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Boletim do NPC Nº 105De 1 a 15/5/2007
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


História das lutas dos trabalhadores no Brasil será lançado em São Paulo

O Núcleo Piratininga de Comunicação, a Editora Mauad e a Apeoesp convidam para o lançamento do livro “História das lutas dos trabalhadores no Brasil”, de Vito Giannotti, no dia 17 de maio. O evento inicia às 19h, na sede da Apeoesp, Praça da República, 281.

O Trio Carapiá, formado, por três músicos da Orquestra Filarmônica de Violas, João Paulo Amaral (viola Caipira, arranjos e direção musical), Elias Kopcak (viola caipira) e Rodrigo Nali (viola caipira) vai apresentar composições de sua autoria e um arranjo especial para A Internacional. A estréia do grupo se deu em 2002, no Festival de Música em Poços de, no qual conquistou o primeiro lugar na categoria melhor arranjo com a composição Suíte Carapiana, de João Paulo Amaral.

O lançamento, na cidade de São Paulo, de História das lutas dos trabalhadores no Brasil conta com o apoio do MST, Brasil de Fato, IIEP, Pastoral Operária e CEEP.

Domingo é Dia de Cinema apresenta: Uma verdade inconveniente

piratininga

No domingo, 6 de maio, é Dia de Cinema no Cine Odeon, no Centro do Rio de janeiro. A partir das 9h, será exibido o filme Uma verdade inconveniente. Munido de um impressionante arsenal de gráficos e dados, o ex-vice-presidente americano Al Gore conduz uma detalhada explanação sobre os perigos do aquecimento global, decorrente da emissão de gases tóxicos na atmosfera, e suas conseqüências sobre a vida na Terra. Apesar de ter sido idealizado por Al Gore, que aparece em boa parte do longa-metragem, o documentário foi dirigido por Davis Guggenheim. Logo após o filme, haverá debate com os professores Gisele Cardoso e Carlos Walter Gonçalves e com o secretário Nacional do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Ivo Batista.

ERRATA
Errata no Boletim número 104.

No nº 104 do Boletim do NPC, por descuido deixamos passar um erro na reprodução de uma frase do Vito Giannotti durante o debate no Cine Odeon-BR, no começo de abril. A frase correta, no final do artigo, é essa que segue:

Vito Giannotti continuou: “Esta discussão não tem nada a ver com a realidade de hoje. O nosso problema é como ganhar corações e mentes para fazer uma transformação revolucionária no nosso país. Discutir luta armada, hoje, leva à nada.”   

(Por Renata Souza, 29/4/2007)




A Comunicação que queremos


Feministas querem que emissoras de TV mudem o padrão de mulher em suas programações

Uma mobilização que teve início no 8 de março deste ano, Dia Internacional da Mulher, resultou num momento considerado histórico pelas feministas no dia 23 de abril, em audiência pública promovida pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, em São Paulo. Dezenas de entidades do movimento de mulheres conseguiram abrir um diálogo importante com as emissoras de radiodifusão sobre a representação feminina na televisão.

De acordo com as organizações que participaram da audiência, muitos perfis de mulher são invisíveis à mídia. Além disso, somente em 16% das reportagens a mulher é centro das notícias e só 15% das matérias destacam a desigualdade de gênero. A imagem de mulher as retrata de forma simplista e lhe atribui funções estereotipadas. Para elas, o modelo feminino disseminado é o da mulher bonita, submissa e burra. Há, por exemplo, mais loiras na televisão brasileira do que na TV francesa.

Na opinião de Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão – Comunicação e Mídia, a televisão não precisa ser educativa durante as 24 horas do dia, mas é intolerável que seja anti-educativa diante da influência que exerce nas novas gerações.

"Como o Brasil vai vencer a violência contra a mulher quando a TV sempre coloca a mulher em uma relação de subordinação diante do homem? Se queremos um outro Brasil, se queremos enfrentar a violência contra a mulher, a desigualdade e o preconceito, temos que brigar muito com o padrão de mulher apresentado na TV", acredita.

Viva Cerrado, uma revista on-line preocupada com a preservação ambiental

A Viva Cerrado é uma revista on-line, realizada pela Editora Massapê –Assessoria e Projetos Especiais – com o objetivo de difundir as potencialidades ambientais, culturais, sociais e econômicas do Cerrado. O Cerrado, depois da Amazônia, é o maior bioma brasileiro, com mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, presente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, São Paulo, Rondônia, Roraima e no Distrito Federal. Conhecido como "berço das águas", abriga as nascentes de importantes bacias hidrográficas da América do Sul: Platina, Amazônica e São Francisco e 40% de toda a fauna de mamíferos do País. Excluído das políticas públicas, o Cerrado é uma das áreas mais críticas para a conservação da biodiversidade do mundo. O agronegócio, se deixado livre e solto, rapidamente transformará esta belíssima extensão de terras em enormes plantações de soja, milho, cana de açucar e criação de gado sem a atual riqueza de plantas e animais e, sobretudo, quase desabitado. Visite www.vivacerrado.com




De Olho Na Mídia


Comercial televisivo da TIM dá aula de neoliberalismo e torna neoliberais até inocentes gansos

Por Sérgio Domingues

Recentemente, começou a ser exibido na TV um filme publicitário da operadora de celulares TIM que mostra gansos voando em formação de "V". Quando um dos gansos assume a liderança do bando, o narrador atribui o movimento à conquista do primeiro lugar. Deve ser uma alusão à permanente disputa com as operadoras que são suas rivais, Vivo, Claro etc.

Esse é um bom exemplo dos valores defendidos pela grande mídia. A forma de vôo desses gansos, assim como de outros pássaros, não têm nada a ver com competição entre eles. Trata-se apenas de uma forma de voar que exige menos esforço. A formação em "V" causa um efeito aerodinâmico que desloca o ar e exige menos esforço para o bando todo. Menos para o primeiro pássaro, que recebe todo o vento. Por isso, esse lugar sofre revezamento constante. O líder cede seu lugar com satisfação a um colega menos cansado.
Também não é o caso de achar que os gansos tenham feito alguma reunião de equipe para traçar planos de vôo. É apenas uma conquista aerodinâmica resultante milhares de anos de vôo. Atribuir a animais intenções que só fazem sentido para nós, seres humanos, é uma tendência natural. Mas, as empresas fazem isso para reproduzir valores que reforçam a competição, a ambição, o egoísmo, em oposição à solidariedade e à cooperação. É o indivíduo contra o coletivo, pessoas que não enxergam as classes a que pertencem, a solidão oposta à reunião. O neoliberalismo anda desmoralizado, mas sua ideologia continua firme na grande mídia.

Classificação Indicativa: STJ julga mandado de segurança

A poucos dias de entrar em vigor a nova Portaria que regulamenta a classificação indicativa dos programas da TV aberta e fechada do país (13 de maio), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), julgou, no último dia 18, procedente um mandado de segurança impetrado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) que questionava a legitimidade da classificação indicativa dos conteúdos audiovisuais, tendo como base o artigo 2º da Portaria nº 796, de 2000, e a nova Portaria nº 264, publicada em fevereiro deste ano. Em seu despacho, o ministro João Otávio de Noronha suspende a obrigatoriedade da vinculação entre faixa etária e horária, por entender que tal medida fere a liberdade de expressão, segundo argumento da Abert.

“Com esta decisão, as emissoras estão autorizadas, na prática, a exibirem pornografia e conteúdos inadequados às crianças e aos adolescentes em qualquer horário, em claro descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente”, explica o diretor do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça (Dejus), José Eduardo Elias Romão.

Além de não serem mais obrigadas a adequarem o conteúdo à faixa etária e horária, conforme estipulado pela nova Portaria, as emissoras também não precisarão mais adaptar sua grade de programação aos diferentes fusos horários vigentes no país. “Sem a vinculação entre faixa etária e horária, prevalecem os interesses comerciais das emissoras em detrimento dos direitos das crianças e dos adolescentes", resumiu Romão.

Como de praxe, o STJ enviou ontem (dia 23/04) um telegrama ao Ministério da Justiça informando o parecer. O Dejus deverá recorrer da decisão nos próximos dias. Ao mesmo tempo, o Departamento ainda aguarda o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, sobre uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2001, contra a antiga Portaria 796, de 2000 (assinada pelo então ministro da Justiça, José Gregori) já revogada pela atual Portaria 264, de 2007. Não há prazo para o julgamento da ação no STF.

(http://www.eticanatv.org.br)

Emissoras gaúchas operam com prazo de concessões vencido

O blog Dialógico, do cartunista Eugênio Neves e Claudia Cardoso, divulgou no dia 25 de abril, uma constatação pelo menos irônica. Algumas das emissoras de rádio comerciais do Rio Grande do Sul associadas à Agert, que vem desenvolvendo uma campanha contra as rádios "piratas", vêm operando ilegalmente. O termo “rádio pirata” é a designação para rádios comunitárias usado, propositalmente, pela Associação das Emissoras de Rádio e TV. Algumas destas emissoras estão em funcionamento embora o prazo de concessão do canal esteja vencido. No blog (www.dialogico.blogspot.com) é possível conferir a situação destas emissoras a partir de informações da própria Associação Nacional de Telecomunicações - Anatel. As concessões públicas da RBS TV e da Rede Globo, por exemplo, se encerram em 5 de outubro de 2007.



Democratização da Comunicação


Rede Abraço denuncia: a cada dia, uma rádio comunitária é fechada no Brasil

Cerca de 50 integrantes da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço Nacional) ocuparam a rádio comercial AM São Roque, de Faxinal do Soturno (RS), no dia 20 de abril. A emissora pertence ao presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert). A ação teve como objetivo denunciar a ameaça à democratização dos meios de comunicação no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Rádio de Televisão (Abert), em 2005, 1.849 rádios comunitárias foram fechadas no Brasil. A cada dia, no mínimo, uma rádio é fechada. Segundo o integrante da Abraço Nacional, Heitor Reis, essas emissoras vivem, oficialmente, na ilegalidade não por opção delas, mas porque esperam eternamente uma autorização do governo, que não chega. Atualmente, em Brasília, articula-se a implementação do padrão de modulação estadunidense de rádio digital. As rádios terão até dez anos para adaptar-se à nova realidade. O custo das adaptações pode chegar até R$ 150 mil em compra de material e licença para o uso. Segundo Heitor, este novo modelo aprofunda a exclusão tecnológica e inviabiliza o livre funcionamento de rádios comunitárias. Ou seja, menos rádios serão “liberadas”. E o fechamento de rádios populares continuará.

Unesp implanta TV Universitária Digital

A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) começa a implantar em Bauru, a 335 quilômetros de São Paulo, sua TV Universitária Digital. A estação terá seus sinais em 48 municípios da região central do estado. Ao todo serão atingidos pelo canal 2,2 milhões de habitantes. A TV entrará no ar em dezembro, com grade de programação local e da TV Cultura de São Paulo. O prédio já está alugado e passa por reformas. Até maio será definida a grade de programação e, em junho, abertos os concursos para a contratação de pessoal. Esse, no entanto, é apenas começo do projeto que engloba a pesquisa da TV digital e a formação de pessoal com mestrado para as empresas do ramo e doutorado para as universidades.

Observatório de Direito à Comunicação estreou na internet

Com a proposta de ser um instrumento de acompanhamento on-line das políticas públicas de comunicação, dos movimentos sociais e dos poderes de Estado, foi lançado na internet o Observatório de Direito à Comunicação. O site estreou na rede neste mês de abril, e seu conteúdo é dirigido aos internautas militantes de movimentos sociais, políticos, professores e estudantes de comunicação, jornalistas, produtores audiovisuais, entre outros.

Diogo Moysés, um dos responsáveis pelos projeto, diz que o Observatório, apesar de usar ótimas fontes como a Revista Tela viva, cada vez mais terá um conteúdo próprio produzido pela interface entre militância, academia e governo. Essa possibilidade criaria uma ambientação pluralista das discussões, permeada até pelas contradições, longe do controle e da censura.

Acesse http://www.direitoacomunicacao.org.br
(Com informações da Agência Carta Maior)




Proposta de Pauta


Aumentar a maioridade penal é consagrar o genocídio juvenil

Por Claudia Santiago

Não é nem coisa de se recorrer às estatísticas numa hora dessas. Se estivermos abertos a enxergar o que se passa ao nosso redor, facilmente compreenderemos que a proposta de redução da maioridade penal tem embutida em seu bojo o desejo de enterrar vivos os filhos e os netos da classe trabalhadora. O desejo de excluir. De se livrar dessa gente indesejável.

Todos os que queremos saber, sabemos como são as condições carcerárias brasileiras. Os que queremos saber, sabemos que só os pobres vão para o sistema penitenciário. Os ricos não cumprem pena embora cometam crimes tão hediondos e cruéis quanto os pobres. No nosso país há até a vergonhosa “prisão especial”, um privilegio para criminosos que “têm o nível superior”, ou seja cursaram uma faculdade. Para estas pessoas há um tratamento especial... afinal, elas estudaram e por isso merecem uma pena mais leve, em ambiente digno deles.  

Recentemente, se fez toda uma onda sobre “crimes hediondos”. Será que queimar índio em Brasília não é crime hediondo? Ou matar pai e mãe numa casa chique nos Jardins de São Paulo não é crime hediondo? Ou matar a mulher por ciúme não é barbaridade? E o que é afogar colega calouro em piscina de universidade? E quanto a dar ordem para matar sem-terra que caminham em busca de resposta para suas reivindicações? E vender sentenças judiciais para livrar a cara de bandidos, não é crime hediondo?

Como vivem hoje estes criminosos? Estão atrás das grades como certamente estariam se fossem pobres?

Por tudo isso, podemos constatar que a proposta de redução da maioridade penal não tem como objetivo combater a violência. Tem como objetivo se livrar dos pobres.

Os jornais do último final de semana de abril trouxeram dados sobre a maioridade penal no mundo. Isso funciona para fazer cabeça. A história mostra que os países menos desenvolvidos sempre buscaram imitar os mais desenvolvidos. Os da Europa Central, há 100 anos, queriam ser iguais aos do Norte. O Japão queria ser igual á Europa e a Europa Ocidental no pós-45 copiar os Estados Unidos.

Aqui, na terrinha, já se desejou ser França. Hoje deseja-se ser EUA. Portanto, este argumento de que em outros países funciona assim ou assado, pega. Se nos Estados Unidos a idade penal varia de 7 a 14 anos, por que aqui tem-se de esperar até os 18? Esta vai ser a pergunta ouvida em tudo que é esquina

Os mesmos jornais que apontavam apenas Colômbia, Costa Rica, Equador e Venezuela com idade penal de 18 anos; não falavam que na França, por exemplo, a maioridade penal é de 18 anos e que na Inglaterra, a maioridade penal é de vinte e um anos para crimes comuns, de acordo com o advogado criminalista, Luiz Augusto Coutinho. (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4218) 

Agora, se quisermos nos ater às estatísticas, podemos citar artigo do desembargador Siro Darlan, no qual ele afirma que de acordo com “os índices oficiais não chegam a 2% os atos violentos atribuídos aos jovens, e que o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro constatou que eles são agentes de violência num percentual de 9,8% contra 91,2% onde são vítimas.” (http://www.tj.rj.gov.br/, em 28.4.07).

E só para terminar. Há mesmo países onde a maioridade penal seja de sete anos de idade. Será que este fato não nos deveria levar a uma reflexão profunda sobre o tipo de sociedade em que estamos inseridos? “Será que estamos todos cegos?”, como afirma o escritor português José Saramago, no filme Janela da Alma. “Nunca vivemos tanto a caverna de Platão como hoje. As imagens substituem a realidade. Estamos todos cegos da razão e da sensibilidade. Nos tornamos agressivos, egoístas, violentos, num mundo desigual e de sofrimento”.




NPC Informa


Observatório de Conflitos Urbanos será lançado 2 de maio no Rio

Será lançado na quarta-feira, dia 2 de maio, o Observatório Permanente dos Conflitos Urbanos na Cidade do Rio de Janeiro. O evento ocorre às 10h no plenário da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia. Trata-se de um banco de dados geo-referenciado que tem como objetivo  disponibilizar, na internet, um sítio para consulta com informações sobre conflitos urbanos na cidade. Os conflitos podem ser buscados por assunto, partes em conflito, bairro, período, etc., e os resultados aparecem em mapas ou agrupados por temas.  

Além de levantar informações em jornais, programas de rádio e televisão e órgãos públicos, o Observatório também receberá informações de sindicatos, associações de moradores, movimentos, ONGs e cidadãos.  

