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Boletim do
NPC —
Nº 1
— De 1 a 15/4/2002
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
A Comunicação que queremos
Rio de Janeiro terá mostra de Imprensa Sindical dos últimos 15 anos Duas
frases revelam o pensamento do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) ao
idealizar a Mostra que está organizando juntamente com a CUT Rio de Janeiro, o
Sindipetro/RJ, o Sindicato dos Bancários do Rio, o SINTUFRJ e o Programa de Pós-Graduação
em Serviço Social / Petres, da UERJ, sobre Imprensa Sindical nos últimos 15
anos, em comemoração
ao 1º de Maio. A primeira, “a memória é uma vacina contra a morte”, é do
sub-comandante Marcos e a segunda, de Hamilton Pereira, “somos a memória de
nossas lutas”.
O
objetivo central desta exposição é mostrar a riqueza da imprensa produzida
pelos sindicatos para preservação da memória das lutas dos trabalhadores.
Queremos, com exemplos práticos, ressaltar o papel desta imprensa para a
disputa de hegemonia que a classe trabalhadora se propõe a fazer na sociedade.
A
inauguração será no dia 30 de abril, às 19h,
com debate e coquetel. Materiais para a exposição devem ser enviados para o
NPC: Rua Evaristo da Veiga, 16 sala 1.601 CEP. 20.031-040 a/c Mostra.
Local:
sede antiga do Sindipetro/RJ. Av. Presidente Vargas, nº 502/ 20º andar.
Período: de 30 de abril a 30 de maio.
Novo jornal alternativo no RJ: Sul Fluminense tem Outras Palavras Foi lançado no dia 4 de março, em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, o jornal
Outras Palavras. A publicação é uma iniciativa do Comitê Intersindical Sul
Fluminense da CUT, que reúne vários sindicatos de trabalhadores da região,
como bancários, trabalhadores da construção civil, químicos, siderúrgicos,
profissionais da educação, metalúrgicos de Barra do Piraí e Federação
Interestadual dos Metalúrgicos. A primeira edição do Outras Palavras traz matérias
sobre a dengue e a candidatura de Roseana Sarney. O jornal terá periodicidade
mensal e será distribuído nas diversas categorias e para a população das
principais cidades da região.
O Avesso da Mídia
CUT quer o fim do atrelamento sindical na CLT, mas defende a ampliação dos direitos A
CUT nasceu em 1983 contra a estrutura sindical oficial. A legislação que
impunha essa estrutura oficial estava na CLT. E era essa parte da CLT que queríamos
ver extinta. Em momento algum, os fundadores da CUT atacaram direitos como o 13o
salário, FGTS, férias etc. Ao contrário, a luta no final dos anos 70 foi pela
ampliação desses direitos. Uma luta que combinava reivindicações econômicas,
denúncia da estrutura sindical e combate à ditadura militar. A grande mídia
distorce esses fatos e tenta colocar a CUT na defensiva. Diz que é irônico o
fato de defendermos algo que até ontem queríamos destruir. Isso é mentira.
Temos que dizer em nossos meios de comunicação que em direito não se mexe. E
se existe algo errado na CLT, são os 100 artigos relativos à estrutura
sindical.
Leia
artigo sobre este assunto em nossa página
Dinheiro da CPMF não vai para setores sociais O
governo e seus porta-vozes na grande mídia alegam que a não aprovação da
CPMF vai deixar milhões sem atendimento médico, aposentadoria, bolsa-escola
etc. Mas não é isso que os números de 2001 indicam. No
1o semestre de 2001, o governo arrecadou R$ 7,89 bilhões com a CPMF. Mas
somente R$ 2,09 bilhões foram investidos em saúde e previdência. Ou seja, 74
% da CPMF foram desviados. E tem mais. O Fundo Contra a Pobreza não recebeu um
tostão.
Para
onde foram os quase R$ 6 bilhões que estão faltando? Acertou quem respondeu
que foram usados pagar os juros das dívidas interna e externa.
Dados
baseados em denúncias feitas pelo deputado federal Sérgio Miranda (PC do B-MG)
Comunicando para milhões
Mato Grosso tem mais de 10 mil escravos
Fiscais
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) libertaram, na semana passada, 158
safristas que viviam sob regime de escravidão na fazenda do Prata, em Pedra
Preta, a 260 quilômetros de Cuiabá (MT). Por decisão do Ministério, cada um
deles deverá receber, em média, R$1,6 mil pelos dois meses de trabalho na
colheita de algodão. A coordenadora do Grupo Especial de Fiscalização Móvel
do MTE, Marinalva Cardoso Dantas, estima que outras 10 mil pessoas estejam
trabalhando em regime escravidão, na região sul de Mato Grosso, só neste período
de safra. "Vistoriamos dez fazendas, cada uma com pelo menos 200 safristas
empregados, e em todas elas verificamos trabalho degradante", explica. Na
fazenda do Prata, por exemplo, os trabalhadores não tinham carteira assinada,
nem acesso a água potável, eram mal- alimentados e dormiam debaixo de
chuva.Conforme o auditor do Grupo Especial, Rodrigo de Carvalho, a maioria dos
safristas foi agenciada em Estados do Nordeste brasileiro, com a promessa de
ganho fácil, e melhores condições de vida longe das mazelas da seca. (Najla
Passos- Cuiabá/MT)
Trabalhador morre prensado na Cosipa, em Cubatão
O
trabalhador Hélio Barbosa de Carvalho morreu na área industrial da Cosipa
(Companhia Siderúrgica Paulista), em Cubatão (SP), no dia 17 de março. Ele
foi prensado por uma ponte rolante no pátio de placas do lingotamento contínuo
da aciaria II. Hélio Barbosa trabalhava para uma empreiteira da Cosipa, a
Sankyu, como operador de ponte rolante há dois anos e meio. Hélio tinha 41
anos de idade, era casado e tinha duas filhas.
A
diretoria do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista está
preocupada com o número de acidentes na área da siderúrgica paulista.
“O
sindicato está entrando com representação junto ao Ministério Público do
Trabalho. Queremos saber: se todos os acidentes ocorridos na Sankyu estão sendo
devidamente registrados; se o efetivo da empreiteira é adequado ao ritmo de
produção; se as folgas estão sendo respeitadas; se há excesso de hora extra
e se os trabalhadores estão recebendo o devido treinamento”, diz o presidente
do sindicato, Uriel Villas Boas. Segundo denúncias que chegaram ao Sindicato, Hélio
deveria estar de folga no dia do acidente. (Rosângela Ribeiro Gil- Santos/SP)
De Olho No Mundo
Embaixador da Palestina viaja pelo Brasil
A
presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça Estadual, Márcia Magalhães
participou da palestra que o embaixador da Palestina no Brasil, Musa Amer Oden,
proferiu, em Belo Horizonte, sobre a situação da Palestina no Mundo. O
embaixador falou sobre uma realidade que os meios de comunicação não
divulgam. Segundo ele, o que ocorre entre a Palestina e Israel não é uma
guerra, mas sim um massacre. Muito diferente da situação dos israelenses que
contam com o apoio americano e inglês, os palestinos não possuem armas e
atacam os tanques com pedras.
Oden não entende porque a ONU não intervem na
questão. O povo Palestino anseia pela paz e pelo direito a ter uma pátria. Nas
cidades dominadas por Israel as mulheres grávidas não podem entrar nos
hospitais e têm seus filhos nas ruas.
No
Rio de Janeiro, o embaixador recebeu, no dia 1º de abril, a 14º Medalha Chico
Mendes, outorgada pelo Grupo Tortura Nunca Mais. Para entrar em contato com o
embaixador, escreva para o e-mail embpalestina@uol.com.br
(Equipe Sinjus/MG)
Artista palestino fura o cerco militar israelense para participar da Bienal Sliman
Mansour, representante da Palestina na 25º Bienal Internacional de São Paulo
furou o cerco militar israelense e já está em São Paulo. “Participar desta
mostra no Brasil e muito importante para o povo palestino”, diz o artista. Em
1981, quando abriu sua primeira exposição em Ramallah, a exibição ficou
apenas quatro horas. O Exército israelense fechou a mostra alegando uso ilegal
das cores vermelha, verde, branca e preta (cores da bandeira palestina). A sala
do palestino está no segundo pavimento do prédio da Bienal, no Parque do
Ibirapuera. (Walid Shukair- Instituto Jerusalém) walid@uol.com.br
Opinião: Novos artigos em nossa página
MST mostra o Brasil em Semana de Cultura Brasileira e da Reforma Agrária
A programação
foi extensa. De 18 a 24 de março, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) cedeu o palco de seu principal teatro e outras dependências para a
Semana Nacional de Cultura Brasileira e Reforma Agrária. Um evento idealizado e
organizado pelo MST e apoiado pela Uerj, Funarj (Fundação de Artes do Rio de
Janeiro) e Faperj (Fundação de Amparo à pesquisa do Rio de Janeiro). Outros
locais da cidade, ou fora dela, como foi o caso de Niterói, também abrigaram
atividades da Semana de Cultura. Debates, exposições e mostras de vídeo
rolaram pela UFRJ, UFF, Museu da Imagem e do Som e Cinelândia (Cinema Odeon).
Leia
a continuação deste artigo em nossa página
Veja em nossa página
-
Comunicar
com a categoria ou com a sociedade? Artigo de
Paulo de Tarso Riccordi
-
Neoliberalismo – a fala do capital financeiro - Artigo de Reginaldo C. Moraes
-
Queremos mais liberdade sindical para ampliar direitos
da CLT - Artigo de Sérgio Domingues
-
Dicas: Livros, Vídeos e verbetes do Manual de
Linguagem Sindical
Seja bem vindo ao http://www.piratininga.org.br
Expediente
Coordenação:
Sérgio Domingues
Diagramação: Edson Dias Neves
Colaboraram
nesta edição: Álvaro Britto, Najla Passos, Rosângela Ribeiro Gil e equipe do
Sinjus/MG
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