9622
De Olho Na Mídia
Jornalista é demitido por fazer matéria sobre livro que fala de Marxismo
[Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Ceará] O jornal Diário do Nordeste demitiu de forma arbitrária, no dia 18 de outubro, o jornalista Dawton Moura, por ter escrito e editado matéria no Caderno 3 sobre as revoluções marxistas que marcaram os séculos 19 e 20. O caderno especial, de seis páginas, foi considerado pela direção da empresa "panfletário" e "subversivo", além de "inoportuno ao momento atual". Dentre as fontes estava o filósofo Michael Löwi, que estaria em Fortaleza para lançar o livro Revoluções, que apresenta imagens que marcaram os movimentos contestatórios decisivos para a história dos últimos dois séculos. A matéria havia sido pautada pelo editor-chefe do jornal, Ildefonso Rodrigues, e sugerida pela historiadora e professora Adelaide Gonçalves, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ao comunicar a demissão do jornalista, o editor-chefe se limitou a dizer que "não sabia o conteúdo da reportagem até vê-la publicada". O caso do jornalista Dawton Moura não se trata de demissão por delito de opinião, pois ele não emitiu, em qualquer momento, juízo de valor sobre o conteúdo da pauta. Perdeu o emprego muito menos por incompetência ou negligência na sua função. Ironicamente, o trabalhador foi dispensado simplesmente por cumprir uma pauta que, depois de publicada, percebeu-se ser contra os interesses da empresa. A demissão do então editor do Caderno 3 expõe o abismo entre o discurso da grande mídia conservadora, que se diz ameaçada em sua liberdade de expressão, e suas práticas cotidianas.
Mídia representa de forma preconceituosa grupo LGBT
[Por Por Thayz Guimarães/ Agenc] A tese de mestrado Do armário à tela global: a representação social da homossexualidade na telenovela brasileira, de Luiz Eduardo Neves Peret, tem como objetivo identificar e estudar a representação social da população homossexual nas telenovelas brasileiras. O enfoque dado é na novela “Mulheres Apaixonadas”, de Manuel Carlos, exibida em 2003, e que apresentava o casal lésbico Clara e Rafaela. Em entrevista exclusiva para a Agenc, o autor do trabalho afirma que as abordagens sobre a diversidade sexual, numa forma geral, e da população LGBT em particular, mudaram muito pouco, especialmente na TV aberta e nos jornais impressos. Segundo ele, “os jornais impressos continuam sensacionalistas, pegando por aquele lado do crime ou então pelo lado do exótico. Se você encontra uma travesti em capa de jornal, por exemplo, ela morreu ou foi presa”. Um ponto fundamental tratado na tese é a questão da visibilidade: “Se você é invisível, não há por que cobrar direitos sociais pra você”, declara o autor. “A maioria dos direitos negados (cerca de setenta e oito) à população LGBT se refere à questão da formalização do núcleo familiar e ao casamento”, comenta Eduardo. O problema é que “existe uma idéia equivocada de que o casamento é um sacramento religioso e que ele está acima dos direitos civis, o que, na verdade, é o contrário. A Constituição determina que o casamento é uma instituição civil que altera o estado civil de solteiro para casado, e que uma instituição religiosa só pode celebrar casamentos se houver registro civil, senão não há validade”, completa Peret. Confira a matéria completa em nossa página.
De Olho Na Vida
Stédile acredita que novo governo terá mais condições de fazer avançar Reforma Agrária
[Reproduzido da Agência Brasil] O líder do MST, João Pedro Stédile, disse acreditar que o governo de Dilma Rousseff (PT) terá mais condições políticas do que teve a administração atual de fazer a reforma agrária avançar e de atender a outras demandas do setor. “Lula ganhou as eleições em um quadro de composição de forças muito adversas. Agora, eu acho que há uma composição de forças mais favorável a um programa de centro-esquerda”, ressaltou Stédile em entrevista. Para o MST, entre as questões emergenciais para as quais o movimento espera atuação mais efetiva do futuro governo, está o das 100 mil famílias acampadas em beira de estrada, “passando todo tipo de dificuldade, que precisa ter solução imediata”. Caso as expectativas dos movimentos sociais não encontrem eco no novo governo, Stédile acredita que os trabalhadores rurais irão se organizar para reivindicar avanços. “As lutas sociais vão se desenvolvendo em função dos problemas”.
Anistia Internacional visita comunidades ameaçadas de remoção no Rio
Nos dias 11 e 12 de outubro, representantes da Anistia Internacional fizeram visitas a algumas comunidades ameaçadas de remoção pela Prefeitura do Rio. Acompanhados pelos defensores públicos Alexandre Mendes e Roberta Fraenkel, do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Rio, eles passaram por Parque Colúmbia, Vila das Torres, Favela do metrô, Tabajaras (Estradinha), Vila Laboriaux (Rocinha), Vila Autódromo, Asa Branca e Restinga. A principal reclamação dos moradores foi a forma como os funcionários da Prefeitura tratam os moradores das comunidades. Os moradores denunciaram que os locais oferecidos pela Prefeitura para as novas instalações são de difícil acesso e estão longe de seu trabalho. Quanto à indenização oferecida pela Prefeitura para a desocupação do imóvel, afirmam que é insuficiente para a aquisição de nova casa.
De Olho No Mundo
Paraguai cria jornal semanal público
A Agência Informativa Nacional do Paraguai vai lançar um jornal semanal gratuito, de circulação nacional, com notícias sobre ações e medidas tomadas pelo governo. O nome da publicação será Infogob. Segundo o ministro das Comunicações, Augusto dos Santos, o objetivo do semanário é divulgar informações das secretarias, ministérios, entes públicos e demais poderes do Estado a serviço da cidadania. Ele afirmou ainda que também haverá espaço para opiniões e pontos de vista vindos de fora do governo. O jornalista paraguaio Anibal Oruê vai contar toda esta história no 16º Curso Anual do NPC.
Bolívia faz lei contra racismo na mídia
Evo Morales aprovou uma lei sobre as comunicações que a mídia empresarial de lá e daqui do nosso país condena ferozmente como uma limitação à liberdade de imprensa. Vejamos dois artigos-chave: Art. 16 “O meio de comunicação que autorizar a publicar idéias racistas e discriminatórias poderá sofrer sanções econômicas e a suspensão de sua licença de funcionamento, sujeita à regulamentação.” Art. 23 “Quando o ato for cometido por um trabalhador de um meio de comunicação ou pelo proprietário de um meio, não poderá alegar-se imunidade.”
Para Evo, a aprovação desta lei “é um passo na descolonização da Bolívia.” O louco é imaginar que, nesta altura do campeonato, a humanidade ainda precise de leis de combate ao racismo.
NPC Informa
Novo currículo, fim do jornal impresso e modernização das mídias é tema de debate na Puc-Rio [Por Gizele Martins] Com o tema “Formação do Comunicador e diretrizes curriculares”, o último dia de debate da “Semana Nacional de Comunicação”, realizado na sexta-feira, dia 29 de outubro, recebeu mais de 60 alunos de comunicação e professores de diversas universidades. O encontro ocorreu na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), organizado pela Federação Nacional de Comunicação (Fenaj) e pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos). Clique aqui.
Intervozes lança Contribuições para a Construção de Indicadores do Direito à Comunicação no Rio de Janeiro
[Marina Schneider] Foi lançado no dia 26/10, no Rio de Janeiro, o livro Contribuições para a Construção de Indicadores do Direito à Comunicação, editado pelo Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social) e coordenado e escrito por Diogo Moyses, João Brant e Michelle Prazeres. A publicação é um dos resultados do Projeto do Centro de Referência para o Direito à Comunicação do Intervozes, que tem o apoio da Fundação Ford, e foi motivado pela ausência de referências concretas para medir o grau de efetivação do direito à comunicação. “O livro é uma contribuição do Intervozes para verificar se a democratização da comunicação está acontecendo”, afirmou a jornalista do Coletivo Carolina Ribeiro. Clique aqui.
Volumes da biblioteca de Fernando Pessoa disponíveis na internet
Os livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente online na página da Casa Fernando Pessoa. “Mais gente vai ter acesso a este espólio, mais gente vai poder estudá-lo e mais Pessoanos vão nascer”, disse o presidente da câmara, António Costa, na cerimônia de apresentação do projeto em Lisboa. A partir de agora é possível consultar, pela Internet, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações – incluindo poemas – que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros. Depois da digitalização do material, continuará a ser feito o restauro das obras, principalmente de manuscritos feitos a lápis e vítimas da deterioração com o tempo. Confira em http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt
Políticas de Comunicação são tema de suplemento da Fiocruz Políticas de Comunicação, democracia e cidadania é o tema do atual suplemento da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis). Os artigos que compõem a publicação abordam temas relacionados às políticas de comunicação, compreendidas, por diferentes ângulos e perspectivas. Por exemplo: mostram-se as ações formuladas no âmbito do Estado que determinam ou orientam a criação, a produção, a difusão e o consumo de produtos culturais e comunicativos. O volume procura sistematizar informações, ideias e experiências que possam auxiliar a formulação de políticas públicas e subsidiar o Sistema Único de Saúde (SUS), orientando ações e políticas de comunicação de instituições públicas de saúde. Confira a publicação na página do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
Lançamento do livro fotográfico O Rio São Francisco e as Águas no Sertão No dia 12 de novembro será lançado, em Campinas (SP), o livro fotográfico “O Rio São Francisco e as Águas no Sertão”, de João Zinclar. O lançamento acontece durante a abertura da 5ª Feira do Livro do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, que fica na rua Doutor Quirino, 560, Centro, Campinas. Para ver o convite em formato digital, clique aqui.
Imagens da Vida
Novos artigos em nossa página
Nesta eleição a disputa pela hegemonia mostrou sua cara escravagista
[Por Vito Giannotti] Desta eleição poderíamos tirar mais de cem lições políticas, sociológicas, psicológicas, comportamentais, morais, religiosas, de marketing e tantas outras. A lista seria enorme. Haverá de ser feita toda uma série de análises sobre a situação dos partidos e sua atuação no Brasil concreto, de hoje. Páginas serão ditadas sobre a tal “ética” na política, sobre o nível das campanhas e sobre mais trocentos temas. Todos importantes. Quero falar só de um aspecto que acho pode ser um suporte para qualquer discussão sobre a eleição presidencial de 31/11. Leia o artigo completo em nossa página.
Respostas para generalizar a resistência ao terrorismo mediático
[Publicado em 06.Nov.10 - Por Carlos Aznares- publicado no diario info] Os povos da América Latina e do resto do Terceiro Mundo estão suportando uma ofensiva de terrorismo mediático que visa não apenas manipular e desinformar o público em cada um dos aspectos político-económico-culturais que se produzem nos respectivos países, como em muitos casos - Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Colômbia, Palestina, Irã, Líbano, para citar os mais conhecidos – gera iniciativas desestabilizadoras e aposta forte na guerra contra os movimentos populares e os processos revolucionários. Leia o artigo completo.
Para Ramonet, jornalismo atravessa grave crise de identidade
[Publicado em 03.11.2010 - El Periódico (Espanha)] O jornalista Ignácio Ramonet, ao receber o Prêmio Antonio Asensio, em Barcelona, criticou aqueles que fazem “entretenimento domesticado” ao invés de fazer jornalismo. “A imprensa escrita”, assinalou, “vive um dos momentos mais difíceis, e o jornalismo atravessa uma grave crise de identidade. O importante se dilui no trivial e o sensacionalismo substitui a explicação. A informação é algo muito sério, pois de sua qualidade depende a qualidade da democracia. Para ele, ainda há muitas injustiças no mundo que justificam uma concepção do jornalismo a favor de mais liberdade, justiça e democracia”. Leia o artigo completo.
O Brasil de Dilma: mãos à obra
[Por Laurindo Leal Filho] O Brasil vive sob o descompasso existente entre os avanços econômicos e culturais alcançados nos últimos oito anos e um sistema político arcaico, perpetuador de privilégios. Governos comandados por presidentes populares sempre foram fustigados por essas estruturas arcaicas. Lula não foi exceção e só sobreviveu graças a sua incontestável habilidade política. Daí o seu empenho em, além de eleger a sucessora, dar a ela a possibilidade de governar com um Congresso menos hostil. O Brasil precisa de uma Reforma Política para a nossa democracia avançar. Mas ela não terá efeitos práticos se os meios de comunicação seguirem tendo o absurdo papel político-eleitoral de hoje. Leia o artigo completo em nossa página.
É hora de avançar também no Ministério das Comunicações
[Por Marcos Dantas/ Obs. do Direito à Comunicação] O processo de transformação democrática do Brasil prosseguirá por mais quatro anos. Assim decidiu a maioria da Nação. Será muito difícil, ao cabo desses 12 anos, que desse processo não se consolide uma realidade social e econômica muito distinta da que tínhamos antes de iniciado o primeiro governo Lula e, sobretudo, que seus avanços ainda possam ser revertidos. No entanto, se muito avançou em algumas áreas importantes, o governo Lula pouco ou nada avançou em outras. Uma das áreas nas quais o governo Lula muito pouco avançou foi na das Comunicações. Reivindiquemos: esta é, agora, uma das áreas a ser priorizada. Leia o artigo completo.
Novas entrevistas em nossa página
“Houve um jornalismo investigativo seletivo”, diz Venício Lima em entrevista
[Por Isabela Calil/ Cadernos de Reportagem da UFF] A liberdade de imprensa foi um dos temas mais explosivos do primeiro turno das eleições deste ano. A radicalização de posições entre governo e grandes corporações de mídia não facilitou o aprofundamento do debate, mas teve o mérito de pôr em pauta, mesmo num ambiente restrito, uma questão fundamental para a democracia: a necessidade de regulação dos meios de comunicação. A avaliação é de Venício Lima, ex-professor da UnB, colaborador do Observatório da Imprensa, da Carta Maior e autor de vários livros sobre a relação entre mídia e política. Mas... “isso não interessa a eles. Nunca. A nossa mídia tem uma tradição de não discutir a si mesma”, analisa o professor, em entrevista ao site Cadernos de Reportagem da Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Confira em nossa página a entrevista completa.
Fábio Konder Comparato: Nós nunca tivemos democracia até hoje
[Por Caros Amigos] Professor da Faculdade de Direito da USP, o jurista Fabio Konder Comparato é conhecido por sua longa e firme militância na luta pelos direitos humanos e democráticos no Brasil. Tem contribuído com inúmeras entidades e movimentos sociais na formulação de propostas para a transformação do povo brasileiro no sujeito de sua própria soberania. Nesta entrevista exclusiva para Caros Amigos, ele analisa a questão do poder no Brasil, as várias formas dissimuladas de se adiar a democracia, os instrumentos para aperfeiçoar a participação popular nos destinos do país e outros aspectos da maior relevância para a compreensão da nossa realidade. Os argumentos lúcidos e pedagógicos do professor Fabio Konder Comparato são imperdíveis. Confira em nossa página a entrevista completa.
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 Tel. (21) 2220-5618 / 9923-1093 www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenação: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14915) Redação: Sheila Jacob Web: Luisa Vieira Souto
Colaboraram nessa edição: Álvaro Brito (RJ), Camila Marins (RJ), Gizele Martins (RJ), José Garcia Lima (RJ) e Marina Schneider (RJ).
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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