Com uma pesquisa simples no Observatório, é possível responder, entre outras, a perguntas como: a) quantos são os conflitos tendo por objeto a segurança pública no conjunto dos conflitos da cidade?; b) quais as diferenças entre os conflitos que ocorrem na Zona Sul e na Zona Oeste; c) qual a importância da participação da polícia militar ou da guarda municipal nos conflitos: d) quem é mais visado pelos conflitos em nossa cidade: governos, empresas públicas, empresas privadas?; e) qual o papel dos camelôs na conflituosidade no Centro e em Madureira?  

O Observatório é uma iniciativa do Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da URFJ. O endereço é: www.observaconflitos.ippur.ufrj.br  

O historiador Guilherme Marques Soninho, do Núcleo Piratininga é pesquisador do projeto. Leia artigo seu em nossa página. 

Capa do livro Chico Rei foi selecionada para a Feira de Bolonha

A capa do livro Chico Rei, de Renato Lima, foi selecionada para o catálogo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para a Feira de Bolonha. Nascido no Rio de Janeiro no ano de 1955, Renato Lima é bancário e sindicalista, formado em Filosofia pela UERJ e mestre em História pela UFF. Em 2003 lançou o livro infantil Fera, Vendinha e Gato Rabudo (Editora Paulinas), também ilustrado por sua irmã Graça Lima. Para ele, escrever sobre a lenda de Chico Rei é uma oportunidade de dialogar com jovens sobre nossa formação cultural.  

Esta foi forjada nas relações entre etnias tão diversas, na convivência conflitiva entre indígenas, brancos europeus e negros africanos. Entre história e mitos populares, opressão e resistência, fé e sincretismo, que geraram essa imensa força criativa presente em nossa música, literatura, dança, esportes e festas populares. E numa época tão marcada por intolerâncias fundamentalistas, banalização da violência e consumismo, é importante resgatar em nossa memória popular outros caminhos possíveis para um mundo mais fraterno, que só será possível através do respeito às diferenças pessoais e culturais. 

Perseu Abramo lança livro sobre Comunicação Digital

A Editora Fundação Perseu Abramo e a Livraria Martins Fontes convidam para debate e coquetel de lançamento do livro Comunicação digital e a construção dos commons: redes virais, espectro aberto e as novas possibilidades de regulação, de Gustavo Gindre, João Brant, Kevin Werbach, Sérgio Amadeu da Silveira e Yochai Benkler

Vai ser no dia 17 de maio, quinta-feira, das 19 às 22 h. Haverá um bate-papo com os autores Sérgio Amadeu da Silveira, João Brant e Gustavo Gindre sobre o livro.

Tome nota: Av: Paulista, 509 - loja 17 (próximo da estação Brigadeiro do Metrô). 

Paulo Freire: dez anos de sua morte

Na próxima quarta, 02 de maio, às 10 horas, no Plenário Ulysses Guimarães, haverá uma homenagem ao filósofo e educador Paulo Freire. Nesta data completa-se 10 anos de sua morte. O evento é uma iniciativa do Chico Alencar, Ivan Valente (PSOL/SP), Luiza Erundina (PSB/SP) e Paulo Rubem (PT/PE), que apresentaram, no início desta legislatura, requerimento solicitando a realização da sessão solene.

 piratininga




Pérolas da edição


Bisourão, estivador de Vitória/ES

“Quem luta mais sabe mais e quem sabe mais luta melhor”

(Bisourão, estivador de Vitória/ES)

Variação sobre a frase “Quem sabe mais luta melhor”, após um curso de História das Lutas dos Trabalhadores, ministrado pelo NPC para os portuários do Espírito Santo.



De Olho Na Vida


Em um ano, 17 trabalhadores “quase-escravos” morreram em canaviais no Brasil

Entre os anos de 2005 e 2006 aproximadamente 17 trabalhadores que viviam em condições semelhantes à escravidão morreram em canaviais de todo o Brasil. É o que aponta o relatório de Direitos Humanos no campo latino-americano, que abrange Brasil, Guatemala, Honduras e Paraguai, divulgado recentemente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Rede Social de Justiça, e Comissão Pastoral da Terra (CPT).




Dicas


Uma poesia do MST para você

Oziel Pereira, um dos líderes camponeses assassinados no dia 17 de abril de 1996, tinha apenas 17 anos quando foi assassinado em Eldorados do Carajás. Foi retirado com vida do local do tiroteio. Depois de ser algemado e surrado por um grupo de policiais, foi eliminado com um tiro na cabeça, após ser obrigado a gritar "Viva o MST!". Durante a cerimônia fúnebre em Paraupebas, no dia 20 de abril daquele ano, as lentes de Sebastião Salgado, registraram a dor da mãe do jovem Oziel. Oziel Pereira hoje é nome de assentamentos, acampamentos, brigadas e escolas em todo o Brasil. Foi a forma que os seus companheiros do MST encontraram para lhe homenagear. O compositor, poeta e músico do MST, Zé Pinto é autor da poesia que segue em homenagem a este jovem lutador do povo brasileiro:

Oziel está presente

Aquele menino era filho do vento
Por isso voava como as andorinhas
Aquele menino trilhou horizontes
Que nem um corisco talvez ousaria
Levava no rosto semblante de paz
E um riso de flores pro amanhecer
Sol da estrada brilhou sua guerra
Mirou o seu povo com olhar de justiça
Pois tinha na alma um cheiro de terra
Tantas primaveras tinha pra viver
Pois tão poucas eras te viram nascer
Beijou a serpente da fome e do medo
Mas fez da coragem seu grande segredo,
Ergueu a bandeira vermelha encarnada
Riscou na reforma um "a" de agrária
E assim prosseguiu.

Seguiu cada passo com uma fé ardente
A voz ecoando na linha de frente
Em tom de magia numa melodia de estar presente
E a marcha seguia, seguiam os homens,
Mulheres seguiam, crianças também caminhavam
Mas lá onde a curva fazia um "S"
Que não se soletra com sonho ou com sorte
Pras bandas do norte o velho demônio
Mostrou seu poder.

Ali o dragão urrou, o pelotão apontou,
As armas cuspiram fogo, e dezenove
Sem terra, a morte fria abraçou.
Mas tremeu o inimigo com a dignidade do menino
Inda quase adolescente, pele morena, franzino
Sob coices de coturno, de carabina e fuzil
Gritou amor ao Brasil, num viva ao seu movimento,
E morreu!

Morreu pra quem não percebe
Tanto broto renascendo
Debaixo das lonas pretas, nos cursos de formação
Ou já nos assentamentos,
quando se canta uma canção,
ou num instante de silêncio
Oziel está presente,
Porque a gente até sente,
Pulsar o seu coração.




Imagens da Vida


Todo dia é dia do índio, foto de Walter Karwatzki

piratininga

“Apesar de toda a violência praticada ao longo dos últimos 500 anos, nós resistimos.”  Documento final da II Assembléia Continental do Povo Guarani, 11 e 14 de Abril, em Porto Alegre.




Por Dentro da Universidade


Professora da Unicamp lança o livro-tese Escuta Sonora

A profª Dra. Catarina Farias de Oliveira lançou no dia 17 de abril o livro Escuta Sonora, resultado de sua pesquisa no Programa de Doutoramento em Comunicação da Unicamp. O estudo foi realizado a partir das experiências das rádios Mandacaru, do Bairro Ellery, Fortaleza, e da Rádio Casa Grande Fm, da Fundação Casa Grande, de Nova Olinda, Cariri, Sul do Ceará. O livro discute o modelo radiofônico da sociedade brasileira e explora a diferença significativa da prática das radiadoras em relação às FMs comunitárias. Levanta também questões sobre a própria constituição cultural dos segmentos populares e como eles se inserem na realidade midiática e de consumo.




Novas entrevistas em nossa página


“Fórum de TVs Públicas deve ser propositivo”

Venício A. de Lima: “Fórum de TVs Públicas deve ser propositivo”

Observatório do Direito à Comunicação

Em entrevista ao Observatório, o professor Venício A. de Lima, pesquisador do Núcleo de Estudos de Mídia e Política da Universidade de Brasília (UnB) avalia que o I Fórum de TVs Públicas, previsto para ocorrer entre os dias 8 e 11 de maio, pode deflagrar uma discussão mais ampla sobre a instituição de um Sistema Público de Comunicação, não se resumindo apenas à criação de uma única rede nacional de televisão. Para que isso aconteça, diz Lima, o Fórum não deve ser apenas um espaço de reflexão, mas deve ter também a capacidade de propor políticas efetivas. Leia mais.

Para Abraço, ampliação de alianças com os movimentos sociais é central

José Guilherme é coordenador de Comunicação e Cultura da Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) e secretário-geral do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação). Na sua opinião, o "movimento de radiodifusão comunitária está dentro de uma guerra que ele não ganhou, mas também não perdeu".




Memória


33 anos da Revolução dos Cravos

piratiningaCristóvão Feil conta, no Diário Gauche, que já tinha fechado o boteco no dia 25 de abril  quando recebeu um e-mail do amigo Flávio Tavares, lembrando que era o aniversário da Revolução dos Cravos. Santa lembrança. No dia 25 de abril de 1974, chegava ao fim a ditadura salazarista em Portugal. Para homenagear a data, Cristóvão foi ao Wikipedia resgatar a história da música que embalou a Revolução dos Cravos: Grândola, Vila Morena é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelos revolucionários do então Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo (sul de Portugal), e teria sido banida pelo regime Salazarista como uma música associada ao comunismo.

Às 00h20min do dia 25 de abril de 1974, a canção era transmitida numa rádio nacional, como sinal para confirmar as operações da Revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da democracia em Portugal”.

(Por Marco Weissheimer/Blog RS Urgente.)




Novos artigos em nossa página


Comunicação Alternativa

Carta de Carta Maior aos leitores. Por Joaquim Palhares

Carta Maior encontrou uma solução imediata para a crise financeira que quase a levou ao fechamento. Abrimos um espaço publicitário novo que já trouxe um anunciante de peso do setor privado, garantindo assim a continuidade dos nossos trabalhos nos próximos meses. [04.2007]



Mídia

Existe uma discriminação estrutural milenar contra a mulher. Por Bia Barbosa (Ag. Carta Maior)

A convenção da ONU que trata da eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher não traz nenhum artigo em específico sobre a mídia, mas expõe de forma clara os papéis da sociedade e do Estado na luta contra padrões culturais que reforçam preconceitos e estereótipos. No caso das emissoras de rádio e TV, portanto, este papel é duplo. Por um lado, por serem empresas e, por outro, por serem concessionárias de um serviço público, elas não podem atuar de forma a reforçar as desigualdades presentes na sociedade. Abril/2007. 

As novas tecnologias e a manipulação da mídia. Por Kleber William de Sousa, Suelen Leandra Alvarenga e Suellen Karla

Este artigo analisa um novo padrão de mídia emergente composto de três partes principais, desde a mídia tradicional, passando pela mídia eletrônica, que envolve os serviços eletrônicos de comunicação de massa: bancos de dados de consumo, computadores multimídia, a internet e etc, até chegar na mídia eletrônica pessoal. Também, discorre sobre a opinião pública e o papel de manipulação da grande imprensa. Além de tratar da discussão acerca da implantação da TV Pública no Brasil. E conclui com a distinção de pelo menos quatro padrões de manipulação gerais, a saber: Padrão de ocultação, Padrão de fragmentação, Padrão da inversão e Padrão de Indução. 

Jornalistas perseguidos na Globo. Por Marcelo Salles (Fazendo Media)

Direção nega, mas é evidente a perseguição política aos jornalistas que não concordam com a linha editorial da emissora. Essa discussão é importante porque a Globo não é apenas uma empresa privada. É uma empresa privada que opera uma concessão pública.



História

Os 1º de maio de ontem deixam lições para hoje. Por Vito Giannotti

Em 1891, em Paris, trabalhadores socialistas dos países industrializados da época, reunidos no congresso da Internacional Socialista, consagraram esta data como o dia da luta pelas 8 horas de trabalho. Naquele tempo os operários trabalhavam 12, 15 e até 18 horas por dia. Não havia descanso semanal nem férias. Para o mundo do trabalho não existiam leis. [04.2007]

Algumas datas históricas para não esquecer do 1° de Maio. Por Ernesto Germano Pares

Em 1889, reunidos em Londres, representantes de centenas de entidades de trabalhadores aprovaram uma resolução: que em todos os países, em todas as cidades, os trabalhadores lutem pela redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e que se consagrasse o 1° de maio de cada ano a esta luta (em memória do ocorrido no 1° de maio de 1886, em Chicago).

As guerras mentem. Por Eduardo Galeano

Dizem que as guerras acontecem por razões nobres: a segurança internacional, a dignidade nacional, a democracia, a liberdade, a ordem, o mandato da Civilização ou a vontade de Deus. Nenhuma tem a honestidade de confessar: “Mato para roubar”.

Há 70 anos, morria Antônio Gramsci. Por Augusto Buonicore

Há exatamente 70 anos, no dia 27 de abril de 1937, morria o dirigente comunista italiano Antônio Gramsci. Ele morreu dois dias depois de libertado da prisão fascista na qual havia permanecido os dez últimos anos da sua vida. Este artigo pretende apresentar um pouco da sua vida e de sua elaboração teórico-política [27/04/2007]

A fantástica revolução antiescravista do Haiti. Por Bernardo Joffily

A tragédia do Haiti atual castiga um país que já esteve no primeiro escalão da prosperidade econômica e da ousadia política nas Américas. É o que mostra Os Jabocinos negros, livro clássico de C. L. R. James, escrito em 1938, que vem de ser lançada no Brasil pela Boitempo. O autor, um intelectual negro antilhano, recorre ao instrumental da teoria da luta de classes para revelar a fantástica revolução haitiana de 1791-1804 e seu principal chefe, Tuissant L Ovrture, o Espártaco de Ébano. [04.2007]



Linguagem

Alfabeto passa a ter 26 letras. Por Comunique-se

Está para entrar em vigor a unificação da Língua Portuguesa que prevê, entre outras coisas, um alfabeto de 26 letras. Fonte: Fonte: www.comunique-se.com.br [04.2007]

30 dicas para escrever bem. Por João Pedro, professor da Unicamp



Sindicalismo

28 de abril: Dia Mundial de luta contra os acidentes de trabalho. Por Claudia Santiago

Por que 28 de abril? Em 28 de abril de 1969 a explosão de uma mina na Virgínia, nos Estados Unidos, matou 78 trabalhadores. O 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, foi adotado em 2003 pela OIT como data oficial da segurança e saúde nos locais de trabalho. A data foi instituída, no Brasil, em maio de 2005, pela Lei nº 11.121/2005, do então deputado federal Roberto Gouveia (PT-SP).



Direitos Humanos

Uma justiça de classe. Por Plínio de Arruda Sampaio, Fabio Comparato e José Afonso da Silva

Um sistema de justiça penal incapaz de produzir uma sentença definitiva após onze anos de tramitação sem dúvida padece de defeitos estruturais graves. Independentemente da competência e da respeitabilidade de muitos de seus integrantes, esse sistema precisa ser inteiramente reformado. Veja-se o caso do processo-crime movido pelo Ministério Público contra os dois oficiais responsáveis pelo massacre de trabalhadores sem terra, em Eldorado do Carajás, Estado do Pará. O crime foi cometido há onze anos - no dia 17 de abril de 1996. [abril de 2007]



Expediente



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br

Coordenador: Vito Giannotti

Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915-RJ)
Redação: Kátia Marko (RS)
Edição gráfica e envio: Luisa Santiago
Colaboraram nesta edição: Roberto Ponciano (RJ) , Cristina Braga (RJ), Kleber William (MG), Lycia Ribeiro (RJ), Marcelo Salles (RJ) e Sérgio Domingues (SP).



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ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
História das lutas dos trabalhadores no Brasil será lançado em São Paulo

A Comunicação que queremos
Feministas querem que emissoras de TV mudem o padrão de mulher em suas programações

De Olho Na Mídia
Comercial televisivo da TIM dá aula de neoliberalismo e torna neoliberais até inocentes gansos

Democratização da Comunicação
Rede Abraço denuncia: a cada dia, uma rádio comunitária é fechada no Brasil

Proposta de Pauta
Aumentar a maioridade penal é consagrar o genocídio juvenil

NPC Informa
Observatório de Conflitos Urbanos será lançado 2 de maio no Rio

Pérolas da edição
Bisourão, estivador de Vitória/ES

De Olho Na Vida
Em um ano, 17 trabalhadores “quase-escravos” morreram em canaviais no Brasil

Dicas
Uma poesia do MST para você

Imagens da Vida
Todo dia é dia do índio, foto de Walter Karwatzki

Por Dentro da Universidade
Professora da Unicamp lança o livro-tese Escuta Sonora

Novas entrevistas em nossa página
“Fórum de TVs Públicas deve ser propositivo”

Memória
33 anos da Revolução dos Cravos

Novos artigos em nossa página
Comunicação Alternativa
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História
Linguagem
Sindicalismo
Direitos Humanos

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Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge