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Boletim do
NPC —
Nº 167
— De 1 a 15/5/2010
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Especial
"O que adianta esconder? A gente existe" Moradora da Maré sobre a construção de muros nas vias expressas próximas às favelas
Notícias do NPC
Curso de Comunicação Popular do NPC tem início no 1º de Maio
Antes do ato, grupo tem aula sobre origens do 1º de Maio na Praça XV [Por Sheila Jacob] Teve início o Curso de Comunicação Popular do NPC! Cerca de 20 alunos estiveram presentes nas manifestações ocorridas em Niterói no dia 1º de Maio, em homenagem ao Dia do Trabalhador. Os manifestantes se reuniram no Morro do Céu e fizeram uma caminhada até o Morro do Bumba.O curso de comunicação popular tem a coordenação da jornalista Claudia Santiago e é voltado a moradores de favelas, lideranças comunitárias e participantes de movimentos sociais que estejam interessados em produzir ou aprimorar a sua própria mídia para disputar ideias na sociedade. Além de técnicas de comunicação em veículos impressos, internet e rádio, essa edição do curso irá propor reflexões sobre a cidade do Rio, procurar entender por que ela funciona da maneira como funciona e como tudo isto foi construído historicamente.
As aulas são realizadas aos sábados, e a ideia é passar pelas comunidades onde moram os alunos. Por isso estão previstas aulas na Cidade de Deus, Arroio Pavuna, Vila Autódromo, Maré, Providência, Rocinha e Borel. Dentre os professores convidados estão Vito Giannotti (NPC); os jornalistas Hamilton Octavio de Souza, (Brasil de Fato e Caros Amigos e PUC/SP) José Arbex Jr, (Caros Amigos e PUC/SP) Kátia Marko (Jornalista RS), Arthur William Jornalista e Gustavo Barreto (RJ); os professores Reginaldo Moraes (Unicamp), Adriana Facina (UFF) e Raquel Paiva (UFRJ); o historiador Guilherme Marques (Soninho) (UFRJ/IPPUR); Maurício Campos (Rede contra a violência); a defensora pública Maria Lúcia Pontes; os artistas MC Leonardo e MC Fiell; dentre outros.
NPC participa de curso de comunicação na Cidade de Deus
A notícia por quem vive é o nome do curso que está sendo realizado na Cidade de Deus pelo Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ (SOLTEC), em parceria com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e o Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária da UFRJ (LECC). O objetivo é levar à comunidade uma reflexão acerca da mídia comercial e alternativa, e preparar os participantes para produzir informação sobre o que acontece de bom ou ruim dentro da sua comunidade.
Lançamento, no Rio, do Dicionário de Politiquês teve funk e hip hop
[Por Jéssica Santos e Gizele Martins] A noite do dia 28 de abril não poderia ser mais emocionante. No auditório lotado do Sindicato dos Metroviários, no Centro do Rio, Vito Giannotti e Sérgio Domingues lançaram o Dicionário de Politiquês, a mais nova publicação da Editora NPC. Além dos autores, apresentaram o livro a editora do jornal O Cidadão, Gizele Martins, o professor Gaudêncio Frigotto e os artistas MC Leonardo e Gas-PA. O encontro começou por volta das 19h com os escritores mostrando a importância de se comunicar com as multidões. Giannotti citou exemplos de palavras que jornalistas, sindicalistas e acadêmicos utilizam no dia-a-dia, mas que nem sempre transmitem a mensagem de forma clara. Sérgio Domingues lembrou que a ideia não é simplificar, mas sim “trabalhar a linguagem para se comunicar com milhões”. Em uma fala carregada de emoção, Gizele Martins relatou sua experiência no jornal comunitário da Maré que, segundo ela, é parcial e defende o pobre e favelado. “As palavras têm que respeitar a cultura daquelas pessoas para que elas possam compreender”, disse. Gaudêncio Frigotto, da Faculdade de Educação da Uerj, afirmou ser muito comum “usarmos palavras que não atravessam a muralha da compreensão”. Para ele, “o valor do texto do Vito e do Sérgio é que sem banalizar palavras, tentam traduzir para que a mensagem seja compreendida”. Gas-PA, do Coletivo de Hip Hop Lutarmada, refletiu sobre a dificuldade de lidar com conceitos e disse que “essa é uma grande muralha que existe para a compreensão das mensagens políticas que estamos apresentando”. Já MC Leonardo falou e cantou sobre como o funk é a expressão da realidade dos moradores das favelas. “Só quem pode fazer isso é o próprio jovem favelado e não a Fátima Bernardes, que não sabe nada sobre essa realidade”. Confira a cobertura completa em nossa página.
