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Boletim do NPC
— Nº 71
— De 15 a 31.7.2005
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias
do NPC
Cursos
de Oratória para mulheres, no Rio de Janeiro
O Núcleo
Piratininga de Comunicação (NPC), a convite da Secretaria
Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT-RJ promove curso de oratória
exclusivamente para mulheres nos dias 26 e 27 de julho, na sede da CUT.
Este é o segundo curso de oratória, do NPC, ministrado só
para mulheres. O primeiro nessa modalidade foi ministrado para companheiras
da Federação Nacional dos Gráficos, em Belo Horizonte,
em 2000. Informações com Marlana, através do telefone
3852-0148 (secr. Formação do Sindpd-RJ)
Petroleiros
também fazem curso de Oratória
Nos dias
28 e 29 deste mês, é a vez do Sindicato dos Petroleiros do
Rio de Janeiro promover curso de oratória para membros da nova diretoria.
A direção do Sindicato entende que, na batalha contra a privatização
fatiada da Petrobrás e para segurar os direitos que os petroleiros
estão sempre a perigo de perder, é necessário usar
toda forma de comunicação. E a oratória é uma
destas formas de comunicação. A imprensa do sindicato já
está levando esta batalha, faz tempo.
II
Encontro de Comunicação Popular em Alagoas
O Núcleo
Piratininga de Comunicação esteve, de 13 a 14 de julho, no
II Encontro de Comunicação Popular de Alagoas, promovido
pelo Instituto Humanus em parceria com a Cese (Coordenadora Ecumênica
de Serviço). Vito Giannotti, pelo NPC, coordenou os dois dias do
encontro. O centro das preocupações foi a criação
de um jornal dos movimentos populares de Alagoas. A discussão foi
centrada na necessidade dos movimentos populares criar seus instrumentos
de comunicação, do jornal às rádios comunitárias.
Com a participação de militantes ligados ao movimento popular,
ONGs, associações de moradores, profissionais da área
de comunicação e estudantes de comunicação.
Formação
de educadores, uma tarefa especial
Claudia
Santiago e Vito Giannotti, pelo NPC, estiveram em Aracaju, capital do Sergipe,
duas vezes no mês de julho. Na primeira semana, ministrando curso
de história e colaborando na organização de uma rede
de professores que vai ajudar no trabalho do setor de comunicação
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Sergipe (Sintese).
O nome que o sindicato deu a esta rede é, sugestivamente, Rede de
Comunicadores Populares. O Sintese realizou, de 14 a 16, um novo curso
de Formação avançada, reuniu aulas de Beto Almeida
(sobre comunicação), Ernesto Germano Paes (sobre neoliberalismo
e seus desafios) e Virgínia Fontes (Hegemonia e contra-hegemonia
na batalha diária do professor).
Sintrajufe/RS
publica caderno sobre as Centrais Sindicais no Brasil, ontem e hoje
O
Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal do Rio Grande do
Sul publicou um caderno "Sindicatos e Centrais Sindicais no Brasil" em
parceria com o NPC. A pesquisa e redação ficou a cargo do
NPC. A edição e criação artística foi
da equipe de comunicação do Sintrajufe. O caderno foi elaborado
e publicado para servir como subsídio na discussão que iria
ser feita no Congresso da categoria, no final de junho. Solicitações:
cultura@sintrajufe.org.br
; O texto básico está disponível no NPC e pode ser
adaptado por outros sindicatos. Sua utilidade está em dar uma visão
histórica da formação dos primeiros sindicatos e centrais
sindicais no mundo durante o século do nascimento da indústria,
século XIX. A ênfase é dada na história das
Centrais Sindicais surgidas ao longo do século XX, no Brasil. O
último capítulo trata da realidade sindical de hoje, no Brasil
de 2005. Quais os desafios? Quais as alternativas? Maiores detalhes: npiratininga@uol.com.br
A Comunicação
que queremos
Sindipetro-RJ
produz vinheta contra leilões de petróleo
O Sindicato
dos Petroleiros do Rio de Janeiro continua sua luta contra a privatização
da Petrobrás. Seu departamento de Comunicação produziu
uma vinheta de 56 segundos contra os leilões do petróleo
realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Quem quiser
pode baixar o arquivo, em MP3, no endereço: www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/322487.shtml
; O roteiro é de Claudia de Abreu, a operação técnica
de Índio e a locução de Bruno Zornitta e Claudia de
Abreu. A produção foi realizada pelo Sindipetro-RJ com o
apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica
(STIC).
Nobel
feminino para uma comunicadora
A radialista
e comunicadora social Maria Régia Di Perna, pioneira na transmissão
de programas de rádio voltados especialmente para os moradores da
região amazônica, com orientações para as mulheres
e sobre assuntos relacionados com a saúde, ervas medicinais, geração
de renda etc., é uma das personalidades femininas indicadas para
o Prêmio Nobel da Paz. Deu no Brasil de Fato.
