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Boletim do
NPC —
Nº 114
— De 1 a 15/12/2007
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
13º Curso Anual reafirma necessidade de uma imprensa dos trabalhadores
Foto: Eduardo Nunes
Mesa sobre a presença da mulher na mídia, coordenada pela jornalista Rosângela Gil. Com Eleutéria (Marcha Mundial de Mulheres) e Raquel Moreno (Observatório da Mulher) O 13º Curso Anual do NPC, realizado no Rio de Janeiro, de 22 a 25 de novembro, com o tema central "Ação e prática dos trabalhadores na comunicação contra-hegêmonica", reuniu dirigentes sindicais, jornalistas e estudantes de comunicação. Mais uma vez, a palavra esteve com pensadores da comunicação de esquerda, sindical e popular de vários Estados do País. Assim, 200 pessoas debateram durante cinco dias, teorias da comunicação e seu uso prático a serviço da classe trabalhadora. Os temas foram amplos, desde os valores socialistas a serem reafirmados na nossa comunicação, à discussão da pauta da comunicação dos trabalhadores, à criminalização da pobreza. Experiências maiores e menores foram apresentadas e uma vasta rede de contatos se estabeleceu entre todos os participantes e os próprios expositores. O Núcleo Piratininga partilha a alegria pelo clima de estudo e fraternidade do encontro e agradece a todos os participantes e palestrantes por ter propiciado uma troca saudável de experiências e sonhos. Em nossa página, na seção Comunicação Alternativa, você encontrará matérias sobre o curso produzidas por alguns dos seus participantes. Clique aqui e veja as imagens do curso em nossa página Mensagem do Senge-PR Curso junta sotaques em língua portuguesa Queridos todos! Desejo que vocês estejam ótimos e orgulhos por mais uma lindíssima rodada de trabalho que juntou todos os nossos sotaques em língua portuguesa do Brasil! Marlise Bassfeld-PR Mensagem do Sintufce Comunicar e ser comunicado: direito universal... A busca constante de novos mecanismos de interação entre os trabalhadores, acompanhar as tendências da comunicação e das novas tecnologias da informação, no intuito de diminuir a distância entre a categoria e a entidade, dever ser um dos objetivos dos sindicatos que, verdadeiramente, desejam fortalecer sua luta contínua em defesa dos direitos de seus sindicalizados. Esse foi o espírito que nos conduziu a participar do 13º Curso Anual do NPC, uma vez que, no Brasil, poucos são os espaços onde os trabalhadores têm a oportunidade de se informar para formar, discutir, opinar, discordar, expor seu ponto de vista acerca dos meios de comunicação e sua hegemonia sobre a classe trabalhadora. A luta pela democratização dos meios de comunicação "está baseada numa concepção que parte do pressuposto que comunicar e ser comunicado é um direito universal" do homem. Entendemos que o NPC tem buscado, através da realização de seus cursos, atingir esse objetivo. Portanto, só temos que parabenizar todos aqueles que se empenharam para que ele acontecesse. Mensagem do Sintraconst A luta contra a hegemonia da comunicação continua... Com o tema ‘Ação e prática dos trabalhadores na comunicação contra-hegemônica’, o Núcleo Piratininga de Comunicação realizou o 13° Curso Anual do NPC, de 21 a 25 de novembro, no Rio de Janeiro. Jornalistas e dirigentes sindicais de diversas regiões do País participaram. O Sintraconst enviou o secretário de Imprensa, Virley, e o jornalista Júnior Eler. Mensagem do Sindur Um novo cenário da comunicação sindical... Para a jornalista Nara Vargas, representante do Sindicato dos Urbanitários de Rondônia no 13º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, o dia a dia dos jornalistas sindicais deveria mudar a partir destes novos conceitos. ”Diante dos desafios, os profissionais da Comunicação Sindical conquistaram o que foi possível e tentam realizar o que é permitido. Eu espero que realmente a partir destas novas visões da comunicação, e eu digo que neste ponto o Sindur tem um papel estratégico e importante procurando capacitar seus dirigentes e profissionais, nós estamos caminhando para um novo cenário da comunicação sindical, colocando em prática o que é realmente necessário, ou seja levar a informação às nossas bases, de forma clara e objetiva.”
Agenda 2008
Ainda temos disponíveis para venda exemplares da AGENDA NPC 2008. O tema deste ano é a Comunicação dos trabalhadores desde o final do século XIX até 2007. O título é: A Comunicação dia-a-dia. A cada dia são apresentadas três ou quatro notícias ligadas à comunicação dos trabalhadores, durante estes 150 anos. O custo unitário é de R$ 15,00 mais despesas de correio. Para quantidades acima de 10 exemplares este será de R$ 10,00 cada. Os interessados devem entrar em contato com o NPC, através do telefone: (21) 2220-5618, com Augusto.
NPC realiza curso de Oratória, em Brasília, só para mulheres
No começo de dezembro o NPC ministrou seu curso de Oratória para um público especial. É que a Secretaria das mulheres da CUT/DF organizou este curso exclusivamente para companheiras: professoras, cobradoras de ônibus, técnicas da Embrapa, servidoras públicas, enfim trabalhadoras. A idéia partiu da constatação, que salta aos olhos de qualquer um, de que a imensa maioria das mulheres, por toda a série de condicionamentos que esta sociedade lhes impõe, dificilmente fala em assembléias e reuniões sindicais ou políticas. Por isso esse curso específico. O NPC já realizou dois outros cursos desse tipo: um para as companheiras da Federação Nacional dos Gráficos, em Ibiretê (MG) e outro para a Comissão de Mulheres da CUT/RJ.
NPC é homenageado no Dia dos Direitos humanos, na Assembléia Legislativa do Rio
O Núcleo Piratininga de Comunicação foi um dos homenageados no Dia Internacional dos Direitos Humanos, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por sua luta pela inclusão da denúncia da violência contra os moradores de favelas na pauta da imprensa alternativa, sindical e popular. A iniciativa partiu de movimentos sociais e grupos de direitos humanos, como o MST, o Grupo Tortura Nunca Mais, a Justiça Glocal e Observatório de Favelas, juntamente com os mandatos dos parlamentares do PSOL Eliomar Coelho (vereador), Marcelo Freixo (deputado estadual) e Chico Alencar (Deputado federal). O NPC insiste em seus cursos e escritos que a pauta dos jornais sindicais e populares deve ser ampla e abranger todos os aspectos da vida. As pesquisas mostram que uma dos principais preocupações de todo mundo é a violência e a falta de segurança. Toda a mídia empresarial trata deste assunto, todo dia, na sua visão do ponto de vista de quem quer manter a sociedade como está. Uma comunicação alternativa precisa tratar deste e de outros problemas do ponto de vista dos trabalhadores. Ou seja, da defesa dos direitos humanos que esta sociedade, do jeito que está estruturada, só garante para uma pequena parcela. E a nossa comunicação deve tratar disso.
A Comunicação que queremos
Escola de Fotógrafos Populares indicada para prêmio de O Globo
O jornal O Globo indicou a Escola de Fotógrafos Populares do projeto Imagens do Povo, do Observatório de Favelas, para o Prêmio Faz Diferença. A escola coordenada pelo fotógrafo João Roberto Ripper concorre na categoria “Revista O Globo”. Disputam na mesma categoria Marcelo Bueno, arquiteto criador da Ecovila Corcovado em Ubatuba (SP), e a parteira Heloísa Lessa, defensora de partos naturais e mais humanizados. Para votar na Escola de Fotógrafos Populares, o leitor deve acessar a página http://oglobo.globo.com/projetos/faz_diferenca/ na internet. Depois, deve clicar em “Revista O Globo”. Em seguida, clique em “Escola de Fotógrafos Populares” e, finalmente, em “votar neste”. A votação se encerra no dia 14 de dezembro, e o resultado da premiação será publicado no dia 22 de dezembro em um caderno especial no jornal O Globo. Os vencedores receberão troféu e diploma numa cerimônia em março de 2008. (Por Vitor Monteiro de Castro - Observatório de Favelas) O Núcleo Piratininga de Comunicação tem grande admiração pelo trabalho do fotógrafo João Roberto Ripper. Ele faz parte do grupo de fotógrafos a quem o Movimento Sindical brasileiro deve o registro de sua memória a partir da década de 70.
Democratização da Comunicação
ABI pede à Anatel explicações sobre fechamento de rádio comunitária no RJ
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) encaminhou, na última semana, ofício ao Presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, pedindo esclarecimento sobre o fechamento da Rádio Cidadania, veículo comunitário que funcionava em Volta Redonda (RJ). No documento, a ABI solicita que a Anatel libere informações sobre o processo referente à autorização de funcionamento que é dado pelo órgão. A Rádio Cidadania foi alvo de ação repressiva em junho de 2004, sendo retirada do ar por agendes da Polícia Federal. A emissora estava no ar desde 15 de novembro de 1997, com uma programação que privilegiava temas como cultura, educação, música, direitos do consumidor e humanos e serviços de interesse público. De acordo com o diretor da rádio e sócio da ABI, Aristóteles Libanio, a Anatel diz que não consegue se comunicar com os responsáveis pela rádio. Eles alegam que não nos encontram e que nós não respondemos aos anúncios do Diário Oficial da União. Para mandar ofícios, dizendo que o nosso pedido foi arquivado, sabem o nosso endereço. Mas para mandar um ofício, comunicando a relação de documentos ou providências a serem tomadas, eles o desconhecem, disse. Em junho de 2004, fiscais da Anatel, acompanhados de agentes da Polícia Federal, compareceram à sede da Rádio Cidadania com um mandado para tirá-la do ar: Essa foi a oitava vez que tentaram fechar a nossa emissora, diz Aristóteles. (Portal Imprensa, em 03.12.2007)
De Olho Na Vida
Banco Mercantil do Brasil é condenado por assédio moral no Espírito Santo
A Justiça do Trabalho condenou o Banco Mercantil do Brasil (BMB) a pagar uma indenização de R$ 150 mil a uma funcionária por assédio moral. A ação foi proposta pelo Sindicato dos Bancários/ES e a decisão saiu em setembro. Ao determinar a indenização, o juiz do Trabalho Marcello Maciel Mancilha, da 13ª Vara do Trabalho de Vitória, considerou que a bancária foi perseguida pelo seu chefe ao retornar do afastamento do INSS, além de ter tido sua assinatura falsificada em contratos de renegociação de dívidas de clientes, figurando como testemunha nessas transações. (Fonte: Seeb-ES – Publicado originalmente no Boletim Eletrônico UNIDADE da Feeb RJ-ES)
Imagens da Vida
Menina da etnia Terena em Olinda, Pernambuco. Foto: Valter Campanato
ESPECIAL:
Comoção na despedida a Heloneida, autora de vários livros sobre a mulher
Um clima de comoção dominou, no dia 4 deste mês, os momentos finais da vigília fúnebre da jornalista e ex-deputada do PT Heloneida Studart que nasceu em Fortaleza, em 1932. Na saída de seu esquife, amigos e admiradores cantaram o Hino Nacional, a canção “O bêbado e a equilibrista” e “Ô abre alas”, de Chiquinha Gonzaga, com uma adaptação em homenagem à participação de Heloneida no movimento feminista: “Ô abre alas, que eu quero passar / Sou feminista, não posso negar / Sou feminista, não posso negar”.
À vigília compareceram muitos trabalhadores e trabalhadoras com as quais Helonéida trabalhou por uma visão feminista, socialista e libertária. Também estiveram presentes colegas parlamentares, jornalistas e sobretudo militantes do movimento feminista, que discursaram diante de seu esquife e entoaram a canção “Maria Maria”. (Fonte: Portal da ABI)
O adeus do NPC a Heloneida Jornalista, escritora e teatróloga, Heloneida destacou-se por seus escritos sobre a libertação da mulher. Seu primeiro livreto foi “Mulher Brinquedo do Homem” de 1971. O título já dizia a que vinha. Em 1978, publicou, pela Vozes, “Mulher objeto de cama e mesa”, uma versão atualizada com a mesma visão de igualdade entre homens e mulheres e de superação do machismo. Deste último foram publicados mais de 220 mil exemplares. Vale a pena procurá-lo e relê-lo. Está mais vivo e atual mais do que nunca. Para os coordenadores do Núcleo Piratininga de Comunicação, a jornalista Heloneida Studart foi uma grande mulher que ocupará, para sempre, um lugar de destaque na sua formação, no que tange à questão da mulher. O NPC participou da despedida da companheira e nesta última edição do seu boletim não poderia deixar de dizer: Viva Heloneida!
NPC Informa
Alípio Freire lança livro de poesias pela Expressão Popular
O livro de poemas “Estação Paraíso” do militante político Alípio Freire é lançado em São Paulo, na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madallena) às 18h30, no dia 19 de dezembro. O simbolismo deste livro de poesias está no seu título e no momento do lançamento. A noite de autógrafos acontecerá durante o I Congresso de ex-presos políticos da Ditadura Militar. Alípio foi um desses heróicos lutadores pela liberdade e por um Brasil socialista. O título da sua coletânea de poemas é tão simbólico como a escolha do dia: Estação Paraíso. Alípio, como muitos dos que lutaram contra a opressão da Ditadura continua sonhando com um Paraíso... um outro mundo justo, livre e sem exploração do homem pelo homem: um mundo socialista. O livro será vendido a R$ 10,00, preço reduzido como o de todos os livros da Editorada Expressão Popular, criada por um conjunto de movimentos populares, com o objetivo de produzir livros baratos e de boa qualidade para militantes e jovens à procura de sonhos possíveis. Longa vida a Alípio Freire!
De Santa Catarina um livro prático: “Estúdio de Televisão”
O jornalista catarinense Salvador Firloni produziu um livro, quase um manual, sobre como montar um estúdio de televisão em órgãos públicos. Ele parte da sua experiência concreta no Judiciário de Santa Catarina. É o primeiro livro, no Brasil, que dá uma série de orientações técnicas sobre como implantar um estúdio de televisão. Hoje, há várias experiências no campo popular e sindical, de tentativas de se criar canais alternativos de televisão. As possibilidades são muitas. Os entraves políticos e jurídicos são enormes e precisam ser enfrentados numa luta constante pela democratização dos meios de comunicação, especificamente rádio e televisão. Este livro não trata desta premissas políticas. Ele se concentra, de forma extremamente didática, sobre como montar um estúdio. Para adquirir este livro entrar em contato com Caio Teixeira: caio55@terra.com.br.
Presidente do Sisejufe-RJ lança o livro Feitiços
Feitiços, de Roberto Ponciano, será lançado no dia 12 de dezembro, a partir das 19h, no Sindicato dos Serviços da Justiça Federal, na Av. Pres. Vargas, 509, no Rio de Janeiro. Feitiços reúne uma seleção de poemas e contos produzidos de 1999 a 2003. É um lançamento da Booklink Publicações. Ponciano é ativista político desde os 15 anos. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) até o ano passado. É funcionário da Justiça Federal do Rio de Janeiro desde 1997 e sindicalista desde 2002. Atualmente, preside o Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o jornalista Henri Figueiredo, que assina o texto das orelhas do livro, Ponciano é, simplesmente, poeta, e que o elo teórico do autor, entre o marxismo e a sexualidade libertária, está no médico austríaco Wilhelm Reich (1897-1957).
Lançamento de Revista sobre Trabalhos e Sujeitos Políticos
A Direção da Faculdade de Serviço Social e o Comitê Editorial convidam para a palestra de lançamento da Revista em Pauta N° 20 sobre a temática Trabalho e Sujeitos Políticos com o professor Emir Sader (FSS e LPP/UERJ) e o professor Jose Paulo Neto (FSS/ UFRJ - a confirmar). O Evento acontecerá no dia 11 de Dezembro de 2007 às 18 Horas no Auditório 71, 7° andar. Após a palestra haverá apresentação do violonista Bartholomeu Wiese.
Brasiliense lança livro sobre Caio Prado JR, idealizador da “Primeiros Passos”
Dia 13 de dezembro, em São Paulo, a Editora Brasiliense lança livro sobre seu grande editor que, entre outras coisas, criou a coleção Primeiros Passos e Tudo é História. O volume faz parte da coleção Encanto Radical, da qual Caio publicou muitos volumes. A Primeiros Passos foi uma contribuição extremamente valiosa para incentivar o habito de leitura entre estudantes secundaristas e um público não acostumados a ler livros volumosos.
Por Dentro da Universidade
Livro ambientalista é lançado em São Paulo como grito de alerta
Foi lançado, recentemente, em São Paulo, o livro “Brasil: o capital natural”, do engenheiro agrônomo, pesquisador e ambientalista Mauro Victor. No trabalho, o autor avalia projeções realizadas no passado e analisa a situação atual da Amazônia, da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, do Cinturão Verde e das áreas verdes no município de São Paulo. Vejamos um depoimentos sobre o livro do jornalista Stephen Powell: “O texto é um verdadeiro processo criminal por crimes de lesa humanidade, lesa pátria e corrupção. Nele o leitor encontrará a denúncia; as provas testemunhais e documentais; o libelo crime acusatório; a sentença condenatória, que poderá ser assim proferida: “Vistos e examinados os presentes autos, considero provados os fatos elencados na denúncia e condeno a classe dirigente brasileira por estar assassinando, por ação e omissão, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica”.
Memória
Julgamento de mais um PM acusado da chacina da Baixada
[Luisa Santiago] Na noite de 31 de março de 2005 o Rio de Janeiro testemunhou a maior chacina já vista no Estado. A matança ocorrida nas cidades de Nova Iguaçu e Queimados superou em número de mortos o episódio da Candelária de julho de 1993, quando oito meninos, moradores de rua, foram assassinados por PMs; e também o massacre de Vigário Geral, em agosto do mesmo ano, quando 21 trabalhadores e estudantes foram mortos por ao menos 40 policiais. Na Chacina da Baixada foram 29 mortos. Pessoas comuns que foram pegas de surpresa na porta de casa, nas ruas ou em bares.
Em maio de 2005, 11 Policiais Militares foram denunciados pelo Ministério Público e foram presos. Em fevereiro de 2006, foram a júri popular cinco deles, acusados de 29 homicídios, uma tentativa e formação de quadrilha. Outros dois foram acusados apenas por formação de quadrilha, Gilmar Simão, assassinado em outubro de 2006 e Ivonei de Souza, que entrou com recurso. A pedido do Ministério Público os demais foram postos em liberdade por falta de provas.
Nesta segunda-feira 07/11, teve início no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu o julgamento de mais um dos cinco policiais militares acusados, o cabo José Augusto Moreira Felipe. O soldado Fabiano Gonçalves Lopes também seria julgado nesta segunda-feira, mas o processo foi desmembrado a pedido da defesa, e uma nova data será marcada.
De Olho No Mundo
Venezuela: uma derrota pode ensinar mais do que mil vitórias
[Por Vito Giannotti] No mundo, milhões de palavras foram escritas sobre a vitória do NÃO no plebiscito da Venezuela. Umas das idéias mais interessantes que o bloco que apóia o projeto do governo Chavez pode tirar é que estas lições são muitas e grandes. Há seis meses, havia poucas dúvidas sobre um resultado positivo que colocaria, com mais segurança, pois com amparo da lei, a Venezuela no caminho de mudanças de caráter socialista. Vitórias após vitórias eleitorais do carismático presidente, davam a tranqüilidade de que a burguesia daquele país não voltaria a tomar pé. O resultado negativo de domingo, dia 2, foi um alerta e um lembrete. Uma das velhas lições a ser lembrada é sobre os efeitos da avalanche de propaganda que a direita sempre despeja sobre as cabeças do povo e sobre como a esquerda pode agir para enfrentar bombardeios como o produzido em casos como este. Como construir uma contra-informação? Como criar instrumentos que neutralizem o bombardeio da direita? Como envolver os setores populares que serão os únicos artífices de um projeto realmente socialista, nesta batalha ideológica? A centralidade da informação e da comunicação é certamente uma das grandes lições dos 50,7% de NÃO, contra os 49,3% de SIM.
Novos artigos em nossa página
Entrevista de Claudia de Castro Lima com Caco Barcellos
Aos 57 anos, Caco Barcellos é conhecido, antes de ser repórter da Globo, por dois livros corajosos e chocantes. Ele é autor de Rota 66, que narra a ação da PM de São Paulo na matança de civis entre 1970 e 1992, e o segundo é Abusado, que mostra a formação de quadrilha num morro carioca, no final da década de 90. No país que só fala de Tropa de Elite, o jornalista Caco Barcellos conta sua experiência de décadas com a falta de segurança pública, numa visão que questiona clichês e preconceitos generalizados. (Adaptado da Revista Vip)
Mídia, consumo e crianças: a cidadania em perigo – Por Wilson da Costa
As crianças brasileiras, a exemplo das crianças de todo o mundo, têm sido submetidas diariamente a um intenso bombardeio e isso vale mesmo para aquelas que, por sorte, não vivem em zonas de conflito, como o Iraque, o Afeganistão, a Palestina ou outras. Qual é este bombardeio? [Portal Imprensa, 29.10.2007]
TV Brasil: uma emissora cada vez menos pública – Por João Brant
O anúncio da composição do Conselho Curador da Empresa Brasileira de comunicação (organização que vai abrigar a nova TV pública) não trouxe surpresas. Infelizmente. Desde que o processo passou às mãos da Secretaria de Comunicação Social, do Ministro Franklin Martins, ficou claro que a composição do conselho, pretensamente representativo da sociedade, seria decidida unicamente pelo Executivo, a partir de critérios próprios. [Observatório do Direito à Comunicação, 27.11.2007] [Valor Econômico – 04.10.2007]
O grande poder transformador – Sobre o 2 de dezembro, dia do Samba - Por Adriana Facina
Era domingo. O dia estava agradável, sem muito calor, coisa atípica nos dezembros cariocas, e o samba corria solto na Central do Brasil. O Trem do Samba já se tornou uma tradição na cidade e ocorre todo 2 de dezembro para comemorar o dia nacional do ritmo nascido na cidade maravilhosa. A Central do Brasil é cenário cotidiano de gente indo e vindo apressada do trabalho, rostos cansados de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras que sofrem na carne a dureza de uma superexploração que é irmã gêmea da sociedade de hiperconsumo. Trens lotados, passagens caras, distâncias a serem vencidas diariamente numa maratona infindável para garantir a sobrevivência.
Itararé: o Barão de uma batalha inexistente – Por Luís Pimentel
Revolução de 1930. As forças políticas reunidas em torno da chamada Aliança Liberal se sublevaram, sob a liderança de um baixinho gaúcho invocado chamado Getúlio Vargas. Uma grande batalha estava prometida e deveria ocorrer em Itararé. Mas não houve batalha nenhuma, pois o Presidente Washington Luís fora deposto por seus próprios auxiliares, bem à moda brasileira. Foi o bastante para outro baixinho gaúcho invocado, diretor de um combativo e debochado jornaleco de humor, autoproclamar-se Duque da batalha que não aconteceu, “pelos relevantes serviços prestados no front”. Modesto, o aloprado jornalista rebaixou depois o título para Barão de Itararé. [Jornal da ABI. Setembro/2007]
As mutações da Imprensa, Anos 50 – Por José Reinaldo Marques
As grandes reformas gráficas, editoriais e empresariais que mudaram o perfil do jornalismo do Rio de Janeiro na década de 1950 — com reflexos na imprensa em todo o Brasil — são o tema central do recém-lançado Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos 50 (Editora e-Papers), de Ana Paula Goulart Ribeiro, professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro–Eco-UFRJ. [Jornal da ABI. Setembro/2007]
Expediente
Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação
Jornalista responsável: Claudia Santiago Web: Luisa Vieira Souto Colaboram nesta edição: Jô Portilho (RJ), Caio Teixeira (SC), Eduardo Nunes (Fotografia-RJ), Ligia Coelho (RJ), Mario Camargo (Fotografia-RJ), Najla Passos (DF), Raquel Carlucho (DF), Renata Souza (RJ) e Sérgio Domingues (RJ).
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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