Radiografia da Comunicação Sindical
Bancários de Vitória da Conquista/BA comemoram 1000 edições de seu jornal semanal
O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou na quinta-feira, 29 de abril, às 19h, uma mesa redonda com o tema 1000 edições do Piquete Bancário: a imprensa alternativa e os movimentos sociais. O evento comemorou os 23 anos de existência do jornal semanal chamado O Piquete Bancário, criado pelo Sindicato em 1987. De acordo com o Sindicato, ao longo desses anos o jornal enfrentou ditaduras e intervenções, truculência patronal e governamental, mas sempre resistiu. Com o apoio das diretorias, a comunicação sindical se expandiu e ganhou reforço. Foram criados o Piquete Clientes, Piquete Mulher e mais de 1000 programas de rádio foram ao ar. Além disso o Sindicato está usando várias novas mídias.
Sintuperj comemora centésima edição do seu boletim
O Sintuperj comemorou na semana passada a centésima edição do seu boletim. Além de homenagem à equipe, publicou uma entrevista com a jornalista Claudia Santiago sobre a publicação, criada quando Claudia coordenava a equipe de comunicação do Sindicato.
Proposta de Pauta - Geral
UMA PAUTA NECESSÁRIA - Decisão do Supremo Tribunal Federal de negar revisão da Lei da Anistia gera protestos internacionais.
O pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por uma revisão na Lei da Anistia (6683/79) foi negado pelo Supremo Tribunal Federal por 7 votos contra 2 na quinta-feira, dia 29 de abril. A OAB defendia que fosse revista a interpretação de que a lei estende o perdão aos representantes do Estado que cometeram diversos crimes contra presos políticos durante a ditadura civil-militar (1964 a 1985). Dentre as formas de violência cometidas por policiais e militares naquele período estão homicídio, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor. Os ministros contrários à revisão da lei e à punição dos crimes foram Eros Graus, relator do processo; Carmen Lucia Antunes Rocha, Ellen Gracie, Gilmar Mender, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Pelluso. Os ministros que defenderam uma revisão da lei foram Ricardo Lewandowski e Ayres Britto. Desde então, diversas entidades nacionais e internacionais têm se manifestado contrárias à decisão do STF. A principal autoridade das Nações Unidas para direitos humanos, a sul-africana Navi Pillay, pediu o fim da impunidade no Brasil. "Essa decisão (do STF) é muito ruim. Não queremos impunidade e sempre lutaremos contra leis que proíbem investigações e punições". Ela se diz surpresa com o fato de o Brasil estar seguindo uma direção oposta à da Argentina e outros países latino-americanos em relação a investigações contra os responsáveis por torturas durante os regimes militares. [Com informações da Agência Estado]
Proposta de Pauta - Exploração em Dados
QUEM JÁ NOTICIOU? - Dossiê da Vale é entregue a representantes da ONU e OE Um dossiê que reúne denúncias de impactos socioambientais e violações aos direitos dos trabalhadores pela Vale no mundo foi entregue à ONU e à OEA no dia 27 de abril. O documento foi enviado ao relator de direito à moradia das Nações Unidas e a representantes do Secretário Geral da ONU, como o Sr. John Rudgie, responsável por assuntos relativos à atuação de transnacionais. Além disso, o documento foi entregue à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O conteúdo deve ser analisado e a diretoria da empresa deve ser chamada a dar explicações. O Dossiê Impactos e Violações da Vale no Mundo foi lançado durante o 1º Encontro Internacional dos atingidos pela empresa. O documento relata praticamente todos os casos que foram levados ao Rio pelos trabalhadores e representantes de movimentos e comunidades de oito países e seis estados brasileiros. Dentre os casos, estão a precarização das condições de trabalho, além da ocorrência de impactos ambientais irreversíveis e o desrespeito ao direito de comunidades tradicionais. O documento, ainda em versão preliminar, já está disponível na internet. Acesse em http://atingidospelavale.wordpress.com/
A Comunicação que queremos
Centro de estudos da mídia alternativa será lançado em São Paulo
No dia 14 de maio, às 19h, no auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo ocorrerá o lançamento do Centro de Estudos da Mídia Alternativa "Barão de Itararé". O Centro de Estudos reúne em seu conselho jornalistas progressistas e lutadores sociais. Os objetivos principais são contribuir na luta pela democratização da comunicação, fortalecer a mídia alternativa e comunitária, promover estudos sobre a estratégica frente midiática e investir na formação dos novos comunicadores. O nome "Barão de Itararé" é uma homenagem ao jornalista Aparício Torelli (1895-1971), considerado um dos criadores da imprensa alternativa no país. Ele também é considerado o "pai do humorismo brasileiro", segundo a biografia elaborada pelo filósofo Leandro Konder. Criador dos jornais A Manha e Almanhaque, ele ironizou as elites, criticou a exploração e enfrentou os governos autoritários. Militante do Partido Comunista do Brasil (PCB), foi eleito vereador pelo Rio de Janeiro em 1946, e teve seu mandato cassado junto com a cassação do registro do PCB, em 1947. O lançamento da nova entidade ocorrerá durante o seminário nacional "A mídia e as eleições de 2010". As inscrições para o evento custam R$ 20, e vão até 12 de maio. Os interessados devem entrar em contato com Danielli Penha pelo telefone (11) 3054-1829 ou pelo e-mail britarare@gmail.com [Fonte: Blog do Miro - http://altamiroborges.blogspot.com/]