Seminário
discute o jornal Brasil de Fato
A luta
por uma comunicação popular no Brasil é intensa e
difícil. Mas extremamente necessária. A projeto de manter
um jornal de circulação semanal em todo o território
nacional, com a cara e olhar dos lutadores e lutadoras do povo, é
com certeza um grande desafio. Neste sentido, estamos convidando para um
seminário sobre o Brasil de Fato, para reunir colaboradores - repórteres,
vendedores e demais apoiadores para discutir tanto o papel do jornal quanto
seu funcionamento.
O seminário
vai ser no dia 15 de julho, uma sexta-feira, no Sindicato dos Técnicos
do Tesouro do Estado (Andradas, 1234 / 21 - Auditório da ASOCEPE).
Começa às 9h e vai até as 17h. Pela manhã,
debate com o Pedrinho Guareschi, sobre os desafios de se fazer comunicação
popular, e a tarde teremos tempo para avançarmos em nossa organização
estadual.
Por
Isnar Borges, pelo Comitê Estadual
Carta
de princípios da Rede Nacional de Jornalistas Populares
A RENAJORP
- Rede Nacional dos Jornalistas Populares – é uma articulação
de jornalistas descentralizada, sem hierarquia, articulada em nível
nacional e organizada de forma horizontal. Tem como objetivos:
1.
Dar suporte técnico na área da comunicação
aos movimentos sociais em observação ao código de
ética dos jornalistas e à legislação vigente.
2.
Fortalecer a imprensa alternativa, popular e aquela produzida pelos movimentos
sociais. Esta é a imprensa que cobre os temas que dizem respeito
aos trabalhadores e que são de interesse de sua classe.
3.
Apoiar os comunicadores populares e as atividades por estes desenvolvidas.
4.
Ser parte atuante da luta geral destes movimentos por mudanças
políticas e econômicas no nosso país que gerem mudanças
na trágica qualidade de vida do trabalhador brasileiro.
Jornalistas contra
todas as violências
Particularmente,
queremos atuar na denúncia e combate a toda manifestação
de violência contra as classes populares, da violência em família
(crianças, mulheres e idosos) à violência da exploração
no trabalho, da violência policial-repressiva à violência
de todas as manifestações de continuidade da relação
entre a 'Casa Grande' e a 'Senzala'. Da violência da segregação
étnica, aos preconceitos de orientação sexual. Da
violência da apropriação de bens públicos para
vantagens privadas incluindo a ação das multinacionais no
Brasil, que contribuem para isso com destaque, à exclusão
por toda forma de miséria.
Esta
experiência nasceu com a necessidade de agregarmos e aglutinarmos
profissionais da comunicação comprometidos com os movimentos
sociais, com os direitos humanos e com a luta dos trabalhadores por emprego,
salário, terra, moradia e outros direitos inalienáveis aos
seres humanos.
Os jornalistas
reunidos na Renajorp entendem que a comunicação tanto pode
ser libertadora quanto manipuladora. Unem-se aqueles que a colocam como
peça fundamental na disputa de hegemonia que permeia a sociedade
entre os que querem transformá-la e os querem manter os privilégios
da elite subserviente e predatória que domina o Brasil há
500 anos. A Renajorp apresenta-se, portanto, a serviço da tarefa
de acabar com a escravidão no Brasil que, sob formas diferentes,
ainda continua depois de 500 anos de ocupação/invasão
portuguesa.
Hoje,
esta escravidão é fruto da subserviência do Brasil
enquanto nação sul-americana ao imperialismo econômico
e cultural. Somos escravos de uma dívida eterna que não nos
permite crescer enquanto nação soberana. O pagamento desta
dívida é responsável pela falta de emprego, renda,
saúde, educação, seguridade, saneamento, transporte
urbano, terra e outros direitos sociais.
Pequeno histórico
A proposta
de criação de uma Rede de Jornalista a serviço dos
movimentos populares surgiu a partir das necessidades cotidianas desses
movimentos que vinham sendo apresentadas a jornalistas a eles ligados direta
ou indiretamente. Foi apresentada pela primeira em dezembro de 2004 em
um encontro, no Rio de Janeiro, com a presença de jornalistas de
várias cidades do País. No final de maio deste ano, a proposta
foi apresentada novamente durante um debate, também no Rio de Janeiro,
que teve como tema “A Comunicação e a Violência”.
Os fundadores
da rede são os jornalistas e estudantes de comunicação
que estavam presentes neste debate.
A primeira
reunião da Renajorp ocorreu no dia 15 de maio de 2005, no Sindicato
dos Engenheiros do Rio de Janeiro, com a participação de
sete jornalistas e um estudante de comunicação. Na ocasião
foi discutida a formação da rede.
Proposta de funcionamento
. A Renajorp
reunirá quinzenalmente seus integrantes para debater as questões
políticas da região e o relacionamento da Rede com as coordenações
políticas dos movimentos sociais.
. A Renajorp
terá contatos de referência responsáveis pela convocação
e organização das reuniões e que servirão como
ligação entre os movimentos e a Rede.
. A Renajorp
promoverá atividades de formação de seus integrantes
(seminário, grupos de estudo, etc.)
. A Renajorp
trabalha na organização de um banco de dados com informações
sobre os principais movimentos sociais de cada estado que artigos, entrevistas,
reportagens sobre temas que dizem respeito à proposta da Rede.
. A Renajorp
se encontrará anualmente em um fórum nacional de debate sobre
a conjuntura política do país e o balanço de sua atuação.
Será uma oportunidade para a troca de experiências e aprofundamento
do relacionamento entre os integrantes da rede em todo o País.
Rio de
Janeiro, julho de 2005-07
Rede
Nacional de Jornalistas Populares
NPC Informa
Gramsci:
política, poder e partido
A editora
Expressão Popular lança Gramsci - poder, política
e partido. Organizado por Emir Sader. "Esta antologia pretende colocar
à disposição dos militantes e estudiosos um conjunto
de textos que se centram nos temas enunciados no título da seleção
- política, poder e partido. A obra de Antonio Gramsci representa
um instrumento essencial para a formação e a capacitação
daqueles que lutam pela construção de uma hegemonia alternativa
e a construção de uma sociedade socialista - ideais pelos
quais lutou, elaborou teoricamente, viveu e morreu", diz a sinopse da obra
divulgada pela editora.
Exposição
fotográfica: Perspectivas, crianças e adolescentes em situação
de risco no Brasil
Como
parte das comemorações dos 15 anos do Estatuto da Criança
e do Adolescente, a Fondation Terre des hommes inaugura no dia 13 de julho,
no Museu da República, a exposição fotográfica
'Perspectivas, crianças e adolescentes em situação
de risco no Brasil', com imagens dos fotógrafos Karin Zindel, Pascal
Bessaoud e Christian Knepper.
São
47 fotos de crianças e adolescentes em situação de
risco inseridos no projeto social Circo Baixada, em Queimados, Rio de Janeiro,
na Associação Curumins, em Fortaleza, Ceará, e na
Rede Amiga da Criança, em São Luís, Maranhão,
apoiados por Terre des hommes.
De 18
a 31 de julho uma seleção de imagens da exposição
poderá ser vista em formato de painéis nos corredores das
estações do Metrô da Central do Brasil e Cardeal Arcoverde,
também no Rio. De 17 de agosto a 4 de setembro ela estará
no SESC de Nova Iguaçu. Depois segue para São Luís,
Maranhão, e Fortaleza, Ceará. O Museu da República
fica na Rua do Catete, 153. Terça a Domingo, das 12h às 17h
De Olho Na Mídia
A
revista IstoÉ vende capas ao gosto do freguês?
A reportagem
de Sergio Lírio, na revista Carta Capital n° 348, ao analisar
a crise política que se abateu sobre o governo Lula levanta um dado
importante a respeito do atual estágio da imprensa brasileira. Na
Operação Cevada, feita para investigar suposta sonegação
fiscal da fábrica de bebidas Schincariol, a Polícia Federal
flagrou, em grampo telefônico, conversa entre Luis Lara, sócio
da agência Lew, Lara, e Adriano Schincariol em que o publicitário
afirma ser capaz de conseguir uma matéria de capa da revista IstoÉ
se a Schincariol pagasse R$ 1 milhão para a Editora Três a
fim de cobrir problemas financeiros. No dia 23 de fevereiro de 2005, após
a conversa grampeada, a revista IstoÉ Dinheiro publicou reportagem
com o título "A virada da Schin". Do Boletim Prometheus
Lições
da Crise das CPIs
Lição
1 . Cadê o jornal do Partido dos Trabalhadores?
Onde
os militantes e dirigentes do PT vão ter informações
do seu partido sobre o que está acontecendo?
Será
que é tudo verdade o que a mídia "deles" está falando?
Será que é isso mesmo? E o Lula sabia ou não sabia?
E o mensalão existiu ou não? E os cem mil dólares
na cueca? E o que vai se dizer para a militância? E o que explicar
naquele almoço de família do qual não dá para
fugir?
Pois
é, esta é a dura realidade: se um dirigente do partido ou
os milhares de militantes e milhões de simples eleitores quiserem
saber alguma coisa do que está acontecendo no PT, precisam recorrer
à tal "mídia burguesa". É preciso ler a Veja, ou a
IstoÉ ou a Época que disputam o troféu da revista
mais da direita do Brasil. Ou se não, recorrer à Folha de
S. Paulo , o jornal mais neoliberal do País ou ao seu tio-avó,
o conservadoríssimo O Estadão. Em último caso, apelar
para o tradicionalmente conservador O Globo.
Por fim,
sobra a Globo com seu Jornal Nacional ou sua Globonews para acabar de completar
o quadro.
Onde
está o jornal de um partido de 25 anos e que elegeu centenas de
prefeitos, vários governadores e o presidente da República?
Em qual banca é vendido mesmo?
Em 1875,
no começo da industrialização do Japão, foi
criado um jornal como porta-voz da nascente burguesia industrial, o Jojí
Shinbun. Em seu editorial do primeiro número estampava a frase "Um
partido sem jornal é como um exército sem armas". Pena que
essa máxima não foi assimilada, até hoje, pelo maior
partido de esquerda na nossa história.
Lição
2. No PT e na CUT não se criou um jornal por ilusão na mídia
burguesa
Não
dá para dizer que não havia dinheiro. Isso hoje soa como
um ridículo conto do vigário. Não dá para dizer
que não havia, na área do PT e da CUT, um batalhão
de jornalistas, repórteres, fotógrafos, ilustradores ou editores
capazes de fazer cem diferentes jornais diários.
E então
porque, no partido e na central, não se faz um único jornal
diário? Em 1946, o PCB tinha oito jornais diários. Claro
que o famoso "ouro de Moscou" ajudava. Mas este tal "ouro de Moscou" era
usado para a disputa político-ideológica através de
seus próprios jornais.
O que
faltou ao PT e à CUT? Recursos? Jornalistas? Fotógrafos?
Programadores visuais?
Faltou
a clareza que Globo, Folha, Veja, Época e toda a mídia patronal
é uma mídia de classe. Ela tem lado. Não há
nenhuma neutralidade, imparcialidade, objetividade ou eqüidistância.
Há uma guerra de classe a ser vencida. E a mídia é
a grande arma do exército da burguesia. Durante um tempinho ela
pode até fazer uns mimos à esquerda. Deixar que um ou outro
presidente ou secretário de partido escrevam uma coluna nos seus
jornalões. Mas é só para dar credibilidade e um ar
de imparcialidade aos seus veículos.
Na hora
h, quando a mídia patronal quiser, ela segue seu ritmo e deixa na
mão quem se iludiu com ela.
Lição
3. O Fantástico não é suficiente para reanimar a militância
quebrada
A crise
das CPIs deixou muitos militantes da esquerda, filiados ou não à
um dos partidos que estão do lado oposto ao da burguesia, atordoados,
perdidos, humilhados e sem perspectivas.
Este
desânimo é visível desde os dirigentes dos vários
níveis até os simples apoiadores ou pessoas que simplesmente
votaram na esperança, em 2002. Como vencer este clima de baixo astral?
Não é fácil chamar manifestações em
Brasília ou em qualquer Estado.
O que
precisa é dar novas informações que expliquem o que
aconteceu, como e por que e quais os caminhos para retomar o rumo ou simplesmente
seguir em frente. E isso se faz através da imprensa, do rádio
e da TV. E cadê estes três instrumentos?
No domingo
dia 9, no Fantástico, o novo presidente do PT apareceu com grande
destaque repetindo que tudo vai mudar. Tudo vai ser diferente. Falou com
ênfase, repetiu as medidas a serem tomadas.
Mas é
pelo Fantástico que virá o ânimo para a retomada? É
suficiente? É confiável esta Rede Globo que durante anos
foi combatida pela esquerda? E até quando este império vai
ficar manso com o Governo Lula?
De novo:
sem a imprensa e toda forma de comunicação do seu partido,
a militância continuará "falando baixinho e olhando de lado",
como escrevia Chico Buarque nos tristes tempos da ditadura militar. Só
uma comunicação imediata e detalhada pode dar as diretrizes,
as explicações e mostrar os passos que um partido ou uma
central quer dar.
Lição
4. A militância se pergunta: será que a burguesia protege
Lula?
A militância
lê em todas os jornais e revistas que do FMI à FIESP, ninguém
quer que a política econômica mude, salvo em algum detalhe.
Nada de crise institucional, nada de arriscar mudar o que o ministro da
Economia construiu nestes anos. E por que a Globo estaria tão bem
comportada com Lula? Essas perguntas, na mídia "deles", ou são
escamoteadas ou não têm resposta.
Mas,
e o militante de base o que vai pensar? Qual explicação do
partido?
De novo:
"um partido sem jornal é como um exército sem armas"
Lição
5. Brasil de Fato: pelo menos um semanário de esquerda
Infelizmente,
no Brasil, não temos nenhum jornal de esquerda. Nem de partido e
nem de movimentos ou grupos de jornalistas. Há publicações
espaçadas e de uma pequena tiragem.
Com uma
maior freqüência temos o Brasil de fato que é um semanário
interessante, claramente posicionado do lado dos trabalhadores e do povo
brasileiro. Mas é pouco. Não é um jornal. Jornal é
o que sai todo dia. Jornal , como a palavra lembra, é diário.
Brasil de Fato deseja se tornar um jornal diário, um dia, mas por
enquanto estamos longe. Além disso, muitos ainda não o conhecem.
Sua tiragem não alcança a maioria da militância que
precisa ser informada. Este semanário é uma das tantas pedras
que precisamos para completar o desenho de uma comunicação
de esquerda eficiente no Brasil. Oferecemos o contato desta pedra do mosaico
do que pode ser uma mídia de esquerda no nosso país. É
uma pedrinha. Mas um mosaico é feito de centenas de pedrinhas de
várias cores e formatos: assinaturas@brasildefato.com.br
(Vito
Giannotti é coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação)
Democratização
da Comunicação
Intervozes
critica escolha de Hélio Costa para Ministério das Comunicações
O Intervozes
- Coletivo Brasil de Comunicação Social lançou manifesto
na semana em que foi anunciado o titular do Ministério das Comunicações
no qual afirmava que o escolhido ministro, o senador Hélio Costa,
"foi apoiador de primeira hora do governo Collor, é dono de emissoras
de rádio comerciais - o que por si só já se configura
em impedimento ético para o cargo pretendido, que tem como função
fiscalizar a radiodifusão - e é um dos principais representantes
do lobby da ABERT no Congresso Nacional. Ele mesmo defendeu, em recentes
sessões da Comissão de Educação do Senado,
que preside, a concessão de empréstimos do BNDES para quitar
dívidas de grandes conglomerados de mídia, quando a função
do Banco é incentivar o desenvolvimento do país". O grupo
alerta que a escolha de Hélio Costa não combina com o atual
discurso do governo que afirma estar disposto a discutir temas como a Lei
Geral da Comunicação Social Eletrônica e a reformulação
do marco legal das rádios comunitárias.
Programa
de inclusão digital tem foco equivocado, diz especialista
O governo
através do programa "Computador para Todos" espera que os consumidores
comprem, a cada ano, 1 milhão de micros de até R$ 1.400.
Eles poderão ser pagos em 24 prestações de R$ 70,
além dos juros reduzidos (possibilitados por uma parceria entre
BNDES e varejo). O público alvo dessas máquinas são
pessoas que ainda não têm computadores em suas casas e, sem
as facilidades de preço e financiamento, não teriam condições
de comprá-los.
As operadoras
de telefonia fixa prevêem que 90% desses novos usuários conectem-se
à internet. Os assinantes de novas linhas ou aqueles que não
acessaram a web nos últimos seis meses poderão pagar cerca
de R$ 7,50 mensais por 15 horas de conexão. "Um programa de inclusão
digital com foco na redução de preços favorece mais
a indústria do que os usuários. Dizer que preços baixos
podem ajudar na resolução do problema é como afirmar
que um indivíduo estará alfabetizado quando ganhar uma caneta.
Será que uma questão tão abrangente pode ser resolvida
com micros mais baratos?"
As afirmações
e indagação referentes ao programa governamental de inclusão
digital "Computador Para Todos" são feitas pelo espanhol Roberto
Aparici, diretor de mestrado de novas tecnologias da informação
e comunicação da Uned (Universidade Nacional de Educação
a Distância) e professor colaborador do MIT (Instituto de Tecnologia
de Massachusetts).
No Brasil
há cinco meses, onde trabalha como professor visitante da UFBA (Universidade
Federal da Bahia), Aparici defende a inclusão com foco na alfabetização
digital - só assim, as pessoas saberão como tirar o melhor
proveito da tecnologia.
"A informática,
por si só, não transforma vidas. É necessário
que as pessoas vejam a internet como uma ferramenta que melhore seu trabalho,
sua vida pessoal. Para isso, elas precisam ser ensinadas com uma metodologia
que inclua processos mais complexos do que o uso do teclado e do mouse",
diz.
Ele também
afirma que o programa foi desenvolvido para as classes C e D, deixando
as demais classes fora do projeto. De acordo com Aparici, a inclusão
digital tem de ser um processo sem fronteiras de classe, que não
exclua ainda mais os excluídos, tornando acessível a essas
pessoas uma ferramenta de mudança em suas próprias vidas.
(Ref.
www.observatorio.unesco.org.br/comum/view=noticia&cod=335) Por Raquel
Moraes
Por Dentro da Universidade
Estado
brasileiro: agências e agentes
A Editora
da UFF e a editora Vício de Leitura acabam de lançar o livro
Estado brasileiro: agências e agentes. A obra, organizada por Sônia
Mendonça, reúne textos de professores que fazem parte do
Grupo de Trabalho "Estado e Sociedade no Brasil Contemporâneo" da
UFF. Entre os autores, a própria Sônia, Esther Kuperman, Sônia
Rummert e Théo Lobarinhas.
De Olho No Mundo
Tele-Sul
no ar a partir deste dia 24
No domingo,
24 de julho, dia do nascimento de Bolívar, estará no ar o
sinal da Telesur. Com sede em Caracas, o canal batizado por alguns como
Al-Bolívar, em alusão à cadeia árabe Al Jazeera,
contará com correspondentes em Buenos Aires, Brasília, La
Paz, Havana, Cidade do México, Montevidéu, Nova York e Bogotá.
Telesur terá como diretor de informação o jornalista
colombiano Jorge Enrique Botero, que foi entrevistado pelo sítio
SEMANA.COM em Caracas, quando se preparava para os primeiros sinais de
teste. (Leia a entrevista em www.piratininga.org.br)
De Olho Na Vida
Mãe
e dois filhos assassinados em favela paulista
O Centro Santo Dias de Direitos
Humanos da Arquidiocese de São Paulo lançou nota de repúdio
ao assassinato de Tereza Rodrigues Francisca e seus dois filhos Eduardo
Rodrigues Francisco Nascimento e Fábio Francisco Rodrigues, na noite
de segunda-feira, dia 5 de julho, na favela do Jardim Portinari, em Diadema
(SP). O sargento Ricardo Silva dos Santos, responsabilizado pelo crime,
inclusive pela Corregedoria da Polícia Militar, está foragido.
Fonte: Centro Santo Dias.
Polícia
mata índio em Pernambuco
Os indígenas Adenilson
dos Santos, 38 anos, e seu filho Jorge dos Santos, de 17 anos, foram mortos
a tiros na noite de 30 de junho, dentro da terra indígena Truká,
na Ilha de Assunção, localizada no município de Cabrobó
(PE). Os tiros foram disparados por policiais militares à paisana.
De acordo com os Truká, Adenilson foi atingido pelas costas. Marcos
José dos Santos sofreu graves ferimentos. Os assassinatos ocorreram
enquanto cerca de 400 indígenas participavam de uma festa perto
da entrada da terra Truká. A festa celebrava o São João,
o anúncio da pavimentação da estrada que liga as aldeias
da Ilha de Assunção e a reconstrução de casas,
reivindicações que os Truká fazem há pelos
menos dois anos, quando uma enchente do Rio São Francisco destruiu
diversas casas. Fonte: Brasil de Fato.
Memória
Em
2 de julho de 1931, é criado por Getúlio Vargas o Departamento
Oficial de Propaganda (DOP). Foi o antecessor do Departamento de Imprensa
e Propaganda (DIP), criado em 1939 durante a ditadura do Estado Novo para
censurar a imprensa e divulgar o regime.
Em
4 de julho de 1946, começa a circular a revista quinzenal Divulgação
Marxista, do PCB.
Em
7 de julho de 1975, sai o primeiro número do semanário
Movimento. Foi, junto com o Pasquim, o jornal alternativo mais conhecido
nos anos da ditadura militar. Era dirigido por Raimundo Pereira.
Em
18 de julho de 1980, a TV Tupi faz sua última transmissão.
A TVS, do apresentador Sílvio Santos, a substituirá.
Fonte: agenda do NPC
Pérola da
edição
"O
mais puro, o mais autêntico, o mais desinteressado movimento de solidariedade
nasce precisamente em um dos países mais desprotegidos, mais pobres,
que é ao mesmo tempo como uma espécie de foco que irradia
solidariedade de uma forma natural, espontânea, como se tivesse de
ser uma conseqüência lógica de tudo o que aqui ocorre.
Toda vez que há um movimento de solidariedade internacionalista
começa em Cuba e vai à Venezuela, vai e já foi à
África, ao Haiti. Não é necessário convocar
a população cubana a um referendo para ver se estão
de acordo ou não em ir à Venezuela, ou ao Haiti, ou onde
quer que seja, porque é justo; é como se este povo fosse
solidário por natureza, ou melhor por educação, por
algo aprendido, porque a solidariedade também se aprende."
José Saramago, em
visita a Cuba
Proposta de Pauta
Márcio
Pochmann explica o déficit zero
Em estudo apresentado quinta-feira
(7), na capital paulista, o economista Márcio Pochmann demonstrou
os impactos da adoção do "Plano Delfim". Segundo Pochmann,
se o princípio proposto por Delfim fosse aplicado em 2004, o país
teria de economizar R$ 57 bilhões além dos R$ 81,1 bilhões
destinados ao pagamento de juros. Para zerar o déficit este ano,
o governo teria de economizar mais R$ 42,5 bilhões, o que significaria
um superávit primário de 7,85%.
"É uma estimativa de
corte nos dias de hoje de R$ 42,5 bilhões. Esse corte seria feito
em maior escala na Previdência Social (R$19,7 bilhões), seguida
de corte de benefícios dos funcionários públicos (R$
8,5 bilhões) e também diz respeito à Saúde
(R$ 5,7 bilhões), que seria a terceira categoria da área
social a ser mais atingida pelos cortes dos recursos", afirmou o economista
em reportagem da Agência Brasil. Segundo levantamento divulgado na
mesma reportagem, a economia teria como conseqüência o fim do
acesso ao seguro desemprego de 1,2 milhão de pessoas a partir do
corte de R$ 1,8 bilhão na Previdência Social. Ainda de acordo
com as estimativas do economista, 1,1 milhão de portadores do HIV
ficariam sem tratamento e a pasta da educação teria 20% menos
de seu orçamento para o investimento em escolas, pesquisa, formação
e capacitação.
(Leia a matéria de
Jonas Valente em www.agenciacartamaior.com.br, ou clicando
aqui)
Cartas ao NPC
Becos
e vielas na periferia de São Paulo
Olá,
estamos em São Paulo atuando na ONG Papel Jornal que produz o Jornal
Becos e Vielas. O trabalho, orientado por diversos jornalistas e comunicadores,
é voltado para a democratização da informação.
O jornal é produzido por jovens da periferia da cidade.
Gostei
da idéia da Rede Nacional de Jornalistas Populares e quis trocar
e-mail, fazer uma apresentação breve.
abraços
Nilda
Rodrigues (SP) - nyldarodriguez@uol.com.br
Dica de site de
comunicação
Vai
aí uma recomendação
Encontrei
o site www.infoamerica.org
por indicação de um professor da FACHA. Para quem gosta de
comunicação é bem interessante. Na verdade, o site
(em espanhol) é um projeto do Ministério de Ciência
e Tecnologia da Espanha que tem como objetivo identificar e "definir os
atores que integran el sistema de medios en el espacio cultural iberoamericano".
Conta um pouco da história da comunicação, bem pouco
por sinal; tem links para acessar os jornais latino-americanos, revistas
acadêmicas, agências de notícias, rádio e televisão;
além de colocar à disposição textos de estudiosos
no assunto.
Abraços,
Edson
Mendonça da Silva (RJ)
Radiografia da Comunicação
Sindical
Nesta
edição, a imprensa do Sintese (Sindicato dos Trabalhadores
da Educação de Sergipe)
Por
Márcia Santos, jornalista do Sintese-SE
BNPC.
Quando foi criado o jornal do sindicato?
Márcia
Santos. O jornal do SINTESE surgiu em 1995, com a intenção
de estabelecer um elo entre o sindicato e os trabalhadores em educação
de Sergipe.
BNPC.
Sua circulação foi interrompida em algum período?
Márcia.
Não houve interrupção, mas o sindicato sempre teve
problemas para manter a periodicidade do jornal. Entre outras dificuldades,
a distribuição via postal gera um custo alto. Em período
de paralisações ou greve, por exemplo, o sindicato fica impossibilitado
de dar continuidade à produção e distribuição
do jornal. No momento, os diretores e profissionais do departamento de
Comunicação Sindical do SINTESE estão pensando numa
nova forma de organização para obedecer à periodicidade
do jornal.
BNPC.
Qual o nome, tiragem e periodicidade do jornal?
Márcia.
O jornal é chamado de INTERVALO porque surgiu com o objetivo
de os professores aproveitarem o 'intervalo' entre as aulas para ler as
notícias de seu sindicato. A última tiragem foi de 20.500
exemplares, quantidade que varia de acordo com o aumento do número
de filiados. O jornal foi criado para circular a cada dois meses em todo
o estado de Sergipe.
BNPC.
O sindicato tem página na Internet?
Márcia.
Sim. O site do SINTESE tem o endereço www.sintese-se.com.br. O acesso
à Internet ainda é restrito entre os professores, principalmente
das redes municipais de Sergipe. Apesar dessa dificuldade, o sindicato
usa os diversos meios de comunicação existentes para chegar
aos professores, à imprensa e à sociedade por diferentes
caminhos. O sindicato possui também um boletim eletrônico
em fase de testes.
BNPC.
Qual a forma de distribuição do jornal e boletins?
Márcia.
Nos primeiros anos de vida, o jornal INTERVALO foi distribuído para
os professores nas escolas das redes públicas, estadual e municipais.
Depois passou a ser enviado via Correios para a casa do professor em todo
o estado. Os boletins continuam sendo distribuídos nas escolas.
BNPC.
Quantos profissionais trabalham no departamento de comunicação?
Márcia.
Dois. Eu, jornalista, e Diego Oliveira, design gráfico.
BNPC.
Vocês costumam fazer reportagens?
Márcia.
As reportagens são raras no INTERVALO. Atualmente, o conteúdo
do jornal se concentra em matérias sobre a luta dos trabalhadores
em educação das redes estadual e municipais de Sergipe e
artigos. Apesar disso, existe uma proposta de alteração do
conteúdo que inclui sugestões do Núcleo Piratininga
de Comunicação.
Especial
Uma
ENTREVISTA em nossa página com Cláudio Luiz Barreto
Por
Douglas Pego
Cláudio
é a principal liderança e um dos fundadores do Pré-vestibular
Comunitário de Manguinhos (PVCM). Manguinhos é uma região
de comunidades carentes que fica no bairro de Benfica, na Zona Norte do
Rio de Janeiro. Lá também fica a Fiocruz e a refinaria de
Manguinhos.
Cláudio
Luiz Barreto Nascimento é carioca. Tem 44 anos, é casado,
pai de duas filhas. Um trabalhador que exerceu a profissão de ferroviário
pela Flumitrens e é técnico de enfermagem. Atualmente é
coordenador do PVCM e grande incentivador da educação em
Manguinhos. Para Cláudio o pré-vetibular tem dois grandes
objetivos: tirar o medo que o jovem pobre tem do vestibular e criar noções
de cidadania.
BoletimNPC
- Por que foi criado o PVCM?
Cláudio
Barreto. Havia alguns grupos em Manguinhos, que se reuniam para debater
sobre a política da comunidade. Um dos grupos idealizou uma forma
de aprendizado que não tivesse algum vinculo com o Estado. A idéia
de criação do Pré foi fortalecida em uma assembléia,
na qual participaram a Fiocruz, a Educafro (uma rede de pré-vestibulares)
e lideranças da comunidade como o professor Luís Antônio
e sua mãe dona Penha. Uma pessoa analfabeta, mas que analisou a
principal via de mudança sócio-político da comunidade.
A educação.
BoletimNPC
- Qual a política do PVCM? E como ela funciona?
Cláudio.
A política do PVCM é tentar acabar com o mito dos jovens
e adultos que entraram para o pré com a idéia de impotência
frente ao vestibular. Contudo, os coordenadores e professores mostram que
esta política do Pré-Manguinhos vai muito além de
apenas entrar para universidade, mas quer criar uma noção
de cidadania em um novo espaço acadêmico.
BoletimNPC
- Os professores do PVCM são remunerados?
Cláudio.
Não, pois eles têm uma visão sócio-político
sobre a situação dos alunos do pré, não querendo
receber nenhuma gratificação. Assim sentem uma gigantesca
satisfação e vontade de transferir suas experiências
para os alunos e coordenadores.
BoletimNPC
- Quais são os cursos que os alunos mais visam na universidade,
quando entram no PVCM?
Cláudio.
A maioria não sabe ainda o que escolher. No entanto, alguns alunos
já têm uma escolha formada e seguem para a área de
humanas, pois há um pensamento coletivo de que as matérias
da natureza (exatas) são objetos utópicos para eles e criam
uma rejeição para essas matérias.
BoletimNPC
- Quantos alunos passaram pelo PVCM?
Cláudio.
Hoje estamos na quarta turma. 150 alunos chegaram até o final do
curso.
BoletimNPC
- Quantos alunos conseguiram entrar para universidade?
Cláudio.
Em quatro anos de Pré, 26 alunos entraram para a universidade, sendo
que a metade está nas públicas (UERJ e UFRJ) e o restante
está nas particulares (FACHA e PUC).
BoletimNPC
- Como é a relação entre a comunidade de Manguinhos
e o Pré-vestibular?
Cláudio.
É um vinculo que está crescendo. Nós tentamos mostrar
para a comunidade que o projeto Pré-vestibular é um êxito,
pois buscamos o que tem de melhor de Manguinhos, a energia e a força
dos jovens. Fizemos um outro projeto paralelo, o Sarau Poético,
que incentiva e desenvolve o imaginário dos alunos por meio da leitura
e da escrita para melhorar a forma de vida da comunidade.
BoletimNPC
- Quantas edições já aconteceram deste projeto, Sarau
Poético? E como é falar de poesia em Manguinhos?
Cláudio.
Já são oito edições. A forma que o Pré
adotou para falar de poesia foi mostrar aos alunos que esta linguagem ajudaria
no acesso para universidade. O idealizador deste projeto foi o professor
Alexandre Faria que mostrava em suas aulas a necessidade da criação
e organização do pensamento no papel, para desenvolver um
repertório maior de argumentação no vestibular. Destes
sarais saíram muitos poetas. Um deles se destaca pela sua facilidade,
concisão e clareza ao mostrar sua realidade e vontades em folhas
de A4. É o André Luiz Gomes.
BoletimNPC
- Os alunos que entraram para as universidades conseguiram entrar para
o mercado de trabalho?
Cláudio.
Sabemos que o mercado está difícil. Isso não acontece
apenas em Manguinhos, mas também em outros lugares do país.
No entanto muitos universitários da comunidade conseguem vencer
a filtragem do mercado e literalmente nadaram contra a correnteza da "globalização".
(Douglas
é estudante de Comunicação Social e participou da
primeira turma do curso de Comunicação Comunitária
promovido pelo NPC no ano passado. Douglas é morador e ex-aluno
do Pré-vestibular de Manguinhos)
Novos artigos em
nossa página
Carta
de Beto Almeida sobre a TV SUL
Estimados
companheiros e companheiras de luta pelas transformações
sociais, pela democratização da comunicação
e pela integração latino-americana. Com uma saudação
fraterna e de luta, lhes escrevemos esta mensagem para pedir sua ação,
seu esforço, sua dedicação, sua solidariedade e seu
talento, para tarefa altamente revolucionária de criar uma rede
de recepção da TV Sul no Brasil. No próximo dia 24
de julho, a TV Sul, com sede em Caracas, inicia suas transmissões
experimentais através do satélite NSS 806, onde o sinal estará
disponível, gratuitamente. (Leia a carta em www.piratininga.org.br)
Globo:
40 anos de ditadura ideológica.
Por Sérgio Domingues
A TV
Globo completou 40 anos, em 2005. Provavelmente, muitos latino-americanos
já ouviram falar da maior rede de televisão do Brasil. Devem
ter assistido algumas de suas novelas, programas e os filmes que ajudou
produzir. Mas, talvez, não façam idéia do poder que
a empresa tem no país. (Leia a carta em www.piratininga.org.br)
Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17,
sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18
/ 9923-1093
www.piratininga.org.br
/ npiratininga@uol.com.br
Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação:
Gustavo Barreto, Kátia Marko e Rosângela Gil.
Projeto
Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram
nesta edição: Douglas Pego (RJ), Luisa Santiago
(RJ), Marcelo Souza (RS), Pablo Robles (SP) e Sérgio Domingues (SP).
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Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
esta mensagem escrevendo REMOVA.
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