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Boletim do
NPC —
Nº 100
— De 1 a 15/2/2007
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Reduzir a idade penal é solução fácil para um problema difícil.
Por Cátia Medeiros A redução da maioridade penal volta à tona. O projeto de Emenda Constitucional que pede a redução dos 18 anos para os 16 anos já transita no Congresso há mais de 10 anos. Outros processos pedem a redução para 14 anos. Os defensores do projeto argumentam que a redução da maioridade diminuiria a criminalidade entre os jovens, pois assim pensariam duas vezes em cometer alguma infração. O estudante de direito da PUC-Rio de Janeiro Pedro de Souza Cabral de Melo, 27 anos, pensa diferente: “A proposta da redução da maioridade penal é paliativa, para ignorar os grandes problemas da sociedade brasileira, que não estão restritos aos menores de idade, e sim às relações de poder entre Estado e a população.” (Cátia Medeiros é aluna do Curso Pré-Vestibular Comunitário do Sindpd-Rio de Janeiro. Este texto foi produzido como exercício durante o Curso de Comunicação Comunitária do NPC, realizado no ano passado, com apoio do Sindipetro-Rio de Janeiro e do Ceris. O Jornal e o filme produzidos pelos alunos serão apresentados no mês de abril, em cerimônia, também no Sindipetro-Rio de Janeiro)
A Comunicação que queremos
A Renajorp no google: conheça a Rede de Jornalistas Populares
A Renajorp - Rede Nacional dos Jornalistas Populares – é uma articulação de jornalistas descentralizada, sem hierarquia, articulada em nível nacional e organizada de forma horizontal. Tem como objetivos: 1. Dar suporte técnico na área da comunicação aos movimentos sociais em observação ao código de ética dos jornalistas e à legislação vigente. 2. Fortalecer a imprensa alternativa, popular e aquela produzida pelos movimentos sociais. Esta é a imprensa que cobre os temas que dizem respeito aos trabalhadores e que são de interesse de sua classe. 3. Apoiar os comunicadores populares e as atividades por estes desenvolvidas. 4. Ser parte atuante da luta geral destes movimentos por mudanças políticas e econômicas no nosso país que gerem mudanças na trágica qualidade de vida do trabalhador brasileiro. Conheça a Renajorp: www.renajorp.net . Adital - Víctimas de la violencia Según informaciones de la Red Nacional de Periodistas Populares (Renajorp), la movilización, organizada por los vecinos del Complejo de Maré, ... . Ocupação Quilombo das Guerreiras resiste Fonte: Rede Nacional de Jornalistas Populares (Renajorp) - Bruno Zornitta ... Contatos: contato@renajorp.net / www.renajorp.net Imagens: www.renajorp.net ... . Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência O passageiro está pagando, ele vai levar", completa Marcos Henrique. Rede Nacional de Jornalistas Populares – Renajorp – http://www.renajorp.net/ ... . Eles entram atirando Renajorp - No caso dos grandes centros urbanos do sudeste, ... Renajorp - Matéria recente do jornal O Globo, destaca aumento de ocorrência de crimes na Zona ... . Última entrevista com Apolônio de Carvalho ESPECIAL: Jornalista da Renajorp fez a última entrevista com Apolônio PT: entre o sonho e o poder. Por Roberta Araujo e Rodrigo Otávio ...
De Olho Na Mídia
Hebe Camargo e Boris Casoy tornam qualquer dia infeliz
Acaba de estrear o filme "Pro dia nascer feliz", de João Jardim. O ótimo documentário mostra as péssimas condições do ensino no País. O filme acompanha o sistema educacional brasileiro desde a miséria sertaneja, passando por diversos níveis de pobreza até chegar ao ensino dirigido aos filhos das famílias mais ricas do país. Mostra que em todos esses níveis é difícil ver alguma coisa que possa ser chamada de pedagogia. Ou seja, a formação de indivíduos capazes de desenvolver seus potenciais criativos, profissionais e sociais. E uma das grandes estrelas da obra é a menina Valéria Fagundes, moradora de Manari, um dos municípios mais pobres de Pernambuco. Em meio às maiores dificuldades, Valéria lê Vinícius de Moraes, Bandeira e Drummond e escreve belos textos. Sua simpatia e inteligência tornaram a menina a melhor divulgadora do filme. Por isso, tem acompanhado o diretor nos lançamentos e na divulgação da obra por todo o país. Foi nessa condição que Valéria foi ao programa da Hebe exibido na segunda-feira, dia 29 de janeiro. A pobre menina agüentou valentemente dividir o sofá com a apresentadora e Bóris Casoy. Só para dar uma amostra do nível da entrevista, em determinado momento, Hebe pergunta como ela pretende fazer faculdade, já que em Manari não há cursos superiores. Valéria responde que pretende ir a Recife. Ao que a apresentadora responde com a pergunta: "Mas, com que dinheiro?". Valéria apenas sorri, enquanto Hebe emenda: "o governo tem que dar um jeito". Casoy não perde a chance de fazer o discurso chavão dos neoliberais: "Hebe, deixe o governo fora da vida dela, tadinha. Só vai estragar o sucesso de uma menina tão talentosa". Mas, Hebe quase não dá ouvidos e passa a fazer apelos para a câmera: "Vocês aí de Recife. Vamos ajudar a Valéria a fazer uma universidade. Eu conheço muita gente em Recife que pode apadrinhar a Valéria. Vamos lá, gente...". A isso se resumiu a conversa entre Hebe e Casoy, diante de Valéria e Jardim. Casoy defendendo a selvageria neoliberal. Insinuando que se deve dar uma chance apenas para aqueles que tiverem oportunidade de aparecer numa TV em rede nacional. Deixando de lado o direito que têm todas as crianças e adolescentes a uma escola pública de qualidade. E Hebe, usando o mais mofado discurso patrimonialista, defendendo apadrinhamentos. Quase pedindo a um coronel para patrocinar a menina de Manari. Divulgação é essencial para garantir uma boa bilheteria para um filme. Ainda mais, se tratando de um documentário brasileiro e com um tema espinhoso. Recorrer à grande mídia é quase uma obrigação. Mas, é preciso avaliar qual é o preço. O maior risco é ver os talentos de Jardim e Valéria serem confundidos com o péssimo nível da televisão brasileira. [Por Sérgio Domingues, em 05.02.2007]
Freiras rezam em Páginas da Vida pela redução da idade penal e contra o Estatuto da infância e Adolescência (ECA)
O jornal O Globo, dia 9 brindou seus leitores com meia capa e mais seis páginas sobre a “Barbárie contra a infância – Morte de menino arrastado em carro roubado por bandidos causa comoção e revolta”. Á noite do mesmo dia, a novela Páginas da Vida mudou o seu script. Foi incluída a cena na qual três freiras, chorando e rezando, com o jornal O Globo na mão, comentam a “barbárie” relatada no jornal. Quem quer a campanha pela redução penal está feito e satisfeito. Outros jornais cariocas, como o Jornal do Brasil foram mais longe ainda. Sua manchete, no mesmo dia, apontava claramente para o linchamento ou qualquer outra coisa a ser feita com aqueles adolescentes. O comportamento destes veículos e dos outros, na mesma toada, não é simples coincidência. É mais um exemplo de como age a direita. As freirinhas na novela, as capas e rios de páginas dos jornais se encaixam numa campanha para aterrorizar a população para que ela só pense nisso. Só fale da violência e esqueça todos os seus problemas. As vítimas desta campanha ideológica não terão cabeça para pensar nos problemas do estado da Saúde no Rio que é um caso de verdadeiro genocídio. E as estatísticas sobre a piora do nível do ensino no País. Quem lembra delas? Estas não são verdadeiros casos de barbárie? Não mereceriam um exército de freiras na novela rezando mil Pai Nossos? Mas, para quem manteve sua hegemonia político-ideológica durante 500 anos, o que conta é criar, cultivar e aumentar a neurose da violência urbana e assim fazer esquecer tudo o resto. Em Tempo: E cadê uma palavra sobre as causas desta violência? 1. Por que esses meninos fizeram aquele assalto? 2. Qual a relação entre toda a propaganda de carros, celulares, tênis, roupas de marca veiculada por todos os canais de TV e os roubos e assaltos? Disputa de hegemonia é isso: colocar três freirinhas na novela e continuar a fazer cabeça de milhões. E daí? Cadê nossa disputa contra-hegemônica? Cadê nossa mídia? [Por Vito Giannotti - 10.02.2007]
As manchetes estão dando raiva
As manchetes dos jornais de ontem (10.02) davam raiva. O cara que arrastou a criança é transformado em monstro e suscita o debate sobre o endurecimento das penas. Ao mesmo tempo, os presos avisam que o cara tá jurado de morte na prisão. Duas perguntas não querem calar: 1. Em que pena mais dura que a morte eles podem estar pensando? 2. Ninguém se pergunta o que significa serem os demais "monstros" do noticiário cotidiano nossos "justiceiros"? Tá bom, tem a burguesia, a sociedade capitalista e o c. a quatro pra gente culpar. Mas eu aqui, do meu ponto vista talvez limitado, me pergunto se a mídia precisa mesmo ser tão burra de só trabalhar na frequência da mais pura irracionalidade. Se um outro jornalismo um pouco menos brutal, um pouco menos imediatista e menos apoiado nos impulsos humanos mais primitivos não seria possível, mesmo na sociedade capitalista. E só não me animo a escrever mais porque ainda estou com muita raiva e não pretendo falar no mesmo tom que eles. [Por Ana Lúcia Vaz, professora de jornalismo - 11.02.2007]
Carta de uma moradora de uma favela carioca á equipe da novela Vidas Opostas
Sou estudante de jornalismo e serviço social e moradora da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Gostaria, em primeiro lugar, de parabenizar a equipe da emissora por tentar mostrar na televisão, e em horário nobre, a realidade de parte da população pobre do Brasil, assim como as gritantes diferenças existentes entre pobres e ricos do país. Confesso que fiquei surpresa quando fiquei sabendo que uma emissora estava disposta a mostrar, numa telenovela, as diferenças sociais, econômicas e culturais brasileiras. Foi o interesse por essas contradições e o desejo de mudança que me fez começar a assistir a novela. (...) Mas, como moradora de uma das maiores favelas do Brasil, senti a obrigação de demonstrar a minha decepção com a novela e a expectativa frustrada por não estar vendo as verdadeiras causas dos maiores problemas sociais relatados na televisão de forma real. (...) Meu maior objetivo, foi talvez despertar a atenção dos senhores para o desejo de as pessoas das classes populares em se ver na televisão como elas são verdadeiramente. Para isso deveriam ser explorados fatos como as dificuldades de acesso aos direitos sociais garantidos pela constituição e negados a população como: saúde, educação, habitação, alimentação, entre outros. A novela seria mais útil e cumpriria seu papel social se explorasse mais as diferenças sociais e econômicas entre pobres e ricos do país. Dessa forma as verdadeiras Vidas Opostas estaria sendo mostrada. (...) Gostaria de lembrar aos senhores que nas favelas, subúrbios e periferias não moram somente bandidos e mocinhas apaixonadas. Moram também pessoas que estudam, trabalham e que continuam exercendo suas funções mesmo quando têm um amigo morto por bala perdida, não conseguem ser atendidas nos postos de saúde, as escolas públicas estão em greve ou estão encantadas por meninos bonzinhos e ricos (bem diferente da personagem Joana, que a vários capítulos não escala uma montanha da cidade maravilhosa). (...) Espero que a partir deste momento os senhores entendam que a população pobre do Brasil deseja sim aparecer em horário nobre na televisão brasileira. Mas o que desejamos é ver a nossa verdadeira cara, as nossas dificuldades e as causas dessas dificuldades. E que apesar de todos os problemas continuamos nos apaixonando, trabalhando, estudando e evoluindo nossa capacidade de criticar as formas romanceadas, racistas e preconceituosas com que a elite brasileira faz questão de continuar nos vendo. [Por Marcela Figueiredo, em 03.01.2007]
Veja esconde cratera de Alckmin com cachorro
É mais um caso exemplar de como a imprensa do sistema disputa a hegemonia com a esquerda. Em janeiro um desastre chamou a atenção da população. Bem menos do que deveria. O porquê é o de sempre. Quem poderia ter colocado este fato no centro do noticiário era a mídia. Mas, aqui começa a lição de sempre. Que interesse teria a mídia de manter na crista da onda esta notícia que, se aprofundada, chegaria imediatamente a ter que falar daquele que foi o candidato da maioria dos jornais, revistas, canais de televisão e rádios, dois meses antes? O nome do ex-governador de São Paulo foi tocado só de raspão. Aliás, onde ele anda? Mas isso é problema dele. E, sobretudo, qual o destaque que tiveram as empreiteiras da linha amarela do metrô de São Paulo? Há documentos de sobra, apresentados pelo Sindicato dos Metroviários da capital paulista que mostram a responsabilidade da administração pública, isto é, o Governo do Estado de São Paulo, e das empreiteiras no acidente. Contratos não cumpridos, fiscalização não realizada ou deixada para as próprias empreiteiras e muito mais irregularidades. E a mídia iria escancarar estas relações incestuosas entre o capital e o poder? Só se ela fosse de outra classe. Mas a grande mídia está toda de um lado. Do seu lado. Do lado da sua classe. E assim, a culpa do desastre foi... São Pedro, as águas, as terríveis chuvas. E Geraldo Alckmin, seu partido, seu governo e, sobretudo, suas empreiteira se livraram. Essa é a explicação da capa da Veja na semana seguinte ao desastre. A relação dos cães com seus donos vale mais que aquelas sete vidazinhas e o choro de suas famílias. Mas esta é só a primeira lição. A segunda vem de carona na primeira. Cadê a imprensa de esquerda para se contrapor à visão hegemônica? Cadê nossos jornais diários, nossas televisões, nossas rádios? Existem só poucas e pequenas vozes, Brasil de Fato, Caros Amigos, Reportagem, Fórum e vários boletins e revistas de circulação mais restrita e a revista semanal Carta Capital que mesmo sem se rotular de esquerda é uma eterna aula de jornalismo decente. Vale a pena conferir as capas da Veja e a da Carta Capital e pensar sobre as duas lições de sempre.
[Por Vito Giannotti - 10.02.2007]
NPC Informa
A ONG carioca PACS produz e distribui cartilhas, fotonovelas e filmes para ensinar uma nova Economia
Esta Instituição sem fins lucrativosinveste pesado na comunicação visando ensinar a pessoas que atuam nos movimentos populares as possibilidades de uma Economia diferente da conhecida no sistema capitalista. Formado basicamente por sociólogos e economistas, Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS) tem uma vasta publicação. São informativos, livros, fotonovelas, vídeos e programas de rádios voltados para uma das vertentes da economia que poucos conhecem: Socioeconomia Solidária. Toda produção do instituto trabalha com um sentido oposto ao da economia capitalista. Está voltada para o cooperativismo, economia solidária, eco-desenvolvimento e auto-sustentabilidade. Além de quebrar o mito de que economia é difícil, as publicações do PACS ensinam que é possível um desenvolvimento para todos. Livre da visão do lucro e da desigualdade, as produções ensinam trabalhadores, ativistas de movimentos populares e alunos de escolas públicas a aprenderem economia usando uma linguagem clara e objetiva. Para esta finalidade usa vários instrumentosde comunicação. O Informativo PACS é bimestral. Nele, a instituição procura chamar a atenção das pessoas para alguns fatos importantes que a instituição está trabalhando. Em cada informativo, um novo assunto. Os mais recentes foram o Fórum Social Mundial e O Poder Popular. Trocando Em Miúdos é o programa de rádio distribuído para rádios comunitárias do Brasil. O PACS já produziu também uma fotonovelas, com público alvo, principalmente, crianças de escolas públicas. Nessa publicação, se fala em linguagem visual sobre problemas relativos à água e ao consumismo. Os vídeos tratam de Trocas Solidárias, consumo & consumismo. A próxima edição será sobre Mulheres & Economia. Ao lado disso tudo há vários livros que abordam seis temas relacionados a socioeconomia solidária: trocas solidárias, consumo e consumismo, gestão e viabilidade, finanças solidárias, mulheres e economia e orçamento público. Em estas várias formas de comunicação mostram omã ONG que aposta na comunicação para a disputa de hegemonia com a ideologia dominante. Em breve, todas as publicações do PACS estarão disponíveis no site www.pacs.org.br
Radiografia da Comunicação Sindical
Sindicato dos Engenheiros do Rio faz 75 anos. Entrevista com Rafael Martí, editor do Jornal dos Engenheiros.
O sindicato dos engenheiros foi criado em 22 de setembro de 1931. Atende, principalmente, engenheiros, geólogos, meteorologistas e geógrafos. As lutas nas quais o sindicato tem se envolvido estão divididas, basicamente, em três ramos de atuação: Política sindical, políticas pública e políticas sociais. Entre elas destacam-se as preocupações com habitação, energia, infra-estrutura. “O Senge tem se preocupado em dialogar com a sociedade de mãos dadas com os outros sindicatos e com os movimentos sociais”, diz Rafael Martí. BoletimNPC - O Senge/Rio vai lançar no próximo dia 15, a Revista Especial do Engenheiro. Por que uma revista? Rafael Martí - A idéia inicial era fazer uma revista especial dos de 75 anos do Senge, que foi em setembro do ano passado. A gente tinha pesquisado várias pautas, a participação do Senge nos acordos coletivos, a história do sindicato. Então, a gente resolveu fazer uma revista marcada pelos 75 anos, mas também sendo uma revista especial do Senge, que refletisse toda a vida do sindicato. BoletimNPC - Vai ser só um número ou vocês pretendem torná-la permanente? Rafael - No momento vai ser só uma edição especial. A revista é uma edição mais cara. Em nenhum momento foi discutido isso ainda. O que o sindicato quer fazer é um caderno temático com a história do sindicato, mas para isso a gente vai começar a buscar o patrocínio. Se der tudo certo, esse patrocínio com a Caixa já é uma porta aberta que a gente tem para buscar um outro incentivo deles com relação à cultura, à história do sindicato. O presidente do sindicato, Agamenon Oliveira, está buscando formular uma proposta para se criar esse caderno temático com a história do sindicato. BoletimNPC - Como vocês definiram a pauta da revista? Rafael - Além dos 75 anos do Senge, queríamos mostrar as principais lutas que o Sindicato está sinalizando para o futuro: a negociação coletiva, que confere legitimidade ao sindicato; a história do sindicato, não apenas na defesa da categoria, mas também seu envolvimento no movimento social, na luta contra a ALCA, a dívida externa, o fora Collor; a participação do sindicato nas negociações do salário mínimo profissional, que institui um salário mínimo pro engenheiro; a mudança no ensino de engenharia, pra que ele seja mais cidadão e proporcione um desenvolvimento inclusivo; crescente entrada das mulheres no mercado de trabalho de engenharia, que antes era predominantemente masculino. A revista abarca todos esses temas. BoletimNPC - E como se deu a participação da diretoria na produção da revista? Rafael - Além da definição da pauta, nosso presidente escreveu o artigo de engenharia e fez a correção das matérias, deu sugestão de rumos, mudanças, serviu até mesmo como fonte, principalmente na matéria sobre a história do sindicato, sugeriu fontes para entrevistarmos. Foi uma participação muito ativa. BoletimNPC- De que outros meios vocês dispõem para se comunicar com a categoria? Rafael - Nós temos o jornal mensal do sindicato; temos o site, onde nós colocamos as notícias mais urgentes; nós temos também Boletins por empresas, sempre que tem alguma mobilização em alguma empresa, nós fazemos o boletim específico pra ajudar nessa mobilização; às vezes nós fazemos alguns programas para a televisão comunitária. Mas o programa ainda não é uma metodologia periódica. Até por falta de recursos. Boletim NPC- Vocês já fizeram algum tipo de pesquisa para saber qual o mais eficaz? Rafael - Não. A gente tem essa intenção, mas sempre tem uma demanda mais urgente e a gente acaba deixando essa coisa de planejamento um pouco de lado, infelizmente. Isso é fundamental. A gente tem a intenção de fazer uma pesquisa sobre o perfil do engenheiro. BoletimNPC- O engenheiro gosta do jornal do Sindicato? Rafael - Recebemos e-mail elogiando, fazendo crítica, fazendo uma correção. Nós percebemos que o engenheiro lê com cuidado o jornal. Às vezes um erro pequeno, mas que é um erro, ele consegue detectar. Ele está recebendo o jornal em casa, e está tendo o trabalho de corrigir. Nós temos nos preocupado em fazer um jornal visualmente bonito, até mesmo influenciado pelo Vito Giannotti, porque se for um jornal feio ele não vai querer ler. Nós nos preocupamos em fazer um jornal visualmente apresentável. BoletimNPC- Os engenheiros enviam sugestão de pauta? Rafael - De vez em quando nós recebemos, sim. Mas não é muito freqüente. O que a gente está pensando em fazer é uma divulgação maior para que os associados participem mais. A gente quer mandar por e-mail pedidos de sugestão de pauta, mas nós ainda vamos nos organizar com relação a isso. É uma necessidade que a gente está sentindo, não por falta de pauta, mas para que o engenheiro, e não somente o diretor, se envolva na produção do jornal. Esse é um veículo feito para ele. BoletimNPC- Vocês conseguem perceber qual é o tipo de pauta que a categoria mas se identifica? Rafael - A pautas da empresa que ele trabalha. Coberturas de mobilizações ou acordos coletivos nas empresas. Quando o engenheiro vê aquela matéria, com certeza ele vai ler. Ele pode até não ler o jornal todo, mas aquela notinha falando da empresa dele ele vai ler. Ele se identifica mais com esse tipo de matéria. BoletimNPC- Como o Sindicato preserva a sua memória? Rafael - A gente tem buscado scanear todos os jornais antigos, colocá-los em pdf; a gente fez um programa de televisão recuperando a história de 20 anos pra cá; temos vasculhado os arquivos; a gente tem a intenção de, quando tiver verba, contratar uma pessoa para organizar os arquivos do sindicato. Muita coisa se perdeu na época da ditadura. Uma das coisas que o sindicato tem feito para preservar a memória é um caderno temático. Nós conseguimos um manuscrito de um funcionário do sindicato, Sr.º Aníbal. Ele trabalhou no sindicato desde mais ou menos 1935 até a década de 90, ele trabalhou muito tempo no sindicato, tinha toda a história do sindicato. Grande parte dessa história ele escreveu. Muitas coisas ainda têm lacunas em aberto. O presidente que buscar patrocínio para poder contratar alguém para fazer essa pesquisa. [Por Marcela Figueiredo, em 03.01.2007]
Por Dentro da Universidade
*Estado, Desenvolvimento e Globalização,* novo livro de Reginaldo Moraes
A Unesp acaba de lançar Estado, Desenvolvimento e Globalização, o novo livro do cientista político, Reginaldo Moraes. Os ensaios deste livro examinam as relações complexas que se estabelecem entre o processo de globalização e as teorias e políticas de desenvolvimento, na segunda metade do século XX. De acordo com o autor, “ o Estado nacional é elemento decisivo nessa conexão, tanto no papel de ator político como na situação de arena em disputa.” O primeiro capítulo desenha um quadro da literatura sobre a globalização, suas origens, suas interpretações e de seu impacto na formulação e implementação de políticas públicas. Delineia-se uma trajetória: do “capitalismo organizado" (1870-1970) à sua crise de identidade (na década de 1970) e a emergência do capitalismo re-organizado pelo processo de globalização. O segundo capítulo relata a constituição da chamada Economia do Desenvolvimento. Parte de uma forte intuição: apreender a história de uma idéia é passo importante para a aferição de suas virtualidades. Assim, uma série de questões formuladas há cerca de meio século, pela economia do desenvolvimento e pela teoria da “modernização”, segue modelando nossa compreensão dos problemas atuais, no campo da economia política internacional. O terceiro capitulo expõe os dilemas da “teoria da modernização”, tentativa de economistas e outros cientistas sociais (da antropologia, da sociologia, da psicologia social, da ciência política), no sentido de construir modelos analíticos (com inspiração e implicação normativas muito evidentes) que enquadrassem os paises do chamado Terceiro Mundo. Reginaldo Moraes é bem conhecido na Unicamp onde é professor do Curso de Ciências Políticas, mas é também bem familiar para os leitores deste Boletim e participantes do Curso Anual do NPC. Régis é membro do Conselho do NPC.
Pérolas da edição
Joseph Goebbels, Marcela Figueiredo, Ivana Bentes e Amilton Carvalho.
aO truque mais esperto da propaganda é acusar o inimigo de fazer uma coisa que nós também estamos fazendo. Joseph Goebbels (1897-1945) – ministro da Propaganda de Hitler aMeu maior objetivo, foi talvez despertar a atenção dos senhores para o desejo de as pessoas oriundas das classes populares em se ver na televisão como elas são verdadeiramente. Para isso deveriam ser explorados fatos como as dificuldades de acesso aos direitos sociais garantidos pela constituição e negados a população como: saúde, educação, habitação, alimentação, entre outros. A novela seria mais útil e cumpriria seu papel social se explorasse mais as diferenças sociais e econômicas entre pobres e ricos do país. Dessa forma aa verdadeiras Vidas Opostas estariam sendo mostradas. Marcela Figueiredo, estudante de Comunicação, sobre a novela Vidas Opostas, nesta edição do BoletimNPC, na seção De olho na Mídia – 03/02/2007 aO perigo é a gente transformar pobreza em folclore ou em gênero cultural, naturalizar isso, achar que "puxa, é legal ser pobre". Aceitar essa domesticação do racismo, do preconceito, da desigualdade e criar o pobre criativo e feliz, mas fora da universidade, sem disputar emprego com os garotos de classe média. Enfim, o pobre "limpinho" do discurso higienista, pronto para consumo, sem um sobressalto ético, sem perceber a violência física e simbólica a qual esses jovens são submetidos. Ivana Bentes, professora de Comunicação da UFRJ, sobre os recentes lançamentos na tevê e no cinema abordando as periferias urbanas - Brasil de Fato - 05/02/2007 aNo Penal, minha área, o direito é feito para causar mal às pessoas que a sociedade e o capitalismo excluem. A sociedade seleciona alguns e põe na cadeia. (...) Talvez sejamos algo entre o macaco e o homem. Ao humano não chegamos ainda. Amilton Carvalho, desembargador do TJRS, um dos fundadores do direito alternativo.
Entrevista
Sobre a moda de colocar pobres na TV. A periferia, como convém.
Ivana Bentes, pesquisadora da UFRJ, analisa a contradição do discurso das emissoras de TV sobre a periferia: ou pobre é violento ou é o pacífico criativo.
A periferia está na moda? A julgar pela produção audiovisual, mais do que nunca. Somente a maior emissora do país, a TV Globo, dedicou quatro produções ao cotidiano dos moradores dos grotões das metrópoles nos últimos dois anos: a programa Cidade dos Homens, a série de Regina Cazé para o Fantástico, Central da Periferia e, para o mesmo programa, a exibição do documentário Falcão, Os Meninos do Tráfico. Mais recentemente, houve a exibição do filme Antônia, em forma de minissérie.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Ivana Bentes, professora de Comunicação da UFRJ, analisa o discurso "esquizofrênico" das emissoras de TV: se nos programas jornalísticos o jovem negro continua marginalizado, como o criminoso representado por uma sombra na parede e uma voz metálica, esse mesmo jovem é visto como "o favelado legal", na dramaturgia.
O cinema também não fica de fora do que Ivana chama de "cosmética da fome", ou seja, a glamourização da pobreza e da violência das periferias. Sobre esse tema, a professora dedica um dos ensaios de seu novo projeto, uma pesquisa sobre as periferias – ainda não finalizada – em que busca a análise das imagens produzidas nas últimas décadas sobre o tema, analisando as mudanças tecnológicas e do imaginário da sociedade, nesse processo. [Por Dafne Melo (Brasil de Fato), em 02.02.2007]
Proposta de Pauta
Mais uma neurose sobre a violência: chantagens e seqüestros pelo telefone.
Ultimamente são muito freqüentes os casos em que criminosos fazem vítimas através de telefonemas que anunciam seqüestros falsos e exigem resgates na forma de transferência on-line de dinheiro. Se, por um lado, as operações eletrônicas facilitam esse tipo de golpe, por outro lado, o clima de paranóia criado pela grande mídia é um elemento importante. Não tenho maiores evidências, mas imagino que os falsos seqüestradores fazem um cálculo bastante simples. Com pouco esforço e risco mínimo, se aproveitam do clima de medo para aplicar um golpe com boas chances de dar certo. A grande imprensa vive abarrotada de notícias terríveis sobre criminalidade e certamente colabora para esse estado de coisas. Claro que a violência é real e crescente nas metrópoles e grandes cidades do País. No entanto, as informações sobre ela estão sujeitas a recortes da realidade que acabam criando um clima perfeito para o golpe do seqüestro falso. Se não é possível pintar um mundo cor-de-rosa onde o vermelho de sangue é muito mais presente, o fato é que a imprensa da grande mídia acaba tendo muita responsabilidade pela onipresença deste horizonte sombrio. [Por Sérgio Domingues – 08.02.2007]
De Olho Na Vida
Despejo na Prestes Maia, em São Paulo, da maior ocupação vertical da América Latina é iminente
A maior ocupação vertical da América Latina está sob risco iminente de despejo. O edifício, localizado na avenida Prestes Maia, no centro de São Paulo, tem 22 andares e há dois anos abriga 468 famílias, que reúnem pouco mais de 2.000 pessoas. A reintegração de posse, movida na Justiça pelo ex-candidato a vereador Jorge Hamuche (PHS), um dos proprietários do prédio, será executada até o dia 4 de março. "Em termos jurídicos não há mais nada a fazer", lamenta o advogado dos sem-teto, Manoel Del Rio. Ele crê em somente uma solução para o problema: a intervenção política da prefeitura junto ao juiz que acompanha o caso. Desde segunda-feira (5), 300 sem-teto montaram um acampamento diante do prédio da Prefeitura, e prometem sair apenas quando for apresentada uma solução para as famílias que habitam o prédio da Prestes Maia. O secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho, não deu sinais de que receberá qualquer comissão dos acampados. [Por Rafael Sampaio - Carta Maior. Leia mais em www.agenciacartamaior.com.br e www.brasildefato.org.br] Dica do NPC Para saber mais sobre a Ocupação, assista ao filme Impressão Prestes Maia/SP, produzido pelo Centro de Mídia Independente (CMI). Leia a sinopse em nossa página, na seção, Artes e História para Contar. É um filme indicado para aulas e debates políticos que discutam o problema habitacional no Brasil e a luta dos Sem-teto. Contato: contato@midiaindependente.org.
Imagens da Vida
"O documentarista é, sobre tudo, um fotógrafo que rompe com a hipócrita imparcialidade jornalística"
J.R. Ripper
De Olho No Mundo
Jornal dos EUA sofre prejuízo trimestral de US$ 648 milhões
James O´Shea, diretor do Los Angeles Times, anunciou que fundirá as redações das edições impressa e digital. O executivo pediu a seus repórteres que passem a ver o latimes.com como o principal veículo da empresa e comunicou que todos terão que participar de um curso obrigatório, "Internet 101", para aprender a produzir conteúdo para a web. Além disso, o jornal ganhou um "editor de inovação", responsável por "nada menos que fazer a redação trabalhar 24 horas por dia, publicando material exclusivo o tempo todo por meio da internet", segundo o editor David Hiller.
Bolivia se incorporou a TeleSUL
A Bolívia foi incorporada como sócia da Tele SUL, a cadeia interestatal de televisão latino-americana, no início de fevereiro. O encontro, realizado em Buenos Aires, também tratou do plano estratégico da empresa para o período 2007-2011, da expansão do sinal, do crescimento até a Europa e da transmissão da programação para países de língua portuguesa. A TeleSUL fechou um acordo de cooperação com a agência de notícias estatal Argentina para disponibilização de conteúdo jornalístico em diferentes formatos. Com o lema “Nuestro norte es el Sur” (Nosso Norte é o Sul), a TeleSUL, com sede em Caracas, tem uma audiência calculada em cinco milhões de telespectadores. Fonte: Agência Cubana de Noticias. [30.01.2007]
Memória
Quem faz aniversário em janeiro e fevereiro?
. Dia 13/02/ 1935 - Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro . Dia 26 /01 /1942 - Sindicato Nacional dos aeronautas. Nasceu como Associação Profissional dos Aeronautas do Distrito Federal. . Dia 20/02/1952 - Sindicato dos trabalhadores dos setores de energia elétrica, gás canalizado, água, esgoto e saneamento do Rio de Janeiro.
Novos artigos em nossa página
Sobre crianças mortas e adolescentes amaldiçoados. Por Sérgio Domingues
A morte do menino João, arrastado por vários quilômetros pendurado em um automóvel, foi trágica. Tragédia maior é ter servido para que a grande mídia voltasse atacar os direitos de crianças e adolescentes. [09.02.2007]
Jack London. O tacão de ferro. Por Virgínia Fontes
SP, Boitempo, 2003. Jack London foi um militante socialista norte-americano. Oriundo de família muito modesta, teve vida aventurosa, tendo obtido bastante repercussão com sua obra literária. Vale ressaltar, aliás, que London tem diversos livros sobre animais – numa espécie de ecologia, antes que virasse moda – que denunciam a violência humana sobre os animais. Mostra muito agudamente como sofrem os animais com os desatinos sociais que desumanizam os homens... Saiu do Partido Socialista em 1916, por sua “falta de ênfase na luta de classes”. O livro O tacão de ferro foi publicado em 1908, pela Editora Macmillan. Em 1937, Leon Trotsky fez um longo comentário sobre o livro, numa carta enviada a Joan London (filha de Jack), que em 1945 converteu-se em artigo publicado no New Internacional, e que figura como posfácio na edição brasileira. Trostky se espanta com a sagacidade da visão política de London, lembrando que o “romancista de 31 anos de idade enxergou muito mais claro e mais longe do que todos os líderes socialdemocratas daquela época juntos. Mas não estamos falando apenas dos reformistas: pode-se dizer com segurança que em 1907 nenhum dos marxistas revolucionários, nem mesmo Lênin e Rosa Luxemburgo imaginaram de maneira tão completa a ameaçadora perspectiva da aliança entre o capital financeiro e a aristocracia trabalhista. Isso basta para determinar o peso específico desse romance.” (p. 262-3).
TV digital: é preciso colocá-la na agenda política. Por Marcos Dantas
Se nada mais houvesse para marcar a passagem do operário Lula da Silva pela Presidência da República ao longo de oito anos, ela estaria para sempre assinalada na história do Brasil pela entrada de nosso País na era da TV digital (TVD). No primeiro mandato, através de dois decretos (4.901/2003 e 5.820/2005), o Governo Lula estabeleceu os seus objetivos políticos com a criação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) e definiu a tecnologia a ser adotada no Brasil: o ISDB-T japonês, modificado por um sistema operacional desenvolvido nas universidades brasileiras (o Ginga). Se tudo correr bem, em dezembro próximo as transmissões começarão em São Paulo. No entanto, nuvens carregadas ameaçam fechar o tempo sobre a TVD. É que existem fortes interesses contraditórios em jogo, bem como deve-se esperar uma mobilização da sociedade civil a favor da adoção de regras democráticas na TVD que poderão criar alguns obstáculos à consecução dos cronogramas governamentais. Há um aspecto da questão que, tão ou mais importante quanto o tecnológico, foi, infelizmente, negligenciado pelo Governo ao longo do primeiro mandato e terá que ser enfrentado, de um modo ou de outro, a partir de agora: o regulatório. A televisão, assim como o conjunto das telecomunicações funcionam em regime de outorgas públicas. Existem regras que Governo e empresas devem obedecer para que, nas (tele)comunicações, um empreendimento possa avançar. Estas regras estão fixadas na Constituição e em um conjunto de leis ordinárias. O grande problema regulatório da TVD é que ela pode não se encaixar nas regras brasileiras, conforme atualmente estabelecidas. E quando isto acontece, os interesses contrariados munem-se de muitos argumentos para prejudicar aqueles que os contrariam. Todos parecem ter razão e mais cheios de razões se sentirão advogados, promotores, juízes para paralisar o processo em ações judiciais. A chegada da TVD no Brasil corre o sério risco de se ver ameaçada por ações na Justiça, inclusive por parte de movimentos sociais insatisfeitos, não também sem razão, com algumas recentes decisões do Governo.
Juíza decide que não houve prejuízos ao erário no convênio entre a Funtelpa e a TV Liberal. Por Diário do Pará – 08 de fevereiro de 2007
O promotor de Justiça Nelson Medrado anunciou, ontem, que vai recorrer da sentença da juíza Rosileide Filomeno, da 21ª Vara Civil, que julgou improcedente a Ação Popular contra o convênio entre a Funtelpa e a TV Liberal. Pelo convênio, o governo pagou à TV Liberal, nos últimos dez anos, mais de R$ 30 milhões para que ela usasse as retransmissoras públicas para transmitir sua programação ao interior. Isso mesmo: o governo é que pagava. Mesmo assim, a juíza entendeu que o convênio é legal e não provocou prejuízos ao erário.
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Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br Coordenador: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915) Colaboraram nesta edição: José Garcia Lima (RJ), J. R. Ripper (RJ), Rogério Almeida (PA) e Sérgio Domingues (RJ). Estagiária: Marcela Figueiredo Edição gráfica e envio: Luisa Santiago Web-designer: Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
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Carta de uma moradora de uma favela carioca á equipe da novela Vidas Opostas
Veja esconde cratera de Alckmin com cachorro
NPC Informa
A ONG carioca PACS produz e distribui cartilhas, fotonovelas e filmes para ensinar uma nova Economia
Radiografia da Comunicação Sindical
Sindicato dos Engenheiros do Rio faz 75 anos. Entrevista com Rafael Martí, editor do Jornal dos Engenheiros.
Por Dentro da Universidade
*Estado, Desenvolvimento e Globalização,* novo livro de Reginaldo Moraes
Pérolas da edição
Joseph Goebbels, Marcela Figueiredo, Ivana Bentes e Amilton Carvalho.
Entrevista
Sobre a moda de colocar pobres na TV. A periferia, como convém.
Proposta de Pauta
Mais uma neurose sobre a violência: chantagens e seqüestros pelo telefone.
De Olho Na Vida
Despejo na Prestes Maia, em São Paulo, da maior ocupação vertical da América Latina é iminente
Imagens da Vida
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Jornal dos EUA sofre prejuízo trimestral de US$ 648 milhões
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