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Boletim do
NPC —
Nº 134
— De 15 a 31/10/2008
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Novos artigos em nossa página
Sobre o olhar de
[Por Carlos Rodrigues Brandão] Em nome de uma educação e de uma escola livre de "doutrinação" ideológica, seus autores parecem advogar aquilo que um estudante de Pedagogia aprende logo nas primeiras aulas de um curso de História da Educação. Em qualquer lugar do mundo e em qualquer época de sua história, educação alguma foi no passado ou segue sendo, hoje, isenta de valores, de visões de mundo e de pessoa humana.
Leia o artigo em http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3753&topico=M%EDdia
Eloá. O que as mídias e os especialistas não discutem
[Por Sandra Raquew dos Santos Azevedo] Inúmeros aspectos deste acontecimento são ressaltados na cobertura: o lugar, os protagonistas, o tempo, amigos, imagens, os momentos de negociação, os lugares de origem de Eloá e Lindemberg, as imagens... Todavia há um aspecto a ser considerado nesta notícia, e que passa intocado na cobertura de crimes que possuem semelhança com o homicídio de Eloá, o fato de que eles se relacionam com as desigualdades de gênero.
Artigo completo em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3749&topico=M%EDdia
Resenha do livro Muralhas da Linguagem, de Vito Giannotti
[Por Fernando Nunes Patrício/Marlise de Cássia] O autor do livro Muralhas da linguagem, Vito Giannotti, defende que não é justo o Brasil ser tão rico como produtor de samba, carnaval e futebol e ocupar o último lugar no que se refere à capacidade de seus alunos para interpretar um texto.
Resenha completa em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3751&topico=Linguagem
Sobre o mito da Democracia Racial
[Por Edilson Lenk] Ao celebrarmos no 21 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra, cabe aqui uma reflexão acerca do mito da “democracia racial” que o Brasil faz questão de ostentar.
Texto completo em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3752&topico=Direitos%20Humanos
Notícias do NPC
Lançamento de jornal e programa de rádio encerram Curso de Comunicação Comunitária do NPC

Programa “Na boca dos outros” se preparando para entrar no ar [Por Raquel Junia] Os exemplares de Vozes das Comunidades circularam rapidamente pelo público presente. Entre eles, 27 alunos do curso Comunidades 2008, os próprios construtores do jornal que ainda não o tinham visto pronto. Na capa, a foto de uma moradia precária, um barraco, com os dizeres: “Ainda existe um lugar assim no Rio de Janeiro”. A chamada se referia à matéria feita por Gizele Martins, aluna do curso, sobre a Comunidade de Mandacaru, na Maré, região onde mora. No dia 25, sábado, foi o encerramento do Curso Comunidades. Além do lançamento do jornal, os alunos participaram de uma aula sobre a luta dos trabalhadores do Brasil, com Vito Giannotti, principalmente sobre a resistência no período da ditadura militar. Depois, realizaram um programa de rádio ao vivo, com a presença da convidada Márcia Jacintho, da Rede de Movimentos e Comunidades contra a Violência. Márcia foi entrevistada pelos alunos no programa de rádio Na Boca dos Outros, criado pelos alunos, e contou sobre a sua luta para fazer justiça ao filho e também outros jovens vítimas da violência policial. O encerramento contou ainda com a exibição de um filme, no qual os alunos dão depoimentos sobre o tema amizade, e a entrega dos certificados aos 22 estudantes que assistiram a pelo menos 70% das aulas. “O jornal trouxe pontos de vista que você não vê expostos em outros meios, trazidos por pessoas que não estão geralmente como formadoras de opinião”, comentou o aluno José Carlos Bezerra. Ele foi um dos responsáveis pela diagramação do jornal. Para Jéssica Santos, também aluna do curso, as aulas possibilitaram mais que um ensino técnico, também a formação política e o conhecimento de realidades diferentes. “Tive contato com temas que não tinha antes. Me marcou muito esse contato com as pessoas, por exemplo, com pessoas que moram nas ocupações urbanas, do MST, da Maré e poder aprender com a realidade delas”. O curso teve duração de seis meses com carga horária de 80 horas/aulas. A iniciativa é do Núcleo Piratininga de Comunicação em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, que forneceu as condições financeiras para que o curso possa acontecer. Também foram parceiros nesse ano o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ) e o Sindicato dos Engenheiros (Senge – RJ), que emprestaram a infra-estrutura para realização das aulas. “Aprendi coisas que não tinha aprendido nos quatro anos de graduação. Aprendi, principalmente, a ter confiança em meu texto”, falou Katarine Flor, também aluna do Comunidades e jornalista de formação. Ela diz que pensa em trabalhar mais na área de comunicação comunitária. “O curso me deu mais vontade de continuar uma militância por um mundo melhor”, concluiu Jéssica. Exemplos não faltaram, os alunos saíram do encerramento com um panfleto com a história da atuação da revolucionária Rosa Luxemburgo. Rosa foi uma das pessoas que lutaram por uma sociedade igualitária.
14º Curso Anual do NPC: 70% das vagas já estão preenchidas

Disputa da hegemonia, mídia dos trabalhadores, comunicação alternativa, jornalismo crítico, elementos técnicos de comunicação, espaço de troca, de atuação e de integração... Esses foram tópicos lembrados por representantes de Sindicatos e jornalistas que irão participar do 14º Curso Anual do NPC. “Já faz vários anos que eu tento participar do Curso, com o objetivo de buscar elementos para empreender uma comunicação dentro da disputa de hegemonia, na visão, logicamente, dos trabalhadores. Estou com uma expectativa muito grande”, revela Valdick Oliveira, do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, que participará do curso este ano.
O evento foi destacado como um espaço muito rico de troca, atualização e integração dos jornalistas comprometidos com a mídia sindical. Essa é a opinião de Dinorá, jornalista do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado de Minas Gerais que participa do curso desde 2003. “Quando você participa você está se atualizando, sempre fazendo novos contatos e reencontrando pessoas que só vemos uma vez ao ano”, declarou. O jornalista Caio, de Santa Catarina, revelou que já faz o curso há uns sete anos. “É o momento de encontrarmos quem está fazendo um jornalismo alternativo, sério, sem a manipulação da grande mídia”, opina. Ele disse também que não apenas participa, como também sempre divulga o curso, “porque é um grande momento de se pensar e fazer um jornalismo crítico”. Leia a matéria completa em nossa página no boletim especial sobre o curso.
Radiografia da Comunicação Sindical
Federação dos comerciários de Santa Catarina lança nova página eletrônica

Na nova página eletrônica da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado de Santa Catarina (Fecesc), pode-se ler artigos de opinião, reportagens identificadas por temas como Sindicalismo, Crise, Política e Eleições, entre outros, e ainda os conteúdos relativos à comunicação institucional da Federação.
“O desafio é reunir informações sobre temas relevantes para a categoria e para a sociedade, atualizar diariamente o seu conteúdo e buscar a participação e a interação com o internauta. Os leitores podem participar enviando matérias, sugestões de pauta, agenda, fotos e outras informações que possam contribuir para a produção do site”, diz o Boletim Fecesc Notícias. Confira em http://www.fecesc.org.br/index.php
Associação dos docentes da Uerj lança publicação especial sobre 1968
A Revista Advir nº 22, da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é uma edição especial sobre o ano de 1968. A edição foi lançada no dia 24 de outubro. A revista traz, por exemplo, a história do assassinato do estudante de medicina Luiz Paulo da Cruz Nunes, 40 anos depois. O jovem foi assassinado pelo Dops no dia 22 de outubro, em frente ao hospital universitário Pedro Ernesto, durante manifestação dos estudantes da Faculdade de Ciências Médicas, da então universidade da Guanabara.

Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região realiza Feira de Livros
De 31 de outubro a 7 de novembro de 2008 estará aberta a 4ª Feira do Livro dos Movimentos sociais, populares e sindicais. “A produção do conhecimento e a leitura como instrumento de análise crítica da sociedade”, é o slogan da feira, que inclusive será tema de Conferência durante o evento. A Feira será na sede do sindicato à Rua Dr. Quirino, 560 – Centro, Campinas. Confira a programação em http://www.metalcampinas.org.br/areas/servicos/NoticiaLer.php?codigo=803
De Olho Na Mídia
Movimentos sociais avaliam renovação das concessões em Brasília e São Paulo
Em Brasília uma audiência pública foi realizada no dia 17 de outubro para discutir a renovação da concessão da Rede Globo na capital federal. A emissora, junto com a Record e a Bandeirantes, teve a outorga vencida em 2007 e agora passa por processo de renovação no Executivo e Legislativo. “Os participantes apontaram duas críticas fundamentais sobre a atuação do canal. A primeira está relacionada ao desequilíbrio de sua cobertura em favor dos setores conservadores do DF, criminalizando ou simplesmente omitindo a posição dos movimentos sociais e organizações populares a respeito das grandes pautas do Distrito Federal”, afirmou o Observatório do Direito à Comunicação. A Audiência foi convocada pela deputada Érika Kokay (PT), que se comprometeu a remeter o relatório da audiência para as comissões de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) e de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados. Os movimentos sociais de São Paulo também discutiram a renovação das concessões da Globo, Record e Bandeirantes, em seminário realizado durante a Semana de Democratização da Mídia. Assim como em outras audiências, as emissoras foram convidadas, a diferença é que dessa vez pelo menos uma delas enviou representante, A Rede Globo, representada na audiência por Evandro Guimarães. “Os depoimentos apresentados por sindicatos e movimentos sociais reforçaram a idéia de que a insuficiência de regras e a ausência de fiscalização abrem espaço para uma série de distorções no funcionamento das emissoras, que se distanciam claramente do interesse público. O único representante das TVs não quis responder aos comentários sobre o tratamento dispensado às minorias e movimentos populares, nem a perguntas sobre o respeito aos direitos das mulheres e das crianças e adolescentes. Mas se mostrou disposto a engrossar o coro dos descontentes com o que reconheceu como ‘anarquia’”, noticiou o Observatório do Direito à Comunicação. Leia reportagem completa em http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/content.php?option=com_content&task=view&id=4167
A Folha nos ensina: objetividade, imparcialidade e neutralidade são palavras vazias para a mídia empresarial
[Por Vito Giannotti] Beto Almeida, diretor da TVSUR que vai estar no 14º Curso Anual do NPC, escreveu em 3 de novembro: Em matéria sobre o Equador na edição de 1 de novembro, a Folha de S.Paulo afirma que a Petrobrás "não aceitou as exigências do governo do esquerdista Rafael Correa" . A caracterização é curiosa já que a mesma Folha quando informa sobre a Colômbia não se refere "ao governo do direitista Álvaro Uribe", nem se refere aos EUA falando do "governo do direitista George W Bush". Como está claro que o critério usado na edição de hoje não foi o da objetividade jornalística apregoada pelo jornal, surge a pergunta óbvia: qual o critério utilizado? O de dois pesos, duas medidas?" E com tudo isso, ainda há quem acredite na tal neutralidade.
Democratização da Comunicação
Rio realiza seminário Pró-Conferência Nacional de Comunicação no dia 8
No dia 8 de novembro, no Rio de Janeiro, será realizado o Seminário Pró-Conferência Nacional de Comunicação. O evento continua a programação da Jornada pela Democratização da mídia, iniciada no estado há duas semanas, com foco na pressão pela realização da Conferência Nacional de Comunicação. A atividade está sendo organizada pelo Comitê Rio Pró-Conferência, do qual participam cerca de 30 entidades e movimentos sociais, dentre eles, o NPC. O seminário será no Clube de Engenharia, de 9 às 18 h. A programação começa com a mesa de abertura “Conferência Nacional de Comunicação: Marco Regulatório no Brasil e Cenário Mundial”, com os professores Denis Moraes (UFF), Adilson Cabral (UFF), Marcos Dantas (PUC-Rio) a jornalista Claudia de Abreu (Comunicativistas). Logo após a mesa, haverá rodas de diálogo com os seguintes temas: Concessões, Controle Público e Concentração das Mídias ; Digitalização e Convergência ; Comunicação Pública e Comunicação Comunitária/Formação de Redes ; Comunicação e Cultura/Mídia e Produção de Subjetividade. O seminário termina com uma plenária final. O Clube de Engenharia fica na Av. Rio Branco, 124- 25° andar - Centro - Rio de Janeiro. As inscrições estão abertas no blog do Comitê Rio Pró – Conferência Nacional de Comunicação http://rioproconferencia.blogspot.com/ e também podem ser feitas no local do evento.
NPC Informa
Militante do Maio de 68 lança livro e realiza conferências no Brasil

O livro Os Irredutíveis – teoremas da resistência para o tempo presente, de Daniel Bensaïd, será lançado no Rio, São Paulo, Porto Alegre e Ouro Preto. Junto aos lançamentos haverá conferências do autor. Daniel Bensaïd, filósofo e dirigente da Liga Comunista Revolucionária, foi um dos militantes mais destacados dos movimentos de Maio de 1968. É professor de Filosofia da Universidade de Paris VIII. Autor de muitas obras tem, entre as publicadas em português, Marx, o intempestivo (1999) e, em co-autoria com Michael Löwy, Marxismo, modernidade e utopia (2000). “O que é ser irredutível nesse contexto? É não perder a noção de que a globalização imperial – que representa os interesses privados do capital – e a burocracia stalinista não são as únicas formas de organizar o pensamento e o mundo, em movimento acelerado”, diz a apresentação do livro. A publicação é da editora Boitempo.
Filme retrata dia a dia de camelôs no Rio Grande do Sul
Anos de Pedra, de Júlia Aguiar, é um filme sobre o camelódromo da Praça XV, em Porto Alegre. O filme foi exibido de 23 a 30 de outubro, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
“Ao ocupar a rua, o espaço público, o comércio informal instalado na Praça XV transforma o lugar em espaço intenso de venda, de compra, de criatividade na luta pela sobrevivência. Uma imensa instalação, repleta de história e histórias. Quem são as vozes do Camelódromo? Os seus agentes, atores, protagonistas, trabalhadores? É isto o que o documentário de Júlia Aguiar procura revelar ao espectador ao longo de seus 88 minutos de duração”, diz notícia sobre a pré-estréia do filme, em Abril desse ano, na Agencia de notícias Subverta!. Anos de Pedra é de 2007.
Imagens da Vida
Por Angelo Cuissi

Crianças se interessam pela câmera digital durante Ato político-cultural pela democratização da mídia, na Praça XV, no Rio de Janeiro, no último dia 17 de outubro. Foto: Angelo Cuissi/fazendomedia.com
De Olho Na Vida
População de Xinguara denuncia ameaças a juiz
De acordo com nota divulgada por entidades, grupos religiosos e associações da cidade, o Juiz da Comarca de Xinguara, no Pará, Aidison Campos Sousa está sendo vítima de ameaças. A nota de solidariedade ao juiz ressalta que não é a primeira vez que isso acontece. Em 2004, Cristiano Arantes e Silva, então juiz de Xinguara, também foi ameaçado. Houve, inclusive, disparos com arma de fogo na porta da residência dele. “Isso revela que ainda existem em Xinguara, grupos que não aceitam a existência de um Poder Judiciário imparcial e justo, e pretendem a toda força submetê-lo aos seus interesses escusos”,diz a nota, assinada por dez organizações como a OAB –subseção Xinguara, Comissão Pastoral da Terra, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xinguara, Associação Comercial e Empresarial de Xinguara, entre outras. “A sociedade civil exige das autoridades todo o empenho para apurar os fatos e punir os responsáveis, bem como todas as providências possíveis para garantir a segurança do Magistrado, a fim de que ele possa permanecer em Xinguara desempenhando o seu trabalho que é reconhecido por todos pelo nível de excelência”, finaliza a nota.
Memória
Sementes crioulas serão plantadas onde sangue de Keno foi derramado
No dia 21 de outubro de 2007, há um ano, keno era assassinado por um grupo armado a mando da transnacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno, era um dos militantes da Via Campesina que ocupavam uma área de propriedade da empresa. A Syngenta Seeds fazia no experimentos ilegais no local com sementes transgênicas, o que os movimentos sociais denunciavam desde 2006. Agora nessa terra, onde caiu o sangue de Keno, serão reproduzidas sementes crioulas. As terras foram doadas ao governo do estado do Paraná pela Syngenta em outubro. O poder público estadual se comprometeu a fazer um uso responsável da área de 127 hectares. A área será administrada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Desde março de 2006, a Via Campesina ocupou a área por três vezes. O acampamento recebeu o nome de Terra Livre. Na última ocupação, em outubro de 2007, Keno foi morto. A justiça caminha a passos de tartaruga, mas está sendo feita. Em julho, a Polícia Federal fechou 13 empresas de segurança que atuavam ilegalmente no Paraná, entre elas a NF Segurança, responsável pelo assassinato de Keno.
Proposta de Pauta
MST colhe milhares de uvas
São mais de 40 toneladas de uvas Niágara e Santa Isabel. A colheita é de assentamentos na região da Grande São Paulo. “Juntamos centenas de Trabalhadores e Trabalhadoras sem emprego e sem moradia e construímos as Comunas na região da Grande São Paulo. Aqui nas Comunas construímos nossas casas, semeamos o chão e colhemos os alimentos necessários para nossas famílias. Decidimos proteger a vida na natureza como protegemos nossas próprias vidas. Não usaremos veneno e nenhum tipo de produtos químicos na terra e nos alimentos.O adubo deve ser o que a natureza produz”,dizem os trabalhadores rurais responsáveis pela super safra. De acordo com eles, a meta agora é levar as uvas à mesa dos trabalhadores a um preço justo. É ou não é uma linda reportagem para os nossos jornais populares, sindicais, comunitários e programas de rádio? Para entrevistas, entrem em contato pelo email cicerodecrato@hotmail.com
De Olho No Mundo
Venezuela sedia acampamento da juventude para uma América Latina socialista
De 7 de outubro a 15 de novembro, a Venezuela é sede do Acampamento Che Guevara da Juventude da Alba e Via Campesina “para uma América Latina socialista”. Na primeira etapa do acampamento, que terminou no dia 16 de outubro, os jovens participaram de atividades nas quais foram discutidos a Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) e o processo político venezuelano. A Alba é um contraponto a Aliança para o Livre Comércio das Américas (ALCA), uma proposta encabeçada, sobretudo, pelos Estados Unidos. Na segunda etapa, que vai até o dia 15 de novembro, os jovens terão formação política sobre principalmente o pensamento de Che Guevara e a vigência de suas idéias nos processos políticos de luta e resistência na região. Durante o evento, no Instituto Agroecológico Paulo Freire (IALA), cerca de 600 jovens construirão, usando técnicas agroecológicas, alojamentos para o instituto. O IALA funciona em um ex-latifúndio no estado de Barinas, na Venezuela, expropriado em 2006. “O IALA é fruto da primeira iniciativa da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) que rompe os tradicionais esquemas de cooperação, antes limitados a acordos entre Estados”, diz reportagem de Manuela Sisa, de Caracas, para o Jornal Brasil de Fato. (Com informações do Brasil de Fato)
Pérolas da edição
Por convidados do 14º Curso Anual do NPC – Mídia dos Trabalhadores e Política
“Hoje, os meios não são o poder. Eu diria que os meios de comunicação são o segundo poder. O primeiro poder é o econômico, é o poder que mais influencia. Os meios são o segundo poder à medida que são um poder ideológico, os que finalmente determinam se as pessoas serão passivas ao que está acontecendo”. Ignácio Ramonet em entrevista ao Fazendo Media “Há várias formas e veículos, revistas, jornais, sites, portais, rádios e tvs comunitárias, ongs, o jornalismo dos movimentos sociais... Há uma pluralidade que tem que ser contemplada na análise e nós não podemos confundir o jornalismo com o jornalismo problemático dos grandes meios de comunicação.” Denis de Moraes, em entrevista ao Boletim do NPC “Eu acho que o combate só quem pode dar é a esquerda, qualquer um que apresente uma solução fora da esquerda é maquiar o cadáver, é jogar perfume num monte de estrume. É melhorar o capitalismo, é novamente o discurso pós-moderno de que acabou, o muro caiu e não tem mais luta de classe, não tem mais esquerda e direita, é só o mercado que rege nossas vidas”. Carlos Latuff, em entrevista ao Fazendo Media “(...) os mesmos que clamam pela ordem e pela repressão, são parceiros do caos, protegidos na tranqüilidade dos condomínios, dos carros blindados e das fronteiras da cidade onde o preço da vida humana é mais valorizado”. MC Leonardo, no artigo A Ordem do Caos, publicado na página eletrônica Informe Musical “(...) é preciso primeiro que a classe trabalhadora se conscientize, saia daquela visão, daquela ilusão de que a imprensa é democrática, republicana, ouve os dois lados e é neutra e ao mesmo tempo construa novos meios de comunicação. Esses novos meios têm que representar em primeiro lugar um avanço em termos democráticos, ou seja, eles têm que levar a informação mais ampla possível para as massas. Segundo, tem um componente ideológico que é explicar o mundo e os fatos pelo olhar dos rabalhadores”. João Pedro Stedile, em entrevista ao jornal do Sintuperj
Novas entrevistas em nossa página
Gabriel Mendes, pesquisador em Comunicação Política e Opinião Pública do Iuperj, fala sobre mídia e eleições
Apresentamos uma entrevista feita com Gabriel Mendes, doutorando em Ciência Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). O Instituto existe desde 1969, e é um centro de pesquisa e pós-graduação em ciências sociais da Universidade Cândido Mendes (Ucam).
Gabriel é pesquisador do Laboratório de Pesquisas em Comunicação Política e Opinião Pública (Doxa) e falou, em entrevista ao Boletim NPC, sobre a cobertura das eleições para as Prefeituras do Rio de Janeiro e São Paulo feita pela grande mídia impressa.
Gabriel será um dos palestrantes do 14º Curso do NPC.
Novos artigos em nossa página
Sobre o olhar de
[Por Carlos Rodrigues Brandão] Em nome de uma educação e de uma escola livre de "doutrinação" ideológica, seus autores parecem advogar aquilo que um estudante de Pedagogia aprende logo nas primeiras aulas de um curso de História da Educação. Em qualquer lugar do mundo e em qualquer época de sua história, educação alguma foi no passado ou segue sendo, hoje, isenta de valores, de visões de mundo e de pessoa humana.
Leia o artigo em http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3753&topico=M%EDdia
Eloá. O que as mídias e os especialistas não discutem
[Por Sandra Raquew dos Santos Azevedo] Inúmeros aspectos deste acontecimento são ressaltados na cobertura: o lugar, os protagonistas, o tempo, amigos, imagens, os momentos de negociação, os lugares de origem de Eloá e Lindemberg, as imagens... Todavia há um aspecto a ser considerado nesta notícia, e que passa intocado na cobertura de crimes que possuem semelhança com o homicídio de Eloá, o fato de que eles se relacionam com as desigualdades de gênero.
Artigo completo em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3749&topico=M%EDdia
Resenha do livro Muralhas da Linguagem, de Vito Giannotti
[Por Fernando Nunes Patrício/Marlise de Cássia] O autor do livro Muralhas da linguagem, Vito Giannotti, defende que não é justo o Brasil ser tão rico como produtor de samba, carnaval e futebol e ocupar o último lugar no que se refere à capacidade de seus alunos para interpretar um texto.
Resenha completa em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3751&topico=Linguagem
Sobre o mito da Democracia Racial
[Por Edilson Lenk] Ao celebrarmos no 21 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra, cabe aqui uma reflexão acerca do mito da “democracia racial” que o Brasil faz questão de ostentar.
Texto completo em: http://www.piratininga.org.br/novapagina/leitura.asp?id_noticia=3752&topico=Direitos%20Humanos
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
Jornalista responsável: Claudia Santiago Estagiárias: Luisa Santiago, Raquel Junia e Sheila Jacob Colaboraram nesta edição: Jéssica Santos (RJ), Sérgio Domingues (RJ), Marlise de Cássia (PR), Edilson Lenk, Cícero de Crato (SP), Paula Almada (RJ)
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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