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Boletim do NPC Nº 168De 15 a 31/5/2010
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC



Assinatura

Vito Giannotti lança Dicionário de Politiquês em Recife

O Dicionário de Politiquês, escrito por Vito Giannotti e Sérgio Domingues, será lançado no dia 19 de maio, às 18h, no Sindicato dos Servidores Públicos Federais, em Recife (PE). Na ocasião, será oferecido um coquetel para os presentes. O Sindsep-PE fica na rua Fernandes Vieira, 67, Boa Vista, Recife. 

Sobre o Dicionário

[Por Claudia Santiago] A proposta de “Dicionário de Politiquês” é clara: os sindicatos de trabalhadores devem usar, em seus jornais, uma linguagem que favoreça a comunicação com amplos setores. Os professores devem reconhecer e respeitar a linguagem dos filhos dos trabalhadores. Os meios de comunicação devem evitar o uso de linguagens fechadas, comuns a grupos de especialistas: economistas, juristas, médicos e todo tipo de professor ou técnico. Aqueles que se ocupam da tarefa de escrever e falar precisam saber que nosso povo, o povo brasileiro, faz a melhor música do mundo e, por meio dela, se comunica como ninguém. Mas não gosta de ler. Não foi acostumado a isso. 

Só para se ter uma ideia de como isso se construiu historicamente, sim, porque a culpa não é do DNA, vamos a um exemplo. A Universidade de São Domingos foi criada em 1538; em Lima, a Universidade São Marcos é fundada em 1551. No México, a primeira universidade nasce em 1553. Esta, aliás, formou no período entre 1775 e 1821, 7.850 bacharéis. No mesmo período, 720 brasileiros se graduaram. Não no Brasil, que cá não havia universidade; mas em Coimbra. Até o século XX, o Brasil contou apenas com escolas superiores isoladas. Com a imprensa, a história se repete. Em 1535, eram impressos livros na Cidade do México, enquanto por aqui... a atividade impressora era proibida e severamente castigada.

 [Trechos da Coluna Debate Sindical de 27.04.2010]



Curso sobre comunicação e disputa de hegemonia em Brasília

Vito Giannotti, do NPC, estará em Brasília nos dias 22 e 23 de março para dar o Curso de Comunicação Sindical e Disputa de Hegemonia. A iniciativa de realizar o curso foi da ASSTTRA. Este sindicato, junto com outras  entidades organizadoras criaram um blog para divulgar informações sobre o curso, além de textos sobre o papel da comunicação sindical hoje e sua importância para a transformação da sociedade. Na página constam entrevistas e um artigo escrito por Giannotti sobre o tema.

Conheça a iniciativa em http://comunicacaosindicalmpu.blogspot.com/



Documentário 788 sobre o cotidiano dos moradores de favelas

MC Fiell, um dos participantes do curso de comunicação comunitária do NPC, apresentou na aula do dia 8/05 o vídeo 788, produzido por ele, em parceria com Bruno Thomassin. O documentário apresenta a realidade de trabalhadores moradores e trabalhadoras do Morro Santa Marta que, durante 73 anos, tiveram que subir e descer diariamente a escadaria, com 788 degraus.  A comunidade está situada no bairro Botafogo, Zona Sul do Rio, e possui aproximadamente 17 mil famílias.

O filme vai na contramão da maioria das produções sobre as favelas pois, ao invés de criminalizar os moradores mostrando apenas a criminalidade e o tráfico, foca na vida daquele povo que trabalha, estuda e resiste diariamente. “Os filmes sobre as favelas têm que ser feitos por nós, os próprios moradores, pois quem conhece nossa história é a gente. Chega da rua falar para a favela. É a favela que tem que falar pro Brasil, pro mundo”, disse MC Fiell após a exibição do documentário.

Confira o trailer em http://www.youtube.com/watch?v=OAAnpLjE2U0. Quem quiser adquirir o vídeo, basta entrar em contato conosco pelo e-mail npiratininga@uol.com.br



Página do NPC é atualizada diariamente

A seção últimas notícias da página do NPC é atualizada quatro vezes por dia. São notícias do movimento social de todo o país: comunicação, sindicalismo, direitos humanos, cidades, filmes, livros, debates. Leia aqui.

E mais, o NPC está no twitter

É só seguir... @NPC_




Entrevistas por NPC


Autor de A negação do Brasil conversa com o BoletimNPC sobre a primeira protagonista negra em uma novela brasileira

joel zito

Foto: Carla Osório

[Por Jéssica Santos] Joel Zito Araújo é doutor em Comunicação pela ECA/USP. Cineasta e roteirista. Realizou a partir de 1984, 24 documentários e 22 médias metragens. Em 2000, dirigiu o documentário e lançou o livro A negação do Brasil, sobre a participação de atores negros na televisão. A atriz Thaís Araújo é uma das protagonistas do seu filme Filhas do Vento. Não deixe de ler esta entrevista exclusiva ao BoletimNPC sobre a primeira vez em que uma telenovela brasileira tem uma negra como protagonista. Revela muito sobre a nossa história, a nossa cultura e a nossa gente. Leia a entrevista completa. [18.05.2010]



Há sete milhões de sem-casas no Brasil, diz historiador carioca (Parte I)

Soninho

[Por Gizele Martins] No último mês, os assuntos em pauta, seja nos jornais tradicionais da cidade, ou em jornais comunitários, alternativos ou sindicais, foram a chuva, a ameaça de remoção e a culpa que os governantes colocaram sobre os favelados do Rio de Janeiro. Estive em vários locais atingidos pela tragédia e ouvi dos moradores a dor de ter perdido seus lares e de sentirem na pele o descaso público. Desta vez, busquei uma outra voz. Entrevistei para o BoletimNPC o doutorando Guilherme Marques Soninho, que estuda os problemas habitacionais do Rio. Tento achar em sua falas possíveis saídas para este tão grande problema que vivem hoje estes milhares de moradores de comunidades cariocas. Leia a entrevista completa. [17.05.2010]




Radiografia da Comunicação Sindical


CUT-RJ investe em comunicação na internet

A Central Única dos Trabalhadores do Rio inaugurou no dia 16 de abril a sua página na internet reformulada. A proposta é uma página interativa, com várias ferramentas tais como galeria de fotos e vídeos e enquetes. Novos recursos como o twitter também são utilizados. “Estamos procurando nos manter antenados com as redes sociais por serem espaços onde estão muitos trabalhadores, formadores de opinião, estudantes. Sabemos que essa é uma briga desigual porque a mídia tem todos os aparatos tecnológicos. Assim, o enfrentamento precisa ser em todos os espaços” afirma Bepe Damasco, assessor de comunicação da CUT-RJ.  

Um outro formato que está sendo explorado é o radiofônico. O programa semanal “A Voz do Trabalhador” traz informações sobre mundo do trabalho. Todas as edições estão disponíveis na página. Inaugurado em setembro do ano passado, o programa já é distribuído para cerca de 100 rádios comunitárias.   

Conheça a página da CUT-RJ no endereço: http://www.cutrj.org.br.




A Comunicação que queremos


Ato no Rio defende comunicação como direito humano

[Por Gizele Martins] “Pelo Direito à comunicação!” foi o tema do protesto que ocorreu no final da tarde do dia 13 de maio, na Praça XV, Centro do Rio de Janeiro. Com um carro de som, uma faixa e alguns panfletos, militantes da causa conversaram com pessoas que passavam pelo local. O objetivo é fazer com que a população saiba que a comunicação é um direito de todos e que cobre de seus governantes a garantia desse direito.  

Algumas pessoas se aproximavam e diziam concordar com o que era falado. “Temos que construir a nossa mídia mesmo. Sou cria da favela e esses jornais fazem com que a gente tenha regras escolhidas por eles. Até a nossa música é escolhida por eles!”, disse um vendedor de pipocas. Outro rapaz, estudante de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concordou com o vendedor. “As novelas, as matérias dos jornais nunca falam do que realmente os mais pobres sofrem. Apenas põem a culpa neles, e isso não é justo. Temos que fazer a nossa mídia!”, concluiu.




Democratização da Comunicação


Senado debate criação de canais comunitários

Na sexta-feira, 14/05, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prometeu entregar à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado a relação de cerca de 380 municípios que têm direito a um canal de televisão comunitária por cabo. O prazo é de uma semana. A decisão foi anunciada durante audiência pública na Comissão.  

Com isso, será possível a essas cidades pedirem ao Ministério das Comunicações a instalação de canais comunitários, enquanto não forem instalados os chamados canais da cidadania, que serão digitais e em sinal aberto.  

A lei para TV digital prevê quatro canais de exploração direta pela União: um canal para o Executivo, um canal educativo, um nos moldes de TV Cultura e um de cidadania, para uso das comunidades.  

As emissoras do canal cidadania funcionarão à base de consignação, e as cidades deverão ter um conselho municipal de comunicação social e um conselho gestor, para administrar os recursos de cada emissora. A professora Cicília Peruzzo, da Universidade Metodista de São Paulo, alertou durante a audiência para o risco de os canais de cidadania serem controlados pelo poder político local. Segundo ela, a vontade da sociedade civil deve ser majoritária nos fóruns locais e os conselhos precisam garantir treinamento e habilitação do cidadão comum para a prática televisiva.

[Fonte: Agência Senado]



Entidades civis defendem acesso à banda larga como direito fundamental

Dezenas de entidades civis manifestaram-se em favor do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado na semana passada pelo governo federal. Mas, apesar de o Plano ser visto como um primeiro passo positivo em direção à massificação da banda larga, os signatários da carta defendem movimentos mais fortes do governo. Em especial, o estabelecimento da oferta de Internet em alta velocidade como um serviço prestado em regime público.

 "Entendemos que qualquer política pública para banda larga deve estar baseada na garantia da universalização, da qualidade e da continuidade do serviço, promovendo a acessibilidade econômica a partir do reconhecimento das desigualdades sociais, de gênero e étnico-raciais do país", diz um trecho da carta enviada à Casa Civil com o posicionamento dos grupos envolvidos. Nela, foram listados 12 princípios que o governo deve seguir para promover de fato a inclusão digital dos brasileiros. O primeiro item é não só classificar a banda larga como um serviço público, mas também assegurar que o acesso seja um "direito fundamental" do brasileiro.

                                   Leia o texto completo na página da Comissão Rio Pró-Conferência.




De Olho Na Mídia


Morte do personagem Bené na novela Viver a Vida. Qual a moral da história?

[Por Claudia Santiago] De acordo com Laura Mattos, da Folha Online, a novela Viver a Vida, de Manoel Carlos, que terminou na sexta-feira, 14/05, foi a pior audiência da década e teve o maior lucro com merchandising. Laura diz que, segunda a Folha de S. Paulo, o declínio de ibope nas novelas das oito é contínuo desde 2005. Tomara que continue a cair muito. Assim, menos gente viu o personagem que optou viver na favela ser assassinado. O rapaz decide ser trabalhador. Mas na favela não tem jeito, diz o autor da novela. Voltou para lá, morre. E os assassinos eram todos negros. No final da trama, todos os bandidos acabaram felizes, menos o favelado. Qual a moral da história?



Editora Abril demite jornalista por criticar revista Veja no twitter

A National Geographic Brasil, da Editora Abril, demitiu na terça-feira, 11 de maio, o editor-assistente Felipe Milanez. O motivo foram as críticas que ele fez no twitter à revista Veja por causa da reportagem “A farra da antropologia oportunista”, que trata de delimitação de reservas indígenas e quilombos no país. O repórter-fotográfico havia se manifestado a respeito da nota do antropólogo Eduardo de Castro, citado por Veja na reportagem mas que nega ter dado entrevista para a revista. “ Eduardo Viveiros de Castro achou um bom adjetivo pra definir a matéria da Veja: ‘repugnante’”, escreveu no twitter. Milanez também chegou a citar os microblogs dos repórteres Leonardo Coutinho, Igor Paulin e Júlia de Medeiros, autores da reportagem, como exemplos “anti-indígenas” para quem quisesse segui-los.

“ Não sei ainda o que vou fazer da vida. Não estou arrependido porque nunca imaginei que minha opinião pudesse causar uma reação tão drástica. Talvez eu tenha sido ingênuo, mas quem defende índio tem que estar com a cabeça preparada para levar paulada”, afirmou Milanez.

                                  Fonte: Blog da Amazônia - http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br




Proposta de Pauta


Negros ainda são vítimas de escravidão

[Por Antonio Gois/ Folha de S. Paulo] Passados 122 anos desde a Lei Áurea, três em cada quatro trabalhadores libertados de situações análogas à escravidão hoje são pretos ou pardos. Isso é o que mostra um estudo do economista Marcelo Paixão, da UFRJ. O estudo foi feito a partir do cadastro de beneficiados pelo Bolsa Família incluídos no programa após fiscalizações que flagraram trabalhadores em situações que são consideradas formas contemporâneas de escravidão. São pessoas trabalhando em situações degradantes, como jornada exaustiva e dívidas com o empregador, que impedem de largar o posto e oferecem riscos de serem mortas.

Paixão, que publica anualmente um Relatório de Desigualdades Raciais (Ed. Garamond), diz que foi a primeira vez em que conseguiu investigar a cor desses trabalhadores, graças à inclusão do grupo no Bolsa Família. Os autodeclarados pretos e pardos representavam 73% desse grupo, apesar de serem 51% da população total do Brasil. Para o economista, "a cor do escravo de ontem se reproduz nos dias de hoje. Os negros e índios, escravos do passado, continuam sendo alvo de situações em que são obrigados a trabalhar sem direito ao próprio salário. É como se a escravidão se mantivesse como memória".

Ainda segundo o IBGE, entre os brasileiros que se encontravam entre os 10% mais pobres, 74% se diziam pretos ou pardos.



NPC Informa


São escolhidos nomes da sociedade civil para formar Conselho Curador da EBC

O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) elegeu no dia 11/05 os componentes das três listas tríplices que serão enviadas ao presidente Lula. Dessa listagem sairão os três novos representantes da sociedade civil no Conselho. Esses nomes saíram dos 47 indicados através de consulta pública. O Conselho Curador da EBC é composto por 22 membros: 15 da sociedade civil; quatro do Governo Federal; um da Câmara dos Deputados; um do Senado Federal e um funcionário da Empresa. Os conselheiros têm mandatos que variam de dois a quatro anos.

A consulta pública para indicação de representantes da sociedade civil para o Conselho Curador da EBC foi realizada entre os dias 1/03 e 15/04 deste ano. Participaram da consulta 65 organizações de variados perfis, como entidades ligadas à produção audiovisual, ONGs e associações de trabalhadores ligados à comunicação e à cultura. Os critérios para as escolhas dos nomes foram diversidade regional, étnico-racial, de gênero e pluralidade de experiências e competências profissionais.

Confira a composição das listas na página da EBC.



Abertas as inscrições para Festival Visões Periféricas

logo   

O Festival Visões Periféricas recebe até o dia 30 de junho inscrições de filmes para a programação deste ano. Essa é a quarta edição do festival, que terá as mostras competitivas Visorama, Fronteiras Imaginárias, Tamojuntoemisturado e Imagens Remix. A proposta do festival é divulgar os filmes produzidos por projetos, pontos de cultura, oficinas e escolas populares que utilizam o audiovisual como meio de expressão e desenvolvimento social; usar e divulgar as novas mídias a serviço da democratização do audiovisual; promover a mistura de olhares e refletir sobre o próprio conceito de periferia. A programação será composta por filmes produzidos de 2008 a 2010. O festival será realizado no mês de setembro, com data e local a serem divulgados em breve.

Saiba mais e inscreva-se em www.visoesperifericas.org.br.



Em São Paulo ocorre Seminário de Altos Estudos Contemporâneos

No período de maio a novembro de 2010, com um encontro mensal das 14h às 18h, ocorre no auditório da UNESP o Seminário de Altos Estudos Contemporâneos. Especialistas discutirão temas como a depressão no capitalismo; futebol; tragédia urbana no Brasil; os cem anos da Revolução Mexicana; e outros. As vagas são limitadas e a atividade é gratuita.  

A atividade será no auditório da UNESP, que fica na Praça da Sé, 108, 7º andar, Centro de São Paulo. Está sendo organizada pela Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes, pela ENFF, pela Cátedra UNESCO de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial da UNESP e pelo Departamento de Jornalismo da PUC-SP. Os(as) interessados(as) devem mandar e-mail para seminario@amigosenff.org.br com nome completo, RG, telefone, e-mail e mesas que pretende participar.

Confira a programação em nossa página.


De Olho Na Vida


Os vários racismos

[Por Sérgio Domingues] O movimento negro se recusa a aceitar o 13 de maio como a data que celebra a libertação dos negros. A “Abolição” jamais significou o fim do racismo que justificava a escravidão. Os negros deixaram de ser cativos para serem abandonados ao desemprego, à mendicância, sem terras para plantar, habitações dignas e direitos básicos.
O racismo brasileiro é baseado principalmente na discriminação que leva em conta características físicas, como a cor da pele. Mas, há também o preconceito racial com base na origem. É aquele que atinge pessoas identificadas com certo grupo étnico, como os judeus. No entanto, há uma forma de racismo mais sutil. Seus defensores aceitam a igualdade biológica entre os seres humanos. Mas afirmam que há diferenças culturais que dificultam a convivência entre certos grupos populacionais. Esse tipo de discriminação vem se tornando muito forte na Europa. Principalmente em relação aos muçulmanos. Mas, africanos, caribenhos, latino-americanos, ciganos também são suas vítimas.  
O 13 de Maio deveria servir, pelo menos, para mostrar como o racismo sobrevive a mudanças históricas importantes. E que sua resistência está ligada à manutenção do capitalismo.  
                                                                      Publicado em http://pilulas-diarias.blogspot.com



Dia Nacional da Luta Antimanicomial

18 de maio é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. No Brasil, há mais de 60 mil pessoas encarceradas em hospícios, em condições de descaso e abandono, sem receber tratamento adequado. O movimento antimanicomial busca acabar com essa situação e defender os direitos dos milhares de internos. Os princípios do movimento são a extinção dos manicômios, a promoção de um tratamento digno para todas as pessoas com sofrimento psíquico e a luta contra a exclusão e a discriminação. No Rio de Janeiro, milhares de simpatizantes do movimento farão um ato-show na Cinelândia na terça-feira, das 15h às 19h. E no seu Estado? Envie para o BoltimNPC notícias sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. [Fonte: Boletim Sintuperj]



Publicação pretende combater visão estereotipada da favela

O que é favela?

Está disponível na página do Observatório de Favelas a publicação O que é a favela, afinal? Este conjunto de textos é resultado de um seminário promovido nos dias 19 e 20 de agosto do ano passado de 2009. No encontro, reuniram-se pesquisadores e representantes de instituições governamentais acadêmicas e da sociedade civil que vêm refletindo sobre o tema da favela. Na apresentação da obra, afirma-se que uma das principais preocupações do seminário foi pensar a representação estereotipada das favelas, e sua terríveis consequências no âmbito do tratamento de seus moradores por parte do Estado e/ou por agentes privados que atuam nesses espaços. O objetivo é propor relações democráticas com esses territórios, para que se efetivam políticas públicas que garantam e afirmem os direitos sociais da população favelada. Confira a publicação.



Iniciativa prevê maior acesso à produção acadêmica da UNESP

A UNESP está disponibilizando na Internet livros em formato digital, com acesso gratuito dos conteúdos de dissertações, teses, pesquisas de pós-doutorado e de livre-docência da Universidade. A iniciativa tem como objetivo oferecer acesso universal ao conhecimento produzido nos diversos programas de pós-graduação da Universidade.  

Os assuntos publicados estão ligados às áreas de Comunicação, História, Sociologia, Educação, Literatura, Artes, Direito, Filosofia e Linguística.


Para o conhecimento da coleção, basta acessar o endereço eletrônico: http://www.culturaacademica.com.br/. Para o download de qualquer uma das obras, é necessário o preenchimento de um cadastro.  




Dicas


Documentário disponível na Internet

No 20º aniversário da marcante obra-prima de Michael Moore, Capitalismo: Uma História de Amor regressa ao tema que o realizador tem vindo a examinar ao longo da sua carreira: o desastroso impacto do domínio das grandes corporações no dia-a-dia dos americanos e, por defeito, das pessoas de todo o mundo.

Mas desta vez o culpado é muito maior que a General Motors e o local do crime bem mais vasto do que Flint, no Michigan. Da América interior ao centro do poder de Washington, passando pelo epicentro financeiro de Manhattan, Michael Moore transporta de novo o espectador para territórios nunca percorridos.

Ao mesmo tempo com humor e coragem, Capitalismo: Uma História de Amor explora uma pergunta tabu: Qual o preço que a América tem de pagar pelo seu amor pelo capitalismo? Anos atrás, esse amor parecia inocente. Hoje, no entanto, o Sonho Americano parece mais um pesadelo, quando as pessoas têm de pagar com os seus empregos, a suas casas e as suas poupanças.

Moore leva-nos até às casas de gente normal, cujas vidas ficaram viradas do avesso, e vai à procura de explicações em Washington e outros locais. O que descobrimos tem os sintomas tão familiares de uma história de amor que deu para o torto: mentiras, abuso, traiçãoe 14,000 empregos perdidos todos os dias.

Capitalismo: Uma História de Amor é não só o culminar do trabalho anterior de Michael Moore e um olhar sobre como poderia ser um futuro mais esperançoso. É a derradeira tentativa de Michael Moore para responder à pergunta que tem andado a fazer ao longo da sua tão ilustre como controversa carreira: Quem somos nós e porque razão nos comportamos assim?

Distribuição: Ecofilmes

Link para baixar o documentário AQUI. 

[Fonte:http://profdiafonso.blogspot.com/]



Filme aborda triste realidade dos manicômios judiciários

Mortos

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, 18 de março, sugerimos aos leitores do BoletimNPC que assistam ao documentário A Casa dos Mortos. O filme é da antropóloga e professora da Universidade de Brasília, Débora Diniz, e mostra a situação precária dos manicômios judiciários e as péssimas condições a que os internos são submetidos, sem receber tratamento adequado e condenados à marginalização. O filme é narrado pelo poeta Bubu, que possui 12 internações em manicômios.
São apresentadas as histórias de Jaime, Antônio e Almerindo, homens considerados perigosos, cujo destino será ou o suicídio ou a sobrevivência em prisão perpétua. O trabalho mostra o que acontece com os 4.500 mil internos que vivem em hospitais de custódia de todo o país. A duração é de 24 minutos, e pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=FLuZVLojKJw



Livros sobre História com desconto

Estão sendo vendidos, com desconto, seis títulos do historiador e musicólogo José D’Assunção Barros. Ele tem uma longa produção acadêmica sobre Arte, Música, Literatura, Cinema, e temas ligados à História de modo geral. Confira os títulos:  

1 - O Projeto de Pesquisa em História. R$28

2 - O Campo da História. R$28

3 - A Construção Social da Cor. R$28

4 - Cidade e História. R$ 19,00

5 - Nacionalismo e Modernismo - a música erudita brasileira nas seis primeiras décadas do século XX, vol. 1. R$20

6 - Nacionalismo e Modernismo - a música erudita brasileira nas seis primeiras décadas do século XX, vol. 2. R$25

[Quem quiser levar os dois volumes de Nacionalismo e Modernismo, juntos, paga R$ 10 por cada] 

Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail jose.assun@globo.com




NÃO FALTAM BOAS REVISTAS. FALTAM LEITORES.


Publicação da UFRJ em versão impressa e online

O Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) possui uma publicação de caráter plural e interdisciplinar: a Revista VERSUS. A última edição, a de nº 03, enfoca política, mídia e cultura. De acordo com a apresentação, o objetivo da iniciativa é divulgar o pensamento crítico das diversas áreas do conhecimento voltadas para os problemas sociais, econômicos, políticos e culturais da sociedade contemporânea.
A VERSUS trata de questões nacionais sem desconectar de assuntos mundiais. É uma fonte interessante de material que pode ser utilizado em sala e como fonte de pesquisa.  

Para acessar a versão online e solicitar a impressa basta acessar a página http://www.versus.ufrj.br/




Memória


Sindicato dos Comerciários de Fortaleza comemora 77 anos

Tudo começou com a influência da luta dos Caixeiros de Fortaleza, em 1870, pelo direito a uma folga na semana. Mas só foi no ano de 1933 que um grupo de comerciários começou a reunir-se e, no dia 26 de maio de 1933, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Fortaleza foi fundado.

Após 77 anos de existência, ocorreram muitas batalhas com diversos governos e empresários em defesa da categoria, da classe trabalhadora em geral e dos movimentos sociais. “Sabemos que ainda está longe de atingirmos todos os nossos objetivos e de termos salários e trabalho justos, pois o sistema capitalista é cruel e a ganância dos empresários beira a insanidade. Entretanto, independente de todas as dificuldades, será sempre desta maneira, incansáveis na luta em defesa dos comerciários, que continuaremos a escrever a nossa história”, diz o material de comemoração do aniversário do Sindicato.

Consta na programação de comemoração do aniversário uma exposição de fotos das lutas dos trabalhadores. A mostra fica de 18 a 31 de maio, na sede do Sindicato: Av. Tristão Gonçalves, 803, Centro de Fortaleza, Ceará. Mais informações em www.sindcomerciarios.org.br.




Pérolas da edição


Por Carla Silva

A grande imprensa brasileira foi indispensável para que o neoliberalismo tenha sido construído da forma que o foi. A Veja diz ser indispensável para o país que queremos ser. A pergunta é: quem está incluído nesse “nós”? A classe trabalhadora é que não.

Por Carla Silva, em entrevista ao Observatório do Direito à Comunicação sobre sua pesquisa “Veja: o indispensável partido neoliberal”.



Por Eduardo Galeano

(...) Em vez de obedecer à história, inventá-la. Ser capaz de imaginar o futuro e não simplesmente aceitá-lo. Para isso é preciso revoltar-se contra a horrenda herança imperial, romper com essa cultura de impotência que diz que você é incapaz de fazer, por isso tem que comprar feito; que diz que você é incapaz de mudar; que aquele que como nasceu vai morrer.
Por Eduardo Galeano, ao responder à pergunta da Caros Amigos sobre o que falta para a América Latina ser independente. Essa frase foi retirada da revista Versus.




De Olho No Mundo


Tribunal Permanente dos Povos denuncia atuação de empresas europeias na América Latina

Em Madri, Espanha, foi realizado neste fim de semana o Tribunal Permanente dos Povos (TPP). 30 transnacionais européias foram acusadas de promover violações na América Latina e Caribe. Dentre os casos apresentados está o da transnacional Agrenco, empresa de agronegócios, acusada por violações aos direitos dos povos indígenas brasileiros do estado do Mato Grosso. Também a empresa mexicana Águas de Saltillo, filial da espanhola Águas de Barcelona, foi apontada como exploradora dos aquíferos da região mexicana de Saltillo, deteriorando a água potável do local. A suíça Holcim, empresa de mineração, foi acusada pelo assassinato indireto de 11 camponeses por contaminação das águas no município mexicano de Atotonilco de Tula, e por violar a convenção 169 da OIT na localidade de San Juan de Sacatepéquez, na Guatemala. O Tribunal Permanente dos Povos faz parte da 4ª Cúpula dos Povos Enlaçando Alternativas.                                                                                        

[Fonte: Aliança Social Continental]



As cascatas da mídia sobre a crise na Europa

[Por Sérgio Domingues] A abordagem que a chamada grande mídia vem fazendo da crise européia é coisa de cascateiro. Alguns de seus comentaristas dizem que houve uma crise em 2008 que colocou em questão o capitalismo de tipo americano: desregulado, aberto à competição, com pouca proteção social etc. Já a crise atual, que começou na Grécia, colocaria em xeque o modelo europeu: com muita intervenção estatal, direitos trabalhistas exagerados, protecionista etc.
O fato é que a crise atual é a mesma que começou em 2008. Não é só a Grécia que está cheia de dívidas. No resto da Europa e nos Estados Unidos, os governos estão devendo mais do que suas economias conseguem produzir. E tais dívidas foram contraídas exatamente para socorrer os bancos e seus prejuízos.
A idéia é mostrar que não há saída. Se nos Estados Unidos foi ruim, na Europa está sendo bem pior. A solução então é cortar direitos sociais, privatizar, acabar com serviços públicos etc. Uma nova rodada da crise deve vir por aí. Com ela, mais ataques aos direitos dos trabalhadores. Zapatero já está dando sua contribuição. O “socialista” espanhol mandou cortar salários e aposentadorias.  

                                                                     Publicado em http://pilulas-diarias.blogspot.com




Artigos


Todo repúdio à Revista Veja. Viva a luta do movimento LGTTB
[Por Camila Marins] A revista Veja publicou nessa semana a seguinte matéria: "Ser jovem e gay. A vida sem dramas." A reportagem – por meio de depoimentos de jovens de classe média e classe média alta – aponta que os jovens gays têm assumido a homossexualidade sem qualquer razão para temer ou esconder. A revista ainda mostra que ser militante da causa é quase ultrapassado e que a luta é desnecessária. O que a matéria não registrou, ficou na marginalidade da informação: homofobia existe. Leia o texto completo.

Utopia, realidade, e a utopia que vira realidade

[Por Alan Tygel] Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. A luta pela reforma agrária, por uma vida digna no campo e na cidade, por alimentos saudáveis, por respeito à Natureza, igualdade de gêneros, por uma educação popular, e finalmente pela construção de uma sociedade em que o povo seja soberano, todas estas lutas compõem a pauta do MST. Temido pela burguesia agrária e pelo agronegócio, bombardeado pela mídia, criminalizado por governos e judiciários oligárquicos, segue ocupando latifúndios e lutando por terra para quem precisa. Leia o texto completo.



Tortura, por que não?
[Por Maria Rita Kehl] O motoboy Eduardo Pinheiro dos Santos nasceu um ano depois da promulgação da lei da Anistia no Brasil, de 1979. Aos 30 anos, talvez sem conhecer o fato de que aqui a redemocratização custou à sociedade o preço do perdão aos agentes do Estado que torturaram, assassinaram e fizeram desaparecer os corpos de opositores da ditadura, Pinheiro foi espancado seguidas vezes, até a morte, por um grupo de 12 policiais militares com os quais teve o azar de se desentender a respeito do singelo furto de uma bicicleta. (...) Encararemos os fatos: a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no País, tanto faz se no passado ou no presente. Leia o texto completo.

O império do consumo
[Por Eduardo Galeano] O sistema fala em nome de todos, dirige a todos as suas ordens imperiosas de consumo, difunde entre todos a febre compradora; mas sem remédio: para quase todos esta aventura começa e termina no écran do televisor. A maioria, que se endivida para ter coisas, termina por ter nada mais que dívidas para pagar dívidas as quais geram novas dívidas, e acaba a consumir fantasias que por vezes materializa delinquindo. Leia o artigo completo.



Entrevistas


Virgínia Fontes fala sobre ações imperialistas de empresas brasileiras em outros países

[Por IHU-Online] Para a historiadora Virgínia Fontes, estamos vivendo o nascimento do imperialismo brasileiro onde os grandes capitais originados aqui no país "estão se concentrando em uma proporção faraônica" e, assim, passam a fazer investimentos diretos fora do país, além de implantar empresas no exterior. A Petrobras e a Vale são bons exemplos disso. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone, a professora explicou como o imperialismo brasileiro está surgindo e se desenvolvendo, e analisa o comportamento dessa exportação de capital a partir da atuação dessas empresas fora do país. Leia a entrevista completa.



Mulheres em marcha

[Por Jornal Em Tempo] Todos os anos, o calendário de lutas se abre com a luta das mulheres nas ruas, no Dia Internacional da Mulher. Este ano, aos cem anos dessa data, e completando-se dez anos de Marcha Mundial das Mulheres, elas foram além das ruas: foram marchar. Leia entrevista de Nalu Faria sobre a ação da Marcha 2010 e as perspectivas pós-8 de março. Leia a entrevista completa.



Expediente



Núcleo Piratininga de Comunicação

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Coordenador: Vito Giannotti

Edição: Claudia Santiago (MTB.14915)

Redação: Sheila Jacob e Vito Giannotti.

Web: Luisa Santiago 

Colaboraram: Adriana Facina (RJ), Camila Marins (RJ), Gizele Martins (RJ), Jéssica Santos (RJ), Marília Gonçalves (RJ), Mário Camargo (RJ), Rogério Almeida (PA), Sérgio Domingues (RJ), Tatiana Lima (RJ).

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ÍNDICE
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Notícias do NPC

Vito Giannotti lança Dicionário de Politiquês em Recife
Curso sobre comunicação e disputa de hegemonia em Brasília
Documentário 788 sobre o cotidiano dos moradores de favelas
Página do NPC é atualizada diariamente

Entrevistas por NPC
Autor de A negação do Brasil conversa com o BoletimNPC sobre a primeira protagonista negra em uma novela brasileira
Há sete milhões de sem-casas no Brasil, diz historiador carioca (Parte I)

Radiografia da Comunicação Sindical
CUT-RJ investe em comunicação na internet

A Comunicação que queremos
Ato no Rio defende comunicação como direito humano

Democratização da Comunicação
Senado debate criação de canais comunitários
Entidades civis defendem acesso à banda larga como direito fundamental

De Olho Na Mídia
Morte do personagem Bené na novela Viver a Vida. Qual a moral da história?
Editora Abril demite jornalista por criticar revista Veja no twitter

Proposta de Pauta
Negros ainda são vítimas de escravidão

NPC Informa
São escolhidos nomes da sociedade civil para formar Conselho Curador da EBC
Abertas as inscrições para Festival Visões Periféricas
Em São Paulo ocorre Seminário de Altos Estudos Contemporâneos

De Olho Na Vida
Os vários racismos
Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Publicação pretende combater visão estereotipada da favela
Iniciativa prevê maior acesso à produção acadêmica da UNESP

Dicas
Documentário disponível na Internet
Filme aborda triste realidade dos manicômios judiciários
Livros sobre História com desconto

NÃO FALTAM BOAS REVISTAS. FALTAM LEITORES.
Publicação da UFRJ em versão impressa e online

Memória
Sindicato dos Comerciários de Fortaleza comemora 77 anos

Pérolas da edição
Por Carla Silva
Por Eduardo Galeano

De Olho No Mundo
Tribunal Permanente dos Povos denuncia atuação de empresas europeias na América Latina
As cascatas da mídia sobre a crise na Europa

Artigos
Todo repúdio à Revista Veja. Viva a luta do movimento LGTTB
Utopia, realidade, e a utopia que vira realidade
Tortura, por que não?
O império do consumo

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