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Boletim do
NPC —
Nº 146
— De 15 a 31/5/2009
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Extra
Hoje
Aos 62 anos, morreu, nesta sexta-feira, 15 de maio de 2009, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, a única mulher entre os quinze presos políticos trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick, sequestrado em 1969, pelo MR-8.
Notícias do NPC
Próxima sessão do Domingo é Dia de Cinema reflete sobre desemprego
Neste domingo, 17 de maio, o projeto Domingo é Dia de Cinema exibe o filme argentino O que você faria? O vídeo mostra as situações-limites a que chegam sete candidatos à vaga de emprego em uma grande empresa de Madrid. O grupo é submetido ao Método Grönholm de seleção. Após a exibição será realizado o debate com o tema “O Trabalho enobrece o homem?”. Os debatedores serão Guilherme Marques Soninho, historiador e colaborador do NPC; Marildo Menegatti, professor da UFRJ; e Marcelo Machado, militante do Movimento dos Trabalhadores Desempregados.
IV Curso de Comunicação Popular do NPC começa em maio
Estão abertas as inscrições para o IV Curso de Comunicação Popular do NPC. Os interessados devem marcar ligar para o NPC e marcar hora para entrevista com Claudia Santiago na quarta-feira, dia 20 de maio. São apenas dez vagas. A outras vagas já foram preenchidas por pessoas que fizeram pelo menos um dos cursos anteriores. Terão preferência comunicadores populares, estudantes de comunicação e/ou jornalistas indicados por professores de pré-vestibulares comunitários.
Saiu a 3ª edição revisada e ampliada do livro História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, de Vito Giannotti
O livro de Vito Giannotti, pela Editora Mauad, nasceu da necessidade dos trabalhadores terem à mão um resumo, uma síntese da sua história, suas lutas, suas vitórias e derrotas. Livros sobre os trabalhadores do Brasil há muitos. Muitos são bons. Alguns, ótimos. O problema é que muito raramente caem nas mãos dos trabalhadores. As razões são muitas, no mínimo dez. Uma delas é que quase não se encontram livros sobre este assunto que sejam sínteses. Que apresentem um quadro geral com os problemas, as soluções e as lições desta bela história de mais de um século. O livro de Giannotti tenta responder a este desafio. Nesta terceira edição foram acrescentadas várias informações importantes que faltavam. Foram sugestões vindas de amigos e companheiros de vários Estados: lutas, greves, batalhas que passaram desapercebidas nesta longa guerra de classe. Por isso, o livro teve acrescidas algumas páginas. Muita coisa ainda está faltando. Na quarta edição teremos mais acréscimos. Quem quiser pode desde já mandar novas informações, sugestões, adendos. E quem quiser pode encomendar seu exemplar ou exemplares. Para isso, mande mensagem para Augusto: npiratininga@uol.com.br.
Radiografia da Comunicação Sindical
Fenajufe mobiliza para Conferência Nacional de Comunicação
No dia 4 de junho, em Manaus, Amazonas, será realizado o V Encontro de Comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe). O tema do encontro é Construindo a 1ª Conferência Nacional de Comunicação. A Fenajufe já participa da Comissão Nacional Pró-Conferência Nacional de Comunicação. De acordo com uma das coordenadoras da entidade, Sheila Tinoco, a idéia é que do encontro saiam propostas de ações concretas para mobilizar os servidores para a Conferência. “Consideramos que a Conferência é muito importante porque vai ser um espaço de debate pela democratização da mídia pelo qual estamos lutando há anos. Dessa forma, a problemática será tornada pública”. Sheila acrescenta que o tema é de bastante interesse do judiciário. “A democratização da justiça também passa pela democratização da comunicação”, completa. Ela explica que alguns tribunais já colocaram em prática a informatização total dos processos – é o chamado processo virtual. Dessa maneira, há a eliminação dos processos em papel, os mesmos passam a estar apenas na internet. “Cria-se dessa forma um apartheid social virtual porque a internet ainda não é um instrumento de massas. A própria linguagem jurídica já é difícil”, conclui. A coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, Claudia Santiago, será uma das debatedoras da mesa Comunicação Pública e Imprensa Sindical junto com os jornalistas Beto Almeida e Caio Teixeira, durante o Encontro de Comunicação da Fenajufe. Confira a programação completa na página da Fenajufe http://www.fenajufe.org.br/port/noticias/Comunicacao/programacao.htm
Metalúrgicos de Campinas investem na mídia sindical para disputar hegemonia
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas representa 45 mil trabalhadores de 3.600 fábricas. Além de Campinas, são metalúrgicos dos municípios de Indaiatuba, Valinhos, Americana, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor, Sumaré e Paulínia. Atualmente, o Sindicato publica o jornal semanal Folha de Metal, com tiragem de 35 mil exemplares. Também lança boletins específicos por fábrica, e mantêm a página www.metalcampinas.org.br. Os temas abordados passam desde os mais gerais, como conjuntura e atualidades, até as mais específicas, que dizem respeito à fábrica e à vida cotidiana do trabalhador. Em entrevista ao Boletim NPC, a jornalista do sindicato, Claudia Medeiros, disse que o objetivo é “chegar o mais próximo possível do trabalhador e da sua realidade para ajudar na sua conscientização a respeito da disputa de classes”. Além de impulsionar a organização coletiva e a mobilização, a imprensa sindical serve para fornecer informações que não aparecem na mídia comercial. Quanto ao imposto sindical, matérias publicadas no jornal e na página na internet explicam que a devolução é feita todos os anos. “Normalmente, há chamada na capa da edição e a matéria ocupa toda a última página. Explicamos que a parte devolvida aos associados refere-se à parte do Imposto Sindical que é repassada ao Sindicato”. Também explicam que o imposto foi criado na década de 1940 pelo governo Getúlio Vargas. E é descontado de todos os trabalhadores, anualmente, no mês de março, e equivale a um dia de trabalho. Além dos textos, o Sindicato utiliza documentários para a mobilização dos metalúrgicos. Passam vídeos sobre a questão de gênero, a questão racial e outros temas que retratam períodos específicos das fábricas, de campanhas salariais, ou campanhas específicas. Na página do Sindicato, está disponível também a seção “Fale Conosco” e um canal de denúncia, para estimular a participação da categoria.
Presidente Lula autoriza concessões de rádios e TVs para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC [Redação Portal IMPRENSA] O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, na última quarta-feira (13), duas concessões de rádio e duas de TV para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. As outorgas serão acertadas em nome da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, já que a lei veta a obtenção de emissoras de radiodifusão e TV por sindicatos. "Achamos que o movimento sindical, pela contribuição que dá à democracia, merece ter emissoras de televisão. A grande imprensa ignora o mundo do trabalho, por isso, reivindicamos ter nosso próprio meio de comunicação", disse o presidente do sindicato, Sérgio Nobre, ressaltando que o governo fez "justiça" com a medida, já que igrejas e universidades também possuem veículos de comunicação. As outorgas terão caráter educativo, o que implica em acordo gratuito entre governo e órgão, sem necessidade de abertura de licitação.As emissoras de TV oferecidas ao sindicato terão vigência nos municípios de Mogi das Cruzes e São Caetano. Já as outorgas de rádio são para as cidades de São Vicente, litoral paulista e Mogi das Cruzes. A informação é da jornal Folha S.Paulo.
(Fonte: Portal IMPRENSA / Metalúrgicos do ABC – 14/5/2009)
A Comunicação que queremos
Jovens indígenas de Dourados (MS) aprendem a produzir vídeos
Foto: Arquivo AJI
Quinze jovens da Reserva Indígena de Dourados (MS) produziram um vídeo, com a assessoria do professor Elton Rivas. Ele conta que o convite surgiu quando ele apresentou o documentário “Em Trânsito”, sobre o povo Manoki. Em entrevista ao Boletim NPC, Rivas disse que o acesso às novas tecnologias potencializam a capacidade dos indígenas de defender seu ponto de vista diante das diferentes visões e compreensões. E aumenta seu poder de expressão: “Já ouvi de alguns indígenas que agora eles não lutam com flechas, mas com palavras e imagens”, afirmou. A iniciativa é da AJI (Ação de Jovens Indígenas de Dourados). O grupo trabalha com jovens Guarani-Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena das aldeias Bororó e Jaguapiru. Como explicou Rivas, os indígenas produzem um jornal impresso de circulação bimestral e mantêm um blog e fotolog. Eles ainda participam de oficinas de fotografia e vídeo na aldeia, que geraram a publicação de um livro e a realização de vídeos nos gêneros documentário e ficcional. Confira o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=wCUJqUe8FtU
Proposta de Pauta
Rio é o primeiro em incidência de Tuberculose
[Por Katarine Flor] O Rio de Janeiro tem 17 mil casos notificados de tuberculose e 15% de abandono do tratamento ao ano. Estima-se que 20% dos doentes não são diagnosticados até a internação ou óbito. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 72 mil novos casos de tuberculose em 2007. Além disso, 4,5 mil pessoas morreram em decorrência da doença. As maiores incidências estão nos estados do Rio de Janeiro (73,27 por 100 mil), Amazonas (67,60), Pernambuco (47,79), Pará, (45,69) e Ceará, (42,12). A região Centro-Oeste é a que apresenta a menor taxa do país – em Goiás, são (9,57 por 100 mil) habitantes. No Distrito Federal (12,09). [Clique aqui para ler o artigo completo]
Segundo IPEA, maioria dos jovens brasileiros não tem direito a estudo nem a emprego
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou recentemente estudo sobre a preocupante situação sócio-econômica da juventude brasileira. Confira alguns dados: — Há 51 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos. — 66% deles estão fora de salas de aula. — Apenas 13% deles estão cursando curso superior. — A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens, é trabalhar para ajudar a família. Entre as mulheres, é a gravidez, entre as mulheres. — 46% deles estão desempregados. — E 50% dos 54% que estão empregados trabalham sem carteira assinada. Ou seja, do total de jovens, apenas 27% tem emprego com carteira assinada, e, portanto, direitos trabalhistas e previdenciários. — 31% deles podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo por mês! — 70% dos jovens considerados pobres são negros... Que tal trabalhar essa pauta em nossos jornais, como o resultado do modelo neoliberal, que visa lucros para bancos e empresas transnacionais? O que o Brasil precisa é de projetos de desenvolvimento que garantam emprego, renda, educação e qualidade de vida para os jovens brasileiros.
De Olho Na Mídia
Desabrigados pelas chuvas no Nordeste já são mais do que o dobro dos de Santa Catarina. E a mídia está calmíssima
No final de 2008 uma tremenda calamidade atingiu a população de Santa Catarina. Assistiu-se a uma grande campanha/mobilização nacional mais do que explicável e justa. Agora, desde final de abril, uma grande catástrofe está se abatendo sobre os estados do Norte e Nordeste. Por que não há a mesma campanha de solidariedade que foi deslanchada no caso parecido de Santa Catarina? A pergunta não é uma simples curiosidade. Parte da premissa que nada acontece por acaso. Sobretudo parte do princípio que a mídia tem lado, tem dono e o dono tem classe e interesses de classe. A mídia tem sua posição ideológica, suas simpatias e antipatias, seus preconceitos e, sobretudo, uma visão de conjunto de sociedade que ela defende ou combate. Frente a esta fraquíssima campanha a favor dos desabrigados no Nordeste há quem se pergunte o que haveria por trás. Há quem diga que a grande explicação estaria no fato que os desabrigados do Nordeste... são exatamente nordestinos. Só para comparar: O UOL-Notícias de 11/5 nos há um dado importante: “De acordo com dados da Defesa Civil Nacional, 183.625 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Norte e no Nordeste em razão das enchentes. Em Santa Catarina, esse número chegou a aproximadamente 80 mil pessoas”.
Enquanto mídia comercial só fala em gripe suína, meningite e dengue matam quase 100 pessoas na Bahia somente neste ano
De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo de 14/05/09, na Bahia, 90 pessoas já morreram de meningite e dengue somente este ano. As autoridades, entretanto, não reconhecem os números como uma epidemia – mesmo que já tenham sido notificados mais de 66 mil casos de dengue. E foram confirmados 309 casos de meningite. Como a própria matéria observa, o mundo está apavorado apenas com a propagação do vírus da gripe suína. Isso porque a mídia comercial só fala – e muito - nesta doença. Nas últimas semanas, o próprio O Globo só deu destaque à gripe suína. A partir do próximo número, certamente este tema será retomado por este jornal e pelos demais outros veículos empresariais.
Construtora desiste de processar jornalista em Sergipe
A Norcon Engenharia, uma das maiores construtoras do Nordeste, pediu para arquivar o processo que movia contra o jornalista Cristian Góis, alegando que o processo poderia ser desgastante para sua imagem. O jornalista denunciou que a empresa planejava construir no local um luxuoso resort e pressionava violentamente para que os pescadores tradicionais que habitam a região saíssem de lá. “Graças à ação de todos os lutadores e lutadores do povo, principalmente dos companheiros de luta que divulgaram para o mundo, através da rede de e-mail, o conflito da Resina e a censura ao artigo que fiz, o dono da Norcon informou que a empresa desistiu de entrar na área”. Afirmou Góis. A censura do artigo de Cristian pela empresa jornalística onde trabalha – a Infonet – deixou clara a relação da construtora com a mídia comercial. Apesar disso, o artigo de Cristian correu pela internet. Mas a melhor notícia de todas, como afirmou Cristian Góis, é outra, dada a ele pelo próprio dono da Norcon. Acompanhe o blog do jornalista em http://www.infonet.com.br/josecristiangoes/
Democratização da Comunicação
NPC Entrevista Tereza Cruvinel. Fórum de TVs Públicas ocorre no final de maio
As entidades representativas do campo público de televisão se reúnem, de 26 a 28 de maio, em Brasília, no II Fórum Nacional de TVs Públicas. O encontro foi convocado pelas entidades do setor, e será um espaço de preparação para a Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá em dezembro. Em entrevista ao BoletimNPC, a presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, disse que a pauta de deliberações do Fórum será o documento a ser encaminhado à Conferência. A principal pauta é a regulamentação legal das emissoras de caráter público. A Lei 11.652, de abril de 2008, que criou a EBC, Empresa Brasil de Comunicações, apenas regulamenta a TV Brasil. As demais ficaram sem um marco regulatório específico. O Fórum pretende abordar, entre outras questões, a transferência das emissoras universitárias e comunitárias para a TV aberta, a partir da implementação da TV Digital. Outros pontos são: o financiamento das emissoras; as transformações acarretadas pela chegada da TV Digital; e questões ligadas à programação – suas características, modos de produção, multiprogramação, regionalização, novos conteúdos voltados às novas plataformas.
Organizações acionam MPF para proibir outorgas a políticos
A ONG Artigo 19 e o Intervozes protocolaram no Ministério Público Federal (MPF) uma representação que alega a inconstitucionalidade da concessão de outorgas de rádio e TV a parlamentares. As entidades esperam que o documento origine uma Ação Civil Pública questionando a propriedade de empresas de radiodifusão por deputados e senadores. Os grupos justificam que a Constituição Federal não permite que parlamentares sejam donos de meios de comunicação. E chamam a atenção ainda para o conflito de interesses que cerca a questão. A polêmica voltou a ficar em evidência no início do mês de abril, quando a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou recomendação impedindo que parlamentares figurem como diretores, proprietários ou controladores de empresas exploradoras de serviços de radiodifusão. Nestes casos, diz o documento, a outorga ou renovação deva ser rejeitada. O texto ainda será avaliado pelo plenário da Casa. [Fonte: Agência Pulsar]
Organização Mulher e Mídia apresenta suas críticas para a Conferência de Comunicação
A organização Mulher e Mídia enviou recentemente uma carta ao Ministro das Comunicações, Hélio Costa, e ao GT Nacional Pró-Conferência Nacional de Comunicação. No texto, o grupo apresenta questionamentos quanto à imagem deturpada e estreita da mulher reproduzida pela mídia comercial. E critica a composição da Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Comunicação, composta por uma representação em peso do setor empresarial, “enquanto o mesmo está longe de ocorrer com a representação da sociedade civil e o Poder Público”. Leia a carta na íntegra.
NPC Informa
Franklin Martins participa de Seminário no Rio
[Por Katarine Flor] O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, participou do seminário "O que ameaça a liberdade de imprensa? E quem a imprensa ameaça?". O encontro foi realizado no dia 6 de maio, na UFRJ, como parte das comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Para Martins, a imprensa nem sempre faz bom uso da sua liberdade. “Às vezes ela se excede e, muitas vezes, comete erros. “Também faz campanhas indevidas, e parte para a manipulação”, observa. O ministro acredita que é a própria sociedade quem deve definir quando isso ocorre, e colocar “freios”. Para ele, a sociedade é quem deve garantir a liberdade de imprensa. Sobre a revogação da Lei de Imprensa, no dia 30 de abril, o jornalista Franklin Martins acredita que foi positivo enterrar a lei que vinha da ditadura. Mas, para ele, “não é bom deixar sem amparo legal algumas situações corriqueiras que precisam de alguma legislação - seja para impedir abusos em casos de indenizações excessivas, seja também para impedir que um determinado órgão de imprensa se recuse a publicar um direito de resposta quando atingiu a honra de alguém”. A Constituição assegura o direito de resposta, mas não o detalha. A decisão caberá a cada juiz que analise os casos, até que o Congresso aprove nova lei que regulamente o tema. Para Martins, é necessária a criação de “algum tipo de lei que regule aspectos que ficaram descobertos com a revogação da Lei de 1967”. A medida abre um vácuo sobre o direito de resposta, concedido a quem se sentir injustamente atingido pelo noticiário.
Homem usa nome da Carta Maior para espionar manifestação
Em uma manifestação de servidores públicos estaduais e outros movimentos sociais do Rio Grande do Sul, no dia 30 de abril, um homem utilizou um crachá falso da Agência de notícias Carta Maior. Na ocasião, os manifestantes o identificaram como agente da chamada P2, o serviço secreto da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. O homem fotografava a manifestação até que foi surpreendido por pessoas que conhecem a agência de notícias e estranharam o “repórter” e o crachá falso. A Carta Maior informou que tomará providências junto as autoridades sobre o caso – que configura falsidade ideológica e documental. “Não é de hoje que servidores de órgãos de segurança disfarçam-se de fotógrafos no Rio Grande do Sul, identificando-se como profissionais de imprensa para espionar manifestações de sindicatos e movimentos sociais. Imaginem o estardalhaço que causaria um agente disfarçado da Abin ou da Polícia Federal "cobrindo" uma reunião do PSDB com um crachá falso da Folha de São Paulo”, questionou o editor da Carta Maior, Marco Aurélio Weissheimer.
Curso de jornalismo de políticas públicas da UFRJ aborda a pauta jornalística
[Por Katarine Flor] O curso de jornalismo de políticas públicas da UFRJ, organizado pelo professor Evandro Ouriques, recebeu no dia 4 de maio a coordenadora do Ciclo Básico da ECO/UFRJ, Cristina da Luz, e a Coordenadora da Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio, Sandra Korman. Na ocasião, Cristina da Luz discutiu a importância de se perceber na pauta pistas das estruturas de dominação, das ideologias, dos focos de interesse, dos ângulos e das hierarquias que irão guiar a abordagem do acontecimento que vai se transformar em uma notícia.
Mostra no Rio aborda cultura negra latino-americana
Entre os dias 12 e 17 de maio ocorre, no Rio de Janeiro, o evento “Mostra de Cinema Raízes Negras Latino-Americanas II”. O objetivo da mostra cultural é retratar as especificidades e riquezas culturais de uma América Latina negra. Estão sendo realizados debates, palestras, mesas-redondas e exibições de longas, médias e curtas-metragens que tratam do tema. A Mostra foi idealizada pela produtora peruana Rocío Salazar, que vive no Brasil há 13 anos. Ela criou no país o evento Encontro Latino-Americanos, um projeto que busca incentivar um intercâmbio de manifestações artísticas latino-americanas. Ela disse que percebeu uma rica produção cultural nos países do continente focada nas questões afrodescendentes, mas que são pouco difundidas.
Mais informações na página www.raizesnegras.blogspot.com
Imagens da Vida
Boliviana cozinha na Ilha do Sol, na Bolívia.
A foto é do jornalista colaborador do NPC Bruno Zornitta
De Olho Na Vida
Mortes de indígenas continuaram em 2008
Relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), no dia 6 de maio, revela que, só no Mato Grosso do Sul, 42 indígenas foram assassinados em 2008. Ao todo, no país, 60 foram mortos. Outro dado é o aumento do número de suicídios entre o povo indígena Guarani-Kaiowá. Em Mato Grosso do Sul, foram 34 suicídios em 2008, seis a mais do que no ano anterior. Apesar dos dados, os assassinatos diminuíram em comparação a 2007. O CIMI relata que houve uma diminuição de 32 casos. A situação dos indígenas Guarani-Kaiowá ocupa grande parte do relatório. Fala-se em auto-destruição desse povo, uma vez que a maioria dos assassinatos foram cometidos pelos próprios Guarani-Kaiowá. “Os Guarani Kaiowá são vítimas de racismo, desnutrição, atropelamentos, falta de assistência à saúde, trabalho escravo entre outras violências. Esta situação resulta de omissões do Estado e de ações governamentais e de particulares, no contexto de acirramento da disputa pela terra no Mato Grosso do Sul”, diz o relatório do CIMI. Acesse o relatório completo em http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3808&eid=397
Indígenas acampam em Brasília
De 4 a 8 de maio foi realizada em Brasília a VI edição do acampamento Terra Livre. Realizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pelo Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas (FDDI), o acampamento reuniu mais de mil indígenas de 130 povos diferentes. No documento final do acampamento, os participantes do encontro enviam mensagens ao três poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário – e ao povo brasileiro. Ao poder Executivo criticam a demora do governo Lula a assumir os seus compromissos. “O saldo devedor é grande”, afirmam. Eles cobram ainda que o governo, “por coerência e na perspectiva de compensar os seus atrasos” se empenhe na aprovação do Novo Estatuto dos Povos Indígenas. Os indígenas denunciam que as deliberações da 4ª Conferência de Saúde Indígena realizada em junho de 2006 não foram cumpridas. Leia o documento final em http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3814&eid=398 Leia o belo relato de Egon Heck, do Cimi (MS) sobre a audiência que os indígenas tiveram no senado http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3815&eid=398
Setor de Saúde do MST produz cosméticos naturais
No curso Práticas Alternativas em Saúde, assentados e acampados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio de Janeiro estão produzindo produtos fitoterápicos e fitocosméticos. Entre os produtos estão, por exemplo, sabonete de argila e xampu e condicionador de jaborandi. O curso também inclui ensinamentos de medicina chinesa, discussões sobre o sistema de saúde brasileiro. O Movimento pede que as pessoas comprem os produtos, inclusive para que a renda possa custear as despesas da 4ª etapa do curso. O KIT Fitoterápico produzido pelo Coletivo de Saúde do MST RJ pode ser adquirido pelo telefone (21) 9356-0773, falar com Ivi Tavares. Confira os preços: KIT BÁSICO (4 produtos) = R$ 10,00 1 sabonete de rosas, morango e ylang ylang + 1 sabonete de argila + 1 xampu de jaborandi + 1 condicionador de jaborandi · GEL para PANCADAS e dores musculares = R$ 10,00 · 1 Xampu + 1 condicionador = R$ 5,00
No Rio, movimentos sociais e autoridades discutem a criminalização da pobreza Na manhã do dia 14 de maio, representantes de movimentos sociais se reuniram no Rio de Janeiro para participar do debate “Os muros e o processo de criminalização”. O evento foi organizado pelo mandato do deputado Marcelo Freixo (Psol/RJ), e ocorreu no Plenário da OAB-RJ. Estiveram presentes no evento o coordenador para Assuntos Brasileiros da Anistia Internacional, o inglês Tim Cahill; o sub-procurador de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (MPE), Leonardo Chaves; o coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, Leonardo Rosa; e o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous. Houve uma inversão do que normalmente ocorre em eventos que reúnem autoridades e membros da sociedade civil organizada. A palavra foi dada aos manifestantes. Coube aos órgãos públicos e ao representante da Anistia Internacional ouvir o que eles tinham a dizer, para só depois fazer suas colocações. Durante o debate foi apresentado um relatório que apresenta as mais variadas formas da política de criminalização da pobreza que vem sendo implementada no Rio de Janeiro. O texto foi elaborado em conjunto pelas organizações. Segundo Freixo, “a produção do relatório não foi um ato burocrático. É um ato de documentação das violações, o que a gente sabe que é extremamente importante. Isso garante muito mais a possibilidade das consequências que esperamos em um encontro como este”. Ele explica que o objetivo não é “falar entre os mesmos”, mas sim buscar forças para que saiam dali conseqüências concretas. Por fim, o documento foi entregue aos representantes do poder público presentes e ao representante da Anistia Internacional. Também foi apresentada uma carta que cobra dos órgãos públicos de direitos humanos, presentes no debate, os encaminhamentos necessários para responder as denúncias apresentadas - em especial as referentes ao Estado e às empresas transnacionais.
Memória
Evento em São Paulo discute punição aos torturadores e abertura dos arquivos da Ditadura
Para lembrar e refletir sobre os trinta anos da declaração da Lei de Anistia, o Arquivo Público do Estado de São Paulo e parceiros organizaram o Seminário Internacional “A luta pela Anistia: 30 anos”. O evento foi realizado entre 11 e 15 de maio no auditório do Memorial da Resistência, que fica no Largo General Osório, 66, Luz, São Paulo. O objetivo do encontro é pensar as marcas ainda existentes da repressão, e apresentar memórias tantas vezes silenciadas, esquecidas ou então marginalizadas. O seminário pretende tratar de questões ainda pendentes, como a punição aos torturadores e as reparações aos anistiados políticos. Também a abertura dos arquivos da ditadura, e o acesso às suas informações, que atualmente esbarram em leis de sigilos e classificação dos documentos. No seminário, também entram em debate a campanha pela anistia, a experiência e contribuição das mulheres no processo de democratização, e as experiências semelhantes de países vizinhos. Para complementar, a Cinemateca Brasileira apresenta filmes que abordam o impacto dos anos de chumbo na realidade nacional. Clique para ver a programação completa dos vídeos. Confira informações sobre o seminário em http://www.arquivoestado.sp.gov.br/30_anistia.php.
AGENDA DO NPC: Algumas datas que marcaram a história da imprensa dos trabalhadores
18.05.1981: A oposição metalúrgica de São Paulo solta o cordel A História do Pelego Camaleão. O texto apresentou denúncias contra Joaquinzão, homem do regime militar que disputava mais uma eleição fraudulenta naquele sindicato. 21.05.1964: O jornalista Millôr Fernandes cria PIF-PAF, revista que contesta a Ditadura. Mais de 150 jornais alternativos nasceram nos 20 anos de ditadura. 22.05.1945: No Rio, o PCB lança um diário de massa: o Tribuna Popular, dirigido por Carlos Drummond de Andrade. Terá uma tiragem entre 10 e 30 mil, e será fechado pela repressão em 1947.
Literatura na África
Egito tem o romancista de língua árabe Naguib Mahfouz, primeiro africano a receber o premio Nobel da Literatura
O escritor
africano Naguib Mahfouz, faleceu em 2006, no Cairo, aos 94 anos. O escritor,
nascido na mesma cidade, em 1911, autor de quase 50 obras literárias, foi o
intelectual mais célebre do Egito. Foi
autor de relatos, romances e roteiros de cinema. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1988.
Seus romances mais conhecidos são Miramar (1967) e os que compõem A
Trilogia do Cairo. É
autor, também, de A Taberna do Gato Preto.
As suas obras encontram-se
traduzidas em várias línguas como o inglês, francês, alemão, russo e italiano.
Mahfouz é o
único romancista de língua árabe a ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura até
hoje. Como egípcio é um dos grandes escritores africanos de língua árabe.
“Mahfouz
escreveu durante toda a sua vida cerca de 50 livros, dos quais pelo menos doze
foram publicados no Brasil, sendo que o mais recente,
O Beco do Pilão, chegou-nos pela Editora Planeta, com tradução de Paula Daniel
Farah, professor da USP. Temos ainda os livros da fase do Egito antigo, que são
Batalha de Tebas (Record), O Jogo do Destino (Record) e Akhenaton, o Rei Herege
(também pela Record, editora que mais publicou Mahfouz no Brasil).
Por fim, pela
pequena editora Caminho, temos Em Busca e A vilela de Midaq. Pela também pequena
editora Berlandis saiu Miramar, e pela Cia. das Letras o belíssimo Noites das
Mil e uma Noites. Seus cerca de 50 livros são contos, coletâneas de pequenas
histórias e romances, hoje publicados em mais de 25 idiomas em todo o
mundo.”
(Trecho
de
Lejeune
Mirhan,
Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, extraído
do Portal Vermelho)
Dicas
Fotógrafo francês retrata o Morro da Providência, no Rio
[Por Raquel Junia] De dentro do ônibus coletivo o trocador fala para o motorista. “Olha lá o que fizeram nos Arcos da Lapa!”. O trocador apontava para gigantescos olhos estampados acompanhando o formato redondo dos arcos. Olhos parecidos também foram vistos na África e Índia, só que os olhos de lá eram africanos e indianos, e os daqui, brasileiros.
O que o motorista e o cobrador observaram naquele dia é o trabalho do artista francês JR. Quem visita a Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, entende um pouco mais da proposta do artista. Pelo chão do galpão principal da Casa estão estampados mais alguns rostos. Os visitantes, quase sem perceber, pisam em cima dos rostos. Isso faz parte da arte de JR: suas fotos estão sempre sujeitas à ação natural do tempo.
Talvez a primeira imagem a chamar a atenção do visitante da exposição 28 milímetros/mulheres, de JR, seja a casa de madeira que está ali, em tamanho natural. Diante dela, está uma tábua, provavelmente algum pedaço que tenha despencado da construção. Na tábua é explicada a origem da casa e do apelido da construção: Casa “China”.
A instalação é justamente onde moravam 11 pessoas no Morro da Providência, uma das primeiras favelas da cidade do Rio. A dona da casa era Georgina, mas como JR e sua equipe são franceses, não conseguiam pronunciar o nome, então acabou ficando “China”. A casa agora está “acessível a um público carioca que em condições normais não se aventuraria a visitá-la”.
A exposição 28 Milímetros/Mulheres fica na Casa França-Brasil até o dia 21 de junho, de terça a domingo, das 10h às 20h. Leia reportagem completa aqui.
Livro recém-lançado de Gilberto Maringoni trata da Revolução Venezuelana
O livro A Revolução Venezuelana, de Gilberto Maringoni, foi lançado recentemente pela Editora UNESP. A obra investiga os objetivos do governo de Hugo Chávez. Para isso, o autor faz uma análise histórica da Venezuela, desde o século XIX até a atualidade. Ele traça um perfil das diversas forças políticas, tendo como pano de fundo a supremacia do petróleo na economia local. Maringoni procurou, neste livro, abordar a Venezuela sob diferentes ângulos, destacando o enfrentamento ao golpe de 2002, a conflituosa relação com os Estados Unidos e a influência da Venezuela na América Latina. Ele destaca ainda importantes alterações ocorridas no país durante o governo de Chávez, como a elevação dos padrões de vida, a geração de empregos e o fortalecimento do caráter público do Estado.
Filme na TV Câmara mostra episódios marcantes da luta de Chico Mendes
Se Euclides Fernandes Távora participou mesmo da coluna Prestes não há certeza. Mas foi isso que ele contou a Chico Mendes. Euclides, um comunista, foi o responsável pela alfabetização de Chico, no meio da floresta. No filme Chico Mendes - Cartas da Floresta há essa e outras passagens da vida do seringueiro. “Se o filho do seringueiro fosse para a escola ele iria aprender a ler, escrever e a contar. Ele ia descobrir a exploração que estava sendo feita. Isso não interessava ao patrão”, diz o narrador lendo uma das cartas de Chico, logo no início do filme. Um dos momentos mais marcantes do documentário é a descrição de um Empate, realizado em 1976, pelos seringueiros. Os Empates tinham a intenção de evitar a derrubada de árvores da floresta e nesse caso, queriam evitar também a posse de parte da floresta por um fazendeiro. As mulheres, algumas delas professoras, decidiram que iriam à frente junto com as crianças porque pensavam que isso poderia evitar que os policiais atirassem. Quando se aproximaram, os policias tinham formado duas filas em posição de confronto. As professoras, sem terem combinado nada antes, começaram a cantar o hino nacional. O Tenente deu ordem para que os policias se colocassem em posição oficial para escutar o hino e ele próprio permaneceu em posição de continência. O documentário foi realizado pela TV Câmara do Acre. Leia a resenha completa aqui.
De Olho No Mundo
Movimentos sociais unidos na rede
Dois grandes movimentos sociais na América Latina, o Movimento dos Sem-Terra (MST) e o Exercito Zapatista de libertação Nacional (EZLN) fazem uso da Internet como uma nova forma de expressão e ferramenta de luta. Nesse processo, o uso da Internet como instrumento estratégico para comunicação e para organização de suas lutas tem sido fundamental. Na rede, disponibilizam informações divulgando a “sua versão” dos fatos e dos objetivos da sua luta, na tentativa de construir novos canais para uma nova sociabilidade. Para ler o artigo acesse: http://diplo.uol.com.br/2009-04,a2843
Pérolas da edição
Sobre Augusto Boal
“A ti sempre estimaremos, por nos ter ensinado que só aprende quem ensina. Tua luta, tua consciência política, tua solidariedade com a classe trabalhadora é mais que um exemplo para nós, companheiro. É uma obra didática, como tantas que escreveu. Aprendemos contigo que os bons combatentes se forjam na luta. Quando ingressou no coletivo do Teatro de Arena, soube dar expressão combativa ao anseio daqueles que queriam ver o Brasil popular, o povo brasileiro. Sem temor, nacionalizou obras universais, formou dramaturgos e atores e escreveu algumas das peças mais críticas de nosso teatro, como Revolução na América do Sul (1961).
Mostrou para a classe trabalhadora que o teatro pode ser uma arma revolucionária a serviço da emancipação humana”. MST sobre Augusto Boal, falecido no dia 2 de maio de 2009, aos 78 anos
Novas entrevistas em nossa página
Entrevista com Tereza Cruvinel [Por Raquel Junia e Sheila Jacob/ NPC] O que define uma TV Pública? Quais as principais diferenças em relação a uma TV estatal? Como a sociedade pode e deve participar da programação da TV Brasil? Essas e outras questões foram respondidas pela presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, em entrevista ao BoletimNPC. Ela contou sobre sua trajetória no jornalismo; apontou as principais metas da TV Brasil; destacou o Conselho Curador e a Ouvidoria como instrumentos importantes de participação da sociedade; e falou sobre a diferença de conteúdo e de abordagem entre a mídia pública e a comercial. Confira a entrevista.
Contrato entre Governo de São Paulo e Editora Abril está sendo investigado pelo Ministério Público
[Por Raquel Junia / NPC] Nessa entrevista feita por correio eletrônico, o deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) explica as irregularidades do contrato entre a editora Abril e o Governo do Estado de São Paulo. Ivan Valente e os deputados estaduais Carlos Giannazi e Raul Marcelo apresentaram denuncia ao Ministério Público, que passou a investigar o caso. Para Ivan Valente, a escolha da Revista Nova Escola, sem licitação, para ser encaminhada para todos os professores do estado de São Paulo, demonstra o alinhamento político do governo do estado com a linha editorial das revistas do Grupo Abril. Confira a entrevista.
Imprensa Sindical deve apresentar a natureza da crise com a maior clareza possível
Marcio Pochmann fala sobre crise mundial na UFRJ [Por Katarine Flor e Jéssica Santos] Marcio Pochmann é professor da Unicamp (SP) e presidente do (IPEA). Em evento, em abril, na UFRJ, ele falou sobre a crise mundial e a possibilidade de romper com o modelo em que vivemos até hoje. “Essa é uma crise estrutural, que abala o sistema capitalista e representa o fracasso da política neoliberal. Dificilmente será superada se não houver um novo padrão”, afirmou. Ele disse ainda que não podemos continuar com um modelo de consumo degradante ao meio ambiente. E que é preciso desvincular a idéia de que um bom padrão de vida está vinculado ao consumo. Em entrevista ao BoletimNPC, o economista discutiu a pauta dos jornais sindicais, e falou como fortalecer e esclarecer os trabalhadores em momento de crise. “Quanto maior a pressão dos trabalhadores através dos seus sindicados, maiores serão as possibilidades de os efeitos negativos não serem somente transferidos aos trabalhadores”, diz. Confira a entrevista em nossa página. Comente também em nosso blog: http://blog.piratininga.org.br/
Segunda parte entrevista Ivo Lebauspin
[Por Katarine Flor- NPC] O sociólogo Ivo Lebauspin foi professor na faculdade de educação da UFRJ e depois na escola de serviço social. Escreveu sobre classes populares, direitos humanos e sobre experiências de prefeituras. Esta é a segunda parte da entrevista concedida pelo ex-frei Ivo Lebauspin ao BoletimNPC. Ele fala sobre a atuação da mídia comercial, e sobre a importância da democratização dos meios de comunicação. “Liberdade de imprensa não é liberdade para os donos dos meios de Comunicação. Mas é liberdade de informação e de formação para a população”, diz. Confira a entrevista.
Novos artigos em nossa página
Como a Folha de S.Paulo demonstrou ter telhados de vidro e provocou a maior crise de credibilidade em toda sua trajetória [Por André Cintra/ Caros Amigos] No dia 24 de fevereiro, tão logo soube que o Movimento dos Sem-Mídia (MSM) tinha convocado um protesto em frente à Folha de S.Paulo, o representante comercial Wilson Cunha Júnior, de 42 anos, tomou a decisão de participar do ato, custasse o que custasse. Não deu a mínima para a distância que separava sua casa e o prédio do jornal — algo como mil quilômetros. Wilson mora em Goiânia, onde trabalha por conta própria. Leia o texto completo.
‘O Delfim’ e a crença na Revolução em Portugal [Por Sheila Jacob] “Cá estou”. É assim que se inicia a narrativa do português José Cardoso Pires, em seu livro O Delfim. O Autor-personagem resolve ir até o interior, em uma aldeia chamada Gafeira, e escrever a história dos Palma Bravo, uma família nobre do local. O narrador descobre, então, que Tomás Manuel, o último da aristocracia, está envolvido em uma história de crime, que permanece sem solução. O principal tema deste livro, na verdade, é um processo de Revolução ocorrido na aldeia, quando os moradores montam uma cooperativa de controle da Lagoa, onde portugueses de diversas regiões do país costumavam caçar. Após a tomada do poder pelo povo, não seria mais preciso pedir a autorização de Tomás Manuel. O local deixa de ser propriedade privada, e torna-se coletivo. Leia o texto completo.
Expediente
Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação
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Coordenador: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915) Redação: Claudia Santiago, Raquel Junia e Sheila Jacob Web: Luisa Santiago Colaboraram nesta edição: Alípio Freire (SP), Douglas Baptista (RJ), Gizele Martins (RJ), Jéssica Santos (RJ), Katarine Flor (RJ), Renata Souza (RJ), Sérgio Bertoni (PR), Sérgio Domingues (RJ)
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