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Boletim do NPC Nº 157De 1 a 15/11/2009
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


Esta semana... começa o 15º CURSO ANUAL do NPC: boas vindas a todos e todas

curso

Nossas boas vindas aos inscritos no curso dos 15 anos do NPC. A cada ano, entre cem e duzentas pessoas participam deste curso. São companheiros e companheiras de dezenas de categorias diferentes. São servidores públicos, metalúrgicos, pesquisadores da Embrapa, pedreiros, químicos e professores de todo tipo: estaduais, municipais, universitários ou de educação infantil. São jornalistas, estivadores, Sem Terra, Sem teto, Atingidos por barragens e seringueiros. São policiais civis, agentes do judiciário, radialistas, cinegrafistas, fotógrafos e cineastas.  

Vêm de todos os estados do país, ávidos por receber informações necessárias para tornar sua comunicação uma ferramenta afiada na luta contra-hegemónica nesta sociedade dominada pelo capital,... por enquanto.  

De nossa parte, procuramos trazer como palestrantes/expositores pessoas que estão entre as melhores cabeças e têm as melhores práticas no campo da comunicação social/sindical/popular.

Procuramos ser plurais, dentro do campo bem delimitado da esquerda. Procuramos convidar quem poderia ajudar os interessados em melhorar sua comunicação em todos os níveis, desde o velho Gutemberg, às ondas magnéticas do rádio e TV e, hoje, ao mundo da Internet.  

A 15º edição do Curso Anual do NPC começa nesta quarta-feira. Comunicação, política e cultura compõem o cardápio. Além das palestras, conheceremos o Jongo da Serrinha, o Teatro que é feito na favela da Maré, o cinema de Walter Moreira Salles e o samba que rola nas esquinas do Rio. Vamos viver quatro dias de muito estudo, reflexão, cinema e poesia.  

O 15º Curso Anual do NPC agradece o apoio da Funarte, do NEAD-MDA, Sindicato dos Engenheiros, Sindicato dos Professores e Sindicato dos Metroviários, editora Zahaar, Instituto Cervantes, Cachaça 51, Café Pimpinella e Papelaria Casa Cruz.



Alunos de Arraial criam rádio comunitária e lançam 5ª edição do jornal O Cabistão

foto arraial

O NPC fez um programa de formação de Comunicadores Populares na cidade de Arraial do Cabo. Este curso se insere num programa desenvolvido pela COPPE/UFRJ ligado a vários programas de preservação ambiental e cultural da região. O NPC foi chamado para ensinar um grupo de jovens a usar as várias formas de comunicação possíveis, hoje, para divulgar idéias, programas, planos, etc. Para esse fim montamos um programa com três pernas combinadas: a) Produção de um jornal comunitário, O Cabistão escrito e diagramado totalmente pelos alunos, que já está no quinto número; b) Montagem de uma rádio Comunitária, onde os alunos pudessem ter uma atuação destacada; c) Treinamento nas várias possibilidades da comunicação eletrônica... do e.mail ao twitter, etc. Todas estas três atividades foram acompanhadas de uma formação político-social como base numa visão social solidária e libertadora. 

No começo deste mês de novembro foi estruturada juridicamente a criação de uma rádio Comunitária que se deu o mesmo nome do jornal criado por estes jovens: Rádio Cabistão. Por enquanto está funcionando experimentalmente enquanto está-se providenciando sua legalização.

Os mais de 40 participantes da assembléia de fundação estão radiantes com a possibilidade de agora poder irradiar suas idéias, além de publicá-las no jornal O Cabistão e mandá-las pela Internet para várias redes.



Agenda do NPC 2010 está no fim

O tema das mais de 800 notícias da Agenda-NPC de 2010 é as Lutas dos Trabalhadores no Brasil no século 20. Ela coloca, a cada dia, dois ou três fatos como greves, assembleias, congressos, barricada, passeatas, manifestações, criação de jornais e revistas, lançamentos de livros, conquistas e derrotas da história dos trabalhadores do nosso país de 1900 a 2000. Na verdade é uma agenda com dupla finalidade: ser uma agenda útil e ao mesmo tempo servir como ferramenta de formação política, do ponto de vista da nossa história. Um dos vários objetivos desta Agenda é incentivar a estudar mais e a saber mais para, assim, conhecer melhor a história da classe trabalhadora que quase nunca é valorizada no ensino oficial e menos ainda na mídia empresarial/comercial. A Agenda NPC 2010, além de outras funções, cumpre um importante papel de preservação e divulgação, mesmo que em pequenas notinhas diárias, da nossa memória.  

Os interessados em adquirir um ou mais exemplares devem entrar em contato com o NPC pelos telefones 2220-5618 e 2220-4895, ou então pelos e-mails boletimnpc@uol.com.br e boletimnpc@terra.com.br.  Notícia boa. Com menos de um mês de lançamento, a edição de mil exemplares está praticamente esgotada. A agenda 2011 do NPC será sobre outro tema.

agenda



A Batalha da Mídia e A Ditadura da Mídia serão lançados durante o 15º Curso

Na quinta feira dia 12, a primeira palestra do 15º será sobre Mídia e Resistência na América Latina. Os expositores Denis de Moraes, e Altamiro Borges lançarão, respectivamente A Batalha da Mídia, (Dênis) e A Ditadura da Mídia, (Miro). São duas ferramentas essenciais para entender a idéia central do 15º Curo, A Mídia como Partido do Capital. Além destes estarão disponíveis vários outros livros de quase todos os expositores.




A Comunicação que queremos


UNESCO lança cartilha sobre Direitos Humanos voltada para a mídia comunitária

direitos humanosA UNESCO no Brasil, em parceria com a Oboré, lançou uma cartilha intitulada Direitos Humanos na Mídia Comunitária: a cidadania vivida no nosso dia a dia. A função da publicação, em versão eletrônica, é apresentar, de forma clara e simples, noções básicas sobre os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. São informações práticas e sugestões de temas a serem usados nas rádios, páginas eletrônicas, reuniões da comunidade etc.


A cartilha foi pensada para ser, principalmente, uma ferramenta de comunicação para quem assumiu o dever de divulgar notícias e informações em veículos comunitários.

Acesse a cartilha:
http://www.brasilia.unesco.org/areas/ci/Cartilha-DH-radio-comunitaria-2009l.pdf




Proposta de Pauta


Porto do Açu: mais uma vez população local é ameaçada

[Por Leandro Uchôas/ Brasil de Fato] “Quando me disseram que vinha um porto para cá, eu pulava dessa altura de alegria”, conta seu Anadilopes Cabral, de 78 anos. “Mas agora eu vou falar a verdade. Tenho medo de que tirem o velho daqui”. Não por acaso. O simpático agricultor aposentado – que não sabe dizer quantos filhos tem – é apenas uma entre mais de 6 mil pessoas ameaçadas de desapropriação pelas obras do Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro.  

170 propriedades em 7.032 hectares de terra estão prontas para ser desalojadas pelo poder público, para a construção do porto privado. Programado para o 5° distrito de São João da Barra (RJ), o despejo é a mais grave das incontáveis denúncias contra o projeto, encabeçado por Eike Batista, o homem mais rico do país, com uma fortuna estimada em 7,5 bilhões de dólares. 

A ameaça de despejo terminou por provocar o que os danos ambientais e sociais ainda não haviam criado: resistência. Dezoito famílias se uniram no movimento “Desenvolvimento sim, desapropriação não”, disposto a lutar pelo cancelamento da medida. Registrado em cartório, o movimento organizou um protesto em agosto. Também levou um manifesto com 2 mil assinaturas ao secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno.

[Leia matéria completa no Brasil de Fato]




De Olho Na Mídia


Como a mídia patronal/empresarial/comercial/corporativa chama o governo golpista de Honduras?

Já viram como A Globo chama os golpistas de Honduras? E O Globo como o apelida? E a Folha de São Paulo? E O Estadão e a Veja? E toda a mídia patronal quais palavras usa para classificar o que aconteceu no Honduras? Já observaram as expressõezinhas bonitinhas, Governo-de-fato, Governo-interino, Governo-provisório e por aí vai? Para o verdadeiro partido do Capital, tudo vale. Tudo serve




NPC Informa


UERJ promove debate "Controle Social e Gestão da Barbárie"

No dia 23 de novembro, a partir das 18h, será realizado o debate Controle Social e Gestão da Barbárie”, no Auditório 91 da UERJ. Participarão do Debate a Profa. Dra. Silene de Moraes Freire (FSS/UERJ), Profa. Dra. Estela Scheinvar (PPFH/UERJ) e o Deputado Estadual Marcelo Freixo, entre outros convidados. Na ocasião ocorrerá o lançamento da coletânea Direitos Humanos e Questão Social na América Latina. O livro é fruto do 2° Seminário Internacional de Direitos Humanos, Violência e Pobreza na América Latina, realizado em 2008.

 

O debate é organizado pelo Programa de Estudos de América Latina e Caribe (PROEALC), do Centro de Ciências Sociais e pela Faculdade de Serviço Social, ambos da UERJ. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local. Serão fornecidos certificados de participação. 



Mídia, hegemonia e contra-hegemonia em debate na UFBA

Na quinta-feira, dia 19, das 14 às 18h, acontecerá na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia debates centrados na obra de Antonio Gramsci, com a participação de Paula Novaes; Mayana Rocha Soares; Paulo Moraes Neto; Laércio Torres de Góes e Thaís Brito da Silva.




Imagens da Vida


João do Rio

joaoO jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro, João do Rio, é tema da Império Serrano, escola de samba da Serrinha, no bairro de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, no ano de 2010. 

“E começamos a ver o rés-do-chão, salas com camas enfileiradas como nos quartéis, tarimbas com lençóis encardidos, em que dormiam de beiço aberto, babando, marinheiros, soldados, trabalhadores de face barbada. Uns cobriam-se até o pescoço. Outros espapaçavam-se completamente nus”.

 

[Descrição da noite em um cortiço no início do século passado – Por João do Rio em Literatura Como Missão, p. 79, 2ª ed., Nicolau Sevecenko]




De Olho Na Vida


Total apoio à Irmã Geraldinha e ao Acampamento Dom Luciano Mendes

A Via Campesina, em Minas Gerais , repudia com veemência as insistentes ameaças de morte perpetradas contra a pessoa da guerreira Irmã Geraldinha, discípula da Irmã Dorothy Stang no Vale do Jequitinhonha, MG. É claro que a atuação pastoral profética de Irmã Geraldinha está incomodando os latifundiários, detentores dos poderes econômico-político e midiático em Salto da Divisa. Os ameaçadores estão sendo mandados e, provavelmente, pagos para ameaçar Irmã Geraldinha.



Moradores da Vila Autódromo se mobilizam contra ameaças de despejo

[Por Sheila Jacob] Na última quarta-feira, 4 de novembro, cerca de mil pessoas se reuniram na Comunidade Vila Autódromo para denunciar suas preocupações em relação à ameaça de despejo dos moradores do local feita pela Prefeitura. Lideranças de diversas comunidades e representantes do poder público estiveram presentes para reafirmar o direito à moradia de todos os presentes. Os vereadores Reimont (PT) e Eliomar Coelho (PSOL) estiveram presentes, assumindo seu compromisso junto à população local. Conforme Jane Nascimento havia informado ao BoletimNPC, os moradores da comunidade, que fica em Jacarepaguá, temem a expulsão e demolição de casas para que sejam realizadas as obras para as Olimpíadas.

Todos esperavam ansiosos pela chegada da defensora pública Maria Lúcia Pontes, do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria do Rio. Ela disse que é cada vez mais necessária a organização e mobilização dos moradores e de outras comunidades na defesa do Direito à Moradia, pois a ameaça de remoção da Vila Autódromo atinge as demais. Maria Lúcia informou ainda que a Defensoria Pública fará todo o possível para atender e defender os moradores. Está prevista uma reunião com o secretário estadual de habitação e com o presidente do Instituto de Terras (ITERJ). Uma assembleia foi marcada para o dia 18/11, quarta-feira, às 19h, para ouvir as preocupações e opiniões dos moradores.

Leia o texto completo em nossa página.



O calvário de Luiza Erundina

[Por Mario Siqueira] Luiza Erundina está sendo executada judicialmente pela única condenação que obteve durante toda a sua vida política. Trata-se de uma Ação Popular ajuizada pelo cidadão Ângelo Gamez Nunes (processo nº 053.89.707367-9 / Controle 159/89 – 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo) quando Luíza era Prefeita de São Paulo, e visava obter a reposição aos cofres públicos de dinheiro utilizado pela Prefeitura com publicações jornalísticas nas quais a então Prefeita manifestou apoio à greve geral de 1989. A sentença entendeu que a matéria publicada não atendia ao interesse público e condenou pessoalmente Luiza Erundina a pagar o elevado valor de R$ 350 MIL REAIS. 

Trata-se de decisão definitiva em razão da qual já foram penhorados o apartamento onde mora (seu único imóvel), seu carro e ainda 10% da remuneração mensal como Deputada. Mesmo assim, seu patrimônio é inferior ao total da dívida.




Dicas


Livro em homenagem ao operário metalúrgico Santo Dias

livro“Esta história não se resume à trajetória de vida de meu pai, mas de muitas pessoas que, com ele, cresceram politicamente e ganharam espaço dentro da sociedade, conquistando sua cidadania”. Assim Luciana Dias apresenta o livro Santo Dias – Quando o passado se transforma em história, escrito por ela mesma, por Jô Azevedo, jornalista e Nair Benedicto, fotógrafa. Foi lançado pela Editora Cortez/SP em 2004. O livro condensa uma grande pesquisa das autoras sobre a vida do militante Santo Dias, muito atuante no final da década de 1970. Essa é uma contribuição para a construção da história dos trabalhadores. No dia 30/10/09 completaram-se 30 anos do assassinato de Santo Dias, durante uma greve.

Os interessados em adquiri-lo um devem entrar em contato com o NPC pelos telefones 2220-5618 e 2220-4895, ou então pelos e-mails boletimnpc@uol.com.br e boletimnpc@terra.com.br.



Vídeo: De Repente Poetas de Rua

De Repente Poetas de Rua, filme produzido por Arthur Moura, aborda o cenário do Rap do Rio de Janeiro e mostra opiniões, relatos e pontos de vista de quem faz parte desse movimento. A obra mostra a visão de Mcs, Produtores, Djs e acadêmicos sobre a arte do improviso. Um documentário sobre poetas, onde a rua é o palco. Assista ao trailer em

http://www.youtube.com/watch?v=OB0aCXwzEFk&NR=1

Saiba mais na página: www.poetasderua.com.br



Filme Terra Sonâmbula nos leva às nossas raízes africanas esquecidas

terra sonambula[Por Sheila Jacob] O belo filme Terra Sonâmbula, em cartaz nos cinemas, é baseado em livro de mesmo nome  do escritor moçambicano Mia Couto. O longa-metragem é dirigido por Teresa Prata, brasileira radicada em Moçambique. A história se passa em tempos de guerra civil, que se estendeu por 17 anos após a conquista da independência (1975 a 1992). Acompanhamos o velho Tuahir e o menino Muidinga em suas andanças pela sobrevivência e pela busca pela família do jovem, que não consegue se lembrar de seu passado. Caminhamos com eles por uma terra devastada, passando por carcaças de automóveis, ameaça de bandos armados e destruição. “Não aguento mais viver entre os mortos” é a frase do miúdo Muidinga, logo no início do filme, que nos apresenta a realidade da guerra.  

Os dois protagonistas se alojam em um velho ônibus queimado encontrado no meio do caminho. A cada dia eles avançam um pouco mais pela estrada, na esperança de Muidinga reencontrar seus parentes. Em meio à fome e ao perigo constante das minas terrestre e grupos armados, ambos conseguem reacender o sonho. A alegria é redescoberta na leitura dos cadernos/diários de Kindzu, encontrados em uma maleta ao lado do cadáver desse jovem pescador que perdeu a família na guerra – inclusive o irmão, Junhito, que ganhou esse nome em homenagem ao 25 de junho (de 1975), dia da independência de Moçambique.  

Nessa prática da leitura, ambos, Tuahir e Muidinga, retomam aspectos da tradição oral, ao se juntarem todas as noites em volta da fogueira, encenando a velha arte de se contar histórias. Outros aspectos da tradição cultural são abordados, como as grandes árvores que servem como morada dos ancestrais; a morte do corpo que não significa um fim, mas apenas uma transição, pois “os falecidos não gostam que lhes mostramos nojo”; e ainda a equivalência entre homens, seres e animais, já que “todos somos irmãos”, como nos ensina Tuahir. Mas não são apenas os protagonistas que se movem. A terra ao redor do ônibus abandonado apresenta alterações a cada dia, mostrando, assim, que não está morta: sonâmbula, espera seu momento de despertar.




De Olho No Mundo


Na Argentina há centenas de torturadores presos e... no Brasil não tem disso não

O general Reynaldo Bignone, de 81 anos, último ditador argentino entre 1982 e 1983, foi para o banco dos réus na segunda-feira, 2 de novembro. Ele foi submetido a julgamento oral por crimes contra os direitos humanos. Bignone, que cumpre prisão domiciliar, é acusado de práticas de sequestro e torturas contra 56 vítimas. Esses atos teriam ocorrido nos centros clandestinos de detenção conhecidos como La casita e El campito, que funcionaram no quartel militar de Campo de Mayo, na periferia oeste de Buenos Aires. Em relação a ele pesam ainda outras causas: uma por roubo de filhos de desaparecidos, e outra por sequestros e torturas a médicos e enfermeiros de um hospital da periferia oeste de Buenos Aires.

O militar assumiu a presidência de fato durante a ditadura (1976-1983), em julho de 1982, na agonia do regime cívico-militar, depois de perder a guerra das Malvinas (Falklands) contra o Reino Unido. O acusado entregou o poder em dezembro de 1983 ao falecido ex-presidente social democrata Raúl Alfonsín (1983-89), eleito nas urnas. Na Argentina há 204 causas abertas por violações aos direitos humanos durante a ditadura. Estão sendo julgados 526 repressores. Destes, 385 se encontram detidos. Durante a ditadura argentina, umas 30 mil pessoas desapareceram, e 500 bebês nascidos durante o cativeiro de suas mães foram roubados. 97 já recuperaram sua verdadeira identidade, segundo organizações de direitos humanos.




Memória


30 anos da morte do operário metalúrgico Santo Dias

santo dias

Em 30 de outubro, completaram-se 30 anos da morte do militante Santo Dias, um dos operários metalúrgicos mais combativos do final da década de 1970. Membro ativo da Pastoral Operária e das Comunidades de Base da Zona Sul de São Paulo, Santo Dias passou a fazer parte da Oposição Sindical Metalúrgica. Por ocasião do assassinato de Jesus, seu companheiro de trabalho morto pelo próprio patrão, tomou a iniciativa do enfrentamento com o assassino, coordenando uma longa greve na empresa Alfa, levando o patrão a juízo. Em 1978, Santo Dias foi escolhido para acompanhar Anízio Batista na “cabeça” da chapa 3, enfrentando o arqui-pelego Joaquinzão e a Ditadura Militar. A Chapa 3 foi vitoriosa mas não pôde assumir porque o então Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, colocou Joaquinzão novamente como interventor no maior sindicato da América Latina.

No ano seguinte, 1979, Santo Dias foi a grande referência dos metalúrgicos da Zona Sul de São Paulo, durante a preparação de uma greve que durou 10 dias e obteve conquistas importantes, como as comissões de Fábrica em várias empresas. No dia 30 de outubro, segundo dia da paralisação, o militante foi assassinado em frente à fábrica Sylvania, em Santo Amaro. Seu corpo foi velado na Igreja da Consolação, por determinação do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns. Seu martírio não foi em vão. Milhares de trabalhadores em todo o Brasil radicalizaram suas lutas em defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Fonte: Boletim do Projeto Memória da OSM-SP



40 anos do assassinato de Carlos Marighella

Carlos Marighella morreu na noite de 4 de novembro de 1969, em São Paulo, numa emboscada chefiada pelo mais notório torturador do regime militar. Revolucionário destemido, morreu lutando pela democracia, pela soberania nacional e pela justiça social.

Da juventude rebelde, como estudante de Engenharia, em Salvador, às brutais torturas sofridas nos cárceres do Estado Novo; da militância partidária disciplinada, às poesias exaltando a liberdade; da firme intervenção parlamentar como deputado comunista na Constituinte de 1946, à convocação para a resistência armada... Toda a sua vida esteve pautada por um compromisso inabalável com as lutas do povo brasileiro.

A lembrança e a homenagem a Carlos Marighella somam-se à reivindicação de que sejam apuradas, com rigor, todas as violações dos Direitos Humanos ocorridas nos 21 anos de ditadura.
Assine um manifesto em memória do líder: http://www.petitiononline.com/19692009/




Pérolas da edição


Sandra Quintela

A CSA é um conglomerado industrial-siderúrgico-portuário formado pela Companhia Vale do Rio Doce (cerca de 26% das ações) e a empresa alemã Thyssen Krupp Steel (TKS). Desde o início, as obras vêm desrespeitando a legislação brasileira e ignorando os direitos humanos e constitucionais de cidadãos brasileiros. 

Os pescadores que atuam naquela área especifica da baia vem sendo diuturnamente, impedidos de trabalhar, seja porque a empresa instala equipamentos dentro dos rios que os impede de sair ao mar, seja por ameaças que partem da segurança da empresa, ou por suas embarcações de grande porte que, sempre que podem, fazem rota com o intuito de colidir com as pequenas e frágeis embarcações de pescadores, e também danificar ou inutilizar os petrechos de pesca, que são caros para quem  necessita deles. Tudo isso faz parte de um grande processo de intimidação por parte da transnacional que viola direitos constitucionais de cidadãos brasileiros.




Novos artigos em nossa página


Pouco espaço para debates marca Conferência fluminense

[Por Arthur William, para o Observatório do Direito à Comunicação] Terminou no último domingo (1/11), a 1ª Conferência Estadual de Comunicação do Rio de Janeiro (Conecom). Com mais de 500 participantes, entre delegados, observadores e convidados, o espaço foi o primeiro grande teste para a Confecom. Sem caráter deliberativo, por orientação da Comissão Organizadora Nacional (CON), os presentes apenas indicaram propostas e elegeram delegados para a etapa nacional. (http://rioproconferencia.wordpress.com/2009/10/30/instantaneidade-marca-a-abertura-da-conecom-rj/ 

A abertura da 1ª Conecom (30/10) já expressava o grau de relevância que o debate da comunicação tem para o Poder Executivo estadual. Sem a presença, antes confirmada, do jornalista e governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), a cerimônia oficial contou com poucas e rápidas falas. Coube ao movimento social organizar uma reunião extraordinária para discutir o regimento, as propostas de sistematização dos Grupos de Trabalho (GTs) e a eleição de delegados. Participaram, também, o presidente da Comissão Organizadora Nacional, Marcelo Bechara, e a deputada federal Cida Diogo (PT-RJ).



Expediente



Núcleo Piratininga de Comunicação

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br

Redação: Claudia Santiago e Sheila Jacob

Web: Luisa Santiago 

Colaboraram nesta edição: Arthur William (RJ), Tatiana Lima (RJ).

midia



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Esta semana... começa o 15º CURSO ANUAL do NPC: boas vindas a todos e todas
Alunos de Arraial criam rádio comunitária e lançam 5ª edição do jornal O Cabistão
Agenda do NPC 2010 está no fim
A Batalha da Mídia e A Ditadura da Mídia serão lançados durante o 15º Curso

A Comunicação que queremos
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Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge