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Boletim do NPC
— Nº 74
— De 1 a 15.9.2005
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias
do NPC
Um
povo que tentou construir um Chile diferente
Neste
domingo, dia 11 de setembro, o Projeto Domingo é Dia de Cinema
vai exibir o filme Machuca. Gonzalo Infante e Pedro Machuca têm
a mesma idade, 11 anos, e estudam na mesma escola de elite em Santiago.
Gonzalo, por direito divino: nasceu rico. Machuca frequenta aquela escola
porque o padre McEnroe decide fazer uma integração entre
pobres e ricos e aceita filhos das famílias do povoado. Entre os
dois nasce uma forte amizade. Não forte o suficiente, porém,
para superar a diferença de classe.
Em 11 de setembro de 1973 um
golpe militar liderado por Augusto Pinochet derrubou o socialista Salvador
Allende. O país mergulhou na mais sangrenta ditadura da América
Latina junto com a Argentina. Ambas implantadas com o apoio da CIA. O Projeto
Domingo é Dia de Cinema é uma iniciativa do Projeto
Escola do Grupo Estação, Pré-vestibulares comunitários
e Núcleo Piratininga de Comunicação. Acontece uma
vez por mês, sempre às 9h, no Cinde Odeon-BR, na Cinelândia.
Núcleo
Piratininga participa de debate na Federação dos Bancários
do Rio
As secretarias
de Imprensa e de Formação da Federação
promovem a palestra: “A Imprensa nos Sindicatos da CUT”, com a editora
do Boletim do NPC, Claudia Santiago, no dia 13 de setembro, às 14h,
em sua sede. Após o debate haverá uma reunião entre
as secretarias de imprensa dos sindicatos e a secretaria de imprensa da
Federação para formular a estratégia de informação
da categoria no estado. Ao término dos trabalhos, lanche de confraternização.
11º
curso anual do NPC vem aí: de 1 a 4 de dezembro
O Núcleo
Piratininga de Comunicação vai realizar o 11º Curso
de Atualização em Comunicação Sindical, Comunitária
e Alternativa de 1 a 4 de dezembro, no Rio de Janeiro.. O tema deste ano
é “Os desafios da comunicação de esquerda no Brasil
de hoje”. O curso pretende dar subsídios para nossa luta contra-hegemônica
nos dias de hoje. Nossa comunicação alternativa em sindicatos,
movimentos sociais e vários tipos de organizações
é uma das duas pernas da construção da hegemonia que
os trabalhadores precisam construir. O curso terá três dias
de duração. Começará na quinta, dia 1º,
pela manhã. Na quarta, dia 30 de novembro haverá um dia opcional
com quatro oficinas práticas sobre comunicação sindical
/ comunitária. Esse dia é destinado principalmente (mas não
exclusivamente) a jornalistas sindicais. Coloque na agenda. Já está
confirmada a participação de Reginaldo Moraes, Teotônio
dos Santos, Carlos Nelson Coutinho, Virgínia Fontes, José
Arbex Jr., Carla Luciana Silva, Henrque Acker, Gabriel Priolli, Pedrinho
Guareschi, Marcos Dantas, Beto Almeida, João Pedro Stédile,
Gustavo Codas, Adelaide Gonçalves e Hamilton Pereira.
A Comunicação
que queremos
Bancários
de Pernambuco lançam site sobre assédio moral
28 de
outubro é o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral. O site
do projeto sobre Assédio Moral na categoria bancária já
está no ar. Lá, o visitante vai encontrar vasto material
sobre o projeto e sobre o tema. A Cartilha sobre assédio moral é
um deles. O projeto é do sindicato de Pernambuco, com apoio da Confederação
Nacional dos Bancários (CNB). O endereço do site é
www.sindbancariospe.com.br/assediomoral.htm
Revista
Fórum faz quatro anos
A Revista
Fórum e a Apeoesp convidam para o coquetel de aniversário
de quatro anos da revista e apresentação do seu conselho
editorial. Na noite de gala, haverá debate com o jurista Dalmo Dallari
sobre o atual estado da democracia brasileira, no auditório da Apeoesp,
que fica na Praça da República, nº 242, no coração
de São Paulo. Dia 14 de setembro, às 19h30. Para ler mais
ou conhecer a revista, visite o www.revistaforum.com.br
De Olho Na Mídia
Longa
vida aos jornalistas Antônio Werneck e Gustavo Goulart
No dia
4 de setembro tivemos uma grata surpresa. Uma denúncia que a Rede
Nacional de Jornalistas Populares (Renajorp) havia recebido poucos dias
antes estava na primeira página do jornal carioca O Globo:
“Preso é forçado a garantir a própria segurança
no Rio”.
“Apesar
de leis que obrigam o estado a zelar pela proteção do detento,
presos são obrigados a assinar uma declaração na qual
assumem total responsabilidade por sua integridade física na carceragem
da Polinter, no Centro do Rio. A denúncia formal, que ainda inclui
"tratamento cruel, desumano e degradante", foi apresentada semana passada
à Organização das Nações Unidas (ONU)
por quatro entidades: Justiça Global, Laboratório de Análise
da Violência da Uerj, Grupo Tortura Nunca Mais e Associação
Pela Reforma Prisional (ARP) do Rio.” Assim começou a matéria
dos repórteres Antônio Werneck e Gustavo Goulart.
Na edição
de 7 de setembro, Dia do Grito dos Excluídos, a dupla nos informa
que “além de serem obrigados a se responsabilizar pela sua própria
integridade física ao ingressar na carceragem da Polinter, na Gamboa,
os presos, ao serem soltos, também tinham que assinar um outro documento.
Dessa vez, atestando estarem em plenas condições físicas
e mentais. Isso sem avaliação médica e depois de terem
ficado encarcerados num local fétido, sem sol e espremidos em 21
celas com 1.685 presos, muitos deles doentes. Até o início
desta semana, a declaração, sem validade jurídica,
era carimbada no alvará de soltura do detento.”
De acordo
com esta segunda reportagem as duas declarações teriam sido
abolidas pelos responsáveis pela carceragem da delegacia depois
da denúncia publicada no dia 4.
Desejamos
longa vida aos dois jornalistas e que muitas matérias como essas
sejam produzidas ao longo de sua carreira // Claudia Santiago
Revista
Veja: criatividade ZERO
A montagem
foi enviada por Jamil, diagramador do SINTUFRJ. Pelo jeito, a falta de
criatividade não é só da Veja. FIESP e OAB participaram,
juntamente com o PSDB, PFL, Força Sindical e outros de um ato contra
a corrupção na Praça da Sé em São Paulo,
no último dia 6. Lição de casa: descubra quais dessas
forças participaram da Marcha pela Família com Deus pela
Liberdade, em 1964.
Democratização
da Comunicação
Rede
articula mobilização contra ministro das comunicações
Acaba
de ser criada a lista foraheliocosta@yahoogrupos.com.br, destinada a articular
um ato público pela demissão do ministro das Comunicações,
Hélio Costa (PMDB-MG). O ato será realizado no dia 21 de
setembro, quarta-feira, em homenagem à padroeira das rádios
livres e comunitárias, Santa Efigênia, que dá nome
a uma rua de SP onde se vendem os equipamentos eletrônicos mais baratos
do Brasil para montagem de transmissores. O local ainda será definido,
provavelmente Praça XV ou Cinelândia, no Centro, Rio de Janeiro.
Para se associar à lista envie uma mensagem para foraheliocosta-subscribe@yahoogrupos.com.br
// Por Bruno Zornitta
Abaixo-assinado
pede demissão do ministro das Comunicações
Em seis
dias, quase três mil pessoas subscreveram o documento virtual que
pede a destituição de Hélio Costa (PMDB-MG) do cargo
de ministro das Comunicações. O abaixo-assinado eletrônico
foi criado pelo engenheiro eletrônico Milton Maldonado Jr., defensor
do software livre, e está em segundo lugar na lista dos mais ativos
do saite www.petitiononline.com. O documento denuncia o fato de Hélio
Costa defender os interesses da mídia corporativa, nacional e internacional,
e estar abrindo mão da soberania tecnológica do país
em favor de grandes corporações. Nesse sentido, o ministro
sinalizou que pretende abandonar a idéia do Sistema Brasileiro de
TV Digital (SBTVD) e adotar um dos padrões estrangeiros já
existentes, assim como boicotar os projetos de implantação
de softwares livres e de inclusão digital do governo, agradando
especialmente à Microsoft. Para conhecer o documento que pede a
demissão de Hélio Costa, acesse http://www.petitiononline.com/helcosta/
// Por Bruno Zornitta
XII
Plenária do FNDC será em Belo Horizonte
A XII
Plenária do Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação (FNDC) será realizada entre os dias
28 e 30 de outubro, em Belo Horizonte (MG). O evento contará com
as participações da Campanha Ética na TV, FENAJ, ABTA,
ABTU, ABPI-TV,CUT, CNBB, MST, CFP, FITERT, entre outras entidades. Para
participar da XII Plenária com direito à voz e voto, estarão
aptos os delegados escolhidos pelos Comitês Regionais pela Democratização
da Comunicação e também os delegados indicados pelas
Entidades Nacionais associadas ao Fórum. Aos observadores indicados
por entidades nacionais e regionais, associadas ou não ao Fórum,
e aos observadores individuais está garantido o direito à
voz. A Coordenação Executiva do Fórum aceitará
a associação de todas as Entidades Nacionais, Comitês
e Entidades Regionais que o requererem, assim como a inscrição
para participação na XII Plenária, conforme critérios
preestabelecidos. Informações: imprensa@fndc.org.br
NPC Informa
Prensa
debate crise política e projeto polêmico em Foz do Iguaçu
Já
está circulando a edição 16 do Prensa, o informativo
da Subseção de Foz do Iguaçu e Região do Sindicato
dos Jornalistas do Paraná. Dirigido a todos os segmentos da sociedade,
o jornal tem doze páginas e contém textos sobre temas que
repercutem no município e no país. O conteúdo pode
ser lido no site www.guiafoz.com.br/prensa ; Em âmbito local, o debate
em torno da proposta de mudança do nome da cidade. Na opinião
do jornalista Jackson Lima, a proposta reflete “uma mudança de identidade.
Falta de personalidade. Não se encontram casos na literatura internacional
que apontem para cidade ou países que mudaram de nome para facilitar
a leitura de turistas estrangeiros”.
O governo
federal aparece no informativo no texto do jornalista Nelson Figueira.
Ele escreve sobre a tese de doutorado da colega Luciana Panke, que analisou
os últimos 30 anos de discursos de Lula. A pesquisadora constatou
a mudança no pensamento e na fala do presidente ao longo do tempo.
As exposições dos repórteres-fotográficos Áurea
Cunha e Caio Coronel também são divulgadas no informativo,
que é distribuído gratuitamente em bancas de revista, órgãos
públicos, instituições de ensino superior e empresas
jornalísticas.
Entre
Muros e Favelas e Um ano e Um dia selecionados para Mostra Internacional
Os filmes
Entre Muros e Favelas e Um ano e um dia foram selecionados
para a 10ª Mostra Internacional do filme etnográfico. O primeiro
retrata a violência no Rio de Janeiro e o segundo conta a história
da Ocupação 17 de maio. Ambas as histórias são
vividas na cidade do Rio de Janeiro. A Mostra será inaugurada nesta
terça-feira, dia 13, e vai até o dia 22, com exibição
de filmes e vídeos no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Museu
da República, no Arte SESC Flamengo e no Memorial Getúlio
Vargas. Informações: info@mostraetnografica.com.br. Para
comprar Entre Muros e Favelas entre em contato com frentedelutapopular@bol.com.br
Jornalista
é demitida por denunciar crimes ambientais em Mato Grosso
A jornalista
Juliana Arini foi demitida do jornal Folha do Estado (MT), na última
semana, por denunciar crimes ambientais no Estado. Conforme a jornalista,
“sua demissão está ligada a uma espécie de operação
abafa crime ambiental, em curso em Mato Grosso”. O crime denunciado por
ela é a construção de uma Usina Hidrelétrica
no complexo de cachoeiras de Dardanelos, no município de Aripuanã,
norte do Estado. Considerada como a Foz do Iguaçu mato-grossense,
a região, além de pertencer ao Programa Nacional de Ecoturismo
(Proecotur), está dentro de uma porção ainda preservada
da Amazônia legal e de grande importância ambiental.
De acordo
com a jornalista, Eletronorte, Odebrecht e o Governo do Estado vem movimentando
mundos e fundos para construírem uma Usina Hidrelétrica ao
lado das cachoeiras, rebaixando a vazão dos saltos e transformando-os
em dois filetes de água. Ainda segunda a jornalista, a previsão
dos especialistas é que podem chegar a 70 os crimes ambientais decorrentes
da obra. Contatos com a jornalista pelos telefones (65) 3624-4211/9226-8015.
// Najla Passos – Cuiabá
Comunicação
social e política é tema de curso em Pouso Alegre (MG)
No dia
17 de setembro, será realizado o módulo “Os meios de comunicação
social e a política”, dentro do curso de Formação
Política, promovido pela Arquidiocese de Pouso Alegre e Centro de
Assessoria Sapucaí. O curso será ministrado pelo jornalista
e professor da PUC de Campinas Carlos Gilberto Roldão, das 9h às
17h, no Colégio CNEC Pitágoras, Praça Alcides Mosconi,
em Pouso Alegre. O professor Carlos Gilberto leciona na Faculdade de Jornalismo
da PUC/ Campinas, nas disciplinas de jornalismo sindical, jornalismo comunitário
e Políticas de comunicação. Obteve o título
de Mestre pela Universidade Metodista de São Bernardo do Campo (SP).
informações e inscrições pelo telefone (35)
3421-1248. // Suzana Coutinho: suzanacoutinho@pop.com.br
UNIRR
promove curso no Rio
A ONG
UNIRR está com vagas abertas para as aulas de locução,
texto, reportagem, entrevista, produção, técnica vocal,
radioteatro e esporte no rádio no curso Comunicador Integral, com
duração de seis meses. A entidade tem dez anos de experiência
na capacitação de radialistas. Na equipe de professores estão
Marcus Aurélio (apresentador e gerente da Rádio Globo), Felipe
Barreto (apresentador da TV Alerj) e Luciana Gabardo (Cantora lírica
e coordenadora de assinaturas da Orquestra Sinfônica Brasileira),
entre outros. Informações: (21) 2544-8415 / www.unirr.org
Boitempo
realiza II Seminário Margem Esquerda
A Boitempo
Editorial, como parte das comemorações pelos seus 10 anos
de existência e na ocasião do lançamento do sexto número
da revista Margem Esquerda, promoverá de 27 de setembro a 5 de outubro
de 2005 o II Seminário Margem Esquerda, que tem por tema
As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen:
a obra indisciplinada de Michael Löwy. Os debates irão
ocorrer em São Paulo (anfiteatro da História, USP), em Araraquara
(Unesp) e em Campinas (Unicamp). Participarão do seminário:
Leda Paulani, Roberto Schwarz, Emir Sader, Ricardo Antunes, Paul Singer,
Alfredo Bosi, Carlos Nelson Coutinho, Maria Elisa Cevasco, entre outros.
Informações: (11) 3875-7285 / 9626-2724 ou no site www.boitempoeditorial.com.br
Quatro
Vertentes: sucesso em São Paulo
Foto:
arquivo..
O
Grupo Quarto Vertentes, que vem fazendo sucesso na cidade de São
Paulo, se apresenta no dia 9 de setembro, no Café Bexiga, a partir
das 21h30. Rua 13 de maio nº 76, Bexiga. No domingo, dia 11, estarão
no Bistrô Nordestino, a partir das 13h30. Rua Álvaro Anes
nº 91, em Pinheiros.
Paraná
terá primeira Universidade Tecnológica Pública do
país
O Centro
Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet)
deverá se transformar na primeira Universidade Tecnológica
do Brasil. Está em andamento no parlamento brasileiro o processo
de transformação da instituição de ensino em
universidade. O projeto de lei enviado pelo Governo Federal já venceu
quatro comissões na Câmara dos Deputados e outras duas no
Senado. Na próxima semana será discutido no plenário
do Senado, quando, finalmente, deverá ser encaminhado à presidência
da República. Acredita-se que no prazo de três semanas o projeto
de lei, que tem o apoio do governador do Paraná, Roberto Requião,
deverá ser sancionado pelo presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva. A partir da sanção presidencial,
o Paraná será sede da primeira universidade tecnológica
do país. O Cefet/PR foi criado há 96 anos, inicialmente como
Escola de Aprendizes e Artíficies, um centro de ensinar a fazer
para os desprovidos da sorte // TIE-Brasil: www.tie-brasil.org
Por Dentro da Universidade
Intercom
debate ensino e pesquisa em comunicação
Segue
até sexta-feira, 09/09, na UERJ, o XXVIII Congresso Brasileiro de
Ciências da Comunicação, o Intercom. Maior evento de
pesquisa em comunicação do país. Este ano o tema é
Ensino e Pesquisa em Comunicação. O congresso teve início
com o Colóquio Brasil Estados Unidos, que possibilitou a troca de
experiências sobre as tendências de pesquisas de comunicação
nos dois países. Dentre os temas as semelhanças e diferenças
entre as duas escolas de jornalismo.
Em tempos
em que a comunicação assume cada vez mais espaço nas
relações sociais o ensino precisa debater seu papel e também
suas limitações. Formar profissionais mais conscientes das
influências da comunicação na sociedade ou formar profissionais
mais técnicos? Essa questão também fez parte da pauta
do colóquio. Não é tarefa simples nesse contexto definir,
por exemplo, novos projetos pedagógicos na área.
Entretanto,
o Intercom trouxe outras dezenas de pautas que disputam espaços
até sexta-feira. A publicidade, as relações públicas,
os sistemas de informação, a comunicação inter-perssoal,
as políticas de comunicação, a democratização
dos meios, as comunicações alternativas. Enfim, todo esse
grande leque faz parte das atividades do congresso.
Seria
importante aproximar cada vez mais a população e os movimentos
organizados da sociedade nesse debate para que ele pudesse transpor o ambiente
das universidades. Afinal de contas, alunos, pesquisadores, professores
e profissionais da área estão debatendo assuntos ligados
diretamente ao cotidiano de todos nós.
Não
é à toa que o último encontro nacional sobre direitos
humanos realizado em Brasília no mês de agosto teve como tema
a comunicação. Assim como os transportes públicos
e a coleta de lixo, a comunicação nos interpela todos os
dias. Mas ela não ainda ocupa lugar de discussão nas escolas,
nos sindicatos, nas conversas nas associações de bairro.
Esse é um desafio. // Por Mário Camargo, do Intercom.
De Olho Na Vida
CPT
denuncia prisão de trabalhadores no Pará
Em nota
à imprensa, a CPT denunciou a prisão dos irmãos Miguel
e Francisco Valentino dos Santos pela polícia civil, na Gleba 53,
área do projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança,
local onde também foi assassinada Irmã Dorothy Stang. As
terras estão em processo judicial. Segundo a CPT, a ação
teria sido realizada em parceria da Policia Civil de Anapu com o fazendeiro
e madeireiro Luiz Ungaratti, que chegou a ser citado como um dos envolvidos
no assassinato da irmã Dorothy Stang. A prisão dos trabalhadores
ocorreu no último dia 28 de agosto.
Caveirão
em debate no Rio de Janeiro
Nesta
sexta-feira, 9 de Setembro, às 14h, o Centro Cultural Areal Livre
de Acari exibe o programa feito por Regina Casé, sobre crianças
que têm "Medo do Caveirão". Local: Rua da União, nº
4, no Parque Acari. Depois da exibição, haverá uma
Roda de Conversa com famílias de vítimas de violência
nas favelas do Rio de Janeiro. O caveirão é um carro blindado
da Polícia Militar usado para aterrorizar os moradores de favelas.
“A gente tem tanto medo que chega a sonhar com o caveirão”, afirmou
tremendo Lúcia Nunes (nome fictício), moradora do Complexo
da Maré, quando viu o carro desfilar neste 7 de setembro, na Parada
Militar, sob as vaias do Grito dos Excluídos.
De Olho No Mundo
Manipulações
dos EUA contra a Venezuela
A Assembléia
Geral da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) aprovou
uma Moção de Repúdio às pressões do
governo do George W. Bush sobre o governo constitucional e democrático
do presidente Hugo Chávez Frías. Na Moção,
a ABI sugere alertar aos jornalistas brasileiros para que não aceitem
a manipulação informativa em torno do que acontece hoje na
Venezuela.
Memória
Em
homenagem a Salvador Allende e Victor Jara, entre tantos outros
O
Núcleo de Projetos Especiais em Educação e Cultura
(NUPEC) da UNIRIO, em parceria com o Centro Cultural Antônio Carlos
Carvalho (CeCAC), promoveu no dia 6 de setembro, a exibição
do filme Chove Sobre Santiago, de Helvio Soto. A obra faz alusão
aos fatos ocorridos no Chile em 11 de setembro de 1973 e deve ser vista
por todos os que querem o bem da humanidade. O filme é um dos mais
chocantes produzidos sobre o Golpe do Chile.
-
Chile,11 de setembro
de 1973: atentado contra o povo mata 30 mil.
-
EUA, 11 de setembro
de 2001: atentado contra as Torres Gêmeas mata quase 3 mil.
Dois atentados.
Dois fatos históricos diferentes. O do Chile foi cometido há
32 anos e anda meio esquecido. Vale relembrá-lo.
Em 11
de setembro de 73, a mais sólida democracia da América do
sul sofreu um atentado que deixou uns 30 mil mortos no seu rasto. O Chile
foi vítima de um golpe militar, perpetrado pelas três Forças
Armadas, com o objetivo de quebrar a esperança de se construir um
país socialista pela via eleitoral.
Salvador
Allende, após três derrotas, venceu as eleições
presidenciais em 1970. O imperialismo americano não podia permitir
que a “via chilena para o socialismo” vingasse e fosse um exemplo para
a América Latina. Por isso, junto com a burguesia chilena conspirou
e chamou os militares para acabar com aquela experiência. Allende
foi derrubado. O Palácio de la Moneda, assim como várias
fábricas onde estavam trabalhadores dispostos a resistir, foram
bombardeados.
Com o
golpe, dezenas de milhares de pessoas foram presas, torturadas e exiladas.
Se calcula que de 10 a 30 mil foram assassinados ou se tornaram os famosos
desaparecidos, vitimas da ditadura do general Pinochet. A esquerda
foi quebrada.
Com isso
os Estados Unidos puderam dirigir tranqüilamente a economia chilena,
sem freios. O Chile foi o primeiro país do mundo onde se implantou
o projeto neoliberal. Os famosos Chicago Boys, os defensores da
doutrina neoliberal, liderados pelo economista Milton Friedman ali testaram
os resultados dos planos neoliberais.
Tudo isso
exigiu um atentado terrorista contra a esquerda e o povo chileno que custou
30 mil mortos. Dez vezes mais do que o número de mortos no atentado
em Nova Iorque em 2001, quando caíram as duas Torres Gêmeas
e que, com razão, comoveu o mundo.
Victor Jará,
o cantor de Venceremos
Há
vários filmes dobre o Golpe do Chile de 1973. O mais recente é
Machuca, mas há outros quase clássicos: Chove sobre
Santiago, Missing - O desaparecido e A Casa dos Espírito.
Em Chove sobre Santiago, uma das cenas mais chocantes é a
de milhares de presos, no dia 11 de setembro, amontoados no Estádio
Nacional de Santiago. Muitos foram mortos sob tortura ou com um tiro na
nuca ali mesmo. Outros seguiram para várias prisões ou acabaram
sendo jogados vivos ao mar de aviões militares.
No estádio
um dos presos era o cantor e poeta Victor Jará. Os torturadores
lhe deram um violão e o forçaram a cantar o Hino da Unidade
Popular que tantas vezes ele tinha cantado junto com o povo. Victor Jará
teve suas mãos cortadas para nunca mais, com seu violão,
cantar Venceremos.
Santa Maria de Iquique:
um massacre em 1907
A matança
da Escola Santa Maria, na cidade de Iquique, no norte do Chile é
um dos fatos mais trágicos vividos pelos trabalhadores chilenos.
Foi no dia 21 de dezembro de 1907. Foram assassinados mais de 3.000 trabalhadores
do salitre, que estavam em greve por melhores salários e para que
se mudasse o sistema de pagamento de vales para dinheiro.
Trecho
da Cantata Santa María de Iquique,
de Luis Advis
“Vamos
mujer / Partamos a la ciudad.
Todo
será distinto, no hay que dudar.
No hay
que dudar, confía, ya vas a ver,
porque
en Iquique todos van a entender.
Toma mujer
mi manta, te abrigará.
Ponte
al niñito en brazos, no llorará.
va a
sonreir, disle cantarás un canto,
se va
a dormir.
Qué
es lo que pasa?, dime, no calles más.
Largo
camino tienes que recorrer,
atravesando
cerros, vamos mujer.
Vamos
mujer, confía, que hay que llegar,
en la
ciudad, podremos
ver todo
el mar.
Dicen
que Iquique es grande como un salar,
que hay
muchas casas lindas te gustarán.
Te gustarán,
confia como que hay Dios,
allá
en el puerto todo va a ser mejor.
Qué
es lo que pasa?, dime, no calles más.
Vamos
mujer, partamos a la ciudad.
Todo
será distinto, no hay que dudar.
No hay
que dudar, confía, ya vas a ver,
porque
en Iquique todos van a entender.”
(http://www.angelfire.com/sd/par/cantata.html)
Pérola da
edição
É
dever de todo trabalhador branco pular no pescoço de qualquer pessoa
que agrida negros ou que os persiga.
Mark
Naison, autor de “Communists in Harlem”, referindo-se a uma palavra-de-ordem
usada pelos comunistas norte-americanos na década de 1930 – do artigo
“To Fight Chauvinism Everywhere”, de Hassan Mahamdallie, na Socialist
Review de julho de 2005
Proposta de Pauta
Mais
de 2 mil sem-teto podem ser despejados a qualquer momento em São
Paulo
A maior
ocupação urbana do Brasil, que fica na rua Prestes Maia,
no Centro de São Paulo, pode receber ordem de desocupação
a qualquer momento. A coordenação do MSTC procurou a Secretaria
Municipal de Habitação e o Ministério das Cidades
para tentar impedir o despejo. O Conselho Tutelar entrou com uma liminar
para anular temporariamente a reintegração de posse alegando
que as 335 crianças e adolescentes terão o ano letivo prejudicado,
caso o despejo ocorra.
O prédio
foi ocupado em 2001 e hoje abriga 468 famílias, totalizando aproximadamente
2.500 pessoas. Segundo a coordenação do movimento, os proprietários
do edifício Jorge Hamuche e Eduardo Amorim não possuem escritura
do imóvel e devem R$ 5 milhões de IPTU aos cofres públicos.
Ainda assim, as autoridades se recusam a garantir a função
social do imóvel e reconhecer o direito à moradia das famílias.
// Agência Notícias do Planalto
Soja
transgênica gaúcha produz menos que convencional paranaense
A soja
transgênica gaúcha produziu na safra de 2005 cerca de 565
kg por hectare contra 2300 kg por hectare da soja convencional produzida
no Paraná. Calcula-se que atualmente somente 8% da safra gaúcha
seja de soja convencional. A diferença é tão gritante
que o governo do estado do Paraná lançou uma campanha na
TV para provar o quão prejudicial à economia são os
transgênicos e que a propalada maior produtividade da soja transgênica
não passa de balela da transnacional Monsanto, interessada apenas
em cobrar royaltes dos agricultores e mantê-los sob seu controle.
Os defensores
da transgenia podem até gritar e dizer que em 2005 o RS foi atingido
por uma grande seca, o que é verdade. Mas verdade também
é em 2004 a seca atingiu o PR e RS da mesma forma e a produtividade
paranaense foi maior que a gaúcha em 1100 kg por hectare. E aí?
Vão dizer o quê agora? Além de produzir menos, a soja
transgênica permite que a Monsanto cobre até R$ 0,88 por quilo
(R$ 44,00 por saca de 50 Kg) de soja transgênica produzida pelos
os agricultores que "oficializaram" sua plantação transgênica
ou 2% sobre o valor da safra total para aqueles que continuarem a usar
as sementes contrabandeadas da Argentina sem "legalizá-las" junto
a transnacional.
O argumento
econômico em favor da soja transgênica é cada vez mais
débil já que além de produzir menos e pagar royalties
o produtor do transgênico ainda perde 10% de bônus que algumas
empresas de moagem de soja estão pagando para ter o grão
convencional // TIE-Brasil: www.tie-brasil.org
Cartas ao NPC
Fórum
ONG/AIDs também lê o Boletim do Núcleo Piratininga
Agradecemos
o envio do Boletim e parabenizamos o Núcleo pela qualidade do mesmo.
// Roberto Pereira, do Centro de Educação Sexual – CEDUS
- Secretaria do Fórum ONG/AIDS RJ
Boletim
do NPC faz sucesso em Santa Catarina
Parabenizo
os editores, jornalistas e todos apoiadores do Boletim do NPC. Muito bem.
Sei que estou lendo algo que contribui e me acrescenta informações.
Também avalio a ótima qualidade, clareza e compactação
das matérias. Dá gosto ler. Continuem Assim // Wilson
Bortolotto
E
o pessoal da AAGRA também gosta
É
de muito valor que equipe AAGRA recebe essa mensagem pois estamos montando
o nosso boletim informativo. Forte Abraço. // Equipe AAGRA
Previdenciários
de Alagoas querem receber Boletim do NPC
Sou da
diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social em Alagoas
e faço parte do coletivo de formação sindical. Temos
interesse em receber regularmente os boletins desta entidade, cujas matérias
divulgadas são muito importantes para os cursos de formação
sindical. Atenciosamente, // Lúcia Maria dos Santos - SINDPREV-AL
Entrevista
Instabilidade
política: a pauta favorita das elites
O professor
Venício Lima, fundador do Núcleo de Estudos sobre Mídia
e Política da Universidade de Brasília, diz que a crise ganhou
vida própria e tem sido “conduzida entre aspas pela mídia”.
Brasil
de Fato – Como a mídia está tratando a crise?
Venício
Lima – A crise ganhou vida própria na mídia. A crise
tem sido – entre aspas – conduzida pela mídia. A competição
e a noção distorcida do papel do jornalista enquanto profissional
tem levado os jornalistas e as empresas de mídia, que buscam objetivos
políticos, mas também empresariais, a tratar a crise de forma
irresponsável.
BF
– Essa perseguição para associar o presidente Lula de qualquer
forma às denúncias seria da mesma intensidade se o presidente
fosse José Serra ou FHC?
Lima
– Com relação ao que já aconteceu com o FHC, pode-se
afirmar que não foi. Por circunstâncias específicas,
habilidade política, alianças, enfim, pela forma como o jogo
político é jogado, o presidente FHC conseguiu que as principais
CPIs – que atuariam no mesmo sentido de desvelar questões históricas
com relação a financiamentos de campanhas eleitorais, sobras
de campanha – não fossem instaladas no Congresso Nacional.
BF
– Se ficarmos 15 dias sem ler a Folha, o Estadão ou a Veja, a crise
muda de tamanho em nossa cabeça?
Lima
– Não precisa de 15 dias, dois já mudam totalmente nossa
percepção. Esse é um outro problema. Sobretudo por
parte dos políticos e das autoridades públicas, há
uma atenção demasiada à mídia impressa, em
particular, a um grupo pequeno, reduzido, que não chega nem a 12,
de homens e mulheres profissionais jornalistas, colunistas da chamada grande
imprensa. Essas pessoas reivindicam para si mesmas a expressão de
uma coisa abstrata, que eles chamam de opinião pública. Isso
é mais complicado do que parece à primeira vista. Porque
depois de dois, três meses de ataques diários, ao vivo e em
cores, a aprovação do presidente não sofreu nem de
longe a queda que esses mesmos colunistas anteciparam e desejam. Há
um descolamento entre o que pensa essa elite jornalística, que atribui
a si própria a expressão da opinião pública,
e a opinião pública real, verdadeira, da imensa maioria da
população.
BF
– Por que a TV Globo não bate de frente com Lula?
Lima
– Não posso provar, mas presumo que haja um acordo entre o governo
e as Organizações Globo dentro de certos limites. Se bem
que esse comportamento, às vezes, por impossibilidade de controle,
escorrega fora dessa perspectiva. A mídia tem interesses próprios
como ator político, mas por ser mídia, e ter capacidade de
tornar as coisas públicas, definir até o que é público
– que é o espaço da disputa política – ela representa
um conjunto de forças.
Por
Marcelo Netto Rodrigues, no Brasil de Fato - Edição Nº
128 - De 11 a 17/08/2005
Nova entrevista
em nossa página
Jornal
carioca Bafafá entrevista Fernando Morais
Bafafá.
Você já conseguiu resolver o imbróglio em torno de
seu livro "Na Toca dos Leões"?
Fernando
Morais.
Não, ainda não. Foram rejeitados todos os recursos interpostos
pelos ‘réus’ (a Editora Planeta, o publicitário Gabriel Zellmeister
e eu) na Justiça goiana, onde corre o processo movido contra nós
pelo deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO). Nossa expectativa é que os
autos cheguem logo ao STJ, um tribunal a salvo de pressões e ingerências
locais. Enquanto estiverem em Goiás, as esperanças são
mínimas.
Bafafá.
O que de fato incomodou a UDR?
Fernando
Morais. Não
foi a UDR quem se incomodou, mas seu criador, o deputado Caiado. A Justiça
goiana, a pedido dele, inovou em matéria de censura: mandou recolher
os livros em todo o Brasil e proibiu os réus de se manifestarem
publicamente sobre o assunto – razão pela qual estou impedido de
esclarecer aos leitores do Bafafá o que foi que tanto irritou o
deputado Caiado. Cada vez que infringir a ordem judicial, terei que pagar
uma multa de R$ 5 mil.
Bafafá.
Você acha que estamos vivendo uma “ditadura judicial” ?
Fernando
Morais.
É a censura togada. Mais perigosa que a da ditadura, porque vem
envolta em uma aura de “legalidade” que a dos militares não tinha.
Bafafá.
Como está vendo a imprensa alternativa no País?
Fernando
Morais.
É a única que está falando a verdade. Salvo uma exceção
aqui, outra acolá, a chamada grande imprensa se converteu em um
(ou vários) partido de direita.
Bafafá.
O que acha de uma publicação como o Jornal Bafafá?
Fernando
Morais.
É na crise, e não na bonança, que surgem publicações
independentes. Lembrem-se de que o Pasquim, Opinião,
Movimento e todos os demais veículos independentes da história
recente do Brasil nasceram sob a ditadura militar.
Para
ler a entrevista completa, visite: www.bafafa.com.br
Novos artigos em
nossa página
Empulhações
e promoções. Veja mentiu na “Carta ao Leitor”.
Por Alberto Dines
Com o
pomposo título de "Decisão histórica" [remissões
abaixo], a matéria de abertura da edição corrente
de Veja (nº 1920, de 31/8/2005), de responsabilidade do seu diretor,
informou que o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, mandou
arquivar um pedido de punição a seus jornalistas pelo conteúdo
de "reportagens políticas" publicadas há três semanas.
Não é verdade: não foram reportagens políticas,
muito menos reportagens. Foi um único artigo opinativo intitulado
"Quero derrubar Lula", assinado pelo colaborador Diogo Mainardi.
Os
filhos de Francisco e os “filhos” de Chico Buarque.
Por Sérgio Domingues
Breno
Silveira fez “Os dois filhos de Francisco” para mostrar o caminho de Zezé
Di Camargo e Luciano até o sucesso. A dupla sertaneja canta para
as vítimas de uma desigualdade social que só aumentou nos
últimos 40 anos. Um público cada vez mais distante da realidade
daqueles que admiram a maravilhosa obra de um Chico Buarque, por exemplo.
Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17,
sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18
/ 9923-1093
www.piratininga.org.br
/ npiratininga@uol.com.br
Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação:
Claudia Santiago
Projeto
Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram
nesta edição: Bruno Zornitta (RJ), Gustavo Barreto
(RJ), Jamil (RJ), Mário Camargo (PR), Najla Passos (MT), Reginaldo
Moraes (SP), Rogério Almeida (PA), Sérgio Luís Bertoni
(PR). [voltar]
Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
esta mensagem escrevendo REMOVA.
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