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Boletim do
NPC —
Nº 178
— De 15 a 30/10/2010
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Edição especial: mídia e eleição
Para produzir este boletim o NPC solicitou a jornalistas, professores de comunicação e outros intelectuais depoimentos sobre o comportamento da mídia nestas eleições. Agradecemos a todas e a todos pela presteza com que nos atenderam. Nosso objetivo é ajudar a compreender o papel que os meios de comunicação exercem em nossa sociedade e a maneira como se comportam em momentos em que seus interesses de classe estão em jogo. Participaram desta cobertura os jornalistas e cientistas sociais Claudia Santiago, Kátia Marko, Gizele Martins, Luisa Santiago, Marina Schneider, Sheila Jacob, Tatiana Lima, Ramon Araujo e Reginaldo Moraes.
Depoimentos e artigos sobre a mídia e as eleições
Há tempos que repetimos que a Mídia é o verdadeiro partido do capital
[Por Vito Giannotti* - Coordenador do NPC] O Núcleo Piratininga de Comunicação, sobre a mídia nestas eleições, não pensa nada além do que vem repetindo há anos sobre o comportamento da mídia. Seguindo a visão de Gramsci, nos cursos pelo Brasil afora, nos cursos anuais, no Boletim NPC, em palestras e inúmeros textos, sempre repetimos esta idéia. A mídia é o verdadeiro partido da burguesia. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Mídia e Governo: Razões para a hostilidade crescente
[Por Venício Lima* - Cientista Político - UNB] O processo eleitoral e a indisfarçável partidarização revelada na cobertura jornalística dos principais veículos da grande mídia provocaram, nas últimas semanas, reações cada vez mais explícitas e contundentes por parte do próprio presidente da República. Por outro lado, o atual governo chegará ao seu término enfrentando uma hostilidade crescente por parte desses veículos. A virulência dos ataques de editoriais e colunistas contra o governo e o próprio presidente Lula encontram poucos e raros paralelos na história política brasileira. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Mídia radicaliza e deixa cair a máscara [Por Sílvia Moretzon* - Jornalista e Profª. Da Escola de Comunicação da UFF] A cobertura das eleições de agora é semelhante à cobertura das eleições anteriores. O ideal seria que os jornais (ou, de modo geral, a mídia) assumissem o apoio a um determinado candidato e que isso não interferisse na cobertura do dia a dia. Clique aqui para ler o texto na íntegra.
A mídia nesta eleição vista por Gilberto Maringoni
[Por Giberto Maringoni* - Jornalista e Prof. de Comunicação-Casper Líbero] Apesar das várias transformações democratizantes ocorridas no Brasil nas últimas três décadas, o relacionamento dos meios de comunicação com a sociedade – especialmente, com os mais pobres – não mudou. Em alguns casos, piorou. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Uma visão deformada dos que estão ao lado dos setores populares
[Por Teotônio dos Santos* - Cientista Político - UFF] A grande imprensa brasileira vem levando ao extremo sua tentativa de criar falsos fatos políticos (factóides) a partir de situações bastante vagas, transformadas em crimes contra o patrimônio nacional (num pais em que este patrimônio é dilapidado por personagens protegidos por esta mesma imprensa, quando não diretamente por ela que recebe bilhões de reais do Estado para produzir falsas notícias e comentários da pior qualidade). Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Mais uma vez imprensa faz campanha para o PSDB [Por Leonardo Martins Barbosa* - Historiador] À semelhança do que ocorreu em 2006, a grande imprensa brasileira assume uma postura clara de apoio à candidatura do PSDB à presidência da República. Essa preferência partidária manifesta-se não por meio de editoriais, mas sim por meio da construção de uma agenda e de um imaginário que têm o objetivo de alavancar a referida campanha. Clique aqui para ler o texto na íntegra.
Parcela expressiva das classes dominantes brasileiras segue tendo um perfil autocrático, truculento e autoritári [Por Virgínia Fontes* - Historiadora – UFF e Fiocruz] O comportamento atual da grande imprensa proprietária lembra muito o das últimas eleições, quando agiu de maneira semelhante: truculenta, desqualificando todos os elementos populares que poderiam sobreviver nas candidaturas do PT - apesar deste partido já estar muito acomodado e distante do seu perfil original. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
O monopólio da mídia compromete a democracia
[Por Adair Rocha* - Prof. de Comunicação da PUC-Rio] Nunca se viu algo parecido ao papel que a mídia comercial exerce no processo eleitoral em curso. Está em jogo a definição de critérios que apontem a autonomia e a independência diante da produção de notícias e de informações, que forneçam condiçoes de acesso à toda população. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Cobertura mostra rearranjo das frações burguesas
[Por Roberto Leher* - Prof. da Faculdade de Educação da UFRJ] A cobertura das eleições pela imprensa corporativa tornou-se um grande tema. O enorme rearranjo das frações burguesas em curso desde o final da ditadura civil-militar está claramente expresso nesses grandes meios de comunicação. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Os novos cães de guarda [Por Marcos Dantas* - Prof. da Escola de Comunicação da UFRJ] Há poucos meses, a Sra. Judith Brito, diretora da Folha de S. Paulo e presidente da Associação Nacional de Jornais, declarou que, diante da debilidade da oposição, a imprensa via-se obrigada a fazer esse papel. Se o motivo é ou não a tal debilidade, tanto faz, o fato é que a chamada “mídia” assumiu-se mesmo, oficialmente, como oposição ao Governo do presidente Lula e à eleição de Dilma Rousseff para sucedê-lo. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
O golpe midiático
[Por Celso Vicenzi – Jornalista] “(...) a mídia transformou o caso numa espécie de plebiscito eleitoral. Engana-se quem confunde tal obsessão com jornalismo investigativo. Acorda-se e o destaque do noticiário é a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB e à filha de um dos candidatos. Ao meio-dia, mais generosos espaços. À noite, ninguém dorme sem novas informações e com direito à indignação dos comentaristas de plantão”. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Sobre os velhos veículos, não posso opinar [Por Ana Lúcia Vaz*- Jornalista e Prof. De Comunicação da Estácio de Sá] Acho que a mídia popular, alternativa e comunitária, em geral, está fazendo uma ótima cobertura da eleição. Muitos veículos espalhados por este Brasil, discutindo coisas que realmente interessam numa eleição. Quais são os projetos dos candidatos? Quais são as demandas da população? Não me lembro de outra eleição tão bem coberta. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
Veja jogou a toalha e decidiu cuidar do negócio [Por Renato Rovai* - Jornalista e editor da Revista Fórum] A capa desta semana de Veja dá a dimensão do que foi essa campanha. A mídia comercial tentou de tudo para alavancar a candidatura de Serra e não obteve sucesso. Quando viu que o fardo era pesado demais, decidiu começar a trabalhar para enquadrar o próximo governo. No caso o de Dilma. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
A imprensa quer emparedar a Dilma?
[Por Reginaldo Moraes - Cientista Político/UNICAMP] Se o cálculo é esse, o de transformar a Dilma numa Rainha da Inglaterra, o papel parece que não encaixa na pessoa. Dilma nunca teve esse tipo de inclinação. Mas devemos aproveitar essa idéia para pensar nos motivos pelos quais a mídia tomou do PSDB e do demo (para não dizer de Serra) o papel de centroavante. Os grandes jornais e grandes redes de tevê-rádio estão percebendo que perdem paulatinamente o monopólio de produção da noticia e, pior ainda, de produção da pauta, o tal de agenda setting. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
NPC cobre debate no Clube Militar
O Globo, Veja e Abert falam de liberdade de expressão no Clube Militar
[Por Marina Schneider - 24.09.2010] Para Reinaldo Azevedo e Rodolfo Moura, o Plano Nacional de Direitos Humanos é ameaça à liberdade de expressão. Segundo Merval Pereira, controle social é uma desculpa para controlar os órgãos de comunicação. Clique aqui para ler o artigo na íntegra. . . De Olho No Mundo
Renato Rovai informa sobre vitória de Chávez [Por Renato Rovai] O Partido Socialista Unido de Venezuela, PSUV, do presidente Hugo Chávez, venceu as eleições legislativas do país, conquistando 95 dos 165 deputados da Assembleia. O resultado lhe garante a maioria absoluta, mas não a qualificada, os dois terços que lhe permitiriam aprovar leis orgânicas sem o diálogo com os opositores. A Mesa da Unidade Democrática (MUD), que agrupa 32 partidos de oposição, elegeu até agora 61 deputados, e o Pátria Para Todos (PTT), agremiação dissidente do chavismo, conseguiu dois lugares. Oito vagas ainda estão indefinidas. A participação dos eleitores foi de 66,45%, uma das mais altas da história.
O maior número de votos da oposição se concentrou nas grandes cidades, sendo que em 4 dos 24 estados nacionais ela saiu vitoriosa. Venceu em estados importantes como Zulia e Táchira e ganhou também em Nueva Esparta e, por larga margem, em Anzoátegui, estado governado por um dirigente chavista. Em Miranda houve empate. Mas foi derrotada no Distrito Federal e na maior parte do país.
Já o PPT tentou se posicionar como um novo ator político, buscando se distanciar da polarização ideológica e coletando os votos dos insatisfeitos com situação e oposição. No entanto, só tem 2 lugares. Não conseguiu sequer uma cadeira, das 9 em disputa, no Estado de Lara, onde o governador eleito pelo PSUV, Henry Falcão, deixou o partido para integrar as fileiras do PPT.
Na eleição para o Parlamento da América Latina (Parlatino), que decorreu simultaneamente e elegeu 12 deputados numa eleição nacional em que todos os votos contam, a vitória do PSUV foi tangencial, com 46,62% contra 45,10% do MUD, ambos elegendo cinco deputados.
"Nós alcançamos um importante resultado eleitoral, mas não foi possível conseguir os dois terços. Temos por enquanto 95 deputados, uma maioria contundente", afirmou o dirigente do PSUV Aristobulo Isturiz, diante de milhares de simpatizantes do governo.
O presidente venezuelano, em seu Twitter, comemorou o triunfo. “Bom, meus queridos compatriotas, foi uma grande jornada e obtivemos uma sólida vitória. Suficiente para continuar a aprofundar o Socialismo Bolivariano e Democrático. Devemos continuar a fortalecer a Revolução!! Uma nova Vitória do Povo. Felicito todos.”
Até agora, a oposição não possuía representação no Parlamento venezuelano, pois nas eleições de 2005 decidiu retirar as suas candidaturas à última hora, alegando supostas irregularidades no processo eleitoral, que não foram comprovadas posteriormente.
Com informação de Esquerda.net e Rebelion.
Anexos extras
Em editorial, OESP assume que tem candidato Leia aqui.
Comentário de Mino Carta ao editorial de OESP Leia aqui.
Charge de Maringoni
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
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Coordenação: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14915) Redação: Sheila Jacob Web: Luisa Vieira Souto
Participaram desta cobertura: Claudia Santiago, Kátia Marko, Gizele Martins, Luisa Santiago, Marina Schneider, Sheila Jacob, Tatiana Lima, Ramon Araujo e Reginaldo Moraes.
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