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Boletim do
NPC —
Nº 109
— De 1 a 15/8/2007
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Curso Anual do NPC já tem data e local
Está confirmado! O 13º Curso Anual do NPC será realizado de 22 a 25 de novembro no Sindicato dos Contabilistas do Rio de Janeiro. Os palestrantes já estão sendo convidados. Até o momento podemos confirmar a presença de Ademar Bogo, Altamiro Borges, Augusto Boal, Caio Galvão, Dênis de Moraes, José Arbex Jr., Latuff, Mauro Puerro, Muniz Sodré e Valter Pomar. Outros especialistas em comunicação estão sendo contatados. Neste ano, terão destaque temas como a presença da mulher na mídia, o tratamento dado pelos meios de comunicação à questão racial e estudos de caso de momentos da história do Brasil. Sempre perpassados pela disputa de hegemonia e o papel da comunicação neste atual momento da história da humanidade. Os participantes do 12º Curso vão receber, na próxima semana, o CD com os principais momentos das palestras proferidas no ano passado.
A Comunicação que queremos
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Polícia intima Latuff por críticas ao PAN
O artista gráfico Carlos Latuff foi intimado pela delegada Valéria de Aragão Sádio, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial, por ter feito uma charge do mascote do Pan segurando um fuzil ao lado do Caveirão. A imagem fez muito sucesso entre os movimentos sociais da cidade que a usaram em faixas, panfletos e camisetas. A Polícia não gostou e veio com a intimação. No site www.fazendomedia.com, o jornalista Marcelo Salles comenta: “E ainda com uma alegação tosca, de apropriação da imagem oficial do Pan. Fosse isto verdade, o chargista Aroeira também deveria ter sido intimado, já que ele usou o mesmo mascote em pelo menos três ilustrações publicadas no jornal "O Dia". Como Aroeira não foi intimado, fica caracterizada a perseguição política a Carlos Latuff”. Latuff é autor das ilustrações de vários trabalhos produzidos pelo Núcleo Piratininga de Comunicação. Conheça o trabalho que está sendo questionado. 
Radiografia da Comunicação Sindical
Jornais sindicais de Pernambuco apresentam pauta para disputa de hegemonia
[Por Vito Giannotti] Sempre repetimos que os jornais sindicais, no nosso país, cumprem o papel de imprensa alternativa. Como assim? São sindicais ou jornais gerais? Essa questão não pode ser respondida sem mais nem menos. É preciso colocá-la no quadro concreto do Brasil, hoje. Sabemos que estamos num país que não lê. Ou melhor, com um dos índices mais baixos de leitura de jornais (e de outras coisas mais) do mundo. Que estamos num país onde funciona (infelizmente) o 4º canal de televisão do mundo. Onde várias pesquisas dizem existirem de 50 a mais de 60% de analfabetos funcionais. Enfim, um país onde pouquíssimos lêem jornal diariamente. Nesse quadro, a imprensa sindical assume uma importância enorme. Um jornal sindical bem feito, isto é, com uma pauta que mostre a realidade dos trabalhadores em todos os seus aspectos, da saúde à educação. Uma linguagem que possa ser compreendida pelos possíveis leitores, com uma apresentação agradável e convidativa. No mês de julho, em Pernambuco, encontrei vários jornais sindicais com esse perfil. Sobretudo, com uma pauta rica, que sai do umbigo da categoria e sabe abordar temas mais amplos. Temas que são essenciais para o trabalhador ter outra visão de mundo daquela apresentada pela Rede Globo. Entre eles/ esses jornais está o do SINDSEP, o "Garra". No próximo número do BoletimNPC comentaremos este e outros jornais.
De Olho Na Mídia
Artigo de Emir Sader - "A Nova Direita e como derrotá-la" - destaca a imprensa como aglutinador ideológico da direita no país
“Órgãos de imprensa que pregaram as ditaduras militares no continente foram seus instrumentos de divulgação e se calaram diante dos crimes com que esses regimes se afirmaram no poder, se crêem no direito de julgar que governo é democrático ou não na América Latina. Eles são o centro da nova direita. Existe uma nova esquerda na América Latina, de que o processo bolivariano de Hugo Chávez na Venezuela, o MAS e o governo de Evo Morales na Bolívia, o governo de Rafael Correa, a ALBA, são algumas das suas expressões mais desenvolvidas e significativas. O movimento que se agrupa em torno da candidatura de Fernando Lugo, no Paraguai, se candidata a incorporar-se a esse grupo. Há governos progressistas, que são igualmente vítimas dessa nova direita. Sua fisionomia passa pela assunção dos valores liberais e neoliberais: livre comércio, modelo estadunidense de sociedade, elogio da empresa privada e do mercado, crítica do Estado como regulador, das políticas redistributivas, apologia da mídia oligopólica como critério de liberdade e de democracia. Ataques furibundos, desqualificadores da esquerda, do socialismo, a qualquer papel regulador ao Estado, do igualitarismo, a políticas de afirmação de direitos, do Sul do mundo à América Latina em particular, dos partidos aos movimentos sociais. Uma das características dessa nova direita é que se apóia fortemente no monopólio privado dos meios de comunicação, que dá as pautas e a orientação ideológica. No Brasil, a Folha de São Paulo, O Globo, o Estado de São Paulo e a Veja são seus representantes mais evidentes. Todas empresas oligopólicas, de propriedade familiar, em que os filhos sucedem automaticamente aos pais na direção dos jornais, como se fossem fazendas ou heranças de casas. Todas comprometidas com o golpe militar de 1964, que destruiu a democracia e cometeu os maiores crimes contra o povo brasileiro. (...)"
A Mídia nas Eleições de 2006: novo livro de Venício Lima
Chegou às livrarias no dia 19 de julho o livro A Mídia nas Eleições de 2006, organizado por Venício A. de Lima. A obra, lançada pela Editora Fundação Perseu Abramo, reúne artigos de 16 autores que giram em torno de temas como a cobertura jornalística das eleições, o papel da mídia e alternativas para o aprimoramento da mídia na democracia brasileira. Os textos são assinados por (em ordem de aparição): Kjeld Jakobsen; Alessandra Aldé, Gabriel Mendes e Marcus Figueiredo; Clóvis Barros Filho, Marcelo Coutinho e Vladimir Safatle; Antônio Albino Canelas Rubim, Bernardo Kucinski, Luis Nassif, Marcos Coimbra, Paulo Henrique Amorim, Renato Rovai, Sérgio Amadeu da Silveira e Luís Felipe Miguel. A organização e a introdução ficaram a cargo de Venício A. de Lima, professor e pesquisador da Universidade de Brasília e autor de outros dois livros sobre o mesmo tema, Mídia: Crise Política e Poder no Brasil (2006) e Mídia: Teoria e Política (2004), ambos também lançados pela Editora Fundação Perseu Abramo.
Análises de Venício Lima no Observatória da Imprensa
Sem checagem 1. Tanto o Fantástico como o Jornal da Nacional da Rede Globo exibiram recentemente imagens do circuito interno de televisão do Ministério de Minas e Energia – obtidas pela Polícia Federal (PF) – que "comprovariam" a entrega por funcionária da empreiteira Gautama de envelope com 100 mil reais no gabinete do ex-ministro Silas Rondeau e, portanto, o seu envolvimento no esquema de corrupção montado pela construtora. Os principais jornais e revistas de referência nacional "embarcaram" na denúncia que provocou, inclusive, a renúncia do então ministro. Laudo produzido pelo Laboratório de Perícias da Unicamp e divulgado pela CartaCapital (nº 452, de 11/7/2007), no entanto, desmente a veracidade das imagens. Tudo indica que existe um fluxo permanente de informação entre parte da Polícia Federal (PF) e alguns dos principais veículos da grande mídia. Estaria a grande mídia praticando as mesmas irresponsabilidades que caracterizaram parte da cobertura jornalística da crise política de 2005 e das eleições de 2006, isto é, divulgando sem checar as denúncias que lhe chegam às mãos? Não seria o caso, ao contrário, de se buscar jornalisticamente compreender o que se passa – e por que – na PF? Estaria havendo alguma partidarização das investigações e das ações da PF? Mesma direção 2. Matéria no Estado de S.Paulo ("Rádio de Argello é operada por grupo italiano", pág A-10, de 15/7) revela estranhos vínculos do futuro senador Gim Argello (PTB-DF) com a radiodifusão. Ex-concessionário de uma emissora de rádio educativa (!), ele a transferiu para uma organização religiosa italiana. Além disso, o futuro senador é sócio de uma emissora de rádio comercial – Rádio Global Comunicação Ltda. – no município de Formiga, interior de Minas Gerais, e teria "interesses" em cinco rádios comunitárias na periferia de Brasília para cuja legalização trabalhou junto ao Ministério das Comunicações. Estão presentes na matéria denúncias graves que envolvem: ** o descumprimento da norma constitucional (Artigo 222) que proíbe a propriedade superior a 30% de empresa de radiodifusão por estrangeiros, além de determinar que a gestão e o controle da programação deve ser feito por brasileiros; ** o desvirtuamento dos objetivos de uma concessão educativa (Decreto 236/67) para atividades de proselitismo religioso; ** a proibição de "exercício de mandato eletivo" simultaneamente à direção de uma empresa concessionária de serviço público (Artigo 54 da Constituição); e ** o desvirtuamento dos objetivos de uma autorização de rádio comunitária para atividades de proselitismo político (Lei 9.612/98). Infelizmente, os exemplos apontam na mesma direção, isto é, indicam o quanto ainda teremos que caminhar para que o interesse público efetivamente prevaleça tanto na elaboração das políticas de comunicações quanto na cobertura jornalística da política.
Mídia brasileira esconde matança no Complexo do Alemão
[Por Laerte Braga] Os depoimentos de moradores do chamado Complexo do Alemão mostram toda a sorte de barbaridades cometidas por policiais contra pessoas indefesas, trabalhadores, mulheres, crianças e idosos. As fotos estampadas em jornais do mundo inteiro são escondidas pelos jornais e pelo conjunto da mídia no Brasil.
A cobertura criminosa da tragédia
[Mauro Carrara] Em 68 anos de vida, e muitas décadas de jornalismo pelo mundo afora, jamais havia testemunhado cobertura tão politizada (e vergonhosa) de uma tragédia. O caso do vôo 3054 deverá, no futuro, servir aos professores de comunicação como uma anti-receita de conduta em casos dessa natureza. [www.novae.inf.br]
NPC Informa
Movimentos sociais produzem vídeo sobre privatização da Vale do Rio Doce
[por Juliano Domingues - ANP] Um documentário sobre o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce está disponível na internet. O filme pode ser assistido no site do Youtube (veja abaixo) e está dividido em três partes intituladas "A história da Vale", "A Campanha a Vale é nossa!" e "A Vale e a questão indígena". O material foi produzido por entidades, movimentos sociais e profissionais da área de áudio-visual de vários estados do país, com o objetivo de mobilizar a sociedade para o Plebiscito pela Anulação do Leilão da Vale, que acontecerá em todo Brasil, entre 1º e 7 de setembro. Outro objetivo do documentário é informar, divulgar e formar interessados em participar da campanha "A Vale é nossa".
A Vale do Rio Doce foi leiloada em 1997, período em que governo do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSBD), encabeçou uma política que foi responsável pela privatização de aproximadamente 70% do patrimônio nacional. A Vale, avaliada em R$ 92 bilhões, foi vendida por pouco mais de três bilhões. Atualmente, circulam na Justiça 107 ações que questionam a legalidade do leilão. O Tribunal Regional Federal de Brasília pretende apurar se houve vícios no edital de venda e se a empresa foi sub-avaliada no negócio. (RadioagenciaNP) O vídeo está separado em três partes, nos seguintes endereços: Parte 1: http://br.youtube.com/watch?v=LM6oph1muCI Parte 2: http://br.youtube.com/watch?v=qBEK1Wup0dw Parte 3: http://br.youtube.com/watch?v=GfwlYZeVjF
Curso de Audiovisual na CUFA, no Rio de Janeiro
A Central Única das Favelas (CUFA) abre inscrições para o segundo semestre do Curso de Audiovisual 2007. Os interessados devem comparecer à CUFA, na Cidade de Deus, no dia 4 de agosto, de 13h às 16h. As aulas serão aos sábados. Início: 11 de agosto. Informações: (21) 2426-0893. Local da Inscrição e das aulas: R. José de Arimatéia, 90 - Cidade de Deus. Prédio da Associação de Moradores.
Começam as filmagens de filme dirigido por Laerte Braga
Começam as filmagens de Sete Sóis Amarelos, Sete Luas Verdes, dirigido pelo jornalista e diretor Laerte Braga. O filme conta a história de uma filha de Zeus, de cabelos amarelos e olhos verdes, capaz de despertar paixões avassaladoras e ao mesmo tempo objeto de disputas e marchas e contra marchas. Ela acaba envolvida pela ganância e pela eterna disputa entre o bem e o mal, a verdade e a mentira. O lançamento comercial está previsto para março de 2008.
Jornalista lança livro sobre Massacre de Eldorado dos Carajás
O jornalista e escritor Eric Nepomuceno acaba de lançar O Massacre - Eldorado dos Carajás: uma história de impunidade (Ed. Planeta). Segundo o autor, o livro refaz, em minúcias, o que foi a tarde do dia 17 de abril de 1996, culminando no massacre dos sem-terra. "É a reconstituição mais ampla que foi feita até agora. Trata dos antecedentes da malfadada marcha do MST. Conta como a PM agiu, quem deu as ordens. Recria toda a tensão. Levanta hipóteses que ficaram de fora, ou foram tocadas apenas superficialmente, nas investigações policiais". Além disso, o livro mostra como vivem, hoje, os sobreviventes nas terras que receberam do governo. E conta a história dos julgamentos — e da impunidade dos responsáveis. Há denúncias sobre possíveis mandantes, os desmandos da PM durante a ação, e são levantados indícios de execuções sumárias, disfarçadas de confronto. O livro ainda traz fotos inéditas de Sebastião Salgado, feitas no dia seguinte ao massacre.
2ª Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Jornalistas brasileiros estarão reunidos de 10 a 12 de outubro, em Porto Alegre, no 2º. Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. As conferências, painéis e oficinas serão realizadas no complexo do Salão de Atos da UFRGS, perto do Parque Farroupilha. “Aquecimento Global: Um Desafio para a Mídia” é o tema do evento, organizado pelo Núcleo de Ecojornalistas do RS e dirigido aos profissionais da imprensa, professores, pesquisadores e estudantes universitários.
Novas entrevistas em nossa página
Historiadora lança biografia da comunista Laura Brandão
O setor de publicações do Centro de Memória da Unicamp acaba de lançar o livro da historiadora Maria Elena Bernardes, intitulado Laura Brandão: a invisibilidade feminina na política. A biografada é ainda uma desconhecida entre nós, o que justifica plenamente o título do livro.

Laura foi poetiza e declamadora renomada nos salões literários do Rio de Janeiro na primeira década do século 20. Apaixonou-se e casou-se com o anarquista e futuro dirigente do Partido Comunista do Brasil, Octavio Brandão.
No início da década de 1920 tornou-se uma das primeiras agitadoras comunistas brasileiras. Discursava nas portas das fábricas e ajudava editar o jornal A Classe Operária. Presa e agredida várias vezes pela polícia, acabou sendo expulsa do país juntamente com sua família, após a Revolução de 1930. Exilou-se na URSS, onde trabalhou na rádio Moscou e contribuiu no movimento de resistência às tropas nazistas que ocuparam aquele país em junho de 1941. Gravemente doente, morreu no interior do território soviético, em janeiro do ano seguinte. Depois da guerra, seus restos mortais foram transladados para o Cemitério dos Heróis, na capital russa. Laura Brandão, como Anita Garibaldi e Olga Benário, pode ser considerada uma heroína de dois mundos.
Leia em nossa página entrevista realizada pelo historiador Augusto Buonicore, para o Portal Vermelho, com a autora desta importante publicação sobre a vida de Laura Brandão.
Proposta de Pauta
A Marcha
[Por Mino Carta, em 27.07] Estamos às vésperas do retorno da Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade. Agora passa a se chamar Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros. Trata-se de uma fórmula mais elaborada, mais complexa, mas os objetivos são os mesmos. O movimento foi lançado pela OAB de São Paulo, e conta com o respaldo de figuras importantes da Fiesp e da Associação Comercial paulista, e com a divulgação de televisões e rádios, por ora não melhor especificadas. A idéia inicial faísca no escritório de João Dória Jr., o Iconoclasta Mor, aquele que destruiu a pauladas o monumento dedicado a Cláudio Abramo, o grande jornalista, em uma pracinha do Jardim Europa. Ali desceu o Espírito Santo, e iluminou os primeiros carbonários da grana, unidos em torno do slogan: Cansei. Uma campanha publicitária, oferecida de graça por Nizan Guanaes, gênio da propaganda nativa de inolvidável extração tucana, mais badalado entre nós do que George Clooney no resto do mundo, insistirá em peças destinadas a expor o pensamento dos graúdos envolvidos: “cansei do caos aéreo”, “cansei de bala perdida”, “cansei de pagar tantos impostos”. É do conhecimento até do mundo mineral a quem esses valentes senhores atribuem a culpa por os males que denunciam: nem é ao governo como um todo, e sim ao Lula, invasor bárbaro de uma área reservada aos doutores. Mas o presidente da OAB paulista, certo D’Urso, diz que o movimento não tem conotação política. Enquanto isso, às sorrelfas, o pessoal pede instruções aos mestres. Alguns ligam para Fernando Henrique Cardoso, outros para José Serra. São os derradeiros retoques da tucanização da elite brasileira, a mesma que sentou-se em cima de um tesouro chamado Brasil e só cuidou de predá-lo, com os resultados conhecidos. Incompetência generalizada, recorde mundial em má distribuição de renda, baixo crescimento, educação e saúde descuradas até o limite do crime, miséria da maioria etc. etc. Acorda Lula, chama o teu povo.
Dicas
Uma poesia para você
Ditadura da Mídia Edmundo Ribeiro, jornalista em Recife-PE
Não tem nada a ver Essa tal de comunicação Que passa no rádio e tv É pura manipulação Notícias, programas, novelas Outros tantos enlatados Invadem mansões e favelas Deixam todos bitolados Poucos donos do poder Ditam o que todo cidadão Deve ler, ouvir e ver Assim garantem seu milhão Pressionar, rever a concessão Investir na rádio e tv comunitária Democratizar a comunicação Essa é nossa postura libertária.
De Olho Na Vida
Doe livros para o MST
“Eu fui alfabetizado com seis anos, mas aos dezesseis eu aprendi a ler de verdade. Aprendi a saber que os livros eram a maior fonte de informação e que poderiam mudar as minhas atitudes, as minhas ações. Doe livros para o MST. Valeu.” Marcelo Yuka, músico e compositor Contatos da Campanha de Doação de Livros: 1. São Paulo – Rosana Santos - rosanamst@yahjoo.com.br; Secretaria Estadual SP: mstsp@mst.org.br. Tel.: (11) 3663-1064 e Secretaria Nacional do MST: secgeral@mst.org.br. Tel. (11) 3361 - 3866, com Andrea Francine. 2. Rio de Janeiro – Mariana Duque - marianaduque@mst.org.br; Secretaria Estadual RJ: secretariamst.rj@gmail.com. Tel.: (21) 2240-8496. 3. Minas Gerais – Sueli Maria - sucachoeira@yahoo.com.br; Secretaria Estadual MG: mstmg@mst.org.br. Tel.: (31)3222 - 3879. 4. Rio Grande do Sul – Cedenir Engelmann - cedernire@yahoo.com.br; Secretaria Estadual RS: mstrs@mst.org.br. Tel.: (51) 3221 - 9022. 5. Paraná – Rodrigo Cordeiro ou Edilson- microbiosdomst@yahoo.com.br; Secretaria Estadual PR: mstpr@mst.org.br. Tel.: (41) 3324-7000. 6. Pernambuco – Alexsandra Rodrigues - lecamst@yahoo.com.br; Secretaria Estadual PE: mstpebr@gmail.com ou acape.pe@gmail.com. Tel.: (81) 3722- 3136. 7. Ceará – Erivando Barbosa ou Vera Lucia- erivandobarbosa@yahoo.com.br; Secretaria Estadual CE: mstce@terra.com.br. Tel.: (85) 3257-5630 ou 3472-6089. 8. Brasília – Janderson Barros- jandersonmst@yahoo.com.br; Secretaria Estadual DF: arcamst@terra.com.br. Tel.: (61) 3322- 5035. Para saber mais sobre a CAMPANHA acesse: www.mst.org.br
Quanto lucra o setor privado da educação?
O setor privado da educação já fatura cerca de R$ 36 bilhões por ano, sendo R$ 15 bilhões com o ensino superior. Os novos recursos aqueceram os negócios. As transações ocorrem no segmento da graduação, em que o capital privado concentra 75% das vagas. Ryon Braga, presidente da Hoper, consultoria especializada em educação, conta que diversos grupos estão se movimentando para comprar instituições de ensino, formar uma empresa de porte relevante e levá-la à Bovespa. "Hoje, há perto de dez grupos com essa orientação e acredito que pelo menos quatro devem abrir capital nos próximos dois anos", afirma. (Jornal Valor:31.07.2007)
Imagens da Vida
10 anos da Companhia do Latão

Em julho de 2007 completam-se 10 anos de existência de um dos grupos mais importantes do teatro brasileiro, a Companhia do Latão. Há um ano e meio que o grupo prepara essa comemoração, reunindo toda a memória literária, fotográfica e videográfica relativa ao trabalho. Esse conjunto de materiais deu origem a oito vídeo-documentários e três livros, dois dos quais serão publicados no segundo semestre pela Editora Cosac Naify. Em julho, também, foi aberta a nova sede da companhia, o Estúdio do Latão, um espaço destinado a atividades teatrais, cursos e projeções de vídeos. O Estúdio do Latão será inaugurado com a apresentação de Filhos da Mãe Terra, de Sarapuí, interior de São Paulo. O grupo, do assentamento Carlos Lamarca, ligado ao MST, exibirá o trabalho Fazendeiros e Posseiros, baseado na peça Horácios e Curiáceos, de Brecht. É a primeira realização de uma série de intercâmbios que o Estúdio do Latão pretende realizar com integrantes de movimentos sociais.
Pérolas da edição
Wilhelm Reich
"O amor, o trabalho e o conhecimento são as fontes de nossas vidas”.
Julius Fucik
"Pela alegria vivemos, pela alegria fomos ao combate e pela alegria morremos. Que a tristeza nunca seja associada ao nosso nome” Comunista tcheco enforcado pela Gestapo que escreveu, clandestinamente, na prisão, "Reportagem ao pé da forca".
Oscar Niemeyer
“A arquitetura serve apenas aos mais poderosos; os mais pobres dela nada usufruem, vendo, revoltados, de seus barracos, o mundo dos ricos.” (Folha de S. Paulo, em 15-07-2007)
Reginaldo Moraes
“Quando leio as manchetes de jornais e revistas semanais ou vemos as chamadas dos telejornais, nas ultimas semanas, alguma coisa me incomoda. Sim, que haja mais respeito para com as vidas diariamente perdidas no Brasil para se evitar as mortes evitáveis e diárias de dezenas de trabalhadores rurais, em acidentes de transporte, de fome ou exaustão. De centenas de fuzilados pela polícia ou por justiceiros, como suspeitos sem direito a julgamento. De milhares de crianças vítimas de coisas tão banais como diarréia e subnutrição, bem mais simples de resolver do que o groving do aeroporto ou o reverso do avião. Nunca vi esse brasil indignado fazer passeatas por nada disso. Nunca disseram cansei para nada disso. O Brasil dos 50% morre de muitas outras causas, que não provocam essa indignação na mídia e nos bairros elegantes das grandes cidades. O cheiro da sociedade classista fede até mesmo numa tragédia como essa. É mais repugnante do que a própria morte”. (Trecho de carta a alguns amigos)
Novos artigos em nossa página
É hora de revisar as concessões de rádio e TV. Chegou a vez da TV pública e das rádios comunitárias - Por Edmundo Ribeiro
A imprensa conservadora brasileira, principalmente as emissoras de TV, manipulam ou escondem informações de grande importância para todos os brasileiros e brasileiras. As mobilizações dos sindicatos e dos movimentos sociais, como o Dia dos Excluídos (7 de setembro); Mercosul versus Alca; a união dos países latinos americanos; o G-22 liderado pelo Brasil e a Índia, são alguns dos temas relevantes que são excluídos da pauta da mídia dita “democrática”. [Para o BoletimNPC, 30.07.2007]
TAM: A Cobertura Criminosa da Tragédia - Por Mauro Carrara
Até agora estou estarrecido com a edição maquiavélica do Jornal Nacional, na noite de 18 de Julho. A dor e o desespero das famílias foram transformados em uma peça de propaganda eleitoral. Apresentou-se a comoção, a "prova" sugerida e o "culpado" por tudo. [Novae, 20.07.2007]
ANF lança novo site e denuncia mazelas das comunidades - Por Silvana Sá
No último dia 19 de julho, um grande debate envolvendo representantes dos movimentos sociais, marcou o lançamento do novo site da Agência de Notícias das Favelas (ANF). Trata-se de um projeto que visa reunir informações vindas das diversas comunidades carentes existentes não apenas no Rio de Janeiro, como em toda a América Latina. Idealizador e à frente dos trabalhos o jornalista e ativista social André Fernandes. Entre os anos de 1993 e 2003 ele morou nas favelas do Borel, Santa Marta, Acari e Vigário Geral, onde ocorreu a chacina em que 23 pessoas morreram em 1993. [Rio de Janeiro , 19.07.2007]
A gente não quer só comida, quer som e imagem - Por Sérgio Domingues
"Saneamento básico" de Jorge Furtado mostra que fazer um filme já não está tão fora do alcance de orçamentos modestos. Mas, diante dos monopólios que controlam a indústria cinematográfica, melhor aproveitar para produzir nossos panfletos e manifestos audiovisuais. [Mídia Vigiada. 20.07.2007]
A mulher das revistas - Por Rosely Sayão
Que mulher consegue se encaixar no perfil de leitoras traçado pelas revistas femininas? Para tentar apreender que mulher é essa - a quem as revistas destinam seus trabalhos-, por dois meses acompanhei as edições de várias delas. [Folha de S.Paulo, 26/07/07].
Aborto em debate: faltou a opinião das mulheres - Por Ligia Martins de Almeida
O aborto voltou a ser notícia nos jornais da semana passada. Foram três matérias. A primeira falava da autorização, por parte do Supremo Tribunal de Justiça, da interrupção da gestação de um feto diagnosticado com encefalocele. A segunda referia-se à prisão de uma médica que praticava abortos havia mais de 20 anos. E a terceira – de página inteira – discutia a atuação, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar que quer proibir o aborto também em caso de estupro. [Observatório da Imprensa, em 17.07.07]
Governo deve indicar conselho gestor e diretoria executiva da TV Brasil - Por Henrique Costa
O governo federal parece estar decidido em relação ao modelo de gestão da TV Brasil, nome provisório da nova rede pública de televisão atualmente em gestação. Uma reunião do comitê que discute essas e outras questões relativas à nova emissora pública confirmou o que o ministro Franklin Martins já havia sinalizado: o conselho gestor será mesmo uma composição de “personalidades notáveis” escolhidas pelo Executivo, ainda sem critérios definidos. A idéia de representação pela sociedade civil foi descartada pelo ministro. O comitê é composto pelo presidente da Radiobrás, José Roberto Garcez, pela diretora-executiva da TVE Brasil, Beth Carmona, pelo assessor especial do Ministério da Cultura, Mário Borgneth, pelo diretor da Rádio MEC, Orlando Guilhon, pelo assessor da Casa Civil, André Barbosa, pelo professor da Escola de Comunicações e Artes da USP Laurindo Leal Filho e por mais três assessores da Secretaria de Comunicação Social. [Observatório do Direito à Comunicação, 23.07.2007]
Expediente
Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação
Editora-responsável: Claudia Santiago Editores-assistentes: Kátia Marko (RS), Gustavo Barreto (RJ) e Bruno Zornitta (RJ) Web: Luisa Vieira Souto Colaboradores: Carlos Maia, Eliane Amaral, Ligia Coelho, Marcela Figueiredo e Renata Souza Colaboram nesta edição: Edmundo Ribeiro (PE), Igor Felippe Santos (SP), Marcelo Salles (RJ) e Nestor Cozzetti (RJ). Consultores: Leon Diniz, Lycia Ribeiro, Reginaldo Moraes, Sérgio Domingues, Virgínia Fontes e Vito Giannotti.
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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