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Boletim do NPC Nº 107De 15 a 30/6/2007
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


Projeto Artes e histórias para contar reúne alunos e professores do Cefet, em Belo Horizonte

O documentário Terceirização: a escravidão em Versão Neoliberal, produzido pelo Sindieletro-MG, em 2005, foi uma das atrações da Mostra de Vídeos Populares, promovida pelo Cefet-MG em parceria com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). O vídeo exibido no dia 13 mostra a precarização do trabalho na Cemig nos últimos anos.

Marcelo Borges, diretor do Sindieletro-MG e coordenador da Escola 7, da CUT, comenta o fato que o sindicato conseguiu uma grande vitória contra a terceirização. Por uma decisão judicial, a Cemig deverá encerrar todo tipo de terceirização no prazo de nove meses.

Os vários documentários da Mostra de Vídeos Populares do NPC retratam questões como o racismo, a luta pela terra, o trabalho escravo, meio ambiente, história, política, conjuntura nacional e realidade brasileira. Muitos vídeos são desconhecidos de  movimentos sociais e nunca foram exibidos em circuito comercial. As sessões  foram comentadas por professores do CEFET-MG, e o filme Terceirização: a escravidão em Versão Neoliberal por diretores do Sindieletro.

abertura Mostra

O projeto tem o patrocínio da Eletrobrás através da Lei Rouanet de incentivo à cultura, via MINC.

A mostra segue, agora, para Fortaleza onde será realizada juntamente com a Prefeitura.




A Comunicação que queremos


Conselho de Serviço Social lança Prêmio para jornalistas

piratiningaO Conselho Regional de Serviço Social (Cress/RJ) está recebendo inscrições para o I Prêmio Visibilidade das Políticas Sociais e do Serviço Social. Serão premiadas duas categorias: jornalistas e assistentes sociais. No caso dos jornalistas, podem concorrer profissionais que produziram reportagens sobre o tema do concurso para meios impressos, Internet, rádio ou em vídeo. As inscrições podem ser feitas até o dia 3 de julho, na sede da entidade que fica na Rua México, nº 41, sala 1203, no centro do Rio. O regulamento e outras informações estão em www.cressrj.org.br. Informações também poderão ser obtidas através do telefone (21) 3147-8751.

O Núcleo Piratininga de Comunicação está ajudando a divulgar a premiação por compreender a importância da produção de matérias sobre o tema e incentiva os departamentos de comunicação de sindicatos a inscreverem suas reportagens. A editora do BoletimNPC, Claudia Santiago, participa da Comissão de seleção e premiação dos trabalhos.



Grupo “O Levante”, de rap carioca lança CD no Congresso do MST, em Brasília

O Grupo O Levante lançou no Congresso do MST, em Brasília, o CD independente que pelos títulos de suas faixas já diz a que veio: Bonde da revolução, Ditadura Cultural, Poder Paralelo?, O exterminador, Cotidiano do desempregado, Rimas da Libertação. O compositor das várias músicas Gas-PA e canta sua música em companhia do parceiro Mimil. Na capa, a famosa foto da criança africana morrendo de fome com um urubu à espera do seu fim, já é um manifesto. O nome do CD completa o quadro: “Tememos mais a miséria do que a morte”, tirado de um poema de Bertolt Brecht.



Sindicato mineiro cria o CinEletro para formação e cultura

Este é mais um caso de sindicato ou movimento popular que cria um tipo de cine-clube para implementar sua política de formação e incentivar a participação da categoria. Este é um fenômeno novo que se multiplica de dois anos para cá e vários estados do país e em muitos sindicatos.

Há mais de um ano a Regional Norte do sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais lançou o projeto CinEletro, uma exibição mensal de filmes ou documentários seguida de discussão sobre temáticas que afetam diretamente os trabalhadores e a sociedade como, relações de trabalho e de poder, direitos humanos, violência e preconceito de raça, gênero e religião, dentre outras questões. Agora, foi a vez da Regional Metalúrgica abraçar o projeto e, junto com a Regional Norte, dar um grande passo para a consolidação da proposta da nova diretoria do Sindieletro de ampliar a política permanente de formação e cultura com atividades e debates para uma maior aproximação e integração com a categoria.

O lançamento pela Regional Metalúrgica aconteceu no dia 9 de junho, no Anel Rodoviário, com a exibição do documentário “Ônibus 174”. Marcelo Borges, diretor de Cultura do Sindieletro, lembra que o objetivo é ampliar a atividade para as demais Regionais. “A nova direção do sindicato tem a percepção de que é importante ocupar todos os espaços de reflexão e se apropriar da cultura para formar, mobilizar e se aproximar da categoria. O CinEletro cumpre este papel de uma forma lúdica e leve”, ressalta.

(Leia mais em www.org.br/comunicação alternativa)




Democratização da Comunicação


Mais de 180 concessões de rádio e TV vencem em 2007

[Por Raquel Casiraghi  - Agência Chasque] Agora em 2007 vence a concessão pública de cerca de 180 emissoras de rádio e televisão, entre elas a rede Globo. A renovação das licenças de funcionamento é avaliada pela Comissão de Constituição do Congresso, que podem não ser renovadas em casos de má qualidade técnica, desrespeito às leis trabalhistas e aos direitos previdenciários, entre outros.  

Estes itens são considerados insuficientes para determinar o uso público de canais de rádio e TV, na opinião de especialistas e profissionais da área da comunicação. Edgard Rebouças, professor da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), afirma que o governo também deveria avaliar, além destes aspectos, se o produto oferecido pelas emissoras, ou seja, a programação, é também de qualidade.  

"Infelizmente, esses critérios são apenas técnicos, defendo que os critérios precisam ser me termos de conteúdo também. Mas o que acontece é que, me prol de ter um maior faturamento, as empresas estão deixando de lado os critérios de maior qualidade e investindo me produtos de baixa qualidade", diz.  

Edgard também integra a Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", comissão de professores, jornalistas e entidades civis que exigem conteúdos de mais qualidade das emissoras de rádio e, principalmente, da televisão. No país, mais de 90% da população assiste e se informa pela televisão. O que, na opinião de Edgard, aumenta a responsabilidade das empresas, me oferecer uma programação mais diversificada e de qualidade, e do governo, me exigir que as emissoras respeitem a população e as leis do país.  

De acordo com levantamento do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), 28 emissoras de TV e 153 de rádio têm concessões que vencem neste ano. No Rio Grande do Sul, são quatro emissoras de televisão, entre elas a RBS; nove emissoras de rádio FM e 14 na freqüência AM. As televisões têm suas concessões avaliadas a cada 15 anos e, as rádios, de dez em dez anos. 

 [04/06/2007]

Comentários do NPC

Perguntar não ofende. Será que alguma dessas concessões que vencem este ano não será renovada? Serão estas renovações automáticas ou passaram por análise criteriosas sobre sua prestação de serviço ao público?  E sobre as grandes redes de televisão? Será que elas cumprem sua função social?




De Olho Na Vida


Virgínia Fontes conta como foi sua participação no Congresso do MST

“Queridos companheiros,

segue relato sobre os momentos que passei junto ao 5º Congresso do MST, em Brasília.

Havia quase 18 mil participantes no Congresso. Algo de raro na atualidade, em que encontros tendem a ser de delegados - representantes. Não havia votações, nem deliberações para além da Carta que foi elaborada pelo Congresso e já divulgada. A carta foi debatida por todas as delegações no trajeto para o evento que, em alguns casos, foi bastante longo, pois todos seguiram para Brasília de ônibus. Depois foi sistematizada foi relida e, finalmente, aprovada pelo conjunto do movimento.”

Leon Diniz e Virgínia Fontes, colaboradores do NPC, participaram do Congresso do MST.

(Clique aqui para ler o relato da historiadora Virgínia Fontes)




NPC Informa


Encontro Nacional de Comunicação na luta por Democracia e Direitos Humanos

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias e a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados realiza nos dias 21 e 22 de junho, no Auditório Nereu Ramos,  o Encontro Nacional de Comunicação – Na luta por Democracia e Direitos Humanos. 

Os organizadores pretendem fortalecer a proposta de uma Conferência Nacional de Comunicação com ampla participação de todos os envolvidos, a ser negociada com o Governo Federal. 

Na mensagem de apresentação do evento, perguntam: “se em todos os campos de atividade o Brasil vive um tempo de mudanças de paradigma, de participação democrática e implementação de políticas públicas modernas, por que no setor de comunicação deveria se conservar um modelo superado, de características oligárquicas?”. Em seguida, afirmam: “ Este é o momento de mudar o modelo da comunicação social brasileiro. O Congresso Nacional está debatendo novas leis para o setor. A digitalização e a convergência de mídias possibilitam novas formas de

emitir e receber mensagens, além de multiplicar por quatro os canais existentes hoje. Quem será beneficiado? É hora de a sociedade civil e diferentes órgãos do poder público mobilizarem- se para exigir que novos atores e novas realidades ajudem a construir uma comunicação para o Brasil de hoje e de amanhã.”

Então... o NPC indica. Quem puder participar, não deve perder esta oportunidade de pensar a comunicação como direito dos seres humanos. 

O credenciamento para o Encontro pode ser feito a partir do banner que está na capa do site da Câmara: http://www.camara.gov.br.



Jornalista Dioclécio Luz lança novo livro sobre radiodifusão comunitária

Existe uma onda no ar. A onda da democratização da comunicação. E o veículo (um deles) que provoca esta onda se chama rádio comunitária. Feito música boa, mais uma vez o jornalista Dioclécio Luz toca o assunto. Já está circulando seu novo livro: A arte de pensar e fazer rádios comunitárias. Uma produção independente que raramente será vista nas livrarias. A obra pode ser adquirida diretamente com o autor (dioclecioluz@terra.com.br).

Dioclécio Luz lançou em 2001 seu primeiro livro sobre o assunto: “Trilha apaixonada e bem humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias, na intenção de mudar o mundo”. Foi uma introdução ao tema. Agora, com A arte de pensar e fazer rádios comunitárias ele vai mais fundo. Aqui ele aborda questões gerais, como os conceitos de comunicação, a linguagem, o jornalismo, a mídia e a falsa mídia, arte e cultura, estética. E também princípios das rádios comunitárias, as falhas e os desvios, pra que serve e pra que não serve uma rádio comunitária; o poder político e revolucionário de uma rádio comunitária.

Este novo livro amplia a (magra) estante das obras fundamentais sobre o tema. Ele se junta às poucas que ousam tratar de um tema popular com a merecida seriedade, mas sem perder a graça e o bom humor. Porque pra fazer rádio comunitária, acredita o autor, é preciso pensar, e fazer com arte. 

A arte de pensar e fazer rádios comunitárias continua a trilha aberta por todos aqueles que acreditam que um outro mundo é possível. 

Para entrar em contato com o autor, envie mensagem para: dioclecioluz@terra.com.br.



“Meu Brasil”, de Daniela Broitman será lançado dia 20, no Rio

O que leva alguém a lutar contra todos os tipos de discriminação, enfrentando intensa pressão do tráfico de drogas e de partidos políticos, com o único objetivo de melhorar a condição de vida de sua comunidade? Depois de pesquisar durante quatro anos sobre a vida e o trabalho de mais de

cem líderes comunitários de favelas do Rio de Janeiro, a diretora Daniela Broitman se propõe a responder esta questão no documentário “Meu Brasil”. O filme acompanha o difícil dia-a-dia de três líderes comunitários.  Será exibido no Rio de Janeiro, no dia 20 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia entrada). A sessão contará com a presença da diretora e de líderes comunitários.



Leopoldo Paulino, diretor do fime “Tempo de Resistência” lança musical com mesmo título

O “Musical Tempo de Resistência”, idealizado por Leopoldo Paulino, foi lançado no dia 14 de junho, no Teatro Municipal, em Ribeirão Preto. O autor é professor e antigo militante da luta armada contra a ditadura. É o autor de um dos mais bonitos documentários sobre a luta durante os anos de chumbo entre 68 e 74.  

O espetáculo reúne 14 canções de compositores e intérpretes que se transformaram em ícones contra a ditadura militar e marcaram gerações até hoje, como: “Para não Dizer que não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré; “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso; “Apesar de Você”, de Chico Buarque de Holanda; “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os RollingStone”, de M. Luzinie e F. Migliacci – Versão de Brancato Jr, entre outras melodias. 

O texto é de autoria de Leopoldo Paulino e a adaptação para o teatro foi feita por José Maurício Cagno que também dirige e assina o roteiro. O show conta com músicos e atores. Já a direção musical é de Dedé Cruz. 

Unindo a paixão por História, música e política, o autor reconstrói, por meio das músicas, os fatos que marcaram o período de luta contra a ditadura militar, desde a posse de João Goulart, a crise instaurada no Brasil com a renúncia de Jânio Quadros, os anos de chumbo do período ditatorial até o enfraquecimento e o fim do regime militar em nosso país.

Leopoldo Paulino, idealizador do projeto, dedica o show à memória do pianista brasileiro Francisco Tenório Jr, assassinado em Buenos Aires por militares argentinos com a conivência de representantes da ditadura militar brasileira. 

Outras informações e aquisição de convites através do telefone (16) 3995 3300.



Bom debate na rede

Uma excelente reflexão sobre as várias dimensões do preconceito social contra as populações faveladas pode ser vista no vídeo da mesa Periferias Globais - Economia, Estética, Formas de Vida, do seminário Constituição do Comum, realizado em maio pela Escola de Comunicação da UFRJ. São temas do debate: a imagem da favela no cinema brasileiro; o imaginário da favela construído pela mídia; os estigmas sobre essas populações que às vezes as próprias ONGs ajudam a criar; e, por último, a experiência de um coletivo de São Paulo em intervenções de apoio às lutas das ocupações.

(Fonte: Boletim do vereador Eliomar Coelho (PSOL-RJ))



Lançado livro “Midiático Poder - O Caso Venezuela e a Guerrilha Informativa”, de Renato Rovai

Na dia 14 de junho foi lançado, em São Paulo, o livro Midiático Poder - O Caso Venezuela e a Guerrilha Informativa. Trata-se de um trabalho realizado pelo jornalista e Editor da Revista Fórum Renato Rovai desde 11 de abril de 2002, quando ocorreu o que o autor denomina de golpe Midiático Militar contra o governo de Hugo Chávez. Tivemos a honra de ser informados pela editora Fórum que o site do Núcleo Piratininga de comunicação, é citado no capítulo "guerrilha informativa", uma espécie de “serviços”, com informações detalhadas sobre os principais sites alternativos do Brasil e do mundo. Leia mais sobre o livro em nossa página.



A Classe Operária vai à Internet

Com 84 anos, A Classe Operária - o jornal oficial do PCdoB- é o mais antigo veículo de comunicação de um partido político no Brasil. Suportou duas ditaduras, entrou na clandestinidade inúmeras vezes, mas não resistiu aos  encantos da reengenharia que a Internet permite. Na semana passada, o PCdoB anunciou que irá terceirizar a impressão da Classe para seus militantes.

Sinal dos tempos. O jornal terá oito páginas tamanho A4. O partido prepara o documento eletrônico e encaminha, via Internet, a militantes que possuam impressora em casa. Eles se encarregam de imprimi-lo e vendê-lo ao que, na brincadeira, está sendo chamado de MSI ("Militantes sem Impressora"). A idéia ainda está em fase de teste, mas é de corar de inveja os mais ferrenhos liberais.

[Jornal O Povo (CE)]




Proposta de Pauta


Maioria dos brasileiros quer reestatização da Vale

Por essa o DEM não esperava. 50,3% das duas mil pessoas entrevistadas em pesquisa encomendada pelo partido disseram que são favoráveis à reestatização da Vale. Foram contra, 28,2%. Como é que se explica isso? Esta é proposta que o BoletimNPC traz para você. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de maio pelo Instituto GPP – Planejamento e Pesquisa e enviada ao NPC pelo jornalista Rogério Almeida, do Pará. Ou seja, os brasileiros querem que a Vale seja retomada pelo governo. A notícia cria alma nova nos organizadores do  plebiscito popular que acontece em setembro.




Imagens da Vida


E a gente segue em fileira...

 piratininga

piratininga

Fotos: Leon Diniz e Marcos, durante o Congresso Nacional do MST, em Brasília




Pérolas da edição


Muniz Sodré

“Ele (Chico Buarque de Holanda) é um herói do Brasil em meio a esse descrédito com a política, a essa corrupção e à violência. Ele é o ideal coletivo de valores. Publicamente este cara é impecável, não vive dizendo besteira, sempre foi de esquerda.”

Muniz Sodré sobre a grande presença de jovens no show do compositor,

no Rio de Janeiro, em O Globo de 31.05.2007.


Laurindo Leal 

"Em alguns países da Europa, você tem uma concessão de dez anos para uma empresa e depois, outra ocupa o espaço. Aqui não, a concessão parece perene. Uma mesma empresa tem a concessão há 50 anos, e sempre as mesmas".

                             Laurindo Leal Filho é professor de Comunicação da USP



Passageiro do metrô carioca

“O ser humano só precisa de três coisas para ser feliz: barriga cheia, coração aberto e consciência tranqüila”.

Passageiro do metrô falando alto, depois de uns gorós a mais.

Todo mundo parou para ouvi-lo. No Rio de Janeiro, em 30.05.2007.



Bertolt Brecht

“Primeiro é preciso mudar o mundo. Depois mudar o mundo mudado”.



Personagem do filme “O carteiro e o poeta”

“A poesia não pertence àqueles que a escrevem, mas a quem precisa dela”.



Clóvis Moura (1925-2003) - Revista Princípios n°37 - 1995

“Tiradentes foi transformado em algo que ele não foi. E com isso nós desviamos a atenção da Inconfidência Baiana, que ocorreu dez anos depois, na qual quatro foram enforcados, e deles ninguém fala. E tiveram uma posição heróica diante dos algozes. Tiradentes se mijou todo, beijou os pés do carrasco. E fora outras coisas. Tiradentes tinha escravos. E os outros da inconfidência Baiana eram escravos ou forros." 




Por Dentro da Universidade


Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos, de Ana Paula Goulart, é lançado no Rio

A Editora E-papers convida para o lançamento do livro Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos 1950, de Ana Paula Goulart Ribeiro, nesta quarta-feira, dia 20 de junho, às 18h30, na Livraria Prefácio, no Rio de Janeiro. A Livraria Prefácio fica na Rua Voluntários da Pátria, 39,  em Botafogo, no Rio de Janeiro.



Saiu o sexto volume da História do Marxismo no Brasil

HMB

Saiu o sexto volume da História do Marxismo no Brasil, organizado pelos professores Marcelo Ridenti e Daniel Aarão Reis. Este livro aborda a trajetória das esquerdas marxistas brasileiras, dos anos 1960 aos dias atuais, com destaque também para movimentos sociais do período. Apresenta uma narrativa concisa da história recente do PCB, do PCdoB, das esquerdas armadas, dos trotskismos e ainda do PT. Também são analisados: o exílio, o feminismo, o sindicalismo e o cristianismo da libertação, sintonizados com o marxismo - que até hoje continua influindo partidos de esquerda, como atesta especialmente o capítulo final. 

Mais de uma dezena de especialistas foram mobilizados para concluir neste volume o projeto da História do Marxismo no Brasil, levado adiante por 33 pesquisadores ao longo de quase 20 anos, seguindo no essencial o plano formulado no fim da década de 1980, que agora se materializa na publicação completa da obra pela Editora da UNICAMP.




Memória


Dicas do NPC: 35 documentários e filmes sobre história do Brasil selecionados pelo NPC

- Os fuzis; de Ruy Guerra; 1965

- Terra em transe; de Glauber Rocha; 1967

- Os libertários; de Luiz Escorel Filho; 1976

- Braços cruzados, Máquinas paradas; de Roberto Gervitz; 1981

- Os Anos JK - Uma Trajetória; de Silvio Tendler; 1980


- Jânio a 24 Quadros; de Luiz Alberto Pereira; 1981

- Pra Frente Brasil; de Carlos Zara; 1982

- Santo Jesus metalúrgico; de Cláudio Kans; 1983

- Nossos Bravos; de prod. Dieese; 1983

- Jango; de Silvio Tendler; 1984


- Kuarup; de Ruy Guerra;1988


- A Missão; de Roland Joffe; 1986


- O País dos Tenentes; de João Batista de Andrade; 1987


- Feliz Ano Velho; de Robert Gervitz; 1988


- Que Bom Te Ver Viva; de Lúcia Murat; 1989

- Concepção e prática sindical; de prod. CUT/INCA; 1990

- Anos Rebeldes; de Denis Carvalho; 1992

- Paixão e Guerra no Sertão de Canudos; de Antônio Olavo; 1993

- Lamarca; de Sérgio Resende; 1994

- O Velho; de Toni Venturi; 1997

- Vinte anos de luta pela democracia; de Prod. TVT; 1998

- 15 anos da CUT; de prod. TVT; 1998

- 60 anos ABC; de prod. TVT; 1999

- Mauá o Imperador e o Rei; de Sérgio Resende; 1999

- Brasil Outros 500; de Instituto Maurício Grabois; 2000


- Tempos de Resistência; de Leopoldo Paulino; 2005

- Sonhos Tropicais; de André Sturm; 2002

- Peões; de Eduardo Coutinho; 2002

- Carlos Marighella um cidadão militante; de Sílvio Tendler; 2002

- Entreatos; de João Moreira Salles; 2003

- Olga; de Jaime Monjardim; 2005

- Zuzu Angel; de Sérgio Rezende; 2007

- Araguaia – A conspiração do silêncio; de Roberto Duque; 2007

- Batismo de Sangue; de Helvétio Ratton; 2007

- Hercules 56; de Sílvio Dan-Rin; 2007




De Olho No Mundo


Jornalistas estão entre os que devem confessar contato com o comunismo na Polônia

[Por Ignácio Ramonet] Dirigida por fundamentalistas cristãos, a Polônia promove uma caça aos ex-comunistas e aos homossexuais, além de provocar os judeus. O governo é um dos aliados de Bush, em seu esforço pra militarizar o espaço... ]


Chamam-lhe lei de «lustração». Ou seja, segundo reza o dicionário, lei de «purificação ritual». Coisa que tem certamente, neste país cujo catolicismo está encavilhado na história, um intenso significado de contrição e penitência. Por conseguinte, em virtude desta lei, votada em Outubro de 2006 e em vigor a partir do passado dia 15 de março, 700 000 polacos deverão confessar se colaboraram com os comunistas entre 1945 e 1989. Todos os altos funcionários, professores, advogados, directores de escolas e jornalistas que nasceram antes de Agosto de 1972 terão de confessar os seus «pecados» até ao dia 15 de maio.

[Lê  Monde Diplomatique: Editorial edição Abril 2007]



Argentina: Convergência tecnológica e participação popular

[Por Dafne Sabanes Plou ] Completam-se 20 anos do "boom" das rádios comunitárias na Argentina, que entre 1985 e 1990 surpreendeu o país com a criação de quase 3 mil rádios de baixa potência. Estas emissoras conseguiram, em pouco tempo, abrir os microfones a milhares de radialistas populares, à participação da gente comum, e influir substancialmente na programação da rádio comercial, com a criação de novos formatos onde predominava a opinião cidadã, sem hierarquias nem condicionamentos.

Sendo a rádio na Argentina o meio mais popular e com um alto grau de credibilidade por parte do público, as emissoras comunitárias desempenharam um papel fundamental para o fortalecimento do debate democrático no país.

Ainda que boa parte destas rádios já não existam, continuam trabalhando com firmeza umas 500 emissoras deste tipo, que seguem fortalecidas por serem sustentadas por projetos sociais e populares firmes e por um compromisso com a democratização das comunicações  capaz de confrontar uma velha lei ainda vigente, a Lei 22 285, que foi editada durante a última ditadura militar e continua privilegiando os interesses das grandes empresas comerciais de comunicação, concentradas em um punhado de não mais do que meia dúzia de influentes multimeios.

A maioria destas rádios não comerciais está afiliadas ao FARCO (Foro Argentino de Rádios Comunitárias) e uma parte delas é membro da AMARC (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) e / ou da ALER (Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica). O apoio das organizações internacionais de comunicação foi importante durante os anos de luta pela legalização destas emissoras, fortemente
combatidas pelas rádios comerciais que as viam como intrusas no dial e chegaram a apelidá-las de "clandestinas" e "usurpadoras".


O panorama atual oferece a existência de rádios de várias origens e uma tendência interessante à criação de rádios ou de programas radiofônicos por parte de organizações sociais, escolas, grupos de interesse, entidades de bem público, associações de trabalhadores, movimentos camponeses e indígenas. Esta tendência se vê fortalecida pelo barateamento dos equipamentos para a transmissão radiofônicas e o uso das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) no trabalho cotidiano das emissoras.


(Trecho de artigo publicado na revista ALAI - América Latina en Movimiento Nº 421, que versa sobre o tema "Comunicação: democratização, ciudadanía y meios comunitarios”. 13/06/2007, Buenos Aires. Tradução: Claudia Santiago)




Dicas


Uma poesia para você

El mundo 

Un hombre del pueblo de Neguá, en la costa de Colombia, pudo subir al alto cielo. 

A la vuelta, contó. Dijo que había contemplado, desde allá arriba, la vida humana. Y dijo que somos un mar de fueguitos.

El mundo es eso — reveló —. Un montón de gente, un mar de fueguitos. 

Cada persona brilla con luz propia entre todas las demás. No hay dos fuegos iguales. Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros arden la vida con tantas ganas que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca, se enciende.                  

Livro Dos Abraços - Eduardo Galeano - (p. 13)

                                                                                             




Novos artigos em nossa página


Comunicação Alternativa

A demonização da rádio comunitária. Por Altamiro Borges    

Nas últimas semanas, houve um endurecimento da repressão às rádios comunitárias nas principais regiões metropolitanas do país. A senha para a nova ofensiva foi dada no 24º Congresso da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que reúne os “donos de mídia”, no final de maio. Na ocasião, Hélio Costa, ministro das Comunicações e homem de confiança da Rede Globo, anunciou o reforço das medidas de criminalização. Entre outras iniciativas, informou que solicitou ao Ministério Público o uso de “interdito proibitório” para punir as rádios, que intensificará as campanhas publicitárias para estigmatizar o setor e incentivar a delação e que o “seu” ministério exigirá total rigor na aplicação das penas de prisão. [12-Jun-2007]


Mídia

Mídia, Estados e governos: Relações perigosas em tempos de globalização. Por Virgínia Fontes Quem dita a pauta? Mídia e empresariado no Brasil do século XXI – as relações perigosas Virgínia Fontes, março de 2007. 

Os novos cruzados e a militância virtual. Por Antônio Ozaí

Os cruzados da nova era, com tempo e condições para navegar pelos gigabytes do mundo virtual, apelam aos slides em formato Power Point para divulgar imagens e palavras que purificam e santificam os crédulos e os necessitados; fortalecem os corações angustiados e ensinam o caminho da salvação.

Para ler o texto na íntegra clique http://antoniozai.blog.uol.com.br/. O texto está também em nossa página.

A mídia do ódio. Por Ignacio Ramonet.
Por que ninguém protestou quando a RCTV foi fechada em 1976, por difusäo de notícias falsas, ou quando foi lacrada em 1980, por sensacionalismo, ou quando foi fechada em 1981, por difusão de programas pornográficos, ou quando foi condenada, em 1981, por ter ridicularizado o presidente da República?
Dia Histórico para a Humanidade. Por Marcelo Salles.
Com a RCTV, cai também boa parte da credibilidade das corporações de mídia em todo o mundo. Seja a CNN, que falsificou imagens de protestos; sejam as agências de notícias ligadas a Washington ou as emissoras privadas da América Latina, que apoiaram o golpe na Venezuela em 2002. No Brasil, o ímpeto contra Hugo Chávez já coleciona distorções, meias verdades e mentiras inteiras.



Cinema

Sobre o Festival Latino Americano da Classe Obrera, em Belo Horizonte. Por Aline Souza

Quando já não havia mais esperanças de realização do Festival Latino Americano da Classe Obrera - FELCO em Belo Horizonte, eis que surge uma luz no fim do túnel movida por uma imensa vontade de promover o cinema militante nessa cidade capital mineira, mostrando que é possível o uso do cinema como ferramenta de construção social e de mobilização em prol da educação. Como a própria vinheta do festival diz, sempre usamos o cinema para ensinar, devemos usá-lo agora para aprender!



Sindicalismo

Condições de trabalho e falta de fiscalização prejudicam a saúde do trabalhador. Por Diap

Muitas das doenças e dos acidentes de trabalho que atualmente ocorrem resulta das péssimas condições de trabalho que, por falta de fiscalização e legislação adequadas, têm provocado problemas sérios e incuráveis, a exemplo da Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e das chamadas Doenças Osteo-Musculares (Dort).



Expediente



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130

www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br

Coordenador: Vito Giannotti

Edição e Redação: Claudia Santiago (MTB.14.915-RJ)
Edição gráfica e envio: Luisa Santiago

Colaboraram nesta edição: Augusto Buonicuore (SP), Aline Souza (BH), León Diniz (RJ), Lycia Ribeiro (RJ), Lígia Coelho (MG), Marcelo Borges (MG), Rogério Almeida (PA) e Virgínia Fontes (RJ).



Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

 

ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
Projeto Artes e histórias para contar reúne alunos e professores do Cefet, em Belo Horizonte

A Comunicação que queremos
Conselho de Serviço Social lança Prêmio para jornalistas
Grupo “O Levante”, de rap carioca lança CD no Congresso do MST, em Brasília
Sindicato mineiro cria o CinEletro para formação e cultura

Democratização da Comunicação
Mais de 180 concessões de rádio e TV vencem em 2007

De Olho Na Vida
Virgínia Fontes conta como foi sua participação no Congresso do MST

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Personagem do filme “O carteiro e o poeta”
Clóvis Moura (1925-2003) - Revista Princípios n°37 - 1995

Por Dentro da Universidade
Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos, de Ana Paula Goulart, é lançado no Rio
Saiu o sexto volume da História do Marxismo no Brasil

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Dicas do NPC: 35 documentários e filmes sobre história do Brasil selecionados pelo NPC

De Olho No Mundo
Jornalistas estão entre os que devem confessar contato com o comunismo na Polônia
Argentina: Convergência tecnológica e participação popular

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Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

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