Faltam poucos dias... Fórum começa na próxima semana
O NPC participa do Fórum Social Mundial com duas oficinas. Uma no dia 29 e outra no dia 30 de janeiro.
1ª -A Mídia e a Criminalização da pobreza
Teráa participação da editora do Boletim NPC, Claudia Santiago; Gizele Martins, do Jornal O Cidadão, do Complexo da Maré; Márcia Jacintho, mãe de vítima da violência policial; José Jorge Santos de Oliveira, morador da Vila Recreio, no Rio de Janeiro; e Guilherme Marques Soninho, doutorando do Ippur/UFRJ.
Data: 29 de janeiro
Horário: 12h às 15h
Local: Universidade Federal do Pará (UFPA básico), pavilhão Pb, sala P2.
2ª -Comunicação Sindical: antes, durante e depois da crise
Teráa participação de Vito Giannotti, escritor e coordenador do NPC; Carlos Bittencourt, presidente da FISENGE; Fernando Lima, coordenador do SINDSEP/PE; Adelmo Andrade, diretor de imprensa do SEEB/BA; Joel de Almeida S., presidente do SINTESE/SE; e J. Ribamar França, diretor de comunicação da FENAJUFE.
Data: 30 de janeiro
Horário: 12h às 15h
Local: Universidade Federal do Pará (UFPA básico), pavilhão Pb, sala P5.
As duas oficinas são de iniciativa do NPC e contam com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
NPC perde grande amigo em Aracaju
[Por Claudia Santiago] Já faz tempo desde quando o avistei pela primeira vez. Uns 14 anos, acho. Ele estava no Rio para participar de um encontro dos bancários da Caixa Econômica e me procurou. Queria conversar sobre a comunicação nos sindicatos. Na época, era diretor de Formação do Sindicato dos Bancários de Aracaju.
Do local do encontro, saímos caminhando pela Rua da Glória em direção à Cinelândia onde nos despedimos. Não me lembro do que falei durante o trajeto, mas não me esqueço de que fiquei impressionada com a paixão que aquele homem tinha pela formação sindical.
Poucos dias depois, ele telefonou para convidar o NPC para um curso em Aracaju.Foram muitas viagens àquela cidade. Enquanto estava bem de saúde, era sempre ele quem nos recebia sorrindo no aeroporto. Quando o vimos pela última vez, ele já não nos via. Tinha sofrido uma AVC.
Jaime Norberto, que morreu no dia 16, aos 59 anos, nos deixou como herança muitos queridos amigos sergipanos e uma grande responsabilidade com a formação dos trabalhadores. Ciao, Jaime! Um beijo para você.
Em nota, a CUT/SE assim se despede:
“Jaime foi diretor da CUT/SE e esteve afastado nos últimos quatro anos, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral. Exerceu com honrosa militância a Secretaria de Formação da entidade, atuou como representante da Central em diversos conselhos, e foi membro efetivo do Conselho Deliberativo da Escola Nordeste de Formação da CUT/ Nordeste.
Jaime faleceu aos 59 anos de idade, deixando esposa e quatro filhos. Além de militante, Jaime era bancário da Caixa Econômica Federal, poeta e foi, por várias gestões, diretor do Sindicato dos Bancários, o qual lhe prestou uma homenagem, colocando seu nome no auditório da entidade, por ocasião da reinauguração ocorrida em 2007.
A CUT/SE está enlutada com a grande perda, mas tem a certeza de que JAIME militou e lutou por uma sociedade justa. A Central presta homenagens e votos de pesar à família.”
Sindicato dos Comerciários de Ipatinga/MG amplia sua pauta e sai do umbigo
No último número de 2008, o jornal mensal dos Comerciários de Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais, trás uma boa surpresa. Na capa, uma manchete bem inteligente: Beleza inatingível, com uma foto chamativa, mas sem apelação. Na página quatro, um artigo com um título muito claro sobre a ditadura da beleza para as mulheres.
Qualquer um conhece dezenas de mulheres vítimas desta ditadura imposta por toda a mídia empresarial a serviço do lucro dentro da lógica do mercado. Este é um dos tantos temas da vida no seu dia-a-dia que podem, e devem, ser tratados nas páginas da imprensa sindical. Não para esconder a luta. Não para fazer esquecer da greve como grande arma dos trabalhadores. Não para diluir as contradições de classe, mas para disputar nossos valores socialistas com os valores desumanizantes impostos pelo capital. Um desses temas é este que o sindicato de Ipatinga tratou. Vejamos:
VILÃO INVISÍVEL
Ditadura da beleza é uma forma de violência contra a mulher
Por Helenice Viana (Sind. dos Empregados no Comércio e Serviços de Ipatinga)
Todos os dias, milhares de mulheres são violentadas. Elas não denunciam. Mas não é por medo.
É porque nem se dão conta que são vítimas de uma violência. Os golpes são sutis.
O espancamento, silencioso. O vilão é oculto, se esconde dentro delas.
Já se passaram quase quarenta anos do dia em que as feministas estadunidenses queimaram sutiãs em praça pública em protesto pela liberação da mulher. Aos poucos, a ditadura do machismo, tão combatida por essas mulheres, deu lugar a outros tipos de tirania.
Esses novos tiranos não violentam explicitamente. Apenas vendem uma idéia, uma imagem, um valor. O valor do “belo”.
(Leia o artigo completo em nossa página)
Informativo da Federação dos Bancários do Rio/ES vai à mesquita árabe
O ano começa cheio de boas iniciativas na imprensa sindical. Há muitas, muitas. Uma delas é da Federação dos Bancários do Rio e ES: fazer uma reportagem cujo título se contrapõe ao que a mídia do império, repetida pelas Globos da vida, faz a toda hora: Mulçumanos garantem que o Islã é de paz.
Para a imensa maioria da mídia mundial, alimentada e orquestrada pelas agências de notícias do império norte-americano, os árabes são sempre apresentados somo terroristas, homens-bomba, enfim, como o câncer da humanidade. O Informativo UNIDADE, por meio de uma entrevista numa mesquita do Rio de Janeiro, combate esta verdade do império do capital difundida pela mídia empresarial.
Um belo exemplo de iniciativas a serem tomadas pela imprensa dos sindicatos.
Vejamos o começo da reportagem:
"que
a paz esteja contigo" e destacam que suas escrituras sagradas pregam o
respeito absoluto pela vida. Segundo os ensinamentos do Alcorão, "matar um
só ser humano é como matar a humanidade inteira e, ao contrário, salvar uma só
pessoa é como salvar toda a humanidade", informa Sami Isbelle, escritor e
diretor do Departamento Educacional e Divulgação da SBMRJ.
Comitês de solidariedade ao povo palestino do Rio, Santa Catarina, Distrito Federal e o Comitê árabe palestino de apoio a Intifada (Capai) possui um blog na internet que informa e agrega a solidariedade à luta da Palestina. No blog http://somostodospalestinos.blogspot.com/ também há endereços de outras páginas e blogs ao redor do mundo que informam sobre o país.
Para debater invasão da Palestina, Globo News não convida nenhum palestino
No programa Entre Aspas, da Globo News, do dia 6 de janeiro, foram convidados o dep. Estadual, Said Murad e o secretário-Geral da Confederação Israelita do Brasil, Fernando Lonttenberg. Em artigo publicado no blog http://somostodospalestinos.blogspot.com, o Comitê árabe palestino de apoio a Intifada (Capai) critica a Globo Newspor não ter convidado nenhum palestino ou ao menos pedido alguma indicação aos comitês de solidariedade sobre quem poderia participar de forma qualificada do debate. O comitê lembra que há muitos intelectuais brasileiros bem informados sobre o conflito histórico.
“Com certeza esta atitude da Globo News não é aceitável pela nossa comunidade, convidando alguém que não tem vínculos com a Causa Palestina e o conflito no Oriente Médio em geral, e desconhece as raízes desta tragédia que existe há mais de 60 anos. Desde que os palestinos foram expulsos de sua terra natal. A pergunta que fica sem resposta é a seguinte: o que levou os diretores deste programa deixarem as entidades palestinas e árabes e comitês de solidariedades fora desta debate? O que os diretores querem levar para os telespectadores? Manipulação ou verdade?”, reflete o artigo.
Monopólio da RBS, no Rio Grande do Sul também pode pagar multa
O Ministério Público Federal (MPF) pede que o grupo RBS seja multado por praticar ação lesiva aos “direitos fundamentais da informação, expressão e livre concorrência empresarial”. Na ação movida contra o grupo de comunicação, o MPF questiona o monopólio da RBS, e requer a anulação da compra do jornal A Notícia, de Joinville, pelo grupo.
Segundo o MPF, a RBS controla quase 100% da circulação de jornais diários em Santa Catarina.
“Em relação às emissoras, os procuradores registram que a RBS controla seis geradoras de TV, quando a legislação permite no máximo cinco em todo o território nacional, sendo no máximo duas no mesmo estado. Na investigação, os procuradores apontam o que chamam de “artimanha” dos proprietários do grupo para esconder, sob diferentes pessoas jurídicas e transferências de ações, o controle das diversas concessões”, noticia o Observatório do Direito à Comunicação.
Nos dias 26 e 27 de janeiro, no início do Fórum Social Mundial 2009, em Belém, no Pará, será realizado o Fórum Mundial de Mídia Livre. No dia 26, estão programados dois debates – Como ampliar o midialivrismo e A mídia e a crise. Já no dia 27, está previsto um seminário de Comunicação Compartilhada, pela manhã e uma plenária à tarde.
Vídeos de várias partes do mundo estão disponíveis na página do FSM
Vídeos em diversos idiomas mostram movimentos sociais, entrevistas, mobilizações. Eles estão disponíveis na WSFTV, a TV do Fórum Social Mundial (WSF). Qualquer pessoa pode postar seus vídeos, desde que seja registrado na página.
Conselho Indigenista denuncia que pelo menos 53 indígenas foram assassinados no Brasil em 2008
Um levantamento preliminar feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) indica que pelo menos 53 indígenas foram assassinados em nove estados do Brasil, durante o ano de 2008. Só no estado do Mato Grosso do Sul foram 40 casos de assassinatos. Foi no mesmo estado que houve também o maior registro de suicídios, 22 casos, com um crescimento de 50% em relação a 2007.
Os assassinatos, entretanto, diminuíram nesse ano. Em 2007, foram mortos 92 indígenas.
“O Cimi segue alertando para a grave situação do povo Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Entre assassinatos e suicídios, foram 74 casos em 2008 e 75 casos em 2007, numa população de cerca de 40 mil pessoas. A falta de terra e o confinamento em pequenas aldeias são as principais razões, na avaliação do Cimi, para a constante ameaça à sobrevivência física e cultural deste povo. Há anos, o Cimi e diversos indigenistas alertam que os Guarani Kaiowá são vítimas de genocídio”, expõe o Conselho.
O relatório completo com dados sobre a violação dos direitos indígenas em 2008 será divulgado no mês de maio. O CIMI também denuncia os vários casos de agressão sofridos pelos indígenas no ano passado. Entre os casos citados, está a agressão aos indígenas do sul da Bahia, entre os dias 20 e 23 de outubro quando uma operação da Polícia Federal feriu mais de 20 pessoas do povo Tupinambá.
Liderança indígena assassinada no Mato Grosso já tinha sofrido ameaças
A líder indígena Valmireide Zoromará, do Povo Pareci, na região de Diamantino, no Mato Grosso foi assassinada no dia 9 de janeiro desse ano enquanto pescava com a família. O assassino, o gerente da fazenda de Sebastião de Assis, Ismael Lima confessou o crime. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) denuncia que Valmireide já tinha sofrido ameaças e que, inclusive, tinha tentado afastar os filhos da região. O esposo dela, Valdenir Amorim, também foi atingido, permanece internado e pode ter seqüelas devido ao tiro que levou na cabeça. Valmireide era a principal liderança do povo Pareci. “Eles queriam eliminar uma pessoa chave para enfraquecer a luta”, afirmou a Rony Azoinayce, outra liderança Pareci.
(Com informações do Boletim do CIMI)
Movimentos populares exigem política de habitação séria no Rio e defendem diálogo com as comunidades
[Por Sheila Jacob]Na manhã do dia 15 janeiro, representantes de diversos movimentos populares se reuniram em frente à Secretaria Estadual de Habitação, no Centro do Rio. Lá realizaram uma manifestação pacífica contra a política de habitação que vem sendo empreendida no município. Faixas e cartazes também sinalizavam para uma outra reinvidicação dos participantes: a recondução de Celia Ravera à direção do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj).
De acordo com Roberto Magessi, do Conselho de Cidadania do Alto da Boa Vista (Conca), as principais reinvidicações são: a criação de um Fundo Estadual de Moradia de Interesse Social, com a participação de uma comissão popular; o repúdio à saída de Celia Ravera do Iterj, e também a cobrança de um diálogo efetivo entre as comadas pobres e o governo, que vem privilegiando a construção de condomínios e não as moradias populares.
Apesar da manifestação, o secretario estadual de habitação, Leonardo Picciani não recebeu os movimentos sociais. Um novo protesto e tentativa de diálogo com o secretário estão marcados para o dia cinco de fevereiro, às 10 h, em frente ao palácio de governo.
Há 25 anos, homens e mulheres começaram a lançar as sementes do MST
O lugar era Cascavel, no interior do Paraná, o mês janeiro e o ano era o de 1984. Foi aí que lideranças se reuniram, resolveram unificar suas lutas e lançaram as sementes do movimento que hoje é conhecido como MST. Leia os trechos da história contada pelo membro da coordenação executiva do movimento, João Pedro Stédile:
“Entre 1979 e 1984, se realizaram dezenas de ocupações de terra em todo o país. Os posseiros, os sem terra e os assalariados rurais perderam o medo - e foram à luta. Não queriam mais migrar para a cidade como bois marcham para o matadouro (na expressão de nosso saudoso poeta uruguaio Zitarroza).
Fruto de tudo isso, nos reunimos em Cascavel, em janeiro de 1984, estimulados pelo trabalho pastoral da CPT, lideranças de lutas pela terra de 16 estados brasileiros. E lá, depois de cinco dias de debates, discussões, reflexões coletivas, fundamos o MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os nossos objetivos eram claros: organizar um movimento de massas a nível nacional, que pudesse conscientizar os camponeses para lutarem por terra, por reforma agrária (mudanças mais amplas na agricultura) e por uma sociedade mais justa e igualitária. Queríamos, enfim, combater a pobreza e a desigualdade social. A causa principal dessa situação no campo era a concentração da propriedade da terra, apelidada de latifúndio”, narra Stédile.
As sementes brotaram, as flores e frutos nascem e amadurecem a cada dia, em mais uma família assentada, em uma criança educada e na solidariedade constante prestada a outros movimentos e lutas por uma sociedade sem exclusão. O Núcleo Piratininga de Comunicação deseja vida longa ao MST.
Todo jornal sindical e popular que tem algo de humano vai falar do atual massacre de Gaza
Charge de Carlos Latuff
[Por Vito Giannotti] A disputa com a sociedade burguesa dominante é concreta e deve se dar no dia-a-dia. Nossos jornais, revistas e boletins não podem não tratar de um tema que é central em toda a mídia empresarial: a invasão por Israel da terra palestina de Gaza. É um caso de genocídio, de extermínio repudiado pela esquerda mundial. De Madrid a Paris, do Rio a São Paulo manifestações se repetem em todos os continentes.
Os jornais sindicais, comunitários, de toda a esquerda estão colocando este assunto em pauta. A mídia empresarial está na dela quando defende a ação de Israel. Israel é peça central no projeto do capitalismo mundial no Oriente Médio. É o país que deve manter todos aqueles países árabes sob o domínio da globalização neoliberal. Por isso, entre uma lagriminha de jacaré e outra, toda a mídia empresarial vai defender o capital. Vai defender Israel. Toda esta mídia vai jogar a culpa do massacre nos palestinos que são os provocadores com seus foguetes e seus atentados. Israel seria a vítima, historicamente coitadinha, que estaria revidando. Se defendendo.
Nos nossos jornais é preciso dar destaque a este tema. Fazer uma recuperação histórica da expulsão dos árabes de suas terras, mostrar gráficos, boxes explicativos, enfim, contextualizar o que a mídia deles quer esconder. A batalha é grande. É preciso mostrar o que a Globo, a Veja e quase toda a mídia patronal quer fazer esquecer.
Abaixo vai uma poesia de Mahmoud Darwish (1941-2008) - Poeta palestino, testemunhou a destruição de sua aldeia, Al Birweh, durante a implantação do Estado de Israel em 1948. É uma aula sobre as causas reais do atual massacre em Gaza:
Confissão de um terrorista!
Mahmoud Darwich
Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista
Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista
Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista
Assassinaram minhas alegrias,
Seqüestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbáries
Eles... mataram um terrorista!
Jornal da Igreja do bispo Macedo fala das milícias... e nossos jornais?
[Por Vito Giannotti] A Igreja Universal nos dá dicas de uma pauta para disputar todos os temas da atualidade. Obviamente ela o faz do seu ponto de vista. Mas... para nós, fica a lição: se queremos ganhar a sociedade para outra visão de mundo é preciso falar de todos os problemas que o povo vive, sente, sofre ou com os quais se alegra.
Como não falar de violência? Das milícias? E, claro, nós temos o dever político de falar das causas desta violência. Das causas das milícias. E, interessantíssimo, o jornal da IURD faz uma entrevista com o deputado estadual Marcelo Freixo. Que tal aprender a lição para nossos jornais sindicais?
Vejamos só o começo do artigo que saiu no jornal, que diz ter uma tiragem de dois milhões e setecentos mil.
Robocop, Chico Bala, Rambo, Zezinho Orelha, Beto Bomba, Julinho Tiroteio, Escangalhado, Tropeço, Fumão, Cocada, Farinha, João do Facão e Leandrinho Quebra Ossos estão entre os citados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
O trabalho é resultado de 5 meses de investigação e aponta a participação de 225 pessoas em quadrilhas que dominam e aterrorizam diferentes regiões do estado. Além dos nomes e apelidos, o documento aponta ligações perigosas de políticos e traz propostas densas, algumas polêmicas, como a desmilitarização dos bombeiros. Nesta entrevista exclusiva, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ), presidente da CPI, detalha as idéias principais para combate à formação de milícias e defende que, caso mudanças estruturais não sejam adotadas, a atuação desses grupos deve mais do que dobrar em 3 anos. (...)
Quem diria? Jornal da Universal dá mais aulas de pauta para nossos jornais
[Por Vito Giannotti] Quando nossos jornais têm coragem de falar de estupro? De violência sexual? Há assuntos tabu no meio sindical. Sexo é um deles. Só que sexo é um dos móveis da vida das pessoas normais. Mas isso é muito papo para muita manga. Não dá para ver isso agora.
Concessões de rádio e TV do Equador começam a passar por auditoria
No final de dezembro do ano passado, as concessões de rádio e TV do Equador começaram a ser investigadas. Em novembro de 2008, o presidente equatoriano Rafael Correa, publicou um decreto formando a comissão de auditoria. A comissão é composta por 14 membros, 10 equatorianos e quatro estrangeiros. Entre os auditores está o jornalista brasileiro, membro da coordenação executiva do Intervozes, João Brant.
O objetivo da auditoria é analisar se as concessões estão de acordo com os princípios da nova Constituição do país. Assim como a Carta brasileira, a equatoriana também proíbe monopólios e oligopólios nos meios de comunicação.
A comissão deve entregar o relatório até o dia 19 de maio. Até a data se reunirá de 15 em 15 dias. Segundo o decreto publicado pelo governo do Equador, a auditoria deve “determinar a constitucionalidade, legitimidade e transparência das concessões, considerando os enfoques legal, financeiro, social e comunicacional”.
(Com informações do Observatório do Direito à Comunicação)
Por Dom Pedro Casaldáliga,em entrevista ao jornal Brasil de Fato
“A utopia é tão necessária quanto o pão”
“Recordando a palavra de Jesus de Nazaré: ‘não podeis servir a Deus e ao Dinheiro’; não podeis servir ao latifúndio e a reforma agrária. O latifúndio continua a ser um pecado estrutural no Brasil e em toda nossa América”.
“Que o MST continue a ser um abanderado desse “socialismo novo”.
Por João Pedro Stédile
“Passaram-se 25 anos, muito tempo. Foram anos de muitas mobilizações, muitas lutas e de uma teimosia constante, de sempre lutarmos e nos mobilizarmos contra o latifúndio”.
“Ao longo desses anos, centenas de trabalhadores rurais pagaram com sua própria vida o sonho da terra livre”.
“Muitos de seus porta-vozes se apressaram a prenunciar nas colunas de jornalões burgueses que o MST se acabaria. Lêdo engano. A hegemonia do capital financeiro e das transnacionais sobre a agricultura não conseguiu, felizmente, acabar com o MST. Por um único motivo: o agronegócio não representa solução para os problemas dos milhões de pobres que vivem no meio rural. E o MST é a expressão da vontade de libertação desses pobres”.
[Por Comitê Árabe Palestino de Apoio a Intifada – CAPAI] Para um debate sobre a vida no conflito “Israel” x Palestina, e a Globo News deixou de convidar um palestino ou pelo menos consultar os palestinos para nomear ou indicar alguém para este debate, alguém com capacidade de levar aos telespectadores a realidade sobre o conflito, lembrando que no Brasil tem Sociedades árabes e palestinas e Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino e intelectuais que são bem informados sobre o conflito.
[Por Altamiro Borges] Uma informação bombástica circula na globosfera: a jornalista Renata Malkes, correspondente da Globo News e do jornal O Globo em Gaza, seria uma sionista militante. A denúncia foi feita pelo blog Cloaca, que monitora as práticas do “jornalismo esgoto”. Ele vasculhou e descobriu alguns textos da repórter da Globo, postados no seu blog pessoal Balagan – que, curiosamente, já foi deletado. No topo da página, a imagem de um palestino, associado à figura de um terrorista, e a chamada: “Não lhes dê um estado”. Os textos revelam o mais abjeto preconceito racista.
[Por Leonardo Pereira Mota (M . C . Leonardo )*]No último sábado, dia 10 de janeiro, o Circo Voador (casa de show do Rio de Janeiro localizada na Lapa) foi vítima de mais um ato de perseguição cultural por forças policiais e políticas de nossa cidade. Ainda está em vigor uma lei que praticamente impossibilita a realização de bailes Funk em no Rio de Janeiro. Esta lei é de autoria do ex-Capitão da Polícia Militar, ex-Chefe da Polícia Civil de nosso estado, ex-Deputado estadual e atual encarcerado em Bangu 8, o Sr. Álvaro Lins.
[Por revista retrato do BRASIL/Laurindo Leal] Livro: Uma história do noticioso que se dizia “testemunha ocular da história” e que, por três décadas, trabalhou no Brasil pelos interesses dos EUA. (...) Sua leitura além de contribuir para romper a barreira do sentimentalismo nostálgico, aponta para a permanência nos dias de hoje da mesma ação política desenvolvida pelo Repórter Esso.
Ditadura da beleza é uma forma de violência contra a mulher
[Por Helenice Viana] Todos os dias, milhares de mulheres são violentadas. Elas não denunciam. Mas não é por medo. É porque nem se dão conta que são vítimas de uma violência. Os golpes são sutis. O espancamento, silencioso. O vilão é oculto, se esconde dentro delas.
Já se passaram quase quarenta anos do dia em que as feministas estadunidenses queimaram sutiãs em praça pública em protesto pela liberação da mulher.
Aos poucos, a ditadura do machismo, tão combatida por essas mulheres, deu lugar a outros tipos de tirania. Esses novos tiranos não violentam explicitamente. Apenas vendem uma idéia, uma imagem, um valor. O valor do “belo”.
Estagiárias: Luisa Santiago, Raquel Junia e Sheila Jacob
Colaboraram nesta edição: Altamiro Borges (SP), Mardônio Barros (RJ) e Helenice Viana (MG).
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