Produções gratuitas denunciam exploração dos trabalhadores nos dias de hoje
A servidão moderna é o título de um livro e também de um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente. Ambos são distribuídos gratuitamente em certos lugares alternativos na França e na América Latina. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Segundo os idealizadores, o objetivo é mostrar a condição do escravo moderno dentro do sistema capitalista, além de evidenciar as muitas formas de mistificação que ocultam esta condição subserviente. “Ele foi feito para atacar de frente a organização dominante do mundo. No imenso campo de batalha da guerra civil mundial, a linguagem constitui uma de nossas armas. Trata-se de chamar as coisas por seus nomes e revelar a essência escondida destas realidades”, explica a apresentação na página em que ambos estão disponíveis. Confira em http://www.delaservitudemoderne.org/portugues1.html
Democratização da Comunicação
Acordo entre TV Brasil e emissoras estaduais cria Rede Pública de Televisão A TV Brasil fechou no final de abril um acordo com 17 emissoras públicas estaduais para a instalação oficial da Rede Pública de Televisão. Formada pela TV Brasil (administrada pela Empresa Brasileira de Comunicação), sete emissoras universitárias e 15 públicas estaduais, a nova rede cobrirá 1.716 municípios em 23 estados, com público estimado de cem milhões de pessoas por meio de sinal aberto. Inicialmente, a rede terá programação diária de dez horas, sendo quatro dedicadas à produção local. Para o jornalismo da emissora, doze acordos foram estabelecidos assegurando a produção de reportagens nos telejornais da TV Brasil. Na avaliação da jornalista Tereza Cruvinel, diretora-presidente da EBC, a contribuição dos canais estaduais é um gesto de generosidade para o jornalismo da TV pública federal. [Fonte: Redação Portal IMPRENSA]
De Olho Na Mídia
Revista Veja é alvo de diversas críticas por mentira e manipulação
Confira uma série de denúncias divulgadas pelo Portal Imprensa que a publicação da Abril, chamada constantemente por José Arbex Jr. de “Panfleto da Direita brasileira” recebeu no último mês:
1. Antropólogo da UFRJ diz que Veja "fabricou" declaração em reportagem Eduardo Viveiros de Castro, antropólogo e professor do Museu Nacional, da UFRJ, enviou carta à revista Veja, contestando declaração atribuída a ele pela publicação. Castro diz que matéria publicada na edição desta semana do semanário, intitulada "A farra dos antropólogos oportunistas", inventou declaração sua sobre os índios. Leia o texto completo. 2. Infraero rebate informações de reportagem da Veja sobre aeroportos brasileiros
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) divulgou em 8/04 um comunicado respondendo à matéria de capa da revista Veja da semana. Intitulada "O insuportável peso de voar", a reportagem é, para a empresa, "tendenciosa e traz informações equivocadas". A nota explica que a Infraero foi procurada pela revista, que pedia dados estatísticos sobre os principais aeroportos do país. Essas informações teriam sido encaminhadas à Veja, "que pouco fez uso delas, optando por uma crítica inconsistente. Leia o texto completo. 3. Reitor de universidade da BA acusa Veja de manipulação em reportagem Em comunicado à imprensa, o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Soledade Nacif, questionou informações de reportagem publicada na revista Veja dessa semana e acusou a publicação de ato preconceituoso, manipulação e de não utilizar as respostas concedidas na entrevista. Leia o texto completo.
4. Deputada baiana chama reportagem de Veja sobre UFRB de "estupidez" Na quarta-feira, 7/04, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) apresentou voto de repúdio à reportagem intitulada "Pecados Pouco Originais" publicada na revista Veja sobre a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Durante audiência pública na Câmara, a deputada baiana classificou de "estupidez" a reportagem da Veja. A parlamentar rechaça a tese de que a instituição seria um "elefante branco no meio do sertão" e diz que a matéria demonstra pouco conhecimento sobre o local. Leia o texto completo.
Flavia Braga mostra sua indignação com a Veja. É a indignação com o carro chefe do “Partido do Capital”, como definimos este semanário no 15º Curso Anual do NPC. Vamos escutar o grito de Flavia: “Como vocês sabem, a Veja é uma mentira só, mas está passando de todos os limites! Fizeram uma matéria bizarra sobre povos indígenas e a antropologia no Brasil que levou a comunidade científica nacional à loucura... tem um milhão de cartas de desagravo, etc, etc. Eu acho que a melhor resposta foi dada pela Associação Brasileira de Antropologia através de sua Comissão de Assuntos Indígenas. Particularmente conheço o professor João Pacheco do Museu Nacional/UFRJ, que preside a Comissão, e sei da qualidade da produção intelectual e do compromisso político dele. Vale a pena ler a nota da CAI/ABA que segue em link para o CIMI. Indignada e mandando bjs. Flávia".
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=4620&eid=257
Cartilha da direita defende a propriedade privada como um Deus intocável
O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) comentou em seu blog Tijolaço sobre uma cartilha dos tucanos com orientações para o debate eleitoral, enviada aos seus correligionários pela internet. Para ele é uma recomendação de terrorismo eleitoral. Um trecho do documento orienta os tucanos e demos a fazer terrorismo eleitoral, lembrando que os movimentos sociais do campo ameaçam a propriedade privada. A cartilha diz o seguinte: “Tópicos a serem usados insistentemente: Dilma e o PT defendem a censura e os movimentos sociais que derrubam laranjais e ameaçam a propriedade privada.” É evidente que um dos grandes temas desta eleição será o de fazer dos movimentos sociais do campo o bode-expiatório para garantir a coesão dos setores conservadores nas eleições e assustar os setores médios. Leia aqui o texto de Brizola Neto. [Do blog da Reforma Agrária]
De Olho Na Vida
Vídeo mostra a luta dos povos do Xingu contra Belo Monte
Entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro de 2009, os ministros do Meio Ambiente e Minas e Energia foram convidados a ir ao Xingu para discutir os impactos da obra de construção da usina de Belo Monte na região. Nesse período, foram gravadas cenas na Aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto/Jarina, em Mato Grosso. Confira o vídeo em http://www.youtube. com/watch? v=ZmOozYXozb8
Moradores(as) da Maré se manifestam contra os muros nas favelas do Rio
O bloco carnavalesco Se Benze que Dá, do complexo da Maré (RJ), divulgou uma “Carta Aberta Contra os Muros nas Favelas Cariocas”, chamados de Muro da Vergonha pelos moradores. O bloco é um instrumento de luta cultural e política composto por moradores e amigos do bairro Maré. A carta denuncia que as favelas vêm sofrendo historicamente um forte processo de criminalização, com a recorrente associação desses territórios com a violência, o tráfico, a ilegalidade e a pobreza. “É sob o disfarce de ‘barreira acústica’ – para a proteção sonora daqueles que moram próximos às principais vias expressas da cidade – que o Estado reafirma o processo de estigmatização e marginalização dos favelados. (...) Nós escrevemos essa carta para denunciar a fronteira que quer separar fisicamente a Maré do resto da cidade. Que os recursos utilizados para a construção do muro e de outras medidas direcionadas à exclusão da população pobre sejam revertidos para a eliminação dos muros sociais, abstratos. Ao invés de muros que separam, dividem, opõem, desejamos a construção de pontes, de elos, que reconheçam a favela como o que ela é: parte da cidade” (trecho do documento). Além do texto, o bloco produziu um panfleto e um breve documentário que apresenta as demandas dos moradores e suas reações diante da construção dos Muros na Maré.
(Confira na página do grupo: www.blocosebenzequeda.com)
Organizações camponesas de Belém debatem os grandes projetos na Amazônia
O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, as pastorais sociais e vários segmentos dos movimentos camponeses e indígenas promoveram no final do março um Seminário sobre os Impactos dos Grandes Projetos na Amazônia. A iniciativa teve como objetivo trocar conhecimentos, afinar o discurso das organizações populares e definir uma agenda de trabalho frente ao avanço dos grandes projetos na região. A disputa pelo projeto de desenvolvimento para a região está relacionada à disputa pela terra e pelos recursos naturais. Essa questão opõe dois grupos: o primeiro formado por grandes corporações do agronegócio, mineradoras, construtoras de barragens, base de lançamento de foguetes de Alcântara, empresas de cosméticos e farmácia. E o segundo composto por camponeses, indígenas, quilombolas e defensores dos demais modos de vida considerados tradicionais na Amazônia. Nesse cenário, o Estado continua a ser o principal indutor da economia local. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal financiador dos grandes empreendimentos, e o extrativismo continua como a base econômica. 25 de abril de 2010 - Portugueses comemoram Revolução dos Cravos
NPC Informa
Filmes gratuitos na internet debatem a questão do transgênico Estão disponíveis na internet mais de cem filmes que ajudam a refletir sobre os transgênicos. Os vídeos são bem diferentes: há os amadores e profissionais, curtas e longas metragens, animações ou documentários, em diferentes línguas. Dentre eles estão os longas Alimentos S.A., O mundo segundo a Monsanto, e o documentário Transgênicos – serão seguros? A videoteca sobre esse tema faz parte da Plataforma Transgênicos Fora, que defende uma agricultura sustentável orientada para a proteção da biodiversidade e do direito dos povos à soberania sobre o seu patrimônio genético comum. Confira os filmes e saiba mais sobre a Plataforma em http://stopogm.net/?q=node/543
TV Brasil lança Web TV com 24 horas diárias de programação
A TV Brasil estreou na quarta-feira, 5 de maio, a sua Web TV com programação própria. São 24 horas diárias de programas musicais, jornalísticos e infantis para todas as idades. Esta é mais uma alternativa para assistir à emissora pública, que até então era transmitida apenas por TV aberta e digital, TV por assinatura, recebida por antena parabólica, além de ser retransmitida via rede de emissoras parceiras em todo o país. A página da Web TV permite ainda comentários dos usuários e a interação com outros telespectadores. O endereço da Web TV Brasil é www.tvbrasil.org.br/webtv.
Sindipetro-RJ lança concursos sobre o petróleo
Petróleo, para quê e para quem? O futuro em nossas mãos. Esse é o tema central de dois concursos inéditos lançados pelo Sindipetro-RJ em março, voltados para estudantes desde o ensino infantil ao universitário. O objetivo é estimular a reflexão dos(as) estudantes sobre a necessidade de construção de um projeto popular para o país a partir da exploração do nosso petróleo. O 1º Concurso Nacional de Trabalhos Universitários premiará nas seguintes modalidades: áudio, vídeo, texto literário, texto acadêmico, texto jornalístico, trabalhos digitais, artes plásticas, desenho fotografia e criatividade livre. E o 1º Concurso de Texto e Imagem, que abrange a educação, infantil, fundamental e ensino médio, premiará trabalhos nas modalidades de texto e imagem. As inscrições vão até o dia 07/06/2010. Envie mensagem para contato@concursopetroleo.org.br. Acesse o portal www.concursopetroleo.org.br para conhecer os regulamentos, como se inscrever, os prazos a cumprir, bem como as premiações. [Fonte: Agência Petroleira de Notícias]
Oficinas no PR propõem reflexão crítica sobre a mídia
No Campus de Marechal Candido Rondon da Unioeste (PR), serão oferecidas oficinas pedagógicas que pretendem analisar criticamente os muitos produtos de mídia que estão presentes na nossa vida e que produzem ideologia. O curso propõe maneiras distintas de entender certos recursos utilizados pelos meios de comunicação para produzir certos efeitos, como deixar as pessoas apáticas, conformistas, pouco entendendo a historicidade dos acontecimentos. Dentre esses recursos estão, por exemplo, a confusão entre realidade e fantasia, a divulgação de fatos pouco importantes como sendo as grandes notícias e o convencimento de que a realização pessoal passa pelas diferentes formas de consumo. A programação começa no dia 13/05, com uma discussão sobre “Publicidade, marca e consumo”. As aulas ocorrerão no Campus da Unioeste que fica na Rua Pernambuco, 1777, Marechal Candido Rondon (PR). As inscrições são feitas pelo telefone (45)3284-7866. Informações sobre a programação pelo e-mail: projetoham@gmail.com
Mostra de fotos apresenta o mundo do trabalho do início do século XX Até o dia 30 de maio fica em cartaz, no Centro Cultural da UERJ, a exposição O Mundo do Trabalho em Imagens – A educação do olhar e a memória do trabalho, com coordenação da professora Maria Ciavatta (UFF e UFRJ). O objetivo da mostra é recuperar parte da história do trabalho e dos trabalhadores, no período de 1900 a 1930, por meio das fotografias existentes em arquivos públicos e privados destas cidades. A exposição apresenta por meio de imagens e jornais operários os trabalhadores das cidades do Rio, São Paulo e de Bologna (Itália), esta última por meio do arquivo da Confederazione Generale Italiana del Lavoro. Durante a mostra serão vendidos livros com desconto sobre fotografia, trabalho e educação para a doação à Escola Nacional Florestan Fernandes/MST. O Centro Cultural da UERJ fica na Rua Francisco Xavier, 524, Maracanã.
Ciclo de debates e espetáculos sobre a interação entre as artes e o sagrado
Em maio ocorre no Rio de Janeiro o ciclo A Teatralidade do Humano - Subjetividades e Políticas da Cena e do Mundo. O evento consiste em uma série de debates e apresentações das teatralidades dos terreiros, dos orixás, do cênico e do sagrado, dos rituais indígenas, do feminino, dentre outros. No dia 12/05, às 19h, o pesquisador e professor de comunicação da UFRJ Muniz Sodré promove palestra com o tema O Cênico e o Sagrado. Na ocasião haverá apresentação do Grupo Omo Arô, da Mãe Beata de Yemanjá. O evento ocorre no Oi Futuro de Ipanema, que fica na Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema. Saiba mais sobre a programação em www.ateatralidadedohumano.com.br
Dicas
Documentário de Silvio Tendler reúne depoimentos sobre a importância da utopia em tempos de barbárie
[Por Sheila Jacob] Utopia e Barbárie é o novo filme do cineasta Silvio Tendler, resultado de uma longa pesquisa realizada durante 19 anos. O filme faz um apanhado histórico dos acontecimentos que abalaram o mundo após a 2ª Guerra, como as revoluções da esquerda, o movimento da contracultura, as guerras de independência na África e na Ásia, a guerra do Vietnã, a eleição de Salvador Allende, as mortes e torturas nas ditaduras latino-americanas, a queda do muro de Berlim, e a globalização e a naturalização do neoliberalismo. O diretor passou por 15 países e entrevistou diversas personalidades da esquerda do Brasil e do mundo, dentre elas Apolônio de Carvalho, a quem o cineasta dedica o filme; e o general vietnamita Giap, responsável por derrotar os colonizadores franceses, em 1954, e os invasores norte-americanos, nos anos 70. As entrevistas ressaltam a necessidade de se acreditar em um mundo melhor e lutar por ele. Mesmo após o fim de tantos sonhos, Tendler mostra que a esperança ainda é possível, e a simboliza mostrando uma escola em que crianças árabes e judias trocam experiências e podem conviver em paz. Confira o trailler: http://www.youtube.com/user/utopiaebarbarie#p/a/u/1/kcWucAUWQOA
Publicações sobre Direitos Humanos na América Latina
Os livros Direitos Humanos - Violência e Pobreza na América Latina Contemporânea e Direitos Humanos e Questão Social na América Latina estão à venda na página www.grammanet.com.br. Os artigos que compoem ambas as publicações foram apresentados em seminários internacionais realizados na UERJ com o tema “Direitos Humanos, Violência e Pobreza: a situação de crianças e adoescentes na América Latina hoje”. O primeiro encontro foi em 2006, e o segundo em novembro de 2008. Os livros também podem ser comprados pelo e-mail proealc@gmail.com, ou então nas seguintes livrarias: Livraria Capitular-UFRJ-IFICS - Largo São Francisco de Paula 1, Térreo, Centro do Rio. Livraria e Editora Vozes LTDA - Rua Sete de Setembro, 132ª,Centro do Rio. Livraria Universo PSI LTDA - Av. Pasteur, 250 Fds - Prédio de Filosofia da UFRJ, Botafogo, Rio. EDUERJ - Rua São Francisco Xavier, 524, Térreo, Maracanã, Rio. Banca Pínolla - Rua Marquês de S. Vicente, 225,Gávea, Rio (em frente à PUC) Livraria Rio Antigo - Rua do Rosário, 155, Centro do Rio.
Vídeo mostra visita de Pontos de Cultura ao Banco Palmas, durante Teia 2010
O Banco Palmas é uma prática de Economia Solidária da Associação de Moradores do Conjunto Palmeira, bairro popular situado na periferia de Fortaleza (CE). Ele foi inaugurado em janeiro de 1998 na sede da Associação dos Moradores da comunidade. A ideia é implantar programas e projetos de trabalho e geração de renda na comunidade, estimulando a produção local e o consumo dos moradores no próprio bairro. O Banco usa uma moeda social com valor equivalente ao real; ou seja, cada 1 Palmas corresponde a 1 real. 240 empreendimentos do Conjunto Palmeira aceitam a moeda local e dão desconto de 5 a 10% para quem faz compras com ela. O Banco Palmas também faz a troca da moeda própria pela nacional, caso os empreendimentos cadastros precisem reabastecer seus estoques. O objetivo da visita de outros Pontos de Cultura ao Banco Palmas durante o Teia 2010 é mostrar como funciona na prática um projeto de economia solidária, e estimular que essa ideia seja posta em prática em bairros e comunidades de outros estados. O Teia 2010 é um evento que reúne Pontos de Cultura e de Mídia Livre do país inteiro, exatamente com esse objetivo de trocar experiências. Assista ao vídeo da visita ao Banco Palmas: http://www.youtube.com/watch?v=Cz_Xs1BnMI8
Promoção do livro Mutações do visível A Editora Pão e Rosas lançou uma promoção do livro Mutações do visível, da comunicação de massa à comunicação em rede. Organizado pelo professor Dênis de Moraes, do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, o conjunto tem como objetivo avaliar criticamente as diversas mudanças que ocorrem hoje por força da acelerada expansão das tecnologias digitais. Os textos procuram mostrar que há certas contradições e diferentes aspectos a serem considerados antes de se aceitar passivamente o culto celebratório do novo e as euforias tecnológicas. A promoção de venda do livro vai até 18 de maio. Confira em www.paoerosas.com.br/promocao.html
Uma poesia para você - O samba da mais-valia
(...) Síntese de muitas determinações A realidade brasileira é feita de contradições Mas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer essa luta sozinho. É luta de classes e coração. Tem a novela, meu bem E tem a Xuxa, também. Proselitismo tem no Jornal Nacional.
Tem desemprego, meu bem E tem a dengue, também. Desigualdade e tortura federal No Brasil todo foi um ti-ti-ti Todo mundo pensando Do Oiapoque ao Chuí Mas agora é a hora da transformação, O carnaval traz nossa revolução. (...) Do blog Depósito de Lembranças. Confira a letra completa e assista ao vídeo.
Literatura engajada é tema de novo livro da Bom Texto De que forma os trabalhadores brasileiros foram retratados pela literatura de ficção ao longo do tempo? Que identificações e compromissos os escritores assumiram com os trabalhadores, suas organizações e lutas? De que forma a opção política combinou com as orientações estéticas na obra dos escritores que assumiram uma militância de esquerda? Que reações essa militância literária poderia provocar? A publicação Livros vermelhos: Literatura, trabalhadores e militância no Brasil (Bom Texto) procura responder essas perguntas por meio da combinação entre as abordagens de uma história social do trabalho, em constante processo de renovação, e um entendimento de história da cultura que procura situá-la como parte da vida social material. Os artigos abordam temas como os trabalhadores na literatura de viajantes da primeira metade século XIX; o samba A favela vai abaixo, de Sinhô; o Parque industrial, de Patrícia Galvão; a peça “O rei da vela”, de Oswald de Andrade; o engajamento político nas obras de Graciliano Ramos e de Jorge Amado; a “utopia estético-política” de Mário Pedrosa; Ênio Silveira, o editor militante; e os livros apreendidos pelo DOPS-RJ. O professor do Departamento da UFF, Marcelo Badaró Mattos, é o organizador do conjunto.
Memória
Biografia aborda atuação política de Laura Brandão
Laura Brandão é uma importante figura na história brasileira da resistência e da luta contra a injustiça e a exploração no início do século XX. Laura foi casada com o comunista Octavio Brandão e, ao seu lado, militou no Partido Comunista do Brasil (PCB), enfrentando as perseguições dos órgãos de repressão. Sua voz era ouvida nas suas aparições em portas de fábrica, comícios, lutas sindicais e na política. Durante o Governo de Getúlio Vargas, foi deportada em 1931 do país com o marido e as três filhas, morrendo de leucemia nos Urais da URSS em 1942. A biografia Laura Brandão: A invisibilidade feminina na política, de Maria Elena Bernardes, resgata a trajetória dessa revolucionária carioca. O livro nos ajuda a entender o contexto político e cotidiano do tempo em que Laura viveu. A autora da obra nos apresenta uma mulher que foi professora e intelectual, encantada pela literatura e, principalmente, pela política; uma militante de esquerda que soube construir seu espaço de atuação, enfrentando algumas resistências masculinas em relação à presença feminina no espaço político.
(Mais informações na página do CMU: www.centrodememoria.unicamp.br)
Pérolas da edição
Por Leitor do blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim
“Fui ao cinema ontem no Leblon e quase caí da cadeira quando, no último anúncio antes do filme em si me deparei com um anúncio da CNA criticando as ocupações de terra do MST, falando que muita terra já foi destinada à reforma agrária e arrematando com o depoimento de um homem desfigurado pela suposta violência do MST em uma invasão. Ou seja, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) colocou também nos cinemas as inserções da campanha Vamos Tirar o Brasil do Vermelho – Invasão é Crime! Precisamos denunciar que essa campanha defende apenas os interesses de 15 mil fazendeiros, que têm mais de 2 mil hectares cada um, controlando 98 milhões de hectares (cerca de 30% das terras agricultáveis), enquanto a Reforma Agrária é uma necessidade para o desenvolvimento do Brasil! Comentário de um leitor do blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, reproduzido pelo blog da Reforma Agrária.
Por Evo Morales
“Salvemos a Mãe Terra do capitalismo. Que morra o capitalismo”. Evo Morales, presidente da Bolívia, na abertura da Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas em Cochabamba.
Por MC Leonardo
“Nós (funkeiros) estamos falando a língua deles, que é a nossa língua. Só quem pode fazer isso é o próprio jovem favelado e não a Fátima Bernardes, que não sabe nada sobre essa realidade”. MC Leonardo, presidente da APAFUNK, durante o lançamento do Dicionário de Politiquês, no Rio.
De Olho No Mundo
Argentinos defendem implementação da Nova Lei da Comunicação no país
Como anunciamos no último BoletimNPC, milhares de pessoas se manifestaram na capital da Argentina, Buenos Aires, em defesa da implementação imediata da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual (SCA). A legislação, considerada muito avançada, foi sancionada no dia 10 de outubro do ano passado, mas uma liminar a suspendeu. O lema da marcha foi defender a democracia é defender suas leis.
Essas mobilizações na Argentina podem ser vistas na internet. Confira as imagens: http://www.youtube.com/watch?v=pcMVh_ug4hY&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=szw4_rg3JYw&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=Ul2iBcf04AQ&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=soPvQW1Yybs&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=NtOeaZMtduM&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=JJwHcmbJBFI&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=qLKm6pk6_u0 http://www.youtube.com/watch?v=7-xHwRZLLHo&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=J1Jgbsq9gh4&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=j10Tk-cbQMs&feature=related .
Greve por melhores salários deixa França praticamente sem jornais Por causa de uma greve nos setores de impressão e distribuição, a França ficou praticamente sem jornais na quarta-feira, dia 21 de abril. A paralisação foi convocada pelo sindicato geral do livro e da comunicação escrita, que é o maior da principal empresa responsável pela distribuição dos diários no país. A causa da greve foi a recusa da empresa em aumentar os salários dos trabalhadores. Com a paralisação, as bancas não receberam jornais e revistas francesesas. Para minimizar os danos causados à população, os jornais Le Monde, Les Echos e Tribune liberaram o acesso gratuito na internet. (Fonte: Portal Vermelho)
Novas entrevistas em nossa página
"Situação dos EUA é insustentável no longo prazo" - diz Domenico Losurdo
[Por Emir Sader/ Carta Maior] No plano estratégico, a fraqueza dos Estados Unidos emerge de alguns dados elementares: com 5% da população mundial e 20% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, eles representam 50% das despesas militares do planeta! A longo prazo esta situação é insustentável, sobretudo se se leva em conta que o percentual estadunidense do PIB mundial tende a diminuir, enquanto continua a crescer a dívida pública. A avaliação é do filósofo marxista italiano Domenico Losurdo que, em entrevista exclusiva à Carta Maior, analisa a situação da maior potência do planeta e a possibilidade do surgimento de uma alternativa à atual hegemonia norte-americana. Leia a entrevista completa.
“Desinformar-se e enfrentar a investida dos meios de comunicação capitalistas”
[Por Cristiano Navarro/Brasil de Fato] Das periferias para o centro, a comunicação alternativa vai buscando brechas para transferir o poder da palavra dos maiores aos pequenos. O movimento zapatista, do México, experimentou, na década de 1990, a possibilidade de, por meio da internet, ser ouvido no mundo desde sua realidade local. Uma das protagonistas dessa ação foi Gloria Muñoz Ramírez, jornalista que acompanha o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) desde seu levante em 1994, no estado de Chiapas. Gloria segue militando na contra-informação. Seu mais novo projeto é dirigir a revista mensal Desinformémonos. Confira entrevista concedida por Gloria Muñoz ao Brasil de Fato
Assumindo-se como marginalizados, jornais alternativos não disputam a hegemonia
[Por Candice Crespi.FNDC.07/05/2010] A tendência da imprensa alternativa de fazer uma espécie de sociologia dos acontecimentos, optando por sempre explicar as estruturas e relações de poder por trás dos fatos, impede que os próprios fatos falem por si. Além disso, os veículos alternativos assumem a posição de marginalizados e permitem que somente os meios vinculados a grandes empresas narrem o cotidiano. Dessa forma, deixam de disputar hegemonia no terreno do moderno jornalismo. Refletir sobre as características desses meios e como eles se relacionam com a tradição dos veículos contra-hegemônicos, especialmente em um contexto de “crise das esquerdas”, foi o objetivo da dissertação Brasil de Fato: A imprensa popular alternativa em tempos de crise, de autoria do jornalista Daniel Cassol.
Jornalismo: questionamento no Brasil e no mundo
Raquel Paiva, PDE pela Università degli Studi di Torino, Itália, atualmente é Professora Associada da Escola de Comunicação da UFRJ, onde coordena o Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária. Nesta entrevista, ela falou, entre outros temas, sobre a importância vital dos cursos de jornalismo no Brasil e lembrou que o campo da comunicação passa por um importante momento de expansão na área de pesquisa.
Novos artigos em nossa página
Quem controla a mídia? [Por Venício Lima/ Carta Maior] Enquanto na América Latina, inclusive no Brasil, a grande mídia continua a “fazer de conta” que as ameaças à liberdade de expressão partem exclusivamente do Estado, em nível global, confirma-se a tendência de concentração da propriedade e controle da mídia por uns poucos mega empresários. Leia o artigo completo.
Os loucos e insensatos do MST estão em marcha
[Por Gerivaldo Neiva] Trafegava ontem (22.04) pela BR 324 (Salvador - Feira de Santana) e vi a marcha do MST pela rodovia. Saíram de Feira de Santana e a previsão de chegada a Salvador é na segunda-feira (26.04). São mais de 100 km de caminhada. Fala-se em 5 mil ou 6 mil participantes. Vi muitos jovens e mulheres participando da marcha. Leia o artigo completo.
Carta aberta dos moradores de favelas ao Prefeito e à cidade do Rio
[Por Conselho Popular do Rio e Movimentos Sociais contra a Remoção] Os problemas e as tragédias que hoje afligem principalmente os moradores de favelas não são frutos do acaso, mas da omissão e descaso do Poder Público que há décadas não investe em políticas públicas de habitação, na realização de obras de urbanização, infraestrutura, contenção de encostas, drenagem, reflorestamento, coleta de lixo e de regularização fundiária de interesse social. O histórico de abandono em que vivem os moradores dessas comunidades levou a mais uma tragédia anunciada. É comum o descaso e a negligência com as reivindicações que há décadas são feitas pelas comunidades. Leia o texto completo. Rádios Comunitárias: Um acordo ou um blefe? [Por Dioclécio Luz] Ao final da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em Brasília de 14 a 17 de dezembro de 2009, a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, Abraço, divulgou documento que trataria de um acordo fechado entre ela e o Governo. Este artigo analisa o fato. Leia o texto completo.
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093 www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br Coordenador: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB.14915) Redação: Sheila Jacob e Vito Giannotti. Web: Luisa Santiago
Colaboraram: Aline Carvalho (RJ), Altamiro Borges (SP), Camila Marins (RJ), Mário Camargo (RJ), Rogério Almeida (PA), Sergio Domingues (RJ).
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