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Boletim do NPC Nº 128De 15 a 30/7/2008
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


NPC produziu nova AGENDA 2009 sobre as lutas dos trabalhadores

O NPC elaborou a AGENDA 2009 que estará pronta no mês de novembro. Este ano está cheia de novidades. Vejamos:  

1) O tema da Agenda 2009 é As Lutas dos Trabalhadores Brasileiros no Século XX.

São notícias sobre greves, conquistas, vitórias e também derrotas, prisões e mortes. Fala-se de reivindicações, de formas de lutas variadas, da imprensa e das muitas formas de organização criadas pela classe trabalhadora ao longo do seu primeiro século de existência. 

São umas mil notícias curtas, espalhadas nos respectivos dias em que aconteceram, que dão uma idéia dessa história rica, dura e gloriosa e que muitas vezes não é conhecida. 

O objetivo é duplo: fornecer informações, mesmo que telegráficas, sobre a NOSSA HISTÓRIA e estimular o gosto pelo estudo sistemático dessa epopéia que é encoberta pela classe dominante.  

2) A grande novidade deste ano é que será TOTALMENTE PERSONALIZADA, ou seja cada Sindicato poderá incluir suas lutas, suas datas especiais, suas comemorações, distribuídas nos vários dias do mês. É só substituir até 5 notícias padrão a cada mês por outras de escolha do sindicato.  

Além disso, as capas e contracapas serão produzidas por cada sindicato.

E mais, cada Sindicato tem a sua disposição 6 páginas no começo e 6 no fim da Agenda para colocar o que quiser: mensagens, informações, endereços úteis, etc..

Só um detalhe, para ser personalizada é necessário encomendar no mínimo 2000. exemplares. Quem quiser menos do que isso poderá adquirir a agenda padrão do NPC. 

3) 0 A Agenda terá 232 páginas. As capas coloridas e o miolo de uma cor. As capas serão plastificadas ou envernizadas.



Curso anual do NPC: de 20 a 23 de novembro

Do mito fundador do Brasil ao engessamento da Internet. As políticas de comunicação nos Estados Unidos, na Europa, na América Latina e no Brasil. A criminalização dos Movimentos Sociais. A negação do negro na novela brasileira. TV Pública, TV Comunitária, TV Brasil e TV Educativa. Os intelectuais orgânicos da direita. Experiências de Comunicação em jornais e revistas alternativos e sindicais. Rádios alternativas. Cultura popular. Estes são alguns dos temas que estarão em debate no 14º Curso Anual de Comunicação do NPC, que será realizado de 20 a 23 de novembro, no Rio de Janeiro. No dia 19, serão oferecidas oficinas optativas de rádio, Internet, infográficos e linguagem, entre outras.  

Já estão confirmadas as presenças de Ignácio Ramonet (Espanha), João Pedro Stédile (São Paulo), Denis de Moraes (Rio de Janeiro), Venício Lima (São Paulo), Gustavo Gindre (Rio de Janeiro), Beto Almeida (DF), Adriana Facina (Rio de Janeiro), Nato Kandal (Rio de Janeiro), Latuff (Rio de Janeiro), Reginaldo Moraes (São Paulo), Virgínia Fontes (Rio de Janeiro), Mario Maestri (Rio Grande do Sul), Zezé Preto (Bahia), Joel Zito Araújo (Rio de Janeiro), Élson Faxina (Paraná), José Arbex Jr. (São Paulo), Hamilton de Souza (São Paulo), Pedro Casaldilla (Venezuela), Rosinaldo Miani (Paraná), Raquel Junia (Rio de Janeiro) e Arthur William (Rio de Janeiro).  Os outros palestrantes ainda estão em fase de confirmação. 

As inscrições nas oficinas serão feitas por ordem de chegada das fichas de inscrição, que estarão  disponíveis na nossa página, a partir de segunda-feira, dia 4.




A Comunicação que queremos


Estudantes de Comunicação saem às ruas em defesa da comunicação livre

[Por Sheila Jacob] Estudantes de comunicação social de todo o país estiveram reunidos em Niterói, Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 26 de agosto de 2008, no 29° Encontro Nacional (Enecom). Na programação, debates, rodas de discussão, oficinas, mini-cursos... Tudo para discutir temas, como a democratização da mídia, a qualidade de formação do comunicador e formas de combate às opressões reproduzidas pelos grandes meios.

Na quarta-feira, dia 23, eles saíram às ruas de Niterói e fizeram uma manifestação em defesa da democratização da mídia, para mostrar que todas as lutas sociais fazem parte dessa pauta.  

O ato “De Que lado Você samba?”, que também é tema do encontro, levou às ruas de Niterói os estudantes que defendem uma comunicação libertadora, transformadora e popular. Que defendem uma comunicação livre, para denunciar a criminalização dos movimentos sociais. Para criticar a abordagem dos grandes meios de comunicação em relação às ações de extermínio praticadas pela polícia e pelo Bope no Rio, quando se trata de moradores das favelas.  

Os ergueram vozes em defesa de rádios e TVs comunitárias e livres, que sofrem perseguição pela Anatel, pela Polícia e pelo Ministério das Comunicações, cujo ministro, Hélio Costa, é ex-funcionário da Rede Globo. Representantes da TV Comunitária de Niterói também estiveram presentes, além de membros do Movimento Tamoio, que ocupa o antigo prédio do Museu do Índio, no bairro Maracanã, Rio de Janeiro.  

O próximo Enecom será realizado na cidade de Fortaleza – Ceará, no ano de 2009. O Congresso Brasileiro de Estudantes de Comunicação, o Cobrecos, que antecede o Enecom, será realizado em janeiro, na cidade de Salvador, na Bahia.




De Olho Na Mídia


Nota do MST sobre José Rainha foi desconsiderada pelo jornal O Globo

A edição do jornal O Globo do dia 24 de julho trouxe reportagem de capa com a manchete: “Líder do MST apóia candidato de curral eleitoral da Rocinha”. O jornal se referia a José Rainha como líder do MST que, segundo o periódico, apóia ao candidato Claudinho da Academia, presidente da Associação de Moradores da Rocinha. 

No mesmo dia, o Movimento Sem Terra divulgou uma nota esclarecendo que José Rainha não faz mais parte do MST e que o movimento não apóia nenhuma candidatura a prefeito ou a vereador.

O Globo desconsiderou a nota.  

E ela diz o seguinte: “O papel do Movimento é fazer a luta social pela Reforma Agrária e preservamos a nossa autonomia em relação a partidos, governos e do Estado em mais de 24 anos na organização dos trabalhadores rurais”, afirmou a nota do MST. 

Sobre José Rainha, esclarece: “José Rainha Jr. e os integrantes de seu grupo, como Niúria Antunes, não participam de nenhuma instância de coordenação nacional, estadual ou local do nosso Movimento. Reafirmamos que José Rainha Jr. não faz parte do MST. As articulações, pronunciamentos públicos e entrevistas na mídia dos envolvidos nesse episódio não são da responsabilidade do MST”. 

“O Jornal O Globo não respeitou os critérios fundamentais do jornalismo e publicou uma manchete irresponsável na sua capa, desconsiderando a nota enviada pelo movimento, na qual esclarecemos que não temos qualquer envolvimento com essa articulação, que usa indevidamente o nome do MST”. 

O BoletimNPC acompanhou as edições posteriores de O Globo. As edições do dia 25 e 26 de julho mencionam minimamente que o MST afirma que Rainha não faz parte do Movimento, entretanto, as reportagens continuam chamando José Rainha Júnior de líder do MST.



A mídia empresarial/comercial já matou Daniel Dantas. Por que será?

[Por Vito Giannotti] Milagre! De repente, imediatamente o caso Daniel Dantas sumiu de jornais, rádios, TVs e revistas. Por quê? Inexplicável, não é? Absolutamente não. Explicabilíssimo. É só perguntar para a revista Carta Capital que tudo fica claro. Quando começou o maior escândalo de roubalheira do dinheiro público da  história do nosso país, o editor Mino Carta, na introdução às vinte páginas da edição de 16/7/08 reproduziu duas falas, de fonte não revelável, no seu editorial: “Altíssima figura da República, em fins de 2005, quando perguntei em off porque o disco continuava fechado, respondeu literalmente: Se for aberto, o Brasil pára por dois anos”. Outra personagem de primeiro plano foi além: Acaba a República”. 

Pois, então não podia ser de outra maneira. O Brasil não poderia parar e nem a República acabar. E assim, em meados de julho deste ano, todos os envolvidos na tremenda enrascada concordaram em abafar o caso, em fazer não uma pizza, mas uma gigantesca pizzaria onde todas as pizzas seriam assadas e queimadas para não deixar traça. 

E assim, milagrosamente o caso Daniel Dantas morreu. A mídia empresarial matou o coitado. E ninguém, fora Carta Capital, lembra mais dele. 

É só olhar as capas das grandes revistas empresariais/comerciais de domingo, dia 27/7. Se procurares o nome Dantas, estarás perdido. Época, da família Globo traz um artigo importantíssimo e atualíssimo “A vitória do vale-tudo” onde trata das lutas marciais do Brasil. Istoé está preocupada com a felicidade geral dos... seus patrões. Vejamos a manchete “6 conselhos para a felicidade”. Realmente um assunto muito urgente. Veja traz outro artigo de gaveta para não falar do caso do tal Dantas: Cadê os bebês?”. Aí a maior revista do país nos informa sobre o declínio da natalidade no país. Um fato inédito, atualíssimo e impreterível. Somente Carta Capital que há anos denuncia o que, no mês de julho, veio à tona para o mundo sobre DD, continuou o mesmo tema , ou melhor, uma variação sobre o mesmo tema: “O tropeço de Eike”. 

O sinal para esta epidemia de esquecimento ou melhor encobrimento coletivo foi dado pela Globo News dez dias antes. Em 16/7, no auge das revelações de um tal delegado da PF, devidamente afastado, no jornal das 22:30 falou-se de tudo, menos do caso Daniel Dantas e de outra figura interessante, o sr. Cacciola. Durante uns 8 minutos lembrou o acidente da TAM de julho de 2007, do novo Piso Nacional dos Professores (quanto ganham hoje em PE, no CE, no SE...). Mais uns três minutos sobre as eleições nos EUA e sua relação com a inflação. Depois uns 2 minutos sobre o petróleo e a alta dos preços. E mais bolsa de São Paulo, inflação etc. Finalmente quase um minuto sobre o Congresso Brasileiro de Publicidade. 

OK, tudo certinho, tudo muito interessante. Foram 25 minutos onde não se falou de DD, Cacciola, corrupção ou coisas parecidas.  

E depois se diz que a mídia não tem lado. Que é neutra. Que é imparcial.




Democratização da Comunicação


Entidades pedem audiências públicas para discutir renovação das concessões da Globo, Record e Band

De acordo com o Coletivo Brasil de Comunicação Social -  Intervozes, um ofício foi protocolado no dia 15 de julho junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados solicitando que sejam realizadas audiências públicas para avaliar as concessões das emissoras próprias da Globo, Record e Bandeirantes, atualmente em trâmite de renovação.  

Além do Intervozes, a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Interestadual de Trabalhadores de Rádio e TV (Fitert) também protocolaram o documento. 

“O texto lembra que a própria CCTCI aprovou essa possibilidade no ano passado como forma de ampliar a democracia e transparência nas concessões de rádio e TV, e que o instrumento é fundamental para garantir um amplo debate público sobre o uso das concessões nos últimos 15 anos e as perspectivas para o próximo período”, afirma notícia do Intervozes.



Engessando a Internet

Li o esclarecedor artigo "Então, somos todos criminosos" de Ronaldo Lemos no caderno ALIÁS, do Estadão de hoje, sobre o projeto de lei aprovado pelo Senado que criminaliza práticas virtuais na Internet. Lemos é do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da FGV-RJ e um dos maiores especialistas brasileiros em licenciamentos e direito relacionado à Internet. Ele enfatiza que o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo pretenderia combater a pedofilia na rede, mas o que se conseguiu foi uma a criminalização de práticas virtuais como desbloquear um celular e baixar músicas no iPod, mesmo que pagas. Dos 40 artigos da lei, somente um trataria de pedofilia. Para Lemos, faltou debate no país. O professor Sérgio Amadeu, apaixonado defensor da inclusão digital no país concorda com isso. Fez campanha contra a aprovação do projeto de lei, mas foi derrotado.

Ronaldo Lemos lamenta: praticamente a toque-de-caixa (em se tratando do nosso Congresso) aprovou-se uma lei que vai tratar todos os problemas da Internet sob a ótica criminal, e não cível, porque o Brasil não conta com regulamentação para temas como privacidade on-line, regime de proteção aos dados pessoais, salvaguardas e responsabilidades dos provedores, comércio eletrônico e serviços on-line. E ele conclui o artigo com a constatação de que para o Brasil aproveitar a nova onda de desenvolvimento trazida pela sociedade de informação, seriam necessárias regras claras, previsíveis juridicamente, o que garantiria segurança para usuários, empreendedores e provedores de serviço e acesso. E ele pergunta: "Quem se arrisca a desenvolver novas formas de processar informação, realizar novos tipos de conexão entre os dados digitais, se o risco incorrido é regulado pela lei criminal?"

Quem quiser conhecer as idéias de Ronaldo Lemos pode ler o bate-papo publicado no site softwarelivre.org, no qual ele fala principalmente sobre o Creative Commons (direitos autorais e licenças de uso do conteúdo da internet) e a entrevista A revolução pela informação dada à revista Teoria e Debate.

[Do Blog de Reiko Miura, em 13.07.2008]




NPC Informa


Governo cria grupo de estudos para regulamentação da profissão de jornalista

No dia 25 de julho o Ministério do Trabalho instituiu um grupo de estudo para propor alterações na legislação de regulamentação da profissão de jornalista. A comissão, criada por meio da Portaria n.º 342, "terá três integrantes do Ministério do Trabalho, três representantes das categorias profissionais e três representantes das categorias econômicas". O grupo tem 90 dias para apresentar relatório final ao ministério.



Sindicato dos Jornalistas do Rio realiza Congresso Estadual

Com o tema “O Jornalismo, o Mundo do Trabalho e a Liberdade de Imprensa”, o 1º Congresso Estadual de Jornalistas do Rio de Janeiro será realizado nos dias 8 e 9 de agosto, na cidade de Niterói. As inscrições terminam nessa quinta-feira, dia 31, pela página eletrônica www.sindicatodosjornalistas.com.br .

Na programação, haverá um painel sobre os 200 anos da imprensa e democratização da comunicação com a presença dos jornalistas Nilo Sergio Gomes, professor e mestre em memória social, Bia Barbosa, do Coletivo Intervozes de Comunicação Social e Roberto Quintaes.



Festival do Rio recebe trabalhos para mostra de produções infanto-juvenis

As inscrições para o Programa Vídeo Fórum – Mostra Geração do Festival do Rio 2008 estão abertas até o dia 15 de agosto. O Festival será realizado de 25 de setembro a 9 de outubro, no Rio de Janeiro.

A  Mostra Geração é um espaço na programação do evento voltado para a produção de crianças e adolescentes. Podem participar jovens realizadores não universitários com idade até 18 anos, que estejam matriculados na escola ou participando de projeto educativo.

Serão aceitos vídeos produzidos a partir de 2006 e com duração máxima de 13 minutos. A ficha de inscrição e o regulamento estão disponíveis na página eletrônica do Festival.

 http://www.festivaldorio.com.br/



Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, abre inscrições

As inscrições para os cursos de Roteiro, Montagem e Edição e Direção Cinematográfica no 2º semestre de 2008 estão abertas. Mais informações pelos telefones 2233-0224/2516-3514 e na página eletrônica www.escoladarcyribeiro.org.br.




Imagens da Vida


Latuff

latuff

Quando você mostra choca, estranho, né? É a lógica da sociedade, hipócrita e doente, tem certas coisas que a gente sabe que existe mas não pode externar, não pode colocar numa imagem e mostrar". 

 Carlos Latuff, chargista, sobre o desenho que fez de uma mulher negra segurando o filho nos abraços que acabava de ser atingido por um policial militar em uma favela. A imagem foi usada em outdoors do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes no Rio de Janeiro para chamar as pessoas para o ato de 15 anos da Chacina da Candelária.




De Olho Na Vida


Ocupação Manoel Congo no Rio de Janeiro realiza campanha por cozinha comunitária

A cozinha comunitária para o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) não é apenas um espaço físico, mas um projeto que diz sobre o tipo de sociedade que o movimento propõe. A ocupação Manoel Congo, organizada pelo MNLM há nove meses, no centro do Rio de Janeiro, está montando a sua cozinha e realiza a campanha “a gente não quer só comida”. 

 “A cozinha coletiva se coloca como um projeto político estratégico para subverter essa lógica. Além de ser uma necessidade, já que a estrutura do prédio não comporta ainda cozinhas individuais, a cozinha é um espaço de vivência coletiva, onde tentamos, com todas as dificuldades, com a contribuição que recolhemos dos moradores, garantir as duas refeições diárias essenciais a cada ocupante”, explica.

As doações de alimentos podem ser feitas diretamente no prédio da ocupação, à Rua Alcindo Guanabara, nº 20, Cinelândia, Rio de Janeiro.



Entidades e movimentos prestam solidariedade ao MST na OAB do Rio de Janeiro

[Por Raquel Junia] “Somos todos MST”,dizia a grande faixa vermelha no palco do auditório lotado. A frase também estava estampada nas camisetas vendidas durante o ato. A atividade foi realizada no dia 25 de julho, por movimentos sociais, entidades, partidos e ativistas políticos no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro. 

Na abertura do ato, os presentes assistiram e aplaudiram a um vídeo que denuncia a criminalização dos movimentos sociais no Rio Grande do Sul. Em seguida, foi instalada uma mesa de debate, composta pela representante do Movimento Atingidos por Barragens (MAB), Rosana Pereira, pelo juiz Rubens Casara, do Movimento da Magistratura Fluminense pela Democracia, pela presidente da comissão de direitos humanos da OAB Margarida Pressburger, pela presidente do Grupo Tortura Nunca Mais Cecília Coimbra e pelo representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Marcelo Durão. Cada convidado teve dez minutos para se pronunciar. 

“Somos um atrapalho para aqueles que querem ficar cada vez mais forte, por isso reagem desse jeito contra nós. Ele vão tentar de tudo para nos calar, vão tentar nos matar, mas nós não queremos morrer”, explicou assim, Rosana Pereira, do MAB, a violência praticada contra os movimentos sociais pelo poder público associado a empresas transnacionais. A história do MAB, segundo ela, também é marcada pela criminalização e violência contra os militantes desde o início. 

“Por nós, pelo processo histórico, pelos nossos filhos que vão nascer, não vamos desistir. Nossas ações são legítimas, porque defendem a vida”, completou. 

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Margarida Pressburger assegurou que a entidade apóia a luta do MST.

“Estamos oferecendo não só a nossa casa, mas o nosso apoio e o nosso coração”, afirmou. 

O NPC foi representado, no ato, pela estudante de Jornalismo Raquel Junia.



MC’s e DJ’s realizam encontro em Niterói

No dia 26 de julho, mais de 100 MC’s, DJ’s e amigos do funk se reuniram em Niterói. A idéia do encontro foi fortalecer o movimento para defender o funk como manifestação cultural popular.  

Durante o encontro, os participantes definiram linhas de ação como a realização de um próximo encontro com o objetivo de organizar a Associação dos Amigos e Profissionais do Funk e um plano de trabalho para a realização de concursos de raps nas favelas.

Autoridades presentes se comprometeram com a elaboração de leis em diversos níveis definindo o funk como movimento cultural popular.

Apesar da indústria do funk movimentar grandes cifras e atingir milhões de pessoas, seus artistas e trabalhadores passam por uma série de dificuldades para reivindicarem seus direitos, são superexplorados, submetidos a contratos abusivos e, muitas vezes, roubados. O mais grave é que, sob o comando monopolizado de poucos empresários, a indústria funkeira tem uma dinâmica que suprime a diversidade das composições, estabelecendo uma espécie de censura no que diz respeito aos temas das músicas. Assim, no lugar da crítica social, a mesmice da chamada "putaria", letras que têm como temática quase exclusiva a pornografia”, questiona o Manifesto elaborado pelo movimento.

Leia o Manifesto do Movimento Funk é Cultura em nossa página.




Memória


Mito Fundador do Brasil

[Por Alnary Rocha] “É comum ouvir dizer que o Brasil é uma terra abençoada por Deus, com uma riqueza natural sem igual. Por outro lado, historicamente, os recursos do nosso território pouco beneficiaram a maioria da população, ficando os frutos de sua exploração na mão de poucos.

Costuma-se também elogiar o povo brasileiro pela sua simpatia e criatividade, assim como pela riqueza da nossa cultura popular, baseada na combinação de elementos brancos, negros e indígenas. Infelizmente, não podemos esquecer que o “encontro” destas três raças foi marcado pela exploração e pela violência, por meio do extermínio, da usurpação das terras nativas e da escravidão.

(...) A construção e o desenvolvimento dessa idéia, segundo Marilena Chauí, constitui o Mito Fundador do Brasil. Uma representação ideológica que serve aos interesses dos que mandam e sempre mandaram em nosso país. Uma idéia que permite, por exemplo, a alguém afirmar que os índios são ignorantes, os negros são indolentes, os nordestinos são atrasados, os portugueses são burros, as mulheres são naturalmente inferiores, mas, simultaneamente, declarar que se orgulha de ser brasileiro porque somos um povo sem preconceitos e uma nação nascida da mistura de raças.” [18/01/2007]




Proposta de Pauta


Comunicador comunitário é absolvido por juiz no Pará

O juiz federal Leonardo Aguiar considerou que “não constitui infração penal manusear rádio comunitária de baixa potência” e absolveu o comunicador comunitário Marcos Paulo da Souza Soeiro, da Rádio Pará FM, de acordo com informações do Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias. A Rádio Pará FM fica no município de Ananindeua, região metropolitana de Belém.

“O Princípio da “insignificância” ou “bagatela”, que prega que o Estado não deve se ocupar com a repressão de crimes sem potencial ofensivo, está cada vez mais sendo utilizado para absolver comunicadores comunitários que se utilizaram de equipamentos de baixa potência nas Rádios Comunitárias”, afirma o Fórum.

O caso pode abrir mais precedentes para centenas de comunicadores comunitários que sofrem processo judicial. Entretanto, a comunicação comunitária ainda se constitui como “crime”, o que também abre precedente para a condenação se juizes decidirem considerar que manusear uma rádio comunitária é potencialmente ofensivo.



Cuba registra vacina contra Câncer de Pulmão

É a primeira vacina desse tipo já registrada no mundo, segundo a Agencia de Informação Nacional de Cuba. O medicamento é responsável por aumentar a qualidade de vida dos pacientes com câncer de pulmão.  Os testes com a vacina a qual foi dada o nome de Climavax EGF começaram em 1992 e até hoje já foi testada em mais de 400 voluntários, em estágios já avançados da doença. Os pacientes apresentaram diminuição ou cessação da falta de ar, ganharam peso, aumentaram o apetite e o controle da dor, de acordo com a médica Gizela González, coordenadora do projeto. Atualmente está sendo realizado um terceiro teste clínico com 579 pacientes. [Com informações do Granma Internacional]




De Olho No Mundo


Cineasta Chilena foi presa enquanto filmava documentário sobre os indígenas Mapuche

A cineasta Elena Varela López foi detida em maio deste ano enquanto filmava um documentário sobre a luta dos indígenas Mapuche, no Chile, para impedir a invasão de suas terras por indústrias madeireiras e mineiras.  

“Depois de 4 anos de trabalho de campo financiado pelo próprio governo chileno, Elena teve seu material apreendido. Outros três documentaristas também foram presos”, relata a página www.cinemadeverdade.wordpress.com 

Elena e os outros cineastas presos são acusados de participarem de um assalto em 2005, quando pertenciam ao Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR). Além disso, são acusados também de terem recebido treinamento da guerrilha colombiana com o objetivo de realizarem as ações armadas pelas quais são acusados. 

Cineastas e comunicadores de todo o mundo questionam a prisão de Elena, sobretudo porque o material que filmava, também foi apreendido e nada teria a ver com as acusações que pesam sobre a cineasta.  

No dia 28 de julho, cineastas brasileiros enviaram à embaixada do Chile uma carta de solidariedade a Elena e à Associação de Documentaristas do Chile. A carta exige que prevaleça a liberdade de expressão no país. “Elena e demais documentaristas chilenos, receba o nosso apoio na luta pela liberdade”, afirma o documento. Mais de 40 comunicadores e documentaristas brasileiros assinaram a carta.



Nova página na Internet se dedica a notícias da América do Sul

SurySur surge com a proposta de informações e opiniões sobre a América do Sul. Na página, notícias e artigos sobre meio ambiente, política, economia, movimentos sociais e outros temas.

“Informação e opinião são ferramentas para vermos como somos; se não nos vemos como somos não poderemos ser, e seguiremos a reboque daqueles que nos definem segundo seus interesses, nos impondo um destino. Surysur nasce para contribuir para a definição de nossos interesses. Será um longo caminho –e para percorrê-lo necessitamos de todos–. Toda opinião é valiosa: necessitamos saber o que sucede na sociedade profunda que não se vê refletida nos meios jornalísticos tradicionais”, diz a apresentação do portal. 

Acesse SurySur em www.surysur.net




Pérolas da edição


MAB e estudantes de comunicação

Por Rosana Pereira, do MAB  

“Por nós, pelo processo histórico, pelos nossos filhos que vão nascer, não vamos desistir. Nossas ações são legítimas, porque defendem a vida” 

(Rosana Pereira, do Movimento dos Atingidos por Barragens, durante ato em apoio ao MST, na OAB do Rio de Janeiro)

Por estudantes de comunicação 

“Odeia a mídia? Seja a mídia!” 

(Frase feita com stencil  por estudantes durante o 29ºEncontro Nacional dos Estudantes de Comunicação - Enecom)




Novos artigos em nossa página


O jornalista precisa mudar!

[Por Elaine Tavares] No Brasil é assim. Alguns logotipos de imprensa só causam exasperação. É o caso dos da Rede Globo e o da RBS. Para a maioria dos militantes da luta popular eles são símbolos da mentira, da opressão e da manipulação. E essa não é uma reputação conseguida ao acaso. O fato é que a nave mãe (Globo) conseguiu impor um jeito de fazer jornalismo que impregna praticamente todas as redes, principalmente as suas filiadas, como é o caso da RBS. Teoricamente poderíamos enquadrá-lo no campo do jornalismo funcionalista, ou seja, aquele que apenas responde as seis perguntas – onde, quem, como, quando, o quê e por que – sem maiores preocupações com a análise ou o contexto da notícia. [Julho/2008]



NOTA OFICIAL - Esclarecimento sobre reportagem do jornal O Globo

A direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) esclarece que não tem qualquer participação com as articulações do grupo de José Rainha Jr. na comunidade da Rocinha, como foi publicado no jornal O Globo, nesta quinta-feira (24/07).



Mídia baba na gravata

[Por Mario Augusto Jakobskind] O imortal Nelson Rodrigues usava uma expressão que hoje se aplica ao esquema da mídia conservadora, sobretudo O Globo: “babar na gravata”, no caso, de ódio. É o que acontece neste momento contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na última semana, o jornal de maior circulação no Rio de Janeiro se superou em matéria de manipulação da informação. [Julho/2008]



Equador enfrenta ditadura midiática

[Por Altamiro Borges] Às vésperas do referendo sobre a nova Constituição do Equador, previsto para setembro, o clima da luta de classes no país vizinho esquenta e, novamente, a ditadura midiática está no centro dos conflitos. Na semana passada, o presidente Rafael Correa interveio em três canais de televisão de propriedade de banqueiros que desfalcaram os cofres públicos em US$ 661 milhões. Num gesto corriqueiro em qualquer país capitalista “civilizado”, o governo também determinou a revisão da concessão pública de cerca de 300 emissoras de rádio e de televisão do país (25% do total). [Julho/2008]



Expediente



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Jornalista responsável: Claudia Santiago

Estagiários: Luisa Santiago, Raquel Junia e Sheila Jacobb 

Colaboraram nesta edição:

Rogério Almeida (PA), Rosângela Gil (SP) e Valdisnei Honório (MG)



Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

 

ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
NPC produziu nova AGENDA 2009 sobre as lutas dos trabalhadores
Curso anual do NPC: de 20 a 23 de novembro

A Comunicação que queremos
Estudantes de Comunicação saem às ruas em defesa da comunicação livre

De Olho Na Mídia
Nota do MST sobre José Rainha foi desconsiderada pelo jornal O Globo
A mídia empresarial/comercial já matou Daniel Dantas. Por que será?

Democratização da Comunicação
Entidades pedem audiências públicas para discutir renovação das concessões da Globo, Record e Band
Engessando a Internet

NPC Informa
Governo cria grupo de estudos para regulamentação da profissão de jornalista
Sindicato dos Jornalistas do Rio realiza Congresso Estadual
Festival do Rio recebe trabalhos para mostra de produções infanto-juvenis
Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, abre inscrições

Imagens da Vida
Latuff

De Olho Na Vida
Ocupação Manoel Congo no Rio de Janeiro realiza campanha por cozinha comunitária
Entidades e movimentos prestam solidariedade ao MST na OAB do Rio de Janeiro
MC’s e DJ’s realizam encontro em Niterói

Memória
Mito Fundador do Brasil

Proposta de Pauta
Comunicador comunitário é absolvido por juiz no Pará
Cuba registra vacina contra Câncer de Pulmão

De Olho No Mundo
Cineasta Chilena foi presa enquanto filmava documentário sobre os indígenas Mapuche
Nova página na Internet se dedica a notícias da América do Sul

Pérolas da edição
MAB e estudantes de comunicação

Novos artigos em nossa página
O jornalista precisa mudar!
NOTA OFICIAL - Esclarecimento sobre reportagem do jornal O Globo
Mídia baba na gravata
Equador enfrenta ditadura midiática

Expediente
Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge