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Boletim do
NPC —
Nº 13
— De 15 a 30/11/2003
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
A Comunicação que queremos
8º Curso anual de especialização em Comunicação Sindical e Comunitária do NPC (de 14 a 17/11)
Queridos amigos, daqui a pouco nos veremos no nosso Encontro Anual, no Rio de Janeiro. Como é de se prever estamos a mil com os preparativos. Guilherme Soninho e Gelta, que trabalharam na Mostra de Imprensa Sindical, já estão de volta para cuidar da Mostra de jornais sindicais sobre a Alca e Eleições a ser organizada no local do 8o Curso. A Linha do Tempo, da Mostra de maio, também será remontada para que aqueles que não puderam vir ao Rio durante a exposição possam ver, pelo menos um pedaço, do que foi apresentado naquela ocasião. Muita gente nova se inscreveu neste ano. De vários cantos deste nosso esperançoso país. Temos certeza de que, mais uma vez, passaremos quatro dias muito produtivos intelectualmente e também muito felizes com este esperado reencontro anual de pessoas que acreditam e batalham por uma comunicação alternativa. Nossos companheiros do Núcleo, Sérgio, Edson, Kátia, Marcelão, Sueli Freitas e Mário já estão quase de malas prontas. Aos que estão vindo pela primeira vez, nossas boas vindas! Grande beijo Claudia Santiago
Leia no site do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (www.sjsc.org.br)
- Revista mexicana "Sala de Prensa" publica especial sobre ensino do jornalismo - Conselho de Comunicação Social irá analisar MP do capital estrangeiro - ANDI abre concurso para financiar pautas investigativas sobre abuxo sexual - MP do capital estrangeiro pode ampliar apoio da imprensa ao candidato governista - Fundação Certi promove palestra sobre padrão europeu para TV digital - Israel liberta apenas um dos vários jornalistas palestinos presos este ano - Repórteres sem Fronteira apela a candidatos contra impunidade - Documentário em vídeo narra a luta dos trabalhadores rurais sem terra - "Mídia e Poder" é tema central do Encontro Catarinense de Comunicação, em Itajaí
Notícias do NPC
PT pode ir ao STF para derrubar MP sobre capital estrangeiro na mídia
"É bem provável que apresentemos uma ação direta de inconstitucionalidade", afirmou ao jornal "O Estado de São Paulo" o deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), referindo-se à Medida Provisória (MP) nº 70, que regulamenta a participação do capital estrangeiro nas empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Segundo informou o jornal "O Estado de São Paulo", o PT vai tentar derrubar a MP no Supremo Tribunal Federal (STF) por não concordar com a forma da regulamentação. "Usar uma MP para isso é atropelar e desconsiderar o trabalho do Congresso, que têm instâncias específicas para discutir em profundidade esse assunto, como o Conselho de Comunicação Social" (CCS), argumentou. Ele acusou o governo de editar a medida para atrair a "generosidade" da mídia para com o candidato José Serra, da coligação "Grande Aliança" (PSDB/PMDB). "Os meios de comunicação estão tendo comportamento imparcial e exemplar. Isso é uma recaída do petismo de crítica que ataca tudo, sem fundamentação", defendeu-se o líder do governo na Câmara dos Deputados, Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Ouvido pela "CartaMaior Agência de Notícias", o representante da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) no CCS, Daniel Herz, lamentou a decisão do governo: "Perdeu-se uma chance de ouro para testar o trabalho do Conselho de Comunicação Social como braço articulador do Congresso entre as legítimas reivindicações dos empresários do setor e o interesse público". Conforme noticiou "AcessoCom", o PT apresentou dez emendas aditivas e modificativas à MP. O partido foi o único a propor alterações na MP nº 70. Fonte: AcessoCom – jornalismo especializado em comunicação. Leia na seção de artigos de nossa página o Manifesto do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação contra a MP sobre o capital estrangeiro na mídia: www.piratininga.org.br .
Cineasta curdo devolve prêmio concedido em festival em Chicago
NOVA YORK. Visto recusado, prêmio devolvido. O cineasta curdo Bahman Qobadi, diretor de “Tempo de embebedar cavalos” e de “Abandonado no Iraque” devolveu o prêmio que lhe foi conferido pela 38 edição do Festival Internacional de Cinema de Chicago, por não ter obtido visto para entrar no país e receber o prêmio. O incidente aconteceu há pouco mais de duas semanas, depois que o também cineasta iraniano Abbas Kiarostami deixou de participar do Festival do Cinema de Nova York, pela mesma razão. — O que fizeram com Kiarostami é terrível. Ele é um diretor famoso e não merece isso — disse ontem Qobadi em Teerã. — Com muitos agradecimentos aos organizadores do festival, estou devolvendo o prêmio ao governo americano, para lhe ensinar como respeitar artistas. “Abandonado no Iraque” recebeu a Placa de Ouro do festival. No Festival de Cannes do ano retrasado, “Tempo de embebedar cavalos” levou o prêmio Câmera de Ouro, dado ao melhor filme de diretores estreantes. Na edição de 1997 do mesmo festival, Abbas Kiarostami ganhou o prêmio máximo, com “Um gosto de cereja”. Seu novo filme, “Dez”, foi exibido no festival de Nova York no fim do mês passado. Kiarostami tem 62 anos e esteve nos Estados Unidos sete vezes. Depois de ter solicitado o visto em Paris, já que os Estados Unidos não dispõem de serviço diplomático no Irã, Kiarostami foi informado que o processo levaria três meses, para que sua folha corrida pudesse ser checada. Tal é a ordem em vigor no país, em função dos atentados de 11 de setembro do ano passado. Ela visa a selecionar com mais rigor viajantes de países muçulmanos e árabes. O Irã foi apontado pelo presidente George W. Bush como integrante do que chamou de “eixo do mal”. (Toni Marques - Correspondente - O Globo)
De Olho Na Mídia
Eleições 2002 reforçam certezas sobre os meios de Comunicação
Alguns jornalistas são movidos por um sentimento de total repúdio ao papel cumprido pelos meios de comunicação no Brasil: o papel claro, e só falta ser declarado, de servir aos patrões e ao sistema. O papel de defesa de seus interesses de classe. Entre estes jornalistas, eu me incluo. Talvez por isso tenha ficado em estado de alerta desde que soube que haveria segundo turno nas eleições presidenciais. Tenho me perguntado. Quem são os jornalistas que, hoje, estão ocupando cargos de chefia nas redações? A quem e a que interesses servem ou serviram num passado recente? Sim, porque deles espera-se que venha o sopro de honestidade com a profissão. Seus patrões estão pagando ao governo a fatura pela Medida Provisória que regulamentou a entrada do capital estrangeiro na mídia. (Ver matéria acima). Creio que responder a estas perguntas será de grande valia para entendermos o que será escrito em colunas e editorias nesta semana que entrar. A forma como Dora Krammer em sua coluna no JB do dia 17 comparou a declaração de Regina Duarte no programa de Serra e a reação de Sandra de Sá, me assustou. Jornalista experiente que é, Dora sabe muito bem que as declarações das duas artistas não tiveram o mesmo sentido. Sabe que uma coisa é ter medo do desemprego e outra, daqueles que comem criancinhas. E ela fingiu não ter entendido mesmo sabendo que são dois medos totalmente diferentes. Este é só um pequeno exemplo do que está acontecendo e vai continuar acontecer até o dia 27 de outubro nas páginas de jornais, programas de rádio e TV e pela internet. O programador visual paulista, Edson Dias Neves, assistiu ao capítulo da novela Esperança, na rede Globo, no sábado, dia 5, véspera do primeiro turno. Segue o relato do Edson: " Uma operária, a Nina, que antes liderava o movimento das trabalhadoras de uma fábrica, assume um posto de gerência e enfrenta uma greve das suas companheiras. Não sabe o que fazer com o movimento. Em conseqüência, a fábrica quebra". Será que esta novela colocou este episódio por puro acaso? Será que o seu autor e as autoridades da Rede Globo que determinam os acontecimentos de toda novela, não queriam falar de um tal de Lula? Contei este fato para alguns amigos. Um deles, o jornalista Marcos Dantas, respondeu indignado. "Existem, no Brasil, diversas fábricas auto-gestionárias. O controle delas foi assumido pelos seus trabalhadores, exatamente para evitar que fossem fechadas pelos patrões. Várias delas estão funcionando muito bem. Uma delas fica em Nova Friburgo, Estado do Rio (Haga). Outras ficam no Rio Grande do Sul, São Paulo etc." Ainda segundo meu informante, o autor do drama, Benedito Rui Barbosa, renegado que foi membro do PCB está isolado em uma fazenda escrevendo os capítulos diariamente. Edson suspeita que Benedito esteja escrevendo a trama do seu Brasil imaginário de acordo com o desenrolar dos fatos no Brasil do Real. É bom não esquecer que este mesmo senhor escreveu a novela Rei do Gado, na qual um fazendeiro bonzinho se casava com uma sem-terra que trocava a bandeira vermelha pela verde. E o Jornal do Brasil, na época deu uma ingênua noticiazinha que o então Ministro da Reforma Agrária, assistia toda noite a este libelo e decidia com Rui o que colocar no ar no capítulo seguinte. No sábado, dia 19, por volta das 19h, cheguei na praça Saenz Pena, onde moro, na zona norte do Rio. Vinda de um dia inteiro de aula de história do Brasil na UFF. Como sempre faço comprei um café em copo descartável e caminhei até a banca de jornal para ver as manchetes do jornal de domingo. Deparei-me com a capa de Veja. Fiquei indignada, comecei a ligar para as pessoas, jornalistas e afins. Tive um ataque de nojo da imprensa brasileira e de alguns de seus profissionais. Claudia Santiago é jornalista, coordenadora do NPC e da secretaria de Comunicação da CUT/RJ
Capa de Veja, digna dos piores tempos da guerra fria
Amigos: A revista Veja desta semana publicou uma matéria de capa digna dos piores tempos da guerra fria. Sob uma ilustração retratando Marx, Lênin e Trotsky como as três cabeças de um Cérbero hidrófobo, a publicação faz uma suposta denúncia sobre "O que querem os radicais do PT". O autor, um certo Carlos Graieb, é a mais nova encarnação do contra-almirante Carlos Pena Boto, líder da famigerada Cruzada Brasileira Anticomunista (CBA), nos anos 50. Mas não é nenhum neófito em seu bolorento anticomunismo.
Envio a vocês uma crônica de Ariano Suassuna, publicada na Folha de São Paulo, de 9 de fevereiro de 1999, na qual ele nos dá a exata dimensão deste funcionário dos Civita.
abraços,
Maringoni
Beiarg
por Ariano Suassuna (Folha de São Paulo, de 9 de fevereiro de 1999)
EM 23 DE JUNHO DE 1963, quando João Câmara era ainda um jovem pintor quase desconhecido, publiquei, no Recife, um artigo, no qual falava da série de torsos humanos que ele então empreendia: "Torsos violentos e contorcidos, raiados de sangue; torsos que clamam pela parede de afresco e pelo assunto profético", como escrevi então, achando que, por sua força, João Câmara, dentro de pouco tempo, iria se encaminhar para uma pintura épica, de grandes dimensões.
Dois anos depois, estava relendo "Os Sertões"; e, ao chegar àquele trecho no qual Euclides da Cunha encontra, mumificados, os corpos de soldados e oficiais mortos pelos guerrilheiros de Canudos, parei a leitura, mais uma vez impressionado pela terrível beleza da cena. Um deles morrera com seu cavalo; e, montado ainda, ali permaneciam os dois, ressecados, entre pedras e cactos espinhosos, pelo ardente sol sertanejo.Ao chegar aí, comecei a achar que a pintura de João Câmara tinha alguma coisa a ver com Euclides da Cunha. E, na primeira ocasião em que nos encontramos, sugeri que ele recriasse plasticamente algumas daquelas cenas, na minha opinião adequadas à garra de seus quadros.
Amigavelmente, Câmara discordou; mas, anos depois, nas suas épicas "Cenas da Vida Brasileira", realizou, a seu modo, algo parecido com o que eu imaginara.
Conto este fato para comentar a versão que, sobre ele, o jornalista Carlos Beiarg apresentou na revista "Veja" da semana passada. Na matéria (e como se tal inverdade fosse um insulto), chama-me de "comunista". E escreve: "Em 1965, no Recife, João Câmara, então um pintor em início de carreira, deparou com o escritor Ariano Suassuna, que já se tornara um autor reconhecido com obras como a peça Auto da Compadecida e o romance A Pedra do Reino... O comunista Suassuna, que conhecia os trabalhos de Câmara, cheios de crítica social irreverente, resolveu enquadrar o pintor na linha justa: Se você fizer só anarquia, não vai sobrar nada de sua arte".Afirma ainda Beiarg que Câmara, criticando minha gestão como secretário da Cultura de Pernambuco, teria dito: "O escritor privilegiou a cultura popular, mas deixou de lado outros tipos de arte". E conclui por afirmar que Câmara, "devolvendo a crítica recebida 30 anos atrás", teria declarado: "Rapaz, acho que um projeto nacionalista para a cultura não é exatamente o que precisamos".
Na carta atenciosa e amiga que me enviou sobre a matéria da "Veja", João Câmara relembra nosso encontro de 1965 e a sugestão que lhe fiz sobre "uma pintura épica, algo próximo da exaltação visual dOs Sertões. E comenta: "De modo algum sua colocação me afrontou ou me indispôs contra os princípios artísticos que você sempre defendeu, exerceu e aplicou, como pessoa e como artista... Ao falar sobre sua gestão na Secretaria da Cultura, realcei o fato de que era meritório e necessário apoiar, como você o fez, a cultura popular. Não opus a esta colocação qualquer referência a nacionalismo ou outro clichê. Estou ciente da sua grandeza e do seu sentimento amigo para entender que o que está estampado na revista não é minha opinião sobre o homem que respeito, admiro e quero bem".
De modo que, com este artigo, pretendo apenas dizer a Carlos Graieb que, se passei a chamá-lo de Beiarg, foi para ver se ele descobre como isso é feio; e se, assim, deixa o péssimo hábito de escrever a verdade ao contrário.
Veja continua na época da inquisição
No sábado, dia 19 as bancas de jornais mostravam a na capa da Veja. Capa final da última semana, decisiva da eleição presidencial. No início da semana com uma transtornada Regina Duarte havia começado a "Campanha do Medo". Ela, usando toda a arte da qual é senhora leu o que os cérebros da campanha do Serra haviam preparado. Algo tipo a volta ao terror dos comunistas da década de 50. Ela, usando todo fascínio da Malu Mulher, da viúva Porcina e da Andréa Vargas de Desejo de Mulher procurou hipnotizar os telespectadores. Esta é a linha de ataque do fim da campanha Serra. Semear o pavor do caos. O terror do Lula. A capa da Veja número 1.774 só podia ir neste sentido. Durante várias semanas esta revista procurou mostrar que não tinha lado. Fez capas absolutamente vazias. Num tempo de tensão, quando o Brasil estava disputando o seu futuro, Veja se aperfeiçoou na arte de fazer capas sobre abobrinhas. É só rever os últimos seis ou sete números pra conferir. Qual era o objetivo? Enfim, a semana fatal. A máscara de abobrinhas caiu com a capa desta semana que traz uma charge do cão, vulgo satanás, com rabinho pontudo e três cabeças. Uma fera terrível. As três cabeças são Marx, Lênin e Trotsky. A charge está muito bem acabada. O nome escrito numa plaquinha em cada uma das três feras. Na coleira típica de pit-bull ou cão fila, a estrelinha vermelha do PT. A primeira cabeça do Marx, enfeitada com dois dentes de javali ou de vampiro, tanto faz. Trotsky está lá, babando e Lênin doido para dar uma mordida. Mas mais ilustrativo é a trela que segura essas feras pavorosas. É um fiozinho de plástico fino e liso. Mal serviria para uma criança empinar uma pipa. Quem está com a trela na mão? Surpresa. Só na página 39 dá para descobrir. É Lula, barrigudo, assustado e segurando este fiozinho liso que daí a pouco vai escapar das suas mãos. Será que chargista nunca viu uma coleira de cachorro? Viu, Sim! Só que não fez nada que parecesse com qualquer uma delas. O fio foi desenhado para mostrar que daí a pouco ele vai escapolir das mãos e deixar soltas as feras da esquerda petista. Uma obra de arte como ilustração, como semiótica. E a neutralidade? E as abobrinhas tão bonitinhas que fim levaram? (Vito Giannotti é coordenador do NPC)
A ajudazinha da mídia ao candidato do sistema
José Serra conseguiu uma notável vitória ao subir os pontinhos necessários para ir ao segundo turno. Teria ele recebido um empurrãozinho da mídia? Nesta campanha, os quatro grandes jornais empenharam-se em aparentar um certo grau de isenção no noticiário, mas nunca deixaram de apoiar Serra nos seus editoriais – e, muitas vezes, também no noticiário. O que mudou em relação às campanhas de 1994 e 1998 foi o estilo de manipulação da informação, desta vez muito mais discreto. Leia o artigo de Bernardo Kucinski em nossa página: www.piratininga.org.br
PT pode ir ao STF para derrubar MP sobre capital estrangeiro na mídia
"É bem provável que apresentemos uma ação direta de inconstitucionalidade", afirmou ao jornal "O Estado de São Paulo" o deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), referindo-se à Medida Provisória (MP) nº 70, que regulamenta a participação do capital estrangeiro nas empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Segundo informou o jornal "O Estado de São Paulo", o PT vai tentar derrubar a MP no Supremo Tribunal Federal (STF) por não concordar com a forma da regulamentação. "Usar uma MP para isso é atropelar e desconsiderar o trabalho do Congresso, que têm instâncias específicas para discutir em profundidade esse assunto, como o Conselho de Comunicação Social" (CCS), argumentou. Ele acusou o governo de editar a medida para atrair a "generosidade" da mídia para com o candidato José Serra, da coligação "Grande Aliança" (PSDB/PMDB). "Os meios de comunicação estão tendo comportamento imparcial e exemplar. Isso é uma recaída do petismo de crítica que ataca tudo, sem fundamentação", defendeu-se o líder do governo na Câmara dos Deputados, Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Ouvido pela "CartaMaior Agência de Notícias", o representante da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) no CCS, Daniel Herz, lamentou a decisão do governo: "Perdeu-se uma chance de ouro para testar o trabalho do Conselho de Comunicação Social como braço articulador do Congresso entre as legítimas reivindicações dos empresários do setor e o interesse público". Conforme noticiou "AcessoCom", o PT apresentou dez emendas aditivas e modificativas à MP. O partido foi o único a propor alterações na MP nº 70. Fonte: AcessoCom – jornalismo especializado em comunicação.Leia na seção de artigos de nossa página o Manifesto do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação contra a MP sobre o capital estrangeiro na mídia: www.piratininga.org.br .
O fenômeno Enéas e o papel da TV Enéas Carneiro acaba de ser eleito deputado federal por São Paulo, com mais de 1 milhão e meio de votos. Trata-se de um fenômeno. Mas é um fenômeno menos político e mais de comunicação e denuncia a facilidade com que a TV pode ser usada como veículo para um discurso autoritário e conservador. Leia o texto de Sérgio Domingues na seção de artigos de nossa página: www.piratininga.org.br
De Olho No Mundo
Os Estados Unidos e a barbárie Que ninguém se iluda: um ano após o 11 de setembro, o planeta caminha a passos largos para uma catástrofe de grandes proporções. A maior economia do mundo dá claros sinais de debilidade, ao passo que os seus chefes políticos adotam uma postura arrogante em relação aos seus “parceiros ricos” e terrorista para com os “países periféricos”. Leia o artigo de José Arbex em nossa página: www.piratininga.org.br
Chávez reúne 2 milhões contra tentativa de golpe
A manifestação aconteceu no dia 13 de outubro, na capital venezuelana, Caracas. A gigantesca mobilização ganhou o nome de “Grande Marcha pela Paz e pela Democracia” e foi uma resposta a uma manifestação realizada no dia 10 pelos partidários da derrubada do presidente venezuelano. É verdade que a grande imprensa vem tentando noticiar esses acontecimentos de modo a assustar os eleitores brasileiros quanto a uma muito provável vitória de Lula. Mas, não podemos deixar de ver no movimento anti-Chávez um comportamento típico da direita latino-americana. Temos que nos preparar para responder a eventuais ataques ao governo Lula da mesma forma. Com organização e muita gente nas ruas. Esses acontecimentos estão muito bem detalhados na página www.adital.org.br . Acesse e confira.
Bolívia: Socialistas defendem alternativa popular para a plantação da coca
Outra matéria interessante na página da ADITAL é a entrevista com um dirigente do Movimento ao Socialismo (MAS), Roman Loayza. O dirigente diz que os cocaleiros sofrem há dez anos a repressão, seguida da violação dos direitos humanos, com a alegação de combate ao narcotráfico. Explica que, segundo o governo, a coca só serve para o narcotráfico e não para o aqullicu (ação de mastigar folha de coca). Loayza defende que a folha deve ser conservada para uso tradicional e para industrialização, pois, segundo ele, é possível produzir muitos alimentos a partir dela. “Além disso, pesquisadores divulgaram que o poder nutricional da coca é sete vezes maior que o do leite de vaca”. Esta entrevista muito interessante pode ser lida em www.adital.org.br
Novos artigos em nossa página
Mídia, Política, História.
· Barbárie - José Arbex· Torquemada Serra: a inquisição tucana - Laerte Braga · O fenômeno Enéas e o papel da TV - Sérgio Domingues · A ajudazinha da mídia ao candidato do sistema - Bernardo Kucinski · PT denuncia crime na internet à polícia - Assessoria Lula· Manifesto contra a MP sobre o capital estrangeiro na mídia - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação· Dicas: Livros, Vídeos e verbetes do Manual de Linguagem Sindical
Expediente
Boletim NPC
Coordenação: Vito Gianotti Edição: Sérgio Domingues Diagramação: Edson Dias Neves Colaboraram nesta edição: Claudia Santiago, Toni Marques e Maringoni Caso você queira cancelar o recebimento, acesse Cancelamento
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