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Boletim do
NPC —
Nº 163
— De 1 a 15/3/2010
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Especial
Nossa homenagem ao Glauco
Notícias do NPC
NPC prestigia lançamento do filme Carregadoras de Sonhos, do SINTESE
[Por Sheila Jacob] No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado de Sergipe (Sintese) preparou uma grande festa para o lançamento do filme Carregadoras de Sonho, que lotou o teatro Tobias Barreto. O longa foi dirigido pelo cineasta baiano Deivison Fiuza, a convite do Sindicato, e apresenta um retrato cruel da realidade da educação pública no país. Dentre os convidados estavam jornalistas do BoletimNPC, Brasil de Fato, Caros Amigos e Revista Fórum. Com isso, o Sindicato mostrou o seu apreço, apoio e aposta na imprensa popular e alternativa. O filme O filme foca na vida de Rose, Marta, Maraísa e Edielma, verdadeiras heroínas que entendem a beleza de sua profissão e o compromisso que têm como trabalhadoras da educação, mas não deixam de exigir condições melhores de trabalho e investimento público de qualidade nas escolas. “Isso é uma conseqüência do descaso público em relação à educação. É preciso parar de pensar na educação como um sacerdócio. Temos que ter boa estrutura para trabalhar”, defendeu Marta em depoimento. A plateia ficou bastante emocionada ao ver os diversos obstáculos enfrentados diariamente pelas protagonistas para conseguirem exercer sua profissão. A realidade Uma rápida visita a escolas sergipanas mostrou que muitas das situações mostradas pelo filme se repetem pelo Estado. São precárias as condições enfrentadas por professores(as) e alunos(as) da Escola Estadual Olavo Bilac, no bairro Santos Dumont, de Aracaju, e da Escola Municipal Barquinho Amarelo, localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, próximo à capital. Na primeira são mínimas as condições de higiene, o que torna a escola foco de doenças para professores(as) e alunos(as), além de impossibilitar o bom rendimento por causa do mau cheiro. Já na segunda, uma casa improvisada serve de anexo. Não há ventilação suficiente, o quadro negro não funciona, e duas salas são separadas por um buraco, o que faz com que as professoras tenham que forçar a voz para concorrer com o barulho das duas turmas. Leia o texto completo sobre o lançamento do filme e a educação no Estado em nossa página. [Sheila Jacob viajou ao Sergipe a convite do Síntese]
Curso de Oratória do NPC tem data marcada
Nos dias 10 e 11 de abril, Vito Giannotti, ministrará o curso de oratória A arte de falar em público. Será das 9h às 18h, no auditório do Sindicato dos Petroleiros, que fica na Av. Passos, 34, 2º andar. Durante o curso é feita uma introdução sobre as técnicas essenciais, dentre elas a organização do discurso, voz, olhar, gestos, posturas, como perder o medo do microfone e sobre os diversos vícios de linguagem. Depois há uma etapa com exercícios práticos. Os interessados devem entrar em contato com o NPC pelos telefones (21)2220-5618/ 2220-4895, ou pelo e-mail npiratininga@uol.com.br
Domingo é Dia de Cinema comemora Dia Internacional da Mulher
Neste ano comemora-se uma década do Domingo é Dia de Cinema, projeto que trabalha com o vídeo como ferramenta de formação e ensino a jovens de pré-vestibulares comunitários. No dia 14 de março, para comemorar o Dia Internacional das Mulheres, foi exibido o filme Libertárias, que trata de uma organização de mulheres de diferentes origens e classes sociais que se uniram na Espanha, em 1936, para lutarem, junto com os homens, contra as tropas nacionais. Depois da exibição houve um debate com Marilene Lima, do Lima, do grupo das Mães de Acari, e Terezinha Martins dos Santos Souza, conhecida como Teca Baiana, que é professora adjunta do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ.
Radiografia da Comunicação Sindical
SINTESE: exemplo de Sindicato que investe na comunicação sindical
[Por Sheila Jacob] O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (SINTESE) é um exemplo a todos os demais, por entender a comunicação como importante ferramenta de disputa de ideias. Além do filme Carregadoras de Sonhos, lançado no dia 8 de março, o sindicato produz ainda boletins diários; mantém atualizada sua página na internet, o principal veículo de comunicação, com cerca de 400 visitas diárias; e também investe em programas de rádio desde o início do ano. A pauta semanal é decidida pela diretoria do Sindicato, e a programação é transmitida todos os sábados, das 7h às 9h. Na capital Aracaju, o programa é veiculado na rádio comercial Atalaia AM. A produção é feita pela Agência Voz, grupo que produz conteúdos pautados pela esquerda e pelos movimentos sociais e sindicais. Dos 75 municípios do Estado de Sergipe, 74 são filiados ao SINTESE, menos a capital. Em alguns deles também há programas, como Simão Dias, Aquidabã, Canindé de São Francisco e Itabaiana. Estes são apresentados pelos próprios professores da rede pública, formados nos cursos de comunicação popular oferecidos pelo Sintese. Esse outro formato possibilita a abordagem de pautas locais, entrevistas com pessoas da própria região etc. A previsão é de que Nossa Senhora da Glória, Neópolis e Estância logo tenham seus programas. “Essa política é muito interessante, porque a gente constrói não apenas um debate sobre educação, mas sim sobre diversos assuntos e temas. Isso porque o rádio dá voz a trabalhadores e trabalhadoras de diversas áreas, além de ser um dos meios mais acessíveis atualmente”, disse o diretor de comunicação do Sindicato, Roberto Santos. Na avaliação dele, o rádio é uma importante ferramenta para difundir a informação no Estado, já que o Sergipe possui 37% de analfabetos funcionais.
A Comunicação que queremos
Comunicadores de São Paulo formam rede em apoio à Reforma Agrária e aos movimentos sociais
Em São Paulo está sendo criada uma "rede de comunicadores em apoio à Reforma Agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais". O primeiro encontro foi realizado na quinta-feira, 11 de março, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O evento de São Paulo é apenas o início deste processo, já que a proposta é que a rede tenha caráter nacional. Leia o Manifesto do grupo em nossa página.
Marcha Mundial de Mulheres distribui publicação própria durante a caminhada
A Marcha Mundial das Mulheres lança seu segundo jornal, especial sobre a 3ª Ação Internacional. A publicação traz novidades sobre as mobilizações da Marcha na América Latina e Caribe, um resumo atualizado da plataforma de ação, e um infográfico que mostra o trajeto e a programação completa da marcha.
Exemplares impressos do jornal serão distribuídos durante a caminhada entre Campinas e São Paulo, que vai de 8 a 18 de março.
Leia o arquivo em PDF.
Proposta de Pauta
Ministério Público exige controle da mão de obra das empresas de suco
O Ministério Publico do Trabalho de São Paulo entrou com um pedido de liminar contra as indústrias de suco de laranja para acabar com a terceirização da contratação de mão-de-obra para colheita da laranja. As empresas que controlam o mercado são: CUTRALE, LOUIS DREYFUS, CITROVITA (da Votorantim) e Fischer. Todos os anos elas contratam empresas terceirizadas para a colheita da laranja. São os chamados "gatos" que super-exploram os trabalhadores rurais. As empresas de suco não assumem compromisso algum com os direitos trabalhistas. A liminar pede uma indenização de R$ 400 milhões para pagamento de direitos dos trabalhadores que já trabalharam em safras passadas e tiveram seus direitos negados. O sindicato Citrus-BR, que representa o cartel das empresas, diz desconhecer a ação. Dessa forma, super-explorando os trabalhadores, é muito fácil as empresas terem grandes lucros. Ao mesmo tempo, abastecem a Coca-cola, que controla o mercado mundial de suco de laranja, fazendo concorrência com outros grupos que respeitam os direitos trabalhistas. [Com informações do Valor Econômico]
De Olho Na Mídia
Instituto Millenium: A Conferência de Comunicação particular da direita
[Por Gilberto Maringoni] O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é totalitário", "o stalinismo predomina no PT", "temos de ir para a ofensiva", "Vamos acabar com essa história de ouvir o outro lado na imprensa", "governo cínico, cínico, cínico!", "democracia não é só eleição". Frases assim, proclamadas com ênfase quase raivosa, deram o tom no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado no início de março, em São Paulo. Leia o texto completo em nossa página.
Caderno O Globo-Niterói omite fatos ao tratar da expulsão de família indígena
[Por Murilo Marques Filho] No último domingo, dia 28/02, o jornal O Globo – Niterói publicou uma matéria, assinada por Luiz Gustavo Schimtt, que reafirma a posição do jornal contrária às minorias e grupos marginalizados. O texto relatava a expulsão de uma família Tenetehara (Guajajara) de um terreno no loteamento Maravista, de Itaipu, Niterói (RJ). O jornalista relata o que não viu e reporta apenas uma versão. Assim como fizeram os agentes municipais, condenou, sem provas e sem processo, uma família que não havia praticado crime algum. O caso é o seguinte: na tarde de quinta-feira, 25/02, no loteamento Maravista, a família de índios formada por um Pajé (Shimon Tenetehara), sua esposa e sete crianças entre 2 e 14 anos, foi despejada na chuva, na lama. A operação foi comandada pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói, José Antonio Fernandez, Zaff. A justificativa para a ação, segundo as palavras de Zaff, testemunhadas por dezenas de pessoas, era a de que “índio em Niterói só o Araribóia”. Não se trata apenas de um caso exemplar de mau-jornalismo, mas de flagrante perseguição contra a etnia mais numerosa da Amazônia Oriental. Há precedentes na atuação jornal quando trata de fatos relacionados aos Tenetehara no Município de Niterói. A denúncia é feita por Murilo Marques Filho. Leia o texto completo dele em http://centrodeetnoconhecimento.blogspot.com.
Estado de Minas criminaliza vítimas da inércia do Programa Minha Casa, Minha Vida
[Por Brigadas Populares] O jornal Estado de Minas publicou no dia 03/03 uma extensa matéria (página 10 inteira), com destaque na capa, sobre a Ocupação Dandara, no bairro Céu Azul, Nova Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O título foi Invasão do MST barra obras de casas populares na Pampulha. Ele já mostra que a abordagem feita pelo jornal ao longo da reportagem possui a clara intenção de colocar a sociedade contra a luta das famílias sem-casa e sem-terra que vivem na Dandara. Para o jornal, a ocupação é um obstáculo para a construção de casas populares por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, pois a área ocupada seria destinada a esse programa do Governo Federal. Leia o texto completo em nossa página.
Jornal popular do Rio reforça homofobia
O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT repudiou publicamente o preconceito em relação às mulheres homossexuais manifestado em uma manchete do jornal Meia Hora, tablóide carioca popular do grupo O Dia. Em um tom de zombaria, o veículo disse estar em parceria como uma rede de depilação, e ofereceu o serviço a Angélica, participante do programa Big Brother da TV Globo.
“A brincadeira é de péssimo gosto. Além de legitimar o preconceito, o jornal em questão demonstra sua total falta de respeito com a comunidade LGBT. Ao invés de cumprir sua função social de informação e utilidade pública, o veículo passa por cima de décadas de luta tanto do Movimento Feminista como do Movimento LGBT”, disse a presidente do Grupo Arco-Íris, Gilza Rodrigues.
Democratização da Comunicação
Militantes saem às ruas de São Paulo contra encontro da direita midiática
No dia 1º de março foi realizado, na cidade de São Paulo, o “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão”. Este encontro foi organizado pelo Instituto Millenium e comandado por poderosas empresas midiáticas, além de grandes bancos e indústrias. Em contraponto a este Fórum da direita, diversos movimentos em defesa da democratização da comunicação organizaram o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão – contra a criminalização dos movimentos sociais. Foi montado um circo na Alameda Santos para denunciar a “palhaçada” que se armava dentro do hotel Golden Tulip, onde ocorria o encontro que reuniu representantes da mídia burguesa, além do apoio da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ). A chamada para o Fórum de Rua era Se você também acha que a mídia é uma palhaçada, venha vestido a caráter. Assim, palhaços, bobos-da-corte e pessoas com chapéus engraçados e narizes de palhaço tomaram conta daquele trecho da Alameda Santos, junto a faixas e cartazes em defesa da liberdade de expressão para o povo. Durante a atividade, ao menos três viaturas da Polícia Militar se aproximaram dos manifestantes e se enfileiraram à frente do hotel. À presença da polícia, o representante do Intervozes João Brant ironizou: “Quero agradecer a presença da polícia de São Paulo, pois de fato há muitos bandidos aí dentro deste hotel, como aquele que era presidente da RCTV, da Venezuela, e muitos outros... há muita gente perigosa aí, agradecemos vocês virem nos proteger”. [Com informações do Portal Vermelho]
Nasce entidade alternativa às Associações que representam somente a mídia burguesa
Alguns empresários e empreendedores de mídia – revistas, jornais, livros, sítios e blogs – resolveram se organizar para lançar uma Associação alternativa de comunicação. A ideia surgiu durante as conferências estaduais de comunicação e ao longo da 1ª Confecom. Para consolidar a proposta, no dia 27/02 foi realizado um seminário, no qual foi criada a Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom). Uma Carta de Princípios e o estatuto estão sendo elaborados por uma comissão especial, e deverão ser divulgados em breve. De acordo com o sociólogo Venício Lima, os objetivos e os compromissos não são os mesmos da mídia comercial. Muito pelo contrário: a entidade está sendo criada por quem não tem seus interesses representados ou defendidos na atuação das associações atualmente existentes. Dentre elas estão a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). O entendimento é que esses grupos têm atuado na defesa dos interesses dos atores dominantes na mídia brasileira. Ou seja: das Organizações Globo, dos grupos Folha, Estado, Abril e seus parceiros. Leia o artigo completo de Venício Lima em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=579JDB001
Rio se mobiliza em prol da democratização da mídia após a Confecom
No dia 27/02, representantes de diversas entidades e militantes pela democratização da comunicação se reuniram em Volta Redonda (RJ) no Fórum por uma comunicação ética e democrática no Sul Fluminense. Foi feita uma avaliação geral da Conferencia, lembrando a aprovação de propostas históricas, como a criação dos Conselhos de Comunicação a níveis nacionais, estaduais e municipais; restrição à publicidade infantil; fortalecimento do sistema público de comunicação e incentivo e descriminalização das rádios comunitárias, entre outras. O próximo passo é pressionar o Congresso a fim de concretizar as deliberações prioritárias. A próxima reunião será no dia 17 de abril. Também foi divulgado o Seminário Rio Pós Confecom. O encontro será no dia 27/03, das 10h às 18h, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ (Av. Pauster, 250, Praia Vermelha). Está previsto um balanço da Conferência e de suas etapas regionais; os principais desdobramentos e encaminhamentos das propostas aprovadas; as pautas prioritárias para a democratização da comunicação no Rio; e a preparação de uma agenda de ações para 2010. Mais informações em http://www.rioproconferencia.com.br/
Grupos do Vale do Aço (MG) se unem para discutir radiodifusão comunitária
Na próxima sexta-feira, 19/03, a Associação Brasileira de Radiodifusão e Televisões Comunitárias (Abraço), da região do Vale do Aço (MG), promove a primeira Conferência Livre "Cidadania e Comunicação, Direito de Todos!". A atividade será realizada às 13h, na Câmara Municipal de Ipatinga. Está prevista a discussão sobre a atual situação das rádios comunitárias da região, e os rumos que devem seguir. Afonso Pereira da Silva, um dos responsáveis pela Abraço do Vale do Aço, afirmou que a conferência tem como interesse discutir sobre a concessão de emissoras para a região. “Queremos levar para as pessoas informações sobre as leis específicas para rádios comunitárias, e acabar com a confusão que existe entre rádios piratas e comunitárias”, diz Afonso. Ele afirma também que o momento da conferência é propício, já que recentemente o ministro das Comunicações Hélio Costa informou que haverá novas concessões de rádios comunitárias para o Vale do Aço, sendo duas para Fabriciano e uma para Ipatinga. [Fonte: Jornal Vale do Aço]
NPC Informa
Na próxima semana começa o Fórum Social Urbano no Rio
Entre os dias 22 e 26 de março, organização e movimentos sociais promovem o Fórum Social Urbano. O evento ocorre em paralelo ao Fórum Urbano Mundial, que ocorre também no Rio de Janeiro. O tema do FSU é "nos bairros e no mundo, em luta pelo direito à cidade, pela democracia e justiça urbanas". As atividades estão divididas em quatro eixos temáticos: "criminalização da pobreza e violências urbanas"; "megaeventos e a globalização das cidades"; "conflitos socioambientais na Cidade e Justiça Ambiental"; e, finalmente, "grandes projetos urbanos e lutas em áreas centrais e portuárias". Para a abertura do evento haverá uma manifestação com concentração às 9h na Candelária. O FSU será realizado no Centro Cultural da Ação da Cidadania Contra a Fome, que fica na Av. Barão de Tefé, 75, Saúde (centro do Rio). Mais informações na página forumsocialurbano.wordpress.com
Abertas as inscrições para o programa de bolsas das Nações Unidas para jornalistas
O Fundo Dag Hammarskjöld de Bolsas para Jornalistas está aceitando inscrições de profissionais da comunicação de países em desenvolvimento para o programa de bolsas de 2010. As inscrições vão até 9 de abril de 2010. Há bolsas disponíveis para profissionais de rádio, TV, impresso e web. Os interessados devem ter entre 25 e 35 anos, ser de países em desenvolvimento e ter interesse em ir à Nova York para cobrir a 65ª sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas. A bolsa se inicia em meados de setembro e acaba no final de novembro. Os inscritos devem apresentar interesse e comprometimento com assuntos internacionais e em transmitir um maior entendimento das Nações Unidas para seus leitores e seu público. Toda a documentação e os requisitos necessários, assim como o formulário de inscrição para as bolsas, podem ser encontrados em www.unjournalismfellowship.org. Dúvidas sobre o programa, os requisitos ou o processo de inscrição podem ser direcionadas a info@unjournalismfellowship.org.
Abertas as inscrições para Prêmio Pontos de Mídia Livre
Pontos de Cultura e/ou organizações não governamentais sem fins lucrativos que desenvolvem ou apoiam projetos de comunicação compartilhada e participativa podem concorres. Serão selecionadas 60 iniciativas em duas categorias: regional/nacional, 20 prêmios de R$ 100 mil, e local/estadual, 40 prêmios de R$ 50 mil. As inscrições estão abertas até 9 de abril. Mais informações: (61) 3901-3907 e cidadania@cultura.gov.br
Foi renovado o quadro da Comissão de Ciência e Tecnologia
Foram eleitos na quarta-feira, dia 03 de março, os novos parlamentares da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara. Veja o resultado: . Eunício Oliveira (PMDB-CE): novo presidente da Comissão. . Júlio Semeghini (PSDB-SP): 1º vice-presidente . Solange Amaral (DEM-RJ): 2ª vice . Bilac Pinto (PR-MG): 3º vice-presidente da CCTCI.
Jornalista Arthur Poerner é homenageado pela resistência à Ditadura
O escritor e jornalista Arthur Poerner será homenageado dia 31 de março com a medalha Chico Mendes de Resistência oferecida pelo Grupo Tortura Nunca Mais/ RJ. Ele escreveu em 1968 o livro O poder jovem: história da participação política dos estudantes brasileiros, que até hoje é referência na pesquisa sobre a participação política estudantil. A Ditadura Militar suspendeu seus direitos políticos, e ele chegou a ir, em exílio, para a Alemanha.
Marcada plenária do RJ da Campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso"
Está marcada para esta sexta-feira, 12 de março, às 18h, a plenária estadual RJ da Campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso". Será na sede do Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34, centro do Rio). A pauta começa com um balanço da conjuntura, no que diz respeito à votação dos projetos governamentais sobre o pré-sal. Depois serão discutidos os passos que devem ser dados para garantir a votação no Senado do projeto assinado pelos movimentos sociais, que propõe o controle estatal das riquezas petrolíferas não só do "pré" mas também do "pós" sal. Um grande desafio é retomar o caráter nacional da campanha. O primeiro compromisso será mobilizar o máximo de pessoas para o ato Leilão é privatização!, que será no dia 22 de março, às 18h, no Clube de Engenharia: Avenida Rio Branco, 124, centro do Rio. Na plenária haverá ainda uma avaliação das atividades de janeiro e fevereiro, como a participação no Fórum Social de Porto Alegre e no de Salvador, e a presença da campanha nos blocos de carnaval carioca. A organização de um concurso de redação e imagem, junto às escolas públicas e particulares do Estado do Rio de Janeiro é outro tema da reunião. O regulamento já está pronto, e o material de divulgação está em fase de finalização. Uma comissão indicada pela última plenária também está concluindo as regras para outro concurso, de caráter nacional, destinado ao público universitário. Serão debatidas ainda a participação no Fórum Social Urbano e a agenda de atividades para os próximos meses. [Fonte: Agência Petroleira de Notícias]
Ditadura latino-americana no cinema
Dentre os dias 16 e 21 de março, o Centro Cultural da Justiça Federal coloca em questão o tema “ditadura” através do cinema. A Mostra Cinema e Política irá exibir mais de dez filmes que tratam dos períodos ditatoriais nos países da América Latina. O objetivo é fazer uma análise histórica, refletindo sobre as conseqüências sociais e políticas dessas ditaduras. Na programação estão filmes como Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá, de Sílvio Tendler, e Condor, de Roberto Mader. Também estão previstas mesas redondas para debate após a exibição de alguns dos filmes. Para as sessões, será cobrado o valor simbólico de R$1. A participação nas mesas redondas é gratuita, limitadas apenas pela lotação da sala. As senhas serão distribuídas uma hora antes do início. Confira toda a programação aqui.
Livro avalia o triste legado da ditadura militar na vida social brasileira de hoje
“Quem controla o passado, controla o futuro.” (George Orwell, 1984)
A frase acima é a epígrafe do livro O que resta da ditadura: a exceção brasileira, que será lançado no dia 18 de março pela Boitempo Editorial. No lançamento haverá os seguintes debates: “Por que a verdade precisa de uma comissão?”, com Edson Teles, Fábio Konder Comparato e Glenda Mezarobba; e “Políticas da verdade e da memória”, com Paulo Eduardo Arantes, Paulo Vannucchi e Vladimir Safatle. Será no auditório de História da USP, que fica na Av. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária, São Paulo.
A obra é organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, e reúne uma série de ensaios que apresentam o legado deixado pelo regime militar em várias esferas da vida social brasileira. O livro é fruto de um seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP), em 2008, e possui textos de escritores e intelectuais como Maria Rita Kehl, Jaime Ginzburg, Paulo Arantes e Ricardo Lísias, dentre outros.
Os artigos mostram, por exemplo, que as práticas de tortura em prisões brasileiras aumentaram em relação aos casos de tortura na ditadura militar; o Brasil é o único país sul-americano onde não houve justiça de transição e os torturadores nunca foram julgados; ouvimos, ainda, oficiais na ativa e na reserva fazerem elogios inacreditáveis à ditadura militar; 25 anos após o fim da ditadura convive-se ainda com o ocultamento de cadáveres dos que morreram nas mãos das Forças Armadas; e outros fatores enumerados.
Estréia de cineclube na Maré
Na próxima sexta-feira, 19/03, às 18h30, será a estreia do Cineclube Maré Ponto Cine, com o filme Abaixando a Máquina – Ética e Dor no Fotojornalismo Carioca. Após a exibição, será realizado um debate com o diretor Guilhermo Planel, e depois música ao vivo de Paula Princi. O cineclube funcionará no Museu da Maré, que fica na Av. Guilherme Maxwell, 26. Informações pelo telefone (21)3868-6748.
Imagens da Vida
3ª Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres
Foto por João Zinclar
De Olho Na Vida
Marcha Mundial de Mulheres em 2010
Entre os dias 8 e 18 de março, a Marcha Mundial das Mulheres faz sua 3ª Ação Internacional no Brasil. Neste momento, cerca de três mil mulheres de todas as regiões do país farão uma caminhada entre as cidades de Campinas e São Paulo. O tema das mobilizações é Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres. A plataforma de ação se baseia em quatro eixos de luta: - autonomia econômica das mulheres; - bens comuns e serviços públicos (contra a privatização da natureza e dos serviços públicos); - paz e desmilitarização; e - violência contra as mulheres.
Durante o trajeto, as caminhantes passam por dez cidades paulistas: Valinhos, Vinhedo, Louveira, Jundiaí, Várzea, Cajamar, Jordanésia, Perus e Osasco. Nelas, estão ocorrendo atividades de formação na parte da tarde, com cursos e oficinas sobre diversos temas, dentre eles: trabalho doméstico; saúde da mulher e práticas populares de cuidado; sexualidade, autonomia e liberdade; educação não sexista e não racista; economia solidária e feminista; soberania alimentar, reforma agrária e trabalho das mulheres no campo; agroecologia; biodiversidade, energia e mudanças climáticas; políticas de erradicação da violência doméstica e sexual; tráfico de mulheres e direito ao aborto. Em Perus, no dia 16, o debate sobre paz e desmilitarização contará com a presença da filha mais velha do revolucionário Ernesto Che Guevara, a pediatra cubana Aleida Guevara. Mais informações em www.sof.org.br/acao2010
Manifestantes saem às ruas em luta pelo direito de ser mulher
[Por Gizele Martins] O Dia Internacional da Mulher foi lembrado do norte ao sul do país. Grandes passeatas foram realizadas por movimentos sociais na luta em favor do direito de ser mulher. No Rio de Janeiro, por exemplo, a caminhada do 8 de março que começou na Candelária, por volta das 16h, reuniu mais de 500 pessoas chamando a atenção de quem passava por perto, alguns se juntaram aos militantes e caminharam junto até a Cinelândia, onde muita música e dança os aguardavam. “Mulheres em luta, autonomia, liberdade e igualdade”, foi o tema central deste ano. “Escolhemos falar de autonomia, já que em muitos movimentos sociais, as mulheres ainda não conseguiram o seu próprio espaço de luta. Liberdade e igualdade, porque na sociedade elas continuam ganhando menos do que os homens, as mulheres negras, nem se fala. As jovens continuam sendo vistas como um pedaço de carne, dentre diversas outras práticas deste espaço mercantilizado”, é o que diz uma das organizadoras do ato, Alaiane de Fátima, de 13 anos, participante da Casa da Mulher Trabalhadora, movimento feminista do Rio de Janeiro. Leia o texto completo em nossa página.
Em reunião com Prefeito do Rio, Vila Autódromo reafirma vontade de ficar
[Por Sheila Jacob] Como temos anunciado ultimamente, a comunidade da Vila Autódromo, localizada na Barra da Tijuca, zona nobre do Rio, vem se mobilizando desde o ano passado para garantir sua permanência. O fato é que o projeto para as Olimpíadas de 2016 prevê a saída das famílias do local, onde está prevista a construção do Centro de Mídia e do Centro Olímpico de Treinamento. Para conversar sobre o caso específico da Vila Autódromo, foi realizada uma reunião na terça-feira, 2 de março, às 17h, na sede da Prefeitura do Rio. O prefeito Eduardo Paes (PMDB/RJ) apresentou a proposta de reassentar a comunidade – ou seja, transferí-la para local próximo. Já os representantes Vila Autódromo, Altair Guimarães e Jane Nascimento, levaram a opinião dos(as) moradores(as), que querem permanecer em suas moradias. Como ressaltou o advogado Alexandre Mendes, do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria do Estado do Rio, um grande problema é o fato de o projeto ter sido elaborado sem consulta prévia aos moradores da comunidade. Segundo ele, essa constatação permite que haja uma revisão do projeto por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI). O próprio prefeito assumiu haver um “erro na origem”, e disse estar aberto a outras propostas. Frente a isso, a defensora pública Maria Lúcia Pontes solicitou o projeto oficial aprovado pelo COI para ser analisado e discutido. A ideia é construir, juntamente com outros movimentos e entidades parceiras, uma contra-proposta, que “evidentemente será feita para que a comunidade permaneça”, como destacou. Leia a cobertura completa em nossa página.
Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores!
[Por José Arbex Jr./ Caros Amigos] A Escola Nacional Florestan Fernandes precisa da ajuda de todos(as) para se manter em funcionamento. Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo), foi construída, entre 2000 e 2005, graças ao trabalho voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram pela escola 16 mil militantes e quadros dos movimentos sociais do Brasil, da América Latina e da África. Não se trata, portanto, de uma “escola do MST”, mas de um patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos com um projeto de transformação social. A escola oferece cursos de nível superior, ministrados por mais de 500 professores, em diversas áreas. Para assegurar a possibilidade de participação das mulheres, foram construídas creches (as cirandas), onde os filhos permanecem enquanto as mães estudam. Entretanto, no momento em que o MST é obrigado a mobilizar as suas energias para resistir aos ataques implacáveis dos donos do capital, a escola torna-se carente de recursos. Não podemos permitir, sequer tolerar a ideia de que ela interrompa ou sequer diminua o ritmo de suas atividades. Por isso, em dezembro de 2009, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes. Os objetivos são divulgar as atividades da escola; iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios; e promover uma série intensa de atividades para angariar fundos. Leia o texto completo em nossa página e veja como contribuir.
Campanha universidade dos trabalhadores no Rio
Se você mora no Rio de Janeiro e quer participar da campanha em defesa da Escola Nacional Florestan Fernandes, envie mensagem para vitogiannotti@uol.com.br.
Clique aqui para conhecer a lista dos cariocas que já estão convidando amigos para participar da campanha.
Dicas
Livro de Marcos Arruda defende uma educação para economia e ser humano solidários
Educação para uma economia do amor: educação da práxis e economia solidária é o último livro de uma trilogia escrita pelo economista Marcos Arruda, do PACS. Nessa obra, ele procura refletir sobre qual deve ser a educação para um ser humano em processo de emancipação de seu trabalho, conhecimento e criatividade. O livro questiona a educação atual que forma um ser humano competitivo, pois a cultura dominante ensina que a felicidade está em ter riqueza material e prestígio. Já a obra de Arruda propõe uma outra educação, voltada para uma economia que sirva ao desenvolvimento da pessoa e da coletividade, construindo um ser crítico. O autor aponta caminhos possíveis para a formação de pessoas que sejam verdadeiras protagonistas de seu tempo, sujeitos do seu próprio trabalho e empreendimento.
Vídeo da manifestação de mulheres contra o agronegócio e o trabalho escravo
Trazendo a bandeira “Mulheres camponesas na luta contra o agronegócio e contra a violência: por reforma agrária e soberania alimentar”, o dia 8 de março é decretado como o Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, com manifestações em todo o Brasil. As trabalhadoras da Via campesina e do Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo ocuparam, neste dia, a Usina Capim, em Ururaí, Campos dos Goytacazes (RJ). Essas mulheres estão na luta para denunciar o trabalho escravo na região e plantar uma grande diversidade de mudas no lugar da monocultura de cana de açúcar.
No ano passado, 2009, o Estado do Rio liderou os índices de resgate de trabalhadores em situação semelhantes à escravidão. Foram detectados 715 trabalhadores pelo Ministério Público do Trabalho, num total de 4.283 em todo o Brasil. A expansão do setor sucroalcooleiro tem intensificado a super exploração do trabalho e no estado do Rio de Janeiro, em especial nessa região de Campos dos Goytacazes. Assista ao vídeo da ocupação na nossa página: http://www.piratininga.org.br/novapagina/videosnarede.asp
De Olho No Mundo
Mídia comercial mente sobre o suicídio do preso cubano
A cobertura da mídia no caso do suicídio do preso cuban Orlando Zapata o foi tema de um artigo escrito pelo argentino Atilio A. Boron, professor da Universidade de Buenos Aires e vencedor do Prêmio José Marti 2009, da Unesco. Clique aqui para ler o texto
Dirigente sindical chileno pede unidade aos povos da América Latina
[Por Camila Marins] Após a catástrofe causada por um terremoto na parte sul do Chile, organizações, entidades e movimentos de todo o mundo vem prestando solidariedade ao País. O dirigente sindical da Central Única dos Trabalhadores e da Confederação Mineira do Chile, Pedro Bugueño Munizaga, pede unidade aos povos da América Latina. “Faço o apelo para a solidariedade que emana das forças sociais da comunidade internacional. Peço aos sindicatos e entidades que contribuam para esta campanha de reconstrução da região centro-sul de nosso País”, disse Bugueño. O dirigente ainda contou que o número de mortos continua aumentando e a situação é caótica. “Nossos companheiros mineiros, mineradores de carvão, colegas de trabalho na silvicultura e pesca estão desaparecidos. Não temos contato com nossas lideranças ou colegas. O caos tem tomado a região”, afirmou. Com centenas de mortos e o aumento de saques em supermercados e comércio, o governo chileno declarou estado de sítio. “Os trabalhadores não precisam de intervenção militar para manter a ordem pública. Nós precisamos de unidade e organização em prol da solidariedade. Também é importante ressaltar a necessidade da unidade e da solidariedade entre os povos da América Latina, porque a unidade é a nossa maior força”, disse.
Memória
Comissão de Anistia homenageia mulheres brasileiras
A Comissão de Anistia realizou uma sessão especial de julgamento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Foram apreciados os processos de 15 mulheres perseguidas politicamente durante o regime militar (1964-1985). O primeiro processo julgado foi o da psicóloga fluminense Vitória Lúcia Martins Pamplona. “É uma vitória simbólica de todas as mulheres. Que não se repita jamais o que aconteceu conosco durante a repressão”, disse Vitória, que foi demitida da Infraero, presa e torturada na década de 1970. Outra anistiada foi Celeste Fon, presa junto com o pai e o irmão no final dos anos 1960. Ela lembrou que foi constantemente vigiada pelo regime, mesmo após a anistia de 1979. Além de Vitória e Celeste, outras 13 militantes da luta contra a ditadura também foram anistiadas. São elas: Ana Lima Carmo Montenegro, Maria Cândida Raizer Cardinalli Perez, Isa Mariano Macedo, Maria Beatriz de Albuquerque David, Maria da Glória Lung, Denise Fraenkel Kose, Vera Lúcia Marão Sandroni, Elizabel Maria da Paixão Couto, Maria Alice Albuquerque Saboya, Vera Lucia Carneiro Vital Brazil, Maria Inêz da Silva, Maria Albertina Gomes Bernaccio, e Helena Sumiko Hirata. [Fonte: Portal do Ministério da Justiça]
50 anos da morte de Frantz Fanon
[Por Maurício Campos-RJ] No ano que vem completam-se 50 anos, tanto da morte de Frantz Fanon, como da publicação de sua obra mais conhecida e difundida, Os Condenados da Terra. O livro foi escrito com a urgência de quem sabia que estava para morrer (estava com leucemia e sem chances de cura). Caribenho, médico, que se tornou guerrilheiro e estrategista na Argélia, só sua história pessoal já chama a atenção. Mas também foi um dos mais radicais e profundos pensadores pan-africanistas, anti-colonialistas e anti-imperialistas. Indo muito além da denúncia política ou mesmo econômica do colonialismo e do imperialismo, Fanon abordou também aspectos culturais e psicanalíticos do racismo e da opressão colonial. Como consequência deixou reflexões que são particularmente valiosas atualmente, quando a necessidade de manter a exploração capitalista ou fazer surgir novos tipos de dominação brutal diante das crises leva o núcleo dominante "euro-descendente" do mundo a reviver ou reformular estratégias típicas da era mais odiosa do colonialismo europeu. Basta ver Iraque, Haiti, Palestina, favelas etc. Leia um texto sobre o autor martinicano em nossa página.
Pérolas da edição
Por Marcelo Freixo
Sou radicalmente contra a redução da idade penal por entender que não é eficiente, não resolve. O Brasil não prende pouco. Prende muito. As cadeias e os abrigos estão superlotados, as medidas sócio-educativas carregadas de jovens. Os presos são sempre as pessoas do mesmo setor, jovens, pobres, negros, moradores de periferia, de favela e baixíssima escolaridade. Essas pessoas saem muito pior do que entram. Entrevista do deputado Marcelo Freixo (Psol/RJ) ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, sobre o caso do jovem Ezequiel. Ele passou a cumprir medida de semi-liberdade no Degase após deixar de fazer parte do Projeto de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAM).
A arma mais poderosa nas mãos do opressor é a mente dos oprimidos.
A arma mais poderosa nas mãos do opressor é a mente dos oprimidos. Steve Biko, militante sul-africano da luta anti-Apartheid, torturado e morto pelo regime racista em 1977, citado em “Steve Biko avisou”, de Gas-PA: http://www.fazendomedia.com/diaadia/nota120907.htm
Por Gregório Nieves
Há atualmente (na Venezuela) um total de 282 meios alternativos de rádios e televisões onde a população que não tinha voz agora tem. Gregório Neves é secretário da organização não-governamental Jornalistas pela Verdade. Fala retirada do artigo O que a imprensa conservadora silencia sobre a Venezuela, de Mario Augusto Jakobskind
Novas entrevistas em nossa página
Deivison Fiúza: "Uma das minhas grandes críticas aos movimentos sociais é não modernizarem a sua comunicação"
Fiúza, durante as filmagens de Carregadoras de Sonhos. Foto por Sintese [Por Gabriela Moncau e Sheila Jacob] No dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado de Sergipe (Sintese) promoveu o lançamento do filme Carregadoras de Sonhos. O longa foca na vida de quatro professoras sergipanas, que precisam enfrentar grandes dificuldades em seu dia-a-dia para conseguirem exercer a sua profissão. O filme foi dirigido por Deivison Fiuza, jornalista baiano de 30 anos que estreou na área do cinema com o documentário Casa de Anjo. Em entrevista antes da exibição, Fiuza explicou como foi o processo de filmagem, desde a escolha das protagonistas até o momento das gravações, e expôs a constante preocupação em melhorar a linguagem da esquerda. “Eu acho que os movimentos sociais falam muito para si. A gente precisa se comunicar com a sociedade, e essa sociedade não tem contato com as idéias da esquerda pela forma como elas são transmitidas. O que a gente precisa é renovar a linguagem”, afirmou Fiuza. Confira a entrevista.
Soninho, do Ippur/UFRJ, fala sobre a falta de política habitacional, e defende a luta por moradia
[Por Observatório de Favelas] No dia 22 de março terá início o Fórum Urbano Mundial, organizado pela Agência Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU). Por conta deste e dos demais eventos que ocorrem neste mês no Rio de Janeiro, com foco na questão da desigualdade urbana e habitação popular, o Observatório Notícias & Análises preparou uma série de seis entrevistas com estudiosos e militantes ligados a essas questões. O primeiro é Guilherme Soninho, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ), e organizador do Fórum Social Urbano, evento que acontece em paralelo ao FUM. Para ele, os espaços de debate são importantes, mas a transformação da cidade depende da luta e organização dos moradores dos espaços populares. Leia a entrevista completa.
Novos artigos em nossa página
Dia Internacional das Mulheres: lutas e conquistas [Por Gilka Resende e Eduardo Sá] Quando Leni Claudina nasceu, há 53 anos, sua mãe já lutava pela igualdade entre os gêneros, assim como muitas outras mulheres. “Minha mãe não era de movimentos de mulheres, mas fazia isso do jeito dela. Dentro e fora de casa”, disse orgulhosa. Negra, moradora da Baixada Fluminense, no Dia Internacional das Mulheres, essa simpática senhora saiu de Duque de Caxias para uma passeata em comemoração ao 100 anos do Dia Internacional das Mulheres. E não saiu sozinha. Leia o texto completo em nossa página.
Carregadoras de Sonhos: Primeiro longa-metragem brasileiro de um sindicato é lançado em Sergipe [Por Gabriela Moncau/ Caros Amigos] O Dia Internacional da Mulher (8 de março) esse ano em Aracajú-SE foi marcado pelo lançamento do filme Carregadoras de Sonhos, primeiro longa-metragem do país financiado por um sindicato. A produtora sergipana WG e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE) realizaram o lançamento do filme no lotado Teatro Tobias Barreto. A escolha do dia não foi por coincidência: 90% dos filiados ao sindicato são mulheres. Leia o texto completo em nossa página.
Sindicato de Professores do Sergipe lança filme que denuncia o descaso com a educação pública no país
[Por Sheila Jacob] No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado de Sergipe (Sintese) preparou uma grande festa para o lançamento do filme Carregadoras de Sonho. O longa foi dirigido pelo cineasta baiano Deivison Fiuza, a convite do Sindicato, e apresenta um retrato cruel da realidade da educação pública no país. Foca na vida de Rose, Marta, Maraísa e Edielma, verdadeiras heroínas que entendem a beleza de sua profissão e o compromisso que têm como trabalhadoras da educação, mas não deixam de exigir condições melhores de trabalho e investimento público de qualidade nas escolas. Apesar de Carregadoras de Sonho tratar de histórias individuais, as quatro professoras protagonistas representam milhares de trabalhadores e trabalhadoras da educação espalhados pelo país. Todos reféns de uma mesma realidade: escolas públicas abandonadas e péssimas condições de trabalho e de estrutura, que têm que superar diariamente. Leia o texto completo em nossa página.
Mulher e mídia - No Dia Internacional da Mulher, uma análise da cobertura da mídia [Por Leandro Uchoas] Já estou careca de saber que é incrível quando elas passam. Não precisa ninguém vir me dizer. O coração fica pequenininho, as pernas bambeiam. Quando elas passam pela gente com aquele jeitinho de anjo, aquele rebolado sutil, aquela maneira doce de falar, fica parecendo que a gente vai ter um troço. As mulheres são mesmo incríveis, isso já não é mais segredo pra ninguém. Mas, de uma vez por todas, uma coisa precisa ficar clara. Se você leu isso e imaginou aquela modelo da propaganda de sabonete, a bela atriz da novela das oito, ou mesmo uma popozuda qualquer do funk comercial, fique atento: essa não é uma mulher normal. Isso nada mais é do que uma reciclagem da escravização da mulher. Leia o texto completo.
RÁDIOS COMUNITÁRIAS - Um acordo ou um blefe? [Por Dioclécio Luz] Ao final da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em Brasília de 14 a 17 de dezembro de 2009, a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) divulgou documento que trataria de um acordo fechado entre ela e o governo. Este artigo analisa o fato. Leia o texto completo.
Racismo e discriminação no Senado em plena semana do Dia Internacional da Mulher [Carta de Repúdio] Nós, Conselheiras e Conselheiros do Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR vimos através desta, repudiar a opinião expressada pelo senador da república sr. Demóstenes Torres, Presidente da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania do Senado Federal, no seu pronunciamento durante a Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), no dia 03 de Março de 2010, que analisava o recurso instituído pelo Partido Democratas contra as Cotas para Negros na Universidade de Brasília. Leia o texto completo.
Olimpíadas para todos, sem remoção! - A mais recente luta da comunidade Vila Autódromo [Por A.M.V.A. e NTH/RJ] “Olimpíadas para todos, sem remoção!”; “Apesar das ameaças, desejamos sucesso para as Olimpíadas”; “Esporte é vida, não estresse. Políticas Públicas já!”; “Veneza carioca para os ricos e despejo para os pobres”. As faixas colocadas em um pequeno campo de futebol, transformado provisoriamente em local para assembléias entre os moradores, movimentos sociais e representantes de diversas entidades, expressam o repúdio da comunidade Vila Autódromo ao projeto de remoção de centenas de famílias pobres para a construção no local de equipamentos para os jogos olímpicos de 2016. Leia o manifesto completo em nossa página.
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Núcleo Piratininga de Comunicação
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