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Boletim do NPC Nº 113De 15 a 31/10/2007
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


13º Curso Anual do NPC: falta pouco para começar

No momento, quase todas as atenções do NPC estão voltadas para o seu 13º Curso Anual 

Já recebemos inscrições de dirigentes sindicais, jornalistas, professores universitários, estudantes de comunicação e ativistas sociais do Pará, Ceará, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. Muita gente está vindo pela primeira vez.  

São professores, comerciários, desenhistas, metalúrgicos, bancários, trabalhadores rurais, portuários, estivadores, trabalhadores da limpeza urbana, servidores públicos, químicos, petroleiros, sem-teto, engenheiros, representantes de prefeituras. 

Tudo indica que, mais uma vez, o 13º Curso será um momento de congraçamento, estudo e militância política de esquerda. 

Como atividades paralelas, está prevista uma exposição de fotos sobre o Movimento Operário, organizada pela professora Maria Ciavatta da Universidade Federal Fluminense (UFF); a apresentação do livro Sobre Entrevista, de Stela Guedes; e uma bela Ciranda. Dentro de, no máximo, uma semana, estaremos enviando a programação final completa. Os inscritos vão receber em seus e-mails todas as orientações sobre chegada à cidade, hospedagem e local do curso. Então... Até já!



Agenda 2008 do NPC

Já está à venda, em nossa sede, a Agenda-2008, A Comunicação dia-a-dia, do Núcleo Piratininga de Comunicação. O custo unitário é de R$ 20,00 mais despesas de Correios. Para quantidades maiores, os interessados devem entrar em contato com o NPC, através do telefone: (21) 2220-5618 e conversar diretamente com Vito. Atenção: ele não estará no NPC nos dias 9 e 10 de novembro.



Nosso adeus ao jornalista sindical Adenilson Teles

O Núcleo Piratininga de Comunicação une-se aos familiares, amigos e companheiros do jornalista sindical Adenilson Teles, assessor do Sindicato dos Bancários de Blumenau, neste momento de dor pela sua morte. Teles morreu no domingo, dia 28/10, em acidente de carro no interior de Santa Catarina. Era dirigente do Sindicato dos Jornalistas do estado e militante corajoso dos movimentos sociais. Tinha 33 anos.  

“Conheci Teles há 15 dias em um curso no Sindicato dos Bancários de Blumenau.

Jornalista alegre e combativo, me falou com entusiasmo do novo projeto em que estava envolvido, a Folha Popular: um jornal com uma pauta abrangente e ligado aos movimentos sociais. Um jornal feito por 13 sindicatos e movimentos como o MST e dos Sem-Teto.  

Voltei para o Rio feliz por ter encontrado um jornalista tão animado com a sua profissão

e com a idéia de colocá-la a serviço dos trabalhadores.

Uma grande perda para companheiros bancários de Blumenau, 

uma grande perda para a comunicação sindical e popular e para todos nós.

Sinto muitíssimo”

Vito Giannotti, monitor e coordenador do NPC




A Comunicação que queremos


Dauro Veras recebe menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog

O jornalista Dauro Veras recebeu menção honrosa, na categoria revista, durante a 29º edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, pela reportagem "Madeira e Sangue", publicada na revista Observatório Social. A reportagem conta a vida dos trabalhadores da indústria moveleira, no município de São Bento do Sul (SC). "Estou feliz com a premiação, pois foi um reconhecimento de um trabalho coletivo que desenvolvi com a equipe da revista Observatório Social", disse Dauro. Ele destacou a participação do fotógrafo Sérgio Vignes, que o acompanhou durante a reportagem. A revista Observatório Social é um dos maiores fenômenos editoriais do movimento social brasileiro. De 11 edições publicadas, três receberam prêmios: Esso em 2004 e Herzog em 2006 e 2007. Leia a reportagem "Madeira e Sangue": http://www.observatoriosocial.org.br/portal/index.php?option=content&task=view&id=1144&Itemid=112                           

O vencedor na categoria Livro-Reportagem foi o jornalista capixaba José Caldas da Costa, com Caparaó, a primeira guerrilha contra a ditadura, publicada pela Boitempo Editorial em 2007.

[Fonte: SJSC e Observatório Social]




De Olho Na Mídia


Pesquisador da UFPE lança livro “Tráfico de drogas e crime organizado – peças e mecanismos”: a melhor base científica para discutir Tropa de Elite

[Por Vito Giannotti] O Globo,de 28/10 nos traz uma rara e grata surpresa. Traz uma entrevista com Adriano Oliveira que é um maná para quem quer entender a desgraça político-ideológica que representa o filme Tropa de Elite. 

Em síntese mostra que o problema não começa e nem acaba nas favelas das nossas cidades. Ele desvenda, como resultado de suas pesquisas, sintetizadas em sua tese, o que todos estão cansados de saber, mas que não foi mostrado e nem insinuado naquele filme.  

No artigo que escrevi para o Brasil de Fato (www.brasildefato.org.br), do dia 24 de outubro, falava exatamente das mesmas coisas das quais fala Adriano. Ele fala dos grandes traficantes, dos verdadeiros chefões interessados em que o tráfico não acabe e, conseqüentemente, a droga não seja decriminalizada: juizes que vendem sentenças, advogados totalmente entrelaçados com esta atividade criminosa, empresários especializados em lavagem de dinheiro e funcionários estatais de vários escalões e todo tipo de policias, da civil, passando pela militar até chegar à federal. Enquanto isso, o Tropa de Elite ensina a cantar o hino do extermínio dos que moram em favelas: “Homens de preto quando entram na favela – é pra deixar corpo no chão”. Leiam em O Globo, de 28/10, na página 15/País, a entrevista de Adriano Oliveira.




De Olho No Mundo


Carta de Luiz Carlos Azenha ao "The Economist"

Caro leitor de cartas,

Sou um leitor voraz de sua revista. Eu a levo para a cama todas as semanas, com a melhor das intenções. Espero ansiosamente pela próxima edição. Quando a revista brilha na banca, sei que vocês entrevistaram o melhor líder desde a rainha Vitória: Fernando Henrique Cardoso.

Dado que sua tarefa na The Economist é ler as cartas, talvez você não tenha tido tempo de ler sobre acontecimentos recentes no Brasil. Um importante aliado político do presidente Lula, Renan Calheiros, foi alvo de acusações múltiplas. A mídia fez seu trabalho. Expôs a vida pessoal e política de Renan. Embora ele negue autenticidade às acusações, deixou de ser o presidente do Congresso. O escândalo começou quando Renan foi acusado de ter uma repórter como ex-amante, e de ter tido uma filha com a jornalista, e de ter usado formas "pouco ortodoxas" para sustentá-las.

De acordo com a edição de abril de 2000 de uma revista brasileira chamada "Caros Amigos", um caso similar aconteceu com o então presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando ele era senador, de acordo com a revista, FHC teve um filho com uma jornalista, uma repórter da TV Globo que eventualmente foi transferida para Barcelona, na Espanha. A reportagem nunca foi desmentida. Mas a mídia brasileira nunca perseguiu o caso, como fez recentemente com o senador Calheiros e "sua" repórter.

Por isso, nós brasileiros estamos confusos: o senador Fernando Henrique se tornou ministro da Fazenda, foi eleito duas vezes presidente da República mas a mídia brasileira nunca fez a ele uma pergunta simples: quem providenciou a transferência da repórter e do filho deles para a Europa? Quem pagou as contas? Considerando que a The Economist tem livre acesso ao nosso querido ex-presidente, conto com a revista para fazer a ele uma pergunta dura. Pelo menos uma vez.

Saudações,


Publicado em 18 de outubro de 2007

Uma versão editada da carta reproduzida acima foi enviada ao jornal britânico "The Independent", com o título "Um segredo do tamanho do Brasil
".




Democratização da Comunicação


Nasce a Rede Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura

[Por Rita Freire] Com uma carta de metas, bandeiras e ações para enfrentar os monopólios midiáticos, mudar políticas públicas e garantir direitos à comunicação, nasceu neste domingo, dia 21 de Outubro, a Rede Paulista pela Democratização da Comunicação. 

(...) "Este foi um processo construído passo-a-passo por diversas entidades, que, ao longo de um ano, refletiram sobre os temas centrais deste debate e formas de atuação da rede no estado de São Paulo", disse Bia Barbosa, jornalista do Coletivo Intervozes e uma das articuladoras dessa construção. 

As mesas, painéis e grupos de discussão do encontro enfrentaram e aprofundaram visões sobre os temas que mais preocuparam os grupos participantes durante o ano. Estão relacionados com a defesa das mídias alternativas, o combate a violação dos direitos humanos, a universalização do acesso às novas tecnologias através de políticas e investimentos públicos e governamentais, a interconexão entre comunicação, educação e cultura, a visibilidade da população e seus interesses na mídia. (...)

Lutar pela democratização da mídia tanto no que diz respeito a políticas e sistema de outorgas de radiodifusão quanto no controle social dos meios, combater a criminalização das lutas sociais, e defender as práticas não mercantilizadas de comunicação são algumas das preocupações do  I Encontro.  (...)  "A próxima batalha desta grande luta já tem data marcada", avisa Bia. A Rede Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura se reúne no dia 10 de novembro.




NPC Informa


Livro Políticas de Comunicação é lançado em Brasília

O Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, LapCom/UnB, lançou o livro Políticas de Comunicação: buscas teóricas e práticas, no último dia 24, em Brasília. São autores da obra : Murilo César Ramos, Suzy Santos (orgs); Érico da Silveira; César Ricardo Bolaño; Valério Brittos; Othon Jambeiro; Lara Haje; Regina Luna Santos de Souza; Fernando Oliveira Paulino; Francisco Sierra; Francisco Javier Moreno Gálvez; Geórgia Moraes; Samuel Possebon; Marcus A. Martins; Israel Bayma; André Barbosa Filho; Cosette Castro; Sayonara Leal.

Mais informações sobre o evento: Paulus em Brasília: (61) 3225-9847 e brasilia@paulus. com.br.

(Fonte: Boletim da Intercom)




De Olho Na Vida


Sobre a Coleção Nova História Crítica

A coleção Nova História Crítica existe para atender os alunos do segundo e terceiro segmento da educação básica (antigos: 5ª à 8ª e 2º grau). O trabalho é primoroso. O tratamento gráfico da melhor qualidade. A riqueza visual combina-se de maneira dinâmica ao texto que flui, apresentando os conceitos com clareza e conduzindo o aluno pelos caminhos da história com muita propriedade. Mas o que incomodou, de certo, aquele senhor (Ali Kamel) é que o livro é prazeroso e crítico. Uma combinação que ainda não tinha visto em meus 22 anos de profissão. Os alunos que o utilizam pela primeira vez adoram, ficam encantados, pois raramente têm a oportunidade de ter material semelhante em mãos. Ainda mais, em escolas públicas de periferia. A primeira turma com a qual utilizei o livro andava, pelo menos, quatro capítulos à minha frente! Prazer de ler e aprender história! O método de Schmdit é o marxismo, sem dúvida. Em minha modesta opinião, o melhor para analisar nossa sociedade, pois desnaturaliza a história, mostra-a como construção e produto das relações que os homens estabelecem no espaço e no tempo para produzir a existência... e por ser produção humana, pode ser mudada.

[Por Lorene Figueiredo – professora de História e mestre em Educação]




Imagens da Vida


Hasta siempre, Comandante!

Che

“ Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,

de tu querida presencia

Comandante Che Guevara.

Trecho de canção de Carlos Puebla 

Esta imagem está publicada na Agenda-2008 que o NPC está produzindo para a Regional VII, do Sepe-RJ.




Proposta de Pauta


Ação na Favela da Coréia deixa 12 mortos, dentre eles uma criança de quatro anos

[Por Juliano Domingues - Radioagência NP] Pouco mais de três meses depois da operação realizada no conjunto de favela do Complexo do Alemão que resultou em 44 mortos, a polícia carioca realizou no dia 17/10 outra ação, desta vez na Favela da Coréia, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na ação doze pessoas morreram entre elas uma criança de quatro anos. 

Para o deputado estadual (Psol-RJ) Marcelo Freixo, as ações da polícia militar carioca fazem parte de uma política de segurança que promove chacinas nas favelas sem mudar a realidade do tráfico e sem levar desenvolvimento social para esses locais. 

“A partir de hoje você pode ter certeza de que nada será alterado na realidade de qualquer morador do Rio de Janeiro, nem na comunidade, nem fora dela. O que mudou no complexo do alemão depois daquela operação? O tráfico deixou de existir? A educação pública foi garantida? A saúde agora funciona? O Estado retomou o controle daquele território e as suas leis estão valendo? Não. Nada disso.”

A polícia do Rio de Janeiro é considerada uma das mais violentas do mundo. Marcelo afirma que somente este ano já foram registrados 680 casos de pessoas mortas pela polícia em nome de uma política de segurança ineficaz.

“O que se observa muito claramente é que não se combate o crime. O que se combate são os setores pobres e a favela. As armas e as drogas não são produzidas ali dentro e todos sabem disso. Por que não vai na fonte do lucro? Favela tem muita arma, droga e tem muita miséria, é um exército de esfarrapados.”




Por Dentro da Universidade


Memória e temporalidades do trabalho e da educação

Acaba de ser lançado o livro Memória e temporalidades do trabalho e da educação, coordenado por Maria Ciavatta. Conta com textos de Elisa Tavares Duarte, Ivan Lima, Paulo Fernandes Keller, Poliana Rangel, Rosangela Aquino da Rosa, Sidnei Quezada Meireles Leite e Zuleide Simas da Silveira. Informações: (21) 2232-1768 ou lamparina@lamparina.com.br.



A atualidade do socialismo e as lições da história

O Programa de pós-graduação da Escola de Serviço Social da UFRJ e o Laboratório de Estudos Marxistas José Ricardo Tauile (Lema) promove nos dias 12 e 13 de novembro o seminário “A atualidade do socialismo e as lições da história”, nos dias 12 e 13 de novembro, no salão Pedro Calmon, do campus Praia Vermelha da UFRJ.




Pérolas da edição


Zeca Baleiro, Adriano Oliveira e Ariovaldo Ramos
. “(...) Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só - uma luta de classes cruel e sem fim”.

Zeca Baleiro, cantor e compositor maranhense.

. “Quando mergulhamos nesse submundo descobrimos o quanto o Estado está envolvido. Portanto, onde está o Estado observamos o crime organizado ... não temos como deixar de dizer que o Estado tem o seu lado bandido. Por causa da grande corrupção inerente a ele e das organizações criminosas que se formam dentro dele, o Estado não consegue funcionar adequadamente para combater o crime ... Esse é um grande problema da academia brasileira e da imprensa. Não podemos reconhecer o crime organizado só nos morros ... no Brasil o crime está associado ao Estado ... ou nascendo dentro do Estado.”

Adriano Oliveira, autor do recém-lançado "Tráfico de drogas e crime organizado, peças e mecanismos".


.É claro que o camarada tem o direito de pensar diferente de mim, ele pode ser contra a reforma agrária, ser contra as cotas: isso é um direito dele. Mas, se nós nos sentarmos para conversar, de cristão para cristão, considerando o que Jesus Cristo viveu, fez e ensinou, eu acho que ele vai ter dificuldade de se explicar. É muito difícil um cristão explicar por que é contra a redistribuição das terras quando o profeta Isaías diz: Ai dos que juntam casa sobre casa e terra sobre terra até serem os únicos moradores do lugar[6]. O que isso significa? Que tem limite. Eu não posso ter tudo que quero. Eu só posso ter aquilo que não imponha ao próximo viver embaixo da ponte, em casas de papelão e de madeira. Tem de ter limite".

[Ariovaldo Ramos, um dos líderes da esquerda evangélica. Le Monde Diplomatique / out. 2007]




ESPECIAL:


Uma poesia para você
O Nascedor

Por que será que o Che
Tem este perigoso costume
De seguir sempre renascendo?

Quanto mais o insultam,
O manipulam
O atraiçoam
Mais ele renasce.
Ele é o mais renascedor de todos!
Não será por que Che
Dizia o que pensava e fazia o que dizia?
Não será por isso que segue sendo
tão extraordinário,
Num mundo onde palavras
e atos tão raramente se encontram?
E quando se encontram
raramente se saúdam
Por que não se reconhecem?

                       (Eduardo Galeano)




Cartas


Por Nilson Adelino Azevedo

Belo Horizonte, 30 de Outubro de 2007 

Caro Vito Gianotti e Cláudia Santiago 

Em 8 de outubro de 1967 o Capitão Gary Prado, uma boina verde do Exército Boliviano, prometeu à Che Guevara um julgamento. Não cumpriu e Che Guevara foi fuzilado antes. 

Finalmente, 40 anos depois, a revista Veja deu a  Che um julgamento em que o Guerrilheiro foi condenado por não tomar  banho.  A tese da defesa de que a Guerrilha não acontecia num spa ou num shopping não pesou nesse julgamento. 

A condenação se deu pelo depoimento das testemunhas de acusação da revista “Veja”, Diogo Von Schelp e Duda Teixeira. Eles afirmam que: “Em seu diário de campanha em Sierra Maestra, Che antecipa o seu comportamento em la Cabaña. Ele descreve com naturalidade como executou Eutimio Guerra um rebelde acusado de colaborar com os soldados de Batista. “Acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibe 32 no lado direito do crânio, como orifício de saída no lobol temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto. Seus bens agora me pertenciam”. 

É estupendo! A bala entrou e saiu ... pelo mesmo lado do crânio! Deve ser  a famosa “bala mágica” de JFK! Vamos ter que chamar a equipe da Crossing Jordan (série policial que tem como personagem principal uma detetive médica). 

Acontece que na o diário da Campanha em Sierra Maestra, no capítulo “o fim de um traidor”, o que Che escreveu foi: “Ele (Eutimio Guerra) caiu de joelhos ante Fidel e simplesmente pediu que o matassem. Fidel lhe reprovou severamente a traição e Eutímio queria somente que o matassem, reconhecendo  sua falta. Foi uma longa e patética declamação que Eutimio escutou em silêncio, de cabeça baixa. Perguntaram-lhe se queria algo e  ele respondeu que sim, que queria que a Revolução, que nós nos encarregássemos de seus filhos. A Revolução cumpriu”. 

Portanto está configurado juridicamente o falso testemunho dos indigitados jornalistas Von Schelp e Teixeira.Ou seja: A revista Veja mente descaradamente, enganando os leitores , no afã de lavar as mãos imundas daqueles que a revista considera heróis verdadeiros, os agentes da Cia que ordenaram o assassinato de Che e de Lumunca, e de Allende, e de Mossadegh.   

A Revista Veja é Farsa! 

Nilson Adelino Azevedo




Novos artigos em nossa página


CINEMA

Para o filme Tropa de Elite, “favelado bom é favelado morto”  Por Vito Giannotti

Se a missão do Bope é “entrar na favela e deixar corpo no chão”, a mensagem que o filme passa é que na favela só tem criminoso, assassino, traficante a ser deixado no chão.

O filme faz sucesso por dois motivos:

. Trata do tema que mais preocupa a sociedade brasileira: a violência e a segurança.

. Retrata e reproduz as idéias dominantes da sociedade sobre a favela, os pobres, os negros, ideologia espalhada pelos quatro Cavaleiros do Apocalipse da comunicação de direita nacional: Folha de S. Paulo, O Estadão, O Globo e Veja. [Publicado originalmente em Brasil de Fato, em 25.10.2007.]



MÍDIA

O Estado bandido e as “mulheres no tráfico”- Por Maurício Campos

O jornal O Globo, de 28/10, traz duas matérias sobre criminalidade e violência, bastante diferentes no enfoque, e com destaques ainda mais diferentes. uma vez que “revela” a participação de mulheres no tráfico varejista desorganizado, a reportagem acaba construindo o contexto que permitirá à polícia, quando atirar em mulheres na favela, dizer que estava “trocando tiros” com elas. A outra matéria é uma entrevista com o professor da UFPE, Adriano Oliveira, sobre seu livro recém lançado Tráfico de drogas e crime organizado, peças e mecanismos. Em nove operações analisadas por Adriano, inclusive por tráfico de drogas, ele registrou a participação de funcionários estatais, sendo que em seis casos a quadrilha tinha origem dentro do Estado mesmo.



HISTÓRIA

Por que Hitler foi um idiota? - Por Adriana Facina

Na semana passada, quando a mesma imprensa que glorificava o capitão Nascimento como herói nacional, tentava assassinar a memória de Che Guevara, voltava eu com minha filha da escola e veio a pergunta: “mãe, é verdade que Hitler era um homem muito inteligente?”. Meu espanto: “Como assim, filha?” Resposta: “É, mãe, meus amiguinhos, Fulano e Cicrano, dizem que Hitler foi um homem muito inteligente. Eles não concordam com o nazismo, mas dizem que ele era muito inteligente.” Na mesma hora, mesmo com todo o espanto, respondi: “Hitler foi medíocre em tudo e apenas soube explorar o medo e o desespero das pessoas na época em que viveu. Mesmo como estrategista militar, deixou a desejar quando, com seu exército batido na frente oriental pelos russos, preferiu destinar recursos à deportação de seus prisioneiros judeus, comunistas, ciganos e homossexuais, bem como às máquinas de matar dos campos de concentração, ao invés de investi-los no front de batalha.” Continuei: “além disso, ele era um homem preconceituoso e sabemos que o preconceito é fruto da ignorância.” Ela disse: “mãe, então escreve um texto explicando por que Hitler foi um idiota?”. [15.10.2007]

 

Apresentação do livro Incontornável Marx - Por Jorge Nóvoa (organizador)

Ao decidir trazer ao público o livro que apresento agora e que foi por mim organizado, tinha em mente a necessidade de fazer circular novas e importantes idéias. Elas aparecem neste livro, contidas em textos inéditos em sua maioria, ou, em outros casos, inéditos no Brasil, caracterizando-se, em sua maioria, pela leitura crítica e renovadora das idéias de Karl Marx. Mas, não se entenda por "renovadora", a última moda de Paris. Seus autores moveram-se pelo desejo de buscar a originalidade e correção de seu pensamento e de sua crítica totalizante aos fenômenos da história e do capitalismo. São artigos que empreendem, assim, uma renovação de aspectos da teoria de Marx e de sua crítica que são, também, releituras e atualizações elaboradas por autores diversos, que não necessariamente se agrupam nas mesmas "escolas" marxianas. Alguns se reivindicam como marxistas e existe quem pensa a partir do pensamento gramsciano, trotskyano, assim como, quem pensa a partir de um paradigma radicalmente marxiano libertário, mas todos pautados exaustivamente em Marx. [17.10.2007]

 

Sobre o Ver o Peso: Veroca meu amor - Por Rogério Almeida

Os abastados da província costumam virar o nariz quando se afirma que o Veroca (Mercado do Ver o Peso) é uma espécie de síntese do povo do Pará, que nesta época do festejo do Círio de Nazaré pulsa a todo vapor. O Veroca é chique, arquitetura de ferro secular de origem belga abriga o setor dedicado a peixe e carne. Cada um em canto oposto. [15.10.2007]



DIREITOS HUMANOS

Quatro anos da Guerra do Gás - Por Andressa Caldas

Em nome da luta por justiça e contra a impunidade, a Justiça Global vem expressar publicamente seu apoio e solidariedade aos familiares das vítimas do Massacre do Gás, ao Comitê Impulsor do Juízo de Responsabilidades contra Goni e seus colaboradores e adere à campanha “Goni e Sánchez Berzain: Extradição Já!”.



Expediente



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Editora-responsável: Claudia Santiago

Editores-assistentes: Kátia Marko (RS), Gustavo Barreto (RJ) e Bruno Zornitta (RJ)

Pesquisa e Web: Luisa Santiago  

Colaboram nesta edição: Adriana Facina (RJ), Lorene Figueiredo (MG), Maurício Campos (RJ), Nestor Cozzetti (RJ), Rogério Almeida (PA) e  Sérgio Domingues (RJ).



Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

 

ÍNDICE
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Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge