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Boletim do NPC Nº 115De 1 a 15/1/2008
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


NPC no Cobrecos

O Núcleo Piratininga de Comunicação participa da mesa Mídia e Movimentos Sociais do  XV Congresso Brasileiro dos Estudantes de Comunicação Social (Cobrecos), que será realizado em Maceió, de 20 a 27 de janeiro. No dia 22, Marcelo Souza, de Porto Alegre, vai falar sobre idéias centrais do NPC: a necessidade de os movimentos sociais (Sindical e popular) terem instrumentos próprios para divulgar suas idéias. A mídia empresarial está na dela. Ou não noticia ou distorce os fatos. Para o NPC, a solução é parar de reclamar e investir na imprensa dos movimentos populares.



Agenda de cursos do NPC será divulgada em fevereiro

O NPC divulgará no mês de fevereiro a sua agenda de cursos para o primeiro semestre de 2008. Já está definida a realização do curso de Oratória no mês de março e de Redação, em abril. Ambos serão no Rio de Janeiro.




A Comunicação que queremos


Fenajufe entra na onda da Web Rádio

[Por Leonor Costa - 07/12/07]  Desde o sábado, 8 de dezembro, a Fenajufe conta com mais um canal de comunicação voltado para os trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. É a Rádio Fenajufe que entrou no ar, em comemoração aos 15 anos da federação, comemorado amanhã, 8 de dezembro, durante o seminário Fenajufe: 15 anos de lutas, em Brasília. A rádio vai transmitir as principais notícias e esclarecimentos de interesse da categoria por meio de boletins, entrevistas e spots. Para começar, serão dois boletins diários: às 11 horas e às 16 horas.

Além das informações sobre os diversos temas de interesses dos trabalhadores, a rádio também vai contar com uma rica programação musical, formada por composições de grandes nomes da MPB, misturando vários ritmos, como samba, choro, maracatu, coco, forró, xote, baião, pop-rock, música regional e caipira. O ouvinte também vai poder curtir músicas de cantores da América Latina e de outros países, como os clássicos do blues, jazz, reggae, salsa, entre outros.

A criação da Rádio Fenajufe integra as ações da federação para aprimorar cada vez a comunicação com os sindicatos filiados. A rádio vai se juntar à Agência de Notícias, ao Boletim Informa Fenajufe e à revista, que será lançada em breve Com a rádio, a federação ganhará a agilidade na comunicação, sobretudo nas transmissões de eventos ao vivo.

A Rádio Fenajufe poderá ser ouvida na página da Federação, no endereço: www.fenajufe.org.br e clicar diretamente no link da rádio. Para contribuir com a programação da rádio, os servidores e os sindicatos poderão mandar e-mails, sugerir pauta, e enviar notícias dos Estados.



Mais uma Web Rádio no ar: a do Sindipetro-RJ

[Por Cátia Maia - 02/01/08]  Já está no ar, em caráter experimental, a Web Rádio Petroleira, criada pelo Sindipetro-RJ. Inaugurada no dia 18 de dezembro com a transmissão ao vivo do encontro Amigos do MST, realizado no auditório do Sindicato, e uma entrevista exclusiva com o coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, a Rádio pode ser acessada pelo endereço (provisório) wms1.netpoint.com.br/sindipetro. É possível ouvir música e noticiários. 

Em breve, a programação ganhará mais ênfase na área jornalística, com a inauguração da Agência Petroleira de Notícias (APN). Haverá, ainda, entrevistas, especiais de música e o espaço “Fala, petroleiro”.   

A Web Rádio e a Agência Petroleira de Notícias integram o projeto de defesa da soberania nacional, mantido com recursos do desconto assistencial dos petroleiros, com destaque para a luta contra o leilão das reservas estratégicas de petróleo e gás. 

A Rádio Petroleira, primeiro passo para a criação da Web TV, é comandada pelo radialista Nato Kandhall, com larga experiência e verdadeira paixão pelo que faz. Kandhall acumula quase 30 anos de experiência como locutor, sendo um dos pioneiros no mercado de Rádio e Web TV no Brasil. Ao seu lado estará o operador Sérgio Scapelli e, produzindo e divulgando notícias, os jornalistas da Agência Petroleira, Fátima Lacerda e Rafael Duarte.



Está no ar site com a vasta obra do jornalista Aloysio Biondi

[Por Tonho Biondi] Desde o dia 14 de dezembro de 2007, estão disponíveis no endereço www.aloysiobiondi.com.br centenas de textos do jornalista, entre artigos, entrevistas e reportagens. O site também trará depoimentos de Biondi em áudio e vídeo, além de fotos de momentos marcantes de sua carreira e vida, homenagens ao autor e reproduções fotográficas de alguns de seus principais trabalhos. Com o site, buscamos resgatar o trabalho de Biondi, prestando uma justíssima homenagem a um dos grandes jornalistas da história de nosso país, e, ao mesmo tempo, colaborando com a construção e o fortalecimento do jornalismo cidadão no Brasil.




Democratização da Comunicação


Histórico da internet no Brasil: 20 anos de mudanças radicais

A Internet teve sua origem nos Estados Unidos, em 1980. Antes, o Departamento de Defesa norte-americano havia criado a rede Arpanet (Advanced Research Projects Agency Network), que, em 1969, interligou quatro instituições de Ensino e Pesquisa. 

1980 – Já havia centenas de computadores interligados pela Arpanet, inclusive fora dos EUA. A rede militar se separa, criando a MILNET, e surgem dezenas de outras redes (CSNet, NSFNet, SATNet, BITNet etc). À interconexão dessas redes deu-se o nome de Internet, a “Rede das redes”. 

1988 – O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro, liga-se à Universidade de Maryland (EUA), passando a fazer parte da BITNet (Because It’s Time to Network), rede educacional para troca de mensagens. Em novembro, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) liga-se ao Fermi National Laboratory (Fermilab) em Chicago (EUA), garantindo acesso às redes High Energy Physics Network (HEPNet) e BITNet. 

1989 – O Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ liga-se à UCLA (University of California at Los Angeles, EUA) e passa a ter acesso à rede BITNet. Em julho, o Instituto Brasileiro de Análises Sócio-Econômicas (Ibase) liga sua rede Alternex ao Institute for Global Communication na Califórnia (EUA), que passa a ser o ponto de acesso à Internet da Association for Progressive Communications (APC), que interligava diversas ONGs no mundo. 

1991 – A Fapesp liga-se à Internet e estende o acesso a outras instituições de São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Posteriormente, cria a Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), ligando diversas instituições de ensino e pesquisa de São Paulo entre si e com a Internet. 

1991 – O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) cria a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), interligando várias instituições de ensino e pesquisa no Brasil entre si e com a Internet. 

1992 – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) cria a Rede Rio, ligando diversas instituições de ensino e pesquisa do Rio entre si e com a Internet. O Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) consegue apoio de algumas entidades (especialmente da Associação para o Progresso das Comunicações - APC) para montar uma rede que integrasse a sociedade civil na Rio-92. Daí nasceu o primeiro provedor de Internet no Brasil, fora das universidades: o Alternex. 

1993 – O Ibase passa a fornecer acesso à rede de mensagens Usenet para os BBS (Bulletin Board Systems).  

1994 – A Embratel inicia o serviço de provedor de acesso à Internet para usuários domésticos.  

1995 – Criado o Comitê Gestor da Internet no Brasil, formado por representantes do Ministério da Cultura e Ministério da Ciência e Tecnologia, operadoras de backbone, provedores de acesso, usuários e da comunidade acadêmica.  

1996 – Surgem diversos provedores de acesso à internet no Brasil, assim como grandes portais de conteúdo e comércio eletrônico.

* Backbone – (espinha dorsal) é um conjunto de equipamentos que faz a conexão da internet entre o Brasil e o mundo.

[Surgente em Revista (Sindipetro-RJ) – Dez./2007]




De Olho Na Mídia


Globo esconde fatos apara atacar o MST

mst e o globo

[Por Vito Giannotti] No dia de Natal, O Globo presenteou seus leitores com mais um ataque ao MST, seu inimigo de classe declarado. O título da matéria é o mesmo de sempre, só muda o local. É quase um carimbo, já pronto: “MST invade fazenda histórica em Valença”. O sub-título da matéria cria o clima de repulsa aos vândalos, incultos e ignorantes daquele movimento: “Propriedade construída em 1830, produz café e feijão e tem atividades pecuárias”. Vejam que horror! Uma fazenda histórica, que é ponto turístico integrado ao projeto Preservale, invadido por umas famílias miseráveis que nem casa têm! “É uma brutalidade invadir uma propriedade privada, produtiva e com os impostos em dia”, disse o presidente da Preservale.

Brutalidade é esconder a verdade, no dia de Natal! Brutalidade é contar só uma parte dos fatos como fez O Globo. Mas é assim que funciona a sociedade. O Globo tem suas escolhas. Defende seus interesses de classe. Faz a disputa da cabeça de milhões de ouvintes, telespectadores e leitores. E nessa luta esconde, encobre a verdade. Qual a verdade que o jornalão escondeu? Muito simples. 

Em 2005, o INCRA fez vistoria nesta fazenda e a classificou como improdutiva. Com esse laudo, o Instituto enviou o processo de desapropriação para a Casa Civil. O pedido foi aprovado por aquela Casa e pela Presidência da República. Hoje, está em fase final de desapropriação. Só falta o INCRA depositar o dinheiro da indenização ao dono e entregar o título de posse final às 75 famílias acampadas na fazenda desde o dia 8 de dezembro último. Porque o MST, então, ocupou esta terra? Para acelerar o ritmo do INCRA. Para não deixar a execução da ordem de desapropriação para o dia de são nunca!  

E O GLOBO? Está na dele. Joga uma lona sobre o fato que desde 2005 a fazenda foi definida como improdutiva e ponto final. É assim que age a mídia empresarial; Com absoluta e total... parcialidade.



PCB recorre ao Ministério Público contra a Rede Globo

Através do advogado Ivan Pinheiro, seu secretário-geral, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) ingressou no Ministério Público Federal no Estado do Rio com uma representação contra a Rede Globo de Televisão, sob a acusação de que a emissora teria produzido no programa "Fantástico" uma matéria de incitamento a uma guerra entre o Brasil e a Venezuela.  

Na petição, protocolada no Ministério Público Federal no dia 19 último, alega o PCB que o citado programa violou o parágrafo único e praticamente todos os incisos do artigo 4° da Constituição. Além de pedir a impetração de ação pública contra a Rede Globo, o PCB postula também que seja concedido o direito de resposta, proporcional ao agravo, aos Governos da Bolívia, da Venezuela e do Brasil, este último porque o programa foi ao ar quando o Presidente Lula se encontrava no intervalo de uma visita aos dois países.

[Portal da ABI – 02.01.2008]




De Olho Na Vida


Meu Nome não é Johnny: o anti-Tropa de Elite. Uma boa mensagem de ano novo

selton

Foto: Divulgação 

[Por Claudia Santiago] Meu Nome Não é Johnny é um hino em defesa dos direitos humanos e da crença na possibilidade de recuperação dos indivíduos. É bonito. É sensível. É humano. É mais um filme que trata do mundo das drogas no Rio de Janeiro. Mas não é simplesmente mais um. Desta vez, o mesmo assunto é abordado de um ponto de vista totalmente contrário aos valores que compõem a ideologia fascista. É o anti - Tropa de Elite. Não tem heróis salvadores da pátria.

Embora mostre o tráfico de drogas no Fórum do Rio de Janeiro, traz a redenção do personagem principal pelas mãos de uma juíza do mesmo Fórum. Ou seja, não prega, na prática, a inutilidade do Estado.  

O filme apresenta os consumidores como pessoas comuns da classe média: um psicanalista, operadores da Bolsa de Valores. Não julga. Mostra o potencial de destruição da cocaína, tanto para quem consome quanto para quem vende, mas não criminaliza os usuários. Não é moralista.  

Ao contrário do filme que no ano passado fez tanto sucesso que acabou virando modelo de brincadeiras de criança e tema de barco na tradicional procissão de Ano Novo em Angra dos Reis, tampouco criminaliza a pobreza. Não se furta, porém, de mostrar que na cadeia são quase todos negros. Meu Nome Não é Johnny mostra os traficantes brancos, ajudados por senhoras bem estabelecidas, moradores da zona sul.  

O filme, com Selton Mello, no papel principal, conta a história do traficante João Guilherme Estrella.  Um Filme de Mauro Lima, produzido por Mariza Leão. Certamente vai ajudar a juventude a entender a destruição provocada pela dependência química e pelo tráfico de drogas.




Imagens da Vida


O verdadeiro lugar do nascimento...

cassia kiss

Foto: divulgação do filme Meu nome não é Johnny. A juíza interpretada por Cássia Kiss 

O verdadeiro lugar de

nascimento é aquele em que

laamos pela primeira vez

um olhar inteligente sobre

nós mesmos (...)

Marguerite Yourcenar 

Cartão de Natal enviado pela juíza Marilena Soares a João Guilherme Estrella em dezembro de 1996.




NPC Informa


Começam os preparativos para o XXXI Intercom

O XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2008) será realizado em Natal, no Rio Grande do Norte, de 1º a 6 de setembro.  Até lá acontecerão os encontros estaduais.



ANDES-SN lança coletânea de charges

Ricardo Borges, jornalista do Andes, lança no 27º Congresso da entidade, em Goiânia, uma coletânea de charges publicadas em jornais, cartilhas, panfletos, boletins impressos e eletrônicos de sindicatos, nos últimos sete anos.

“A charge é uma das formas mais populares de humor gráfico. A palavra tem origem francesa: “charger”, lançar carga. Alcançou espaço nobre na imprensa brasileira, desde os tempos do regime imperial, abordando temas políticos, sociais ou econômicos. Vem sendo largamente utilizada pelos movimentos populares e sindicais pelo seu caráter crítico e analítico da realidade. É hoje uma valiosa ferramenta na construção de uma comunicação popular e democrática, voltada para a conscientização política dos leitores.”, diz texto divulgado pela Assessoria de Imprensa do Andes.



Mídia e poder é temas de evento promovido por MST, MAB e Marcha Mundial de Mulheres

O professor Hamilton Otávio de Souza (PUC-SP) vai assessorar o debate sobre Mídia e Poder no  5º Estágio Interdisciplinar de Vivência de Minas Gerais, organizado pelo Movimento Estudantil, em parceria com o MST, MAB e Marcha Mundial de Mulheres. O programa acontece de 25 de janeiro a 17 de fevereiro de 2008. De acordo com seus organizadores, “tem como proposta ser um espaço de formação e organização estudantil através do despertar de consciência crítica, a partir da vivência da realidade do campo dos Movimentos Sociais, e dos debates entre os diversos saberes no Estágio.” Participam do estágio estudantes de vários estados brasileiros e também de outros países, como o Chile, a Colômbia e a Argentina.



Canais estrangeiros são 75% da TV paga

Os canais estrangeiros ocupam 75% da programação da TV paga nacional. É para manter esse domínio que a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) lançou campanha contra projeto de lei que cria cota de 50% para canais pagos brasileiros.

Os dados integram estudo de uma programadora nacional, que pediu para não ser identificada. Não foram considerados canais nacionais as emissoras abertas, os canais obrigatórios, as TVs mistas (como MTV) e os de pay-per-view. Embora tenha 50% de capital nacional (Globo), os Telecines são estrangeiros, assim como HBO. GNT e Multishow, apesar de terem quase 50% de conteúdo internacional, são considerados brasileiros.

O estudo revela que as operadoras que têm participação acionária da Globo, contrariando o discurso do grupo de defesa do conteúdo nacional, dão menos espaço aos canais brasileiros. Na Net, só 21% dos canais são nacionais. Na Sky, esse percentual cai para 17%. A concentração média de canais estrangeiros (75%) tende a aumentar com a aprovação da compra da Vivax pela Net.

Essa concentração ocorre porque a Globo tem poder de veto sobre os canais brasileiros nessas duas operadoras. Assim, novos canais nacionais, como Woohoo (esportes radicais) e Esporte Interativo (futebol), ambos independentes, e Fiz e Ideal, do Grupo Abril, não entram na Net e na Sky.

Daniel Castro (Folha de S. Paulo, 12/12/07)



Mostra de Mídia e Música em Pernambuco

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco – PPGCOM/UFPE realiza, nos dias 17 e 18 de janeiro, a I Mostra de Mídia e Música, com o tema “mídia, música e mercado na contemporaneidade. O local é o Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE que fica na Avenida Acadêmico Hélio Ramos, s/n – Cidade Universitária. 50670-901, Recife – PE. - Inscrições (gratuitas): até 15 de janeiro, no site: www.ufpe.br/ppgcom. (Leia mais em: http://www.compos.org.br/)




Por Dentro da Universidade


Pesquisadora gaúcha ganha o Prêmio Adelmo Genro Filho na categoria Sênior

A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, no Rio Grande do Sul, Christa Berger, é a primeira pesquisadora a ganhar o Prêmio Adelmo Genro Filho na categoria Sênior. Em entrevista ao Observatório da Imprensa a professora avalia a importância do prêmio: “ Por ser um prêmio da Associação que reúne pesquisadores da minha especialidade, por ter sido indicada pelos meus pares, pelo prêmio homenagear Adelmo Genro Filho, por ser a primeira a recebê-lo nesta modalidade sinto-me honrada e feliz. Ao longo da minha vida profissional tenho tido muitas gratificações, mas, esta, sem dúvida, estará registrada em meu estoque de boas lembranças de 2007. A importância do prêmio para minha carreira é de redobrar a responsabilidade ao pesquisar e falar sobre jornalismo.”

Marxismo na UFRJ

A página do grupo de estudos de Marx do Instituto de Filosofias e Ciências Humanas da UFRJ está no ar: http://www.marxismoehistoria.kit.net/.




Memória


História da Comunicação no Brasil, mês a mês

Janeiro

1906 – Sai, no Rio, o jornal operário Terra Livre, editado por Neno Vasco, autor da primeira versão para o português do hino A Internacional.

1911 – Começa a circular, em São Paulo, o jornal O Proletário.

1933 – A Confederação Operária Brasileira (COB) lança a Voz Proletária.

1937 – os presos políticos da prisão Maria Zélia, em São Paulo, publicam o jornal Liberdade, escrito à mão.

1946 - Surge Novos Rumos, revista oficial do PCB pós-democratização, tratando de política e cultura.

1958 – Lançado o Jornal dos Tipógrafos, no segundo dia de greve da categoria, no Rio, capital do Império.

1966 – Lançamento, em São Paulo, do Jornal da Tarde, do grupo O Estado de S. Paulo.

1973 - O Bem Amado, de Dias Gomes, primeira novela em cores.

1988 - O Brasil perde o cartunista Henfil, 43 anos. Ilustrou jornais, cartazes e cartilhas de centenas de sindicatos e movimentos.

1994 – O jornal Surgente do Sindipetro-RJ , denuncia o projeto neoliberal e o acordo do Nafta.

2002 O nome da Marca, de Isleide Fontenelle, é lançado pela Boitempo Editorial.

2003 – É lançado, em ato com cinco mil pessoas, durante o 3º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o jornal Brasil de Fato.

2004 – O Sindicato dos Bancários de Alagoas realiza o I Seminário de Comunicação Popular de Alagoas, junto com o Instituto Humanus, a UFAL e a CMP.

2005 – Lançamento do Observatório Brasileiro de Mídia no I Fórum Social de Comunicação, em Porto Alegre.

[A Comunicação dia a dia – Agenda NPC/2008]




De Olho No Mundo


Campanha mundial de mídia contra o governo de Chávez reúne milhares de profissionais

[Por José Sant Roz] A população espanhola está sendo intensamente intoxicada, dia após dia, com pesquisas  realizadas por companhias que pertencem ao próprio rei Juan Carlos, nas quais o presidente venezuelano Hugo Chávez é pintado como um dos seres mais abomináveis e monstruosos  da terra.  

(... ) Os meios poderosos contrataram para destroçar a imagem de Chávez no mundo mais de 500 jornalistas, escritores, documentaristas, dramaturgos e diretores de programas de opinião. Em geral são milhares de meios os que dia-a-dia colocam Chávez como assassino, déspota, violento, repressor, violador de leis e da Constituição. 

(...) Uma média de uns dez mil artigos foram publicados no mundo contra Chávez nos últimos cinco anos: uns quatro filmes, centenas de reportagens, documentários falsos, entrevistas tergiversadas, milhares de caricaturas nas quais se apresenta Chávez como um sanguinário macaco; dezenas de programas cômicos e obras de teatro. Entre os meios televisivos, Fox News, CNN, Televisión Española e o Grupo PRISA, Univisión, TV Azteca, Cadena Caracol, BBC de Londres e CNN em particular, com todo o descaramento do mundo colocaram em marcha notícias subliminares nas quais promovem o magnicídio (assassinato de uma pessoa ilustre) contra o presidente venezuelano. 

Todos estes fazem campanha dizendo que Chávez é um tirano, que na Venezuela reinava a mais tenebrosa ditadura, mas insolitamente acabava de aceitar uma derrota eleitoral em 2 de dezembro. Os programadores de mentes da CIA se mobilizaram para difundir toda uma história diferente: o "tirano" se viu obrigado a aceitar a derrota por pressões do Alto Comando das Forças Armadas. Isto já vinha se dando na Venezuela com frequência: cada vez que o Tribunal Supremo de Justiça expedia uma decisão que não favorecia ao presidente. De imediato os meios se mobilizavam para dizer que Chávez se via obrigado a aceitar por pressão da chamada "Sociedade Civil". 

[O artigo completo, em espanhol, está em: http://www.voltairenet.org/auteur124267.html?lang=es]




Pérolas da edição


Oscar Niemeyer

“.... O importante (...) não é ser arquiteto, ser especialista, ser mundialmente reconhecido. O importante é a vida e a amizade. A palavra mais importante da minha vida é solidariedade".



Leonardo Boff

Qual não foi a minha surpresa quando dias após li na Folha de S. Paulo um artigo dele sobre a nossa conversa (minha e de Niemeyer) com um desenho de sua autoria: duas montanhas uma das quais encimada por uma cruz. E lá dizia: ´descendo a serra de Petrópolis, eu que não creio, rezava ao Deus de Frei Boff, para que aqueles benefícios que Cuba realizou para o seu povo, chegassem também, um dia,  ao povo brasileiro´.



Robert Fisk

“Se eu vejo uma revista ou um jornal com a palavra "terror" na capa simplesmente não compro, é lixo.”

[Revista História Viva - edição 49 – Nov. 2007]



Nirlando Beirão

“Milênio, da Globonews, é um perigo. Obriga essa ameba amorfa, inerte, chamada telespectador a pensar.”

[Revista Carta Capital - edição 476 – Dez. 2007]




Novas entrevistas em nossa página


Robert Fisk, o homem que ousou perguntar "por quê?"

[por Bruno Fiuza e Maíra Kubík Mano] Em entrevista exclusiva à História Viva, o correspondente do jornal inglês The Independent no Oriente Médio explica as raízes históricas da resistência islâmica que vê em Osama bin Laden uma inspiração contra o domínio das potências ocidentais.

[Revista Historia Viva - edição 49 - Novembro 2007]



É na rua que se dá a disputa política. Não é na internet”, diz Muniz Sodré

| Por Najla Passos| A rua, a praça, a sala de aula, o plenário, a assembléia, o mundo real. Os verdadeiros espaços possíveis de luta social no capitalismo avançado passam longe da internet, do virtual, ao contrário do que previam muitos filósofos otimistas com as possibilidades de democratização abertas pela nova tecnologia, a exemplo de Pierre Lévy. [02.01.2008]




Novos artigos em nossa página


Eduardo Galeano, Gabriel Prioll, Rodrigo Bertolotto, Cláudio César Dutra de Souza e Sílvia Ferabolli

O paradoxo andante | Por Eduardo Galeano |

Cada dia, ao ler os diários, assisto a uma aula de história. Os diários ensinam-me pelo que dizem e pelo que calam. A história é um paradoxo andante. A contradição move-lhe as pernas. Talvez por isso os seus silêncios dizem mais que suas palavras e muitas vezes as suas palavras revelam, mentindo, a verdade.

Dentro em breve será publicado um livro meu chamado Espejos. É algo assim como uma história universal, e desculpem o atrevimento. "Posso resistir a tudo, menos à tentação", dizia Oscar Wilde, e confesso que sucumbi à tentação de contar alguns episódios da aventura humana no mundo do ponto de vista dos que não saíram na foto. Pode-se dizer que não se trata de fatos muito conhecidos. 

Aqui resumo alguns, apenas uns poucos. 

Quando foram desalojados do Paraíso, Adão e Eva mudaram-se para África, não para Paris.

Algum tempo depois, quando seus filhos já se haviam lançado pelos caminhos do mundo, foi inventada a escrita. No Iraque, não no Texas.

Entra ano, sai ano, a mesmice na TV | Por Gabriel Priolli |

Ano novo, tudo velho. É um recorrente paradoxo da televisão brasileira que a entrada de um novo ano, época de esperanças e de promessas de renovação para o cidadão comum, seja o período de reafirmação da sua timidez e da sua mesmice. Diante dos 365 dias que enfrentará, no novo giro da Terra em torno do Sol, o brasileiro pode não ter certeza de nada, mas de uma coisa está absolutamente seguro: a programação da TV será a de sempre. Pouquíssimas coisas vão mudar, aqui e ali, apenas para espanar as teias de aranha e assegurar que tudo seguirá exatamente como sempre foi, ou vem sendo, há décadas.

[http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=466TVQ001,  02.01.2008]

Rádios bolivianas em SP unem comunidade e se ocultam para driblar fiscalização | Por Rodrigo Bertolotto |

As rádios piratas são tão escondidas como as oficinas de costura. A oculta comunidade boliviana em São Paulo se refugia diante de fios e agulhas em jornadas de 17 horas, seis dias por semana (só no domingo eles são vistos nas ruas centrais). A concentração deixa só os ouvidos livres da tensão para não errar e ganhar R$ 1,50 por peça finalizada.

"Meteoro FM, 107.5, porque somos la diferencia en su sintonia en la capital paulista", retumba o slogan da estação de maior alcance, ouvida até na região da avenida Paulista e irradiando desde o Bom Retiro. No total, são quatro rádios levando notícias, música, novelas, anúncios, programas esportivos e palavras de consolo em espanhol para os mais de 100 mil imigrantes.

[UOL 26/12/2007]

 Sobre “O retorno dos idiotas” | Por Cláudio César Dutra de Souza, Sílvia Ferabolli|

Numa América Latina que se redescobre e reinventa, um setor social continua a crer que o debate de temas complexos é aborrecido, e que o ideal de liberdade é a disputa egoísta nos mercados. Tal público é o alvo das obras medíocres de auto-ajuda política, como as de Alvaro Llosa e seus valetes

 [http://diplo.uol.com.br/. Dezembro/2007]



Expediente



Boletim do NPC

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 (ao lado da Câmara Municipal)
CEP: 20031-130 — Centro — Rio de Janeiro
Fone-Fax: (21) 2220-5618 / 2220- 4895 / 9628-5022 / 9923-1093

E-mail: npiratininga@uol.com.br

Jornalista responsável: Claudia Santiago

Web: Luisa Santiago Vieira Souto 

Colaboram nesta edição: Álvaro Brito (RJ) | Cátia Lima (RJ)| Esther Kuperman (RJ) | Leonor Costa (DF) | Ligia Coelho (MG) | Najla Passos (DF) Virgínia Fontes (RJ).



Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

 

ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
NPC no Cobrecos
Agenda de cursos do NPC será divulgada em fevereiro

A Comunicação que queremos
Fenajufe entra na onda da Web Rádio
Mais uma Web Rádio no ar: a do Sindipetro-RJ
Está no ar site com a vasta obra do jornalista Aloysio Biondi

Democratização da Comunicação
Histórico da internet no Brasil: 20 anos de mudanças radicais

De Olho Na Mídia
Globo esconde fatos apara atacar o MST
PCB recorre ao Ministério Público contra a Rede Globo

De Olho Na Vida
Meu Nome não é Johnny: o anti-Tropa de Elite. Uma boa mensagem de ano novo

Imagens da Vida
O verdadeiro lugar do nascimento...

NPC Informa
Começam os preparativos para o XXXI Intercom
ANDES-SN lança coletânea de charges
Mídia e poder é temas de evento promovido por MST, MAB e Marcha Mundial de Mulheres
Canais estrangeiros são 75% da TV paga
Mostra de Mídia e Música em Pernambuco

Por Dentro da Universidade
Pesquisadora gaúcha ganha o Prêmio Adelmo Genro Filho na categoria Sênior

Memória
História da Comunicação no Brasil, mês a mês

De Olho No Mundo
Campanha mundial de mídia contra o governo de Chávez reúne milhares de profissionais

Pérolas da edição
Oscar Niemeyer
Leonardo Boff
Robert Fisk
Nirlando Beirão

Novas entrevistas em nossa página
Robert Fisk, o homem que ousou perguntar "por quê?"
É na rua que se dá a disputa política. Não é na internet”, diz Muniz Sodré

Novos artigos em nossa página
Eduardo Galeano, Gabriel Prioll, Rodrigo Bertolotto, Cláudio César Dutra de Souza e Sílvia Ferabolli

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Boletim do NPC

Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge