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Boletim do NPC
— Nº 67
— De 1o
a 15.5.2005
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias
do NPC
NPC
convida para debate sobre mídia e violência
A Rede
de Movimentos Contra a Violência, o Núcleo Piratininga de
Comunicação e o Sindicato dos Engenheiros estão promovendo
o debate Imprensa Alternativa e Combate à Violência,
no dia 11 de maio, às 19h, no Auditório do Sindicato
dos Engenheiros. Estarão presentes Marcelo Freixo, da ONG Justiça
Global, Claudia Santiago, jornalista e coordenadora do NPC, e Marcia de
Oliveira Jacintho, mãe representante das vítimas da
violência. A presença de todos os jornalistas e comunicadores
populares é muito importante, pois começará a ser
formulada uma rede de informação que apoiará a luta
das vítimas da violência no Estado do Rio de Janeiro.
"É
importante reforçar que a violência urbana atinge diretamente
as populações mais carentes, compostas normalmente por negros,
pobres
e sem escolaridade mínima. É preciso que saiamos da
comoção e piedade para a ação de combate ao
comportamento de conivência do Estado", explica Cristina Braga, uma
das coordenadoras do evento. "É preciso conscientizar dirigentes
sindicais e jornalistas não apenas da gravidade da situação,
mas também do papel que têm nesta luta como comunicadores".
O Sindicato dos Engenheiros fica na Av. Rio Branco nº 277 - 17º
andar. Informações adicionais no email mcbraga@attglobal.net
NPC
está em nova sede
Desde
o dia 2 de maio o Núcleo Piratininga de Comunicação
está funcionando em nova sede. Um pouco maior, mas ainda na velha
e boa Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. O espaço nos
foi cedido por um professor universitário, que acompanha o NPC desde
sua criação, como estímulo à nossa batalha
diária pelo direito dos trabalhadores a ter uma comunicação
sua, “que comunique o que lhes diz respeito e o que é e de interesse
de sua classe”, como ensina o ex-jornalista sindical, atualmente professor
na USP, Valdeci Verdelho. Essa batalha inclui o direito à informação
como um bem inalienável aos seres humanos, de todas as classes.
E ainda o direito do leitor de compreender um texto de seu interesse e
que isso não seja impedido pela maneira de escrever do autor. Neste
ponto tanto nos ajudou as pesquisas de François Richaudeau. No centro
de tudo, diz Vito Giannotti, está a necessidade de preparar os trabalhadores
para ter sua comunicação para disputar a hegemonia na sociedade.
Os telefones continuam os mesmos: (21) 2220-56-18 / 9923-10-93 (Augusto).
(Por
Claudia Santiago)
.
NPC
publica cartilha sobre o 1º de Maio
Nas
vésperas do Dia dos Trabalhadores começou a ser distribuída
em vários sindicatos, escolas e movimentos populares uma cartilha
com o título:
1º de maio: dois séculos de lutas operárias.
É uma recuperação da longa luta da classe trabalhadora
contra o instrumento central da exploração capitalista que
é a extenção da jornada de trabalho. Seguindo o fio
condutor da luta pela diminuição da jornada o texto conta
um pouco da história da luta de classe que se desenrolou neste dois
séculos, no mundo e depois no Brasil. Das primeiras revoltas, aos
primeiros sindicatos, ao Manifesto Comunista, à I e II Internacional.
Da luta do Mártires de Chicago às inúmeras greves,
no mundo todo, para conquistar as 8 horas. Da Revolução Russa,
à criação da OIT e à conquista das 8 horas
em quase todos os países do mundo, entre 1920 e 1940.
.
Trecho
da página 5..
A
partir de 1900 o Brasil entra nesta história. São cem anos
de greves, repressão patronal, perseguições, organização
de sindicatos e de centrais sindicais. Resistência e lutas da classe
trabalhadora. E nisso tudo a luta política pela construção
de instrumentos políticos para construir um mundo socialista. Revoltas,
revoluções, conquistas e derrotas. Esta história chega
até os dias de hoje, sob o império do neoliberalismo, com
a moda introduzida pela Força Sindical de transformar o 1º
de Maio num dia de show com sorteios de carros e apartamentos. É
uma cartilha estimulante. Provoca reflexão e esclarece muitas e
muitas coisas. Coordenada por Vito Giannotti e pela jornalista Rosângela
Gil, foi elaborada pela equipe de pesquisa do NPC e publicada a pedido
de vários sindicatos. Está disponível a R$ 5,00 cada.
Pedidos pelo telefone (21) 2220.5618 ou pelo email: npiratininga@uol.com.br
Domingo
É Dia de Cinema no 1º de maio
O Projeto
Domingo
é Dia de Cinema exibiu na manhã do dia 1º de Maio
o belíssimo filme de Mário Monicelli, Os Companheiros,
para alunos de pré vestibulares comunitários e convidados.
Na ocasião, foi lançada a Cartilha 1º de maio - dois
séculos de luta operária, elaborada pela Núcleo
Piratininga de Comunicação – NPC. O filme, extremamente atual,
foi pensado pelo diretor em 1962 e filmado em 1963, no momento em que começa,
na Itália, um forte movimento para repensar o papel dos sindicatos
na luta dos trabalhadores. Retratando o estágio inicial da luta
da classe operária pela redução da jornada de trabalho,
Monicelli apresenta um olhar atento para a necessidade de continuação
da luta e preservação de direitos conquistados. Atual, portanto.
É
importante ressaltar que, em Os Companheiros, o que move a luta
contra os patrões não é tão somente a melhoria
salarial. As péssimas condições para os trabalhadores
dentro das fábricas é seu estopim. Excesso da jornada, insalubridade,
falta de assistência médica e tratamento desumano levam os
operários ao caminho da disputa. Deslocando o cenário para
nossa realidade veremos que muito ainda há para ser conquistado.
Precisamos manter o que até aqui já é um direito e
ampliá-lo. O debate após o filme contou com a participação
do professor Ruy Moreira (UFF) e da dirigente sindical Neuza Pinto (Sintufrj).
Veja algumas fotos de Thiago Braga:
.
Estudantes
de pré-vestibulares comunitários chegam ao Cinema
|
Vito Giannotti
divulga a cartilha "1º de maio: dois séculos de lutas operárias"
|
.
Vito Giannotti,
Rui Moreira e Neuza Luzia Pinto: debate após a sessão
|
Cristina
Braga e León Diniz (NPC) distribuem o "Repórter da Terra",
na Cinelândia, no dia 1º de Maio
|
.
Estudantes
do Centro de Estudos e
Ações
Solidárias da Maré (CEASM)
.
(Por
Cristina Braga; fotos de Thiago Braga)
.
A Comunicação
que queremos
Latuff
decide encerrar lista de contatos e disponibiliza suas ilustrações
através de sua página
Após
anos servindo amigos e colaboradores com uma lista, o cartunista Latuff
decidiu encerrá-la. "Muitas pessoas reclamam que não recebem
minhas imagens talvez por problemas com meu provedor ou mesmo com contas
gratuitas [de email]. Vários usuários não informam
mudanças de endereço eletrônico e eu não estou
conseguindo manter a lista atualizada", avisou. Latuff, conhecido por seu
engajamento político, deixará no entanto a serviço
dos jornalistas seus desenhos na página http://latuff2.deviantart.com
; Cerca de 263 imagens, incluíndo cartuns, ilustrações
e fotos, estão disponíveis neste endereço para livre
reprodução. A página inicial apresenta os dez trabalhos
mais recentes, mas todas as artes podem ser vistas na seção
'Gallery'. "Vou manter esse site sempre atualizado", garantiu. "Vocês
poderão manter contato comigo através do email latuff@uninet.com.br
e todas suas mensagens serão bem vindas. Por favor, continuem apoiando
meu trabalho, visitando freqüentemente minha página. Muito
obrigado a todos, irmãos e irmãs-em-artes, por todo esse
apoio durante estes anos. Sem ele, minha arte e meus esforços são
inúteis".
Vamos
votar na Carta Maior, a nossa agência de notícias
O portal
da revista Imprensa está fazendo uma enquete sobre o melhor jornalismo
do país, em várias categorias. A Agência Carta Maior
está em segundo lugar na categoria site, na frente do JB, IG, Terra,
UOL, só perdendo pra Folha Online. A equipe de Carta Maior está
comemorando a votação recebida. "Pra gente, isso obviamente
é uma grande coisa, porque somos pequenininhos e imprensa alternativa.
É, de certa forma, também o reconhecimento de que há
necessidade e vontade da opinião pública de que pautas ligadas
aos movimentos sociais, ambientais, de direitos humanos
e do debate político responsável sejam tratadas com
mais profundidade, o que procuramos, dentro das nossas limitações,
fazer." O NPC concorda com tudo isso e indica: Vamos votar na Carta Maior.
http://www.portalimprensa.com.br/enquete2/enquete.asp?id=11
80
anos do jornal A Classe Operária
O
PCdoB convida os trabalhadores a participarem da exposição
e do debate que relembrarão os 80 anos do jornal A Classe Operária.
A história do diário estará exposta de 1° a 8
de maio, das 9h às 18 horas, no Parlamento Latino-Americano, em
São Paulo. No dia 6/5, às 19h, acontece o debate Imprensa
popular e sindical: os 80 anos de A Classe Operária, que vai
contar com a presença de Renato Rabelo, Pedro de Oliveira, Apolinário
Rebelo, José Carlos Ruy e Raimundo Pereira. O Parlamento Latino-Americano
fica na Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, Barra Funda (SP capital).
Mais informações no www.vermelho.org.br
ou pelo telefone (11) 3054-1800.
Mostra
fotográfica "Trabalhador do Rio, trabalhador do Brasil": exploração
em pleno século 21
No dia
3 de maio o deputado estadual Gilberto Palmares (PT), presidente
da Comissão de Trabalho da Assembléia Legislativa do Rio
de Janeiro (ALERJ), promoveu sessão em homenagem ao Dia do Trabalhador.
Foram entregues Moções de Louvor a 16 trabalhadores escolhidos
por seus sindicatos. No mesmo dia, às 19h, acontece a abertura da
exposição de fotografias "Trabalhador do Rio, trabalhador
do Brasil". Segundo Gilberto Palmares, o objetivo "é mostrar como
em pleno século 21 ainda é grande a exploração
de trabalhadores tanto no campo como na cidade". Serão mostrados
trabalhos dos fotógrafos: J. R. Ripper, Nando Neves, Jorge Nunes,
Eneraldo Carneiro, Everaldo Rocha, Vanor Correia, Samuel Tosta, todos
com trajetória ligada a movimentos sociais e sindicais, além
de Mariana Magro, que é fotógrafa da Comissão Especial
de Combate ao Trabalho Precarizado. As fotos são coloridas e em
preto e branco e mostram tanto a realidade da cidade como a do campo. A
exposição estará aberta à visitação
durante todo o mês de maio, no terceiro andar do Palácio
Tiradentes.
Curso
de Comunicação Popular em São Paulo
A Associação
Cantareira, em parceria com o Vicariato das Comunicações
e a Pascom da Região Brasilândia, realiza nos dia 26, 27
e 28 de maio um Curso de Comunicação Popular que tem
como objetivo capacitar agentes comunicadores, priorizando a linguagem
da comunicação popular; desenvolver a prática de locução
de textos, avisos, noticias etc.; e proporcionar técnicas de produção
de textos de notícias, interpretação de textos a ser
proclamados em assembléias, reuniões, celebrações
e rádio. O curso destina-se a lideranças das comunidades,
das pastorais, movimentos populares, comunicadores que atuam em rádios
comunitárias e comerciais, estudantes e pessoas que desejam aprimorar
a comunicação. Abordará ainda ética na comunicação,
introdução à história do rádio brasileiro,
filosofia da rádio comunitária, uso do microfone, técnicas
de modulação e de interpretação de textos,
reportagem para o rádio, entre outros. As inscrições
vão até dia 20 de maio de 2005. Mais informações
pelos telefones: (11) 3021-7586 (de terça à sexta, das 13h
às 17h30) ou (11) 3924-0020. Emails: cantareirajc@terra.com.br
ou pascombrasilandia@uol.com.br
FAZENDO
MEDIA resgata função social da comunicação
Em tempos
de neoliberalismo, é notável que a grande mídia possui
relações com o poder político-econômico estabelecido
e se utiliza de mecanismos que, mais do que formar opinião,
são capazes de moldar percepções, criar paradigmas
e reproduzir os interesses do status-quo, deixando em segundo plano sua
função social. Tentando resgatar o sentido humanista da comunicação,
um grupo de estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF)
criou o FAZENDO MEDIA, composto por um jornal impresso (com periodicidade
quinzenal), um programa de televisão (semanal) e o sítio
www.fazendomedia.com
; O NPC indica!
Sem-terra
terão rádio exclusiva durante marcha
Cada
participante do MST na marcha entre Goiânia e Brasília, que
começou na última segunda (2/5), terá em mãos
uma mochila preta com o logotipo do movimento e um rádio à
pilha, no qual poderá sintonizar uma emissora exclusiva do movimento.
A idéia da rádio surgiu no início do ano, no Fórum
Social Mundial, em Porto Alegre. Para motivar os sem-terra, que percorrerão
200 km em duas semanas, haverá programações diárias
transmitidas de um estúdio instalado num caminhão. O veículo
ficará no meio da caminhada, que deve atingir cerca de 5 km, do
primeiro ao último da fila, na rodovia BR-060. Além de música,
a programação terá notícias do dia, atividades
do movimento e cuidados de saúde e alimentação.
O material
radiofônico foi produzido pelo Setor de Comunicação
do MST e pode ser veiculados gratuitamente por emissoras de todo o país.
O MST se colocou à disposição dos jornalistas para
a produção de matérias jornalísticas, spots
e entrevistas de rádio para explicar as lutas do MST, principalmente
com relação à Marcha. Entre os entrevistados estão:
João Pedro Stedile, Dom Tomás Balduíno (presidente
da CPT), Plinio de Arruda Sampaio (coordenador do Plano Nacional de Reforma
Agrária), Ariovaldo Umbelino (professor de Geografia Agrária
da USP), entre muitos outros. Para acessar o material para rádio,
visite www.mst.org.br/informativos/especiais/marcha/vinhetas.htm
; Mais informações, entre em contato pelo tel/fax: (61) 322-5035
e pelo email semterra@mst.org.br
Uma
realidade que não é brincadeira
Empregar
crianças significa lucro fácil. A exploração
infantil gera o desemprego dos pais, trabalho escravo, crianças
doentes, subnutridas, morando em precárias condições,
prejudicadas na sua capacidade intelectual e no seu direito à educação,
lesadas no seu direito ao lazer, ao carinho, à alegria; enfim, sem
infância. Doze milhões de crianças trabalham no
Brasil, número superior à população de Portugal,
país que colonizou o imenso território brasileiro. Entre
os trabalhadores infantis, 7,5 milhões têm entre 10 e 14 anos
e 4,5 milhões entre 14 e 17 anos. A exploração é
tão grande que 57,8% não recebem nada pelo seu trabalho.
Segundo divulgação recente do IBGE, meio milhão de
crianças entre 5 e 9 anos trabalham no Brasil. Dessas, 92,2% trabalham
de graça e são submetidas a uma jornada de 40 horas semanais,
sem condições de freqüentar a escola. Infelizmente,
400 milhões de crianças trabalham em todo o mundo. Cerca
de um milhão de crianças se prostituem e 12 milhões
morrem por ano. Em todo o mundo, 143 milhões de crianças
não vão à escola.
Nessas
tristes estatísticas, o Brasil só não está
atrás do Haiti e da República Dominicana. Seria impossível
retratar em imagens, de forma plena, essa dura realidade. O fotógrafo
João
Roberto Ripper, no entanto, disponibiliza na Internet dez imagens chocantes
dessa grande vergonha nacional, que não é conseqüência
da pobreza, mas sim instrumento financiador dela. Veja na página
www.imagenshumanas.com.br/infantil/index.htm
De Olho Na Mídia
Veja
“engorda” ataque a Chaves e omite ações de movimentos populares
É
o próprio editorial da revista que anuncia: a Veja desta
semana tem 120 páginas de puro conteúdo editorial. São
40 acima da média: 26 reportagens, 38 infográficos e tabelas,
90 fotografias. O motivo? Endurecer o ataque àquele que a revista
considera hoje seu principal inimigo: o presidente da Venezuela, Hugo Chaves,
tratado pela publicação como o “monstro” que ameaça
a tranqüilidade do continente latino-americano. (Ver também,
neste boletim, o artigo “Quem precisa de Veja?”)
Em meio
a informações mentirosas e análises contestáveis,
a reportagem da revista também descreve porque a Venezuela deixou
de ser uma democracia, colocando em risco as liberdades individuais do
seu próprio povo. Matéria da Folha de São Paulo desta
terça-feira (03/05) põe por terra 70,5% das críticas
empreendidas: é esse o percentual de venezuelanos que aprovam o
governo Chaves, conforme instituto de pesquisa credenciado daquele país.
A edição
de Veja também não deixa
de empreender ataques diretos a vários de seus outros inimigos históricos,
como o comunismo de Fidel Castro, o fundamentalismo de Saddam Hussein e
a vitalidade contestatória do MST de João Pedro Stédile.
Manda recados até mesmo para o presidente Lula que, apesar de estar
surpreendendo positivamente a elite internacional com a dita “condução
racional da economia brasileira”, ainda não rompeu, em definitivo,
as relações com a Venezuela.
Mas para
entender, de fato, porque uma revista recruta até mesmo o tradicional
espaço reservado à publicidade (leia-se lucro!) para ocupá-lo
com matérias, é preciso analisá-la não só
pelo que publica, mas também pelo que deixa de publicar. A edição
de Veja desta semana deixa de reportar os dois principais acontecimentos
na ótica dos movimentos populares: a queda do presidente do Equador,
como marco na América Latina, e a Marcha Nacional pela Reforma Agrária,
no Brasil.
E não
poderia mesmo ser diferente. Conforme Bernardo Kucinsk, Veja funciona como
“a usina ideológica dos conceitos e pré-conceitos da classe
média”. Como tal, precisa conquistar corações e mentes
para combater o que é contrário ao status quo. Ou
como costuma avisar o jornalista José Arbex, “Veja é a única
revista estadunidense escrita em português”. Como tal, precisa defender
os interesses do “império”. Torna-se desnecessário, neste
quadro, esclarecer porque a deposição do presidente do Equador
e a Marcha dos Sem-Terra no Brasil foram preteridas nas muitas páginas
desta edição “mais do que recheada” de Veja.
(Por
Najla Passos, jornalista e mestranda
em
Comunicação Social pela UFMT)
.
O
Globo e as "classes perigosas"
Na madrugada
do dia 26 de abril mais de 60 famílias que não têm
onde morar ocuparam o prédio abandonado do antigo Instituto de Aposentadoria
e Pensões dos Empregados em Transporte de Cargas (Iapetec), na Avenida
Venezuela 53, no Centro do Rio de Janeiro. O prédio pertence ao
INSS e está abandonado há mais de dez anos. A ação
contou com o apoio de setores do movimento social que luta por moradia
e de estudantes. Entre os ocupantes estavam grávidas, idosos e crianças.
A informação
foi noticiada corretamente, numa página interna do Globo
pela jornalista Ana Claudia Costa. Trocando a palavra invasão,
usada pela mídia, por ocupação, usada pelo
movimento social, o texto poderia ser publicado em qualquer jornal de esquerda.
O perigo, porém, morava ao lado. Na página 2, uma foto imensa
de estudantes que apoiavam o movimento, com camisas na cabeça, foi
ali colocada estrategicamente para assustar as pessoas e causar medo. Medo
de pobre. Medo de quem reage. Medo das eternas “classes perigosas”. Essa
era a função da foto escancarada na página 2. Ilustrando
a matéria de Ana Claudia, dentro do jornal, estava a foto das grávidas
e dos idosos. Mas essas não mereceram destaque. Não existe
acaso no jornalismo.
(Por
Claudia Santiago)
.
Entidades
repudiam preconceito da TV Globo contra povos indígenas
Um grupo
de entidades de Mato Grosso ligado à questão indígena
e à defesa dos direitos humanos elaborou uma nota de repúdio
contra a direção da novela "A lua me disse", da TV Globo,
pela maneira como a personagem Bumba, uma nambiquara, vem sendo tratada.
A atração televisiva passa às 19 horas e é
dirigida por Miguel Falabella. As entidades denunciam que a emissora está
esteriotipando e desrespeitando a dignidade dos povos indígenas.
Na novela, Bumba - e este não é um nome indígena -
é uma empregada maltratada pelos patrões. Em um dos episódios
da semana passada a índia foi expulsa aos berros de um dos cômodos
da residência onde trabalha ao som de um "Saia daqui, sua Nambiquara!".
No mesmo
episódio, foi tratada como uma selvagem tarada. Correu atrás
do ator Paulo Vilhena, que estava de toalha, dizendo "Índia, quando
quer homem, fica nua na taba. Índia gosta de ver homem nu. Índia
quer!". Assinam inicialmente a nota de repúdio a Pastoral da Criança
Indígena, a CNBB e o Museu do Índio/Universidade Federal
de Mato Grosso (antropólogo Aloir Pacini). Por lei, as emissoras
de rádio e televisão são concessões públicas
dadas pelo Estado por determinado tempo e devem se pautar por conteúdos
que estimulem a educação, a cultura, a ciência e a
formação da cidadania.
Abaixo,
a nota de repúdio:
Nota de
repúdio à novela de Miguel Falabella (TV Globo)
Constatamos
com tristeza que a criatividade do Sr. Falabella, na sua mais recente novela
("A lua me disse"), atingiu a imagem do povo Nambiquara, que merece, pela
sua história de resistência e sofrimento, o mais profundo
respeito de cada um de nós, brasileiros. A índia Nambiquara,
na caricatura da novela, está condenada ao estrato mais subalterno
da sociedade, quase como se fosse um animal exótico, divertido,
digno de riso. Uma imagem que não é totalmente alheia à
nossa realidade, onde o preconceito legitima a exploração,
a expropriação e o abandono do poder público. Cabe
à televisão brasileira o importante papel de educar, todos
sabemos. De um autor/ator respeitado pelo seu público esperamos
mais do que a confirmação de idéias e valores que
os povos indígenas lutam tanto para superar, nas suas mais variadas
formas de discriminação das diferenças.
• Aloir
Pacini, Museu Rondon, UFMT
• Eurípia
de Faria Silva, Pastoral da Criança Indígena
• Irmã
Glória Antônia Mamani, Mutirão pela Superação
da Fome e da Miséria, CNBB
Muito
Além do Cidadão Kane: uma ditadura de 40 anos
Na data
de comemoração dos 40 anos da Rede Globo, que a edição
desta semana do jornal Brasil de Fato classificou de "uma
ditadura de 40 anos", a sociedade brasileira deveria questionar sobre
o que isso representou para sua vida. Muito se escreveu e muito mais ainda
se escreverá. Mas o que ficou evidente nesses 40 anos foi a exclusão
da sociedade na discussão de seus próprios anseios e problemas,
a descarada manipulação da informação e o uso
deste veículo de concessão pública como uma uma poderosa
ferramenta de articulação das oligarquias do Brasil. A sociedade
teve seu direito de decidir seqüestrado pela mídia hegemônica.
Em especial pela Rede Globo.
Para contar
um pouco da História real desta emissora, o Centro de Mídia
Independente disponibilizou o excelente documentário Muito Além
do Cidadão Kane, que explora bem a questão do oligopólio
global. Sua exibição no Brasil tem sido, digamos, "limitada"
de maneiras não conhecidas, pois é um documento histórico
de fundamental importância. Mas, com todas as pressões, sempre
haverá um link disponível na Internet. Ponto para a História.
Pode ser baixado nos site: www.midiaindependente.org/media/
; O arquivo está divido em 4 partes: kane1, 2, 3 e 4. O NPC indica!
Sociedade
protesta contra propagandas de cerveja que exploram corpo da mulher
Ativistas
do movimento negro, defensoras/es de direitos humanos, feministas e ativistas
do movimento de mulheres em Pernambuco entraram, no dia 8 de março,
com representação no Ministério Público Federal
contra as propagandas de cerveja que exploram a objetificação
do corpo da mulher. A ação junto ao MPF foi uma das atividades
da sociedade civil que marcaram o Dia Internacional da Mulher, no Estado.
As ações de protesto prosseguem agora através de e-mails
e telefonemas para fabricantes de cerveja e agências de publicidade
responsáveis pelas campanhas. Saiba mais no endereço http://conferencia.direitos.org.br/node/view/2939
Democratização
da Comunicação
Rádios
comunitárias fazem audiência púlica nesta quinta (5/5)
em São João de Meriti
No dia
29 de março, sete rádios comunitárias de Vilar dos
Teles, em São João de Meriti (RJ), tiveram seus transmissores
lacrados por agentes da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel). Segundo comunicadores ouvidos pela redação, a agência
teria agido sem mandado judicial. As emissoras comunitárias da região
vão promover uma audiência pública no dia 5 de maio,
às 19h, na Câmara de Vereadores de São João
de Meriti, para discutir o caso e propor ações. Nesta mesma
data será apresentado um manifesto sobre a repressão às
rádios comunitários. A apresentação contará
com a presença de várias instituições, lideranças
comunitárias, o deputado estadual Carlos Minc, artistas locais e
entidades que lutam pela a democracia da comunicação. A audiência
contou com o apoio do presidente da Câmara dos Vereadores, vereador
Padre Abelar.
Segundo
a radialista Susana Marques, da rádio Onda Livre, o apoio dos movimentos
populares é fundamental para as rádios comunitárias.
“Precisamos muito do apoio de todos para que possamos seguir nosso caminho,
seguir contestando e combatendo as leis que protegem o monopólio
das grandes empresas de comunicação e que impedem a sociedade
civil de se organizar construindo seus próprios veículos.
Temos que dar espaço para as comunidades despertarem para seus direitos
e lutarem por espaço nesta sociedade, por direitos garantidos pela
constituição”. Susana repudiou também a ação
da ANATEL: “Nós não cometemos chacinas, não roubamos
o INSS, nem tão pouco deixamos os hospitais sem aparelhos”.
Notificação
judicial adia TV para CUT
Na semana
passada chegou ao Ministério das Comunicações uma
notificação judicial que impediu que o pedido de concessão
de canal de TV à Central Única dos Trabalhadores fosse enviado
ao Congresso por uma mensagem assinada pelo presidente Lula. De acordo
com o Planalto, o Ministério Público pede que a Fundação
Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, criada pela CUT
para ser mantenedora do canal, registre mudanças recentes em seu
estatuto. Lula disse na quinta-feira (21/04) que assinou "decreto" (na
verdade uma mensagem) de concessão de 15 anos para a CUT manter
canal com abrangência no Grande ABC (SP). Após a liberação
da Justiça, a mensagem será encaminhada ao Congresso. Em
discurso para dirigentes de centrais sindicais, Lula citou a importância
do canal. "É um instrumento sério de comunicação
para os trabalhadores". As informações são da Folha
de S. Paulo.
NPC Informa
Retratos
subversivos de José Carlos Mariátegui
Em
uma curta e intensa vida, o jornalista, teórico e dirigente revolucionário
peruano José Carlos Mariátegui (1894-1930) uniu pensamento
e ação, arte e política, jornalismo e militância,
construindo uma obra que fez dele o mais original dos pensadores marxistas
latino-americanos. Empenhado em trazer as idéias de Marx para a
realidade do continente, Mariátegui abriu caminhos para uma reflexão
própria do marxismo, sempre lutando pelo papel dos povos e culturas
indígenas na luta de classes e pela transformação
social. Sua obra teórica – e sua visão sobre a formação
social e étnica da indo-américa – influenciou desde a revolução
cubana e Che Guevara até os zapatistas de Chiapas, e segue inspirando
movimentos que lutam pela igualdade e pela emancipação em
toda a América Latina. Dentre os vários livros que escreveu,
destacam-se "Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana"
e "La escena contemporânea".
No recente
"Do sonho às coisas – retratos subversivos" (foto),
Luiz Bernardo Pericás reúne escritos nos quais nosso autor
analisa personagens como Mussolini e a ascensão do fascismo, Mahatma
Gandhi e a luta pela independência indiana, John Maynard Keynes e
o tratado de Versalhes, André Gide e a Nouvelle Revue Française,
Leon Trotski e suas reflexões sobre arte, Máximo Gorki e
a revolução russa, H.G. Wells e a visão de mundo do
Império Britânico, entre outros. Esses retratos - textos em
permanente movimento, corajosos, apaixonados e demolidores - permitem também
conhecer mais do seu autor: um homem de talento e inteligência afiada,
que buscou ver a realidade com olhos latino-americanos que sonhavam e lutavam
para transformar o mundo. Lançamento da Boitempo Editorial (www.boitempo.com),
a obra faz parte da coleção "Marxismo e Literatura", coordenada
por Leandro Konder, e tem 160 páginas.
"Venezuela,
originalidade e ousadia" tem lançamento dia 17/5, no Rio
O jornalista
Altamiro Borges lançará no Rio de Janeiro, no próximo
dia 17 de maio, seu mais novo livro: "Venezuela, originalidade e ousadia".
O evento será na sede da CUT/RJ, que, juntamente com o NPC e a TV
Comunitária/RJ, promovem o evento. Às 18h, na Av. Presidente
Vargas, 502/15o andar - Centro.
Dê
bonecas de tricô. Fora a Barbie e o imperialismo cultural
Silvia
Kirschbaum faz fantoches de dedo e boneca de tricô. Seus clientes
são professores que utilizam
o brinquedo no seu trabalho diário com crianças. Além
de estimular a criatividade dos pequeninos, o trabalho de Sílvia
é também um contra-ponto ao imperialismo cultural globalizado,
que se concretiza na ditadura das Barbies e Ronalds Mc Donalds. Quem tiver
interesse em entrar em contato com Sílvia, tome nota: (21) 2245-7902
/ 9631-5800 ou silviabaum2@yahoo.com.br
Jovens
de baixa renda entre 18 e 24 anos têm isenção de matrícula
para Curso de Mídia e Educação na UFRJ
Dia 28
de maio é a última data para efetuar matrícula no
Curso
de Extensão e Capacitação em Mídia e Educação,
que acontece entre os dias 4 de junho a 15 de outubro no campus
da UFRJ, na Praia Vermelha (Urca). As matrículas poderão
ser realizadas a partir da próxima sexta (6/5) e acontecerão
todas as sextas, de 14h às 17h, na sala do Programa Avançado
em Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ. O curso é organizado
pelo Projeto Mão na Mídia em parceria com o PACC/UFRJ.
A missão do grupo é trabalhar para a ampliação
da participação de crianças, adolescentes e jovens
na produção de mídia, através da criação
de novos mecanismos de educomunicação, além de promover
a geração de renda para jovens e a inclusão social
nas instituições de ensino público e privado.
As aulas
acontecem aos sábados de 13:30 às 17:00 no Auditório
do PACC/UFRJ. O curso é ministrado por professores com experiência
de trabalho e/ou pesquisa nas áreas de comunicação
e educação. As inscrições vão até
dia 4 de junho. Jovens de baixa renda entre 18 e 24 anos poderão
receber isenção da matrícula e mensalidade do
curso, além de um custo transporte, mediante entrevista que deverá
ser feita por telefone e pessoalmente. A prioridade é para jovens
que participam de movimentos sociais e tenham interesse em trabalhar com
prestação de serviços em mídia e educação.
Comunicação,
cultura e movimentos sociais em Pernambuco
O Centro
das Mulheres do Cabo (CMC) e o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), organizações
que compõem a Ação em Rede pela Criança e o
Adolescente (ARCA), em parceria com o Núcleo de Movimentos Sociais
da UFPE e com o apoio do Ministério da Cultura e da CESE da Bahia
promovem, nos próximos dias 6 e 7 de maio, o seminário
"Comunicação, Cultura e Movimentos Sociais". O evento
pretende estimular a análise crítica da relação
entre os movimentos sociais e a cultura em meio à sociedade da informação
e das novas tecnologias. A idéia juntar pesquisadores, estudantes,
organizações não-governamentais e representantes de
movimentos sociais, como o Fórum Pernambucano de Comunicação,
para discutir temas relativos à democratização da
comunicação, direito à comunicação,
gênero, raça/etnia, tecnologia digital, rádio comunitária
e produção de conhecimentos. O evento ocorrerá no
Centro de Artes e Comunicação da UFPE (6/5, 14h) e na Pousada
Tempero do Mar, Gaibu (7/5, 8h às 12:30h). Mais informações
em rosario@cclf.org.br
Projeto
Legal quer ampliar debate sobre infância e adolescência
A Organização
de Direitos Humanos Projeto Legal está organizando uma importante
publicação para divulgar não só as atividades
desenvolvidas pela entidade, mas também contribuir para a ampliação
do debate dos colóquios desenvolvidos pelo Projeto Atitude Legal,
sobre adolescentes autores de ato infracional, e permitir o acesso a esses
adolescentes à divulgação de suas opiniões.
"Gostaríamos muito de contar com a colaboração de
todos para o envio das agendas e cursos desenvolvidos por cada instituição
e que contemplem a realidade das crianças e adolescentes em risco
social. Convidamos também os atores interessados em participar de
sessões como DEBATE e ENTREVISTA", diz a assessoria do Projeto Legal,
que se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos.
Mais informações em www.projetolegal.org.br
Sindicato
dos Jornalistas de SC faz cinqüenta anos
O Sindicato
dos Jornalistas de Santa Catarina completa 50 anos no dia 13 de maio e
vai comemorar o aniversário com uma programação que
se estende até julho. Os eventos vão desde debates
e lançamento de livro até uma exposição fotográfica.
Grandes nomes do jornalismo nacional já confirmaram presença
nos ciclos de debates, entre eles Bob Fernandes, César Valente e
Ricardo Noblat. Informações pelo telefone (48) 228-2500
“A
Comunicação na Construção das Responsabilidades
Humanas”, em São Paulo
A IPAZ
- Agência Internacional pela Paz e a Aliança por um
Mundo Responsável, Plural e Solidário, com o apoio da
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e da ECA-USP (Escola
de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo),
realizarão na próxima segunda (9/5) o evento “A Comunicação
na Construção das Responsabilidades Humanas”. A idéia
é unir jornalistas, professores, estudantes, ONGs e profissionais
de comunicação em prol de uma mídia responsável.
O evento será realizado no Museu da Imagem e do Som, que fica na
Av. Europa, 158 – Jd. Europa, São Paulo capital. Programação
e outras informações disponíveis em www.ipaz.org
Educação
e Mídia: Prêmio ANDIFES de Jornalismo 2005
A Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes) acaba de lançar o Prêmio Andifes de
Jornalismo 2005. Jornalistas de todo o país podem inscrever
suas reportagens ou série de reportagens publicadas em jornais
ou revistas nacionais impressos, entre os dias 1º de janeiro
e 31 de dezembro de 2004. Uma comissão julgadora selecionará
os melhores trabalhos, em duas categorias: Ensino Superior e Ensino Básico,
que abrange Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio. Cada categoria terá um vencedor, que receberá
como prêmio duas passagens aéreas de ida e volta para qualquer
capital do País. O Prêmio Andifes de Jornalismo é concedido
anualmente, desde 2000, quando foi criado em homenagem aos 10 anos da Andifes.
Estimular
a mídia impressa a produzir e divulgar notícias da área
de educação foi o principal motivo para a criação
do Prêmio Andifes de Jornalismo, que reconhece e valoriza o importante
trabalho realizado pelos profissionais dos veículos de comunicação.
Desde a sua primeira edição, o Prêmio Andifes de Jornalismo
já contemplou dez jornalistas de diferentes veículos de comunicação.
As inscrições para o Prêmio Andifes de Jornalismo 2005
estão abertas e vão até o dia 13 de maio. Cada
participante pode inscrever quantas matérias quiser. Basta ler o
regulamento, preencher a ficha de inscrição, disponíveis
no site www.andifes.org.br/premio.php , e enviar para o endereço
da Andifes, junto com dois originais ou cópias das reportagens publicadas
no ano passado. Outras informações também podem ser
obtidas pelo telefone (61) 321-6341
De Olho No Mundo
Rádio
equatoriana transmite voz do povo; Canais de TV silenciam
O jornal
Hoy
fez duras
críticas à cobertura das TVs no sábado (16/4)
e domingo de madrugada (17/4). Para a publicação, as emissoras
de televisão do Equador não transmitiram como deveriam os
protestos contra o governo em Quito, em meados de abril. Enquanto a
rádio local La Luna, que funciona em um minúsculo
porão em Quito, teve um papel importante nas manifestações
ao divulgar a versão popular dos acontecimentos, as emissoras continuavam
a exibir sua programação habitual. A oposição
criticou também a falta de contextualização do que
ocorreu, com a omissão da situação política
e social nos últimos quatro meses, e "os canais que banalizam a
informação e obedecem a interesses concretos". A estação
La
Luna, que opera na freqüência 99,3 FM e pode ser ouvida
pela Internet no www.radiolaluna.com
, opera há 11 anos um sistema de microfones abertos em que o público
pode narrar suas histórias.
Segundo
um diretor do Canal Uno, as passeatas não foram transmitidas pela
rede porque estavam "dispersas pela cidade" e também atribuiu a
omissão a problemas técnicos. Carlos Jijón, diretor
de redação da Teleamazonas, deu justificativa semelhante.
O comunicólogo Ivan Rodrigo, ouvido pela reportagem de Hoy, conclui:
"Os meios sentem que a atividade política deve ser mediada por políticos,
mas a cidadania pede por democracia direta. A televisão tem um discurso
ambíguo: dá espaço para os políticos mas não
mostra a face cidadã. Fala em nome da cidadania mas impede seu espaço
de legitimação. A TV segue sendo subsidiário do poder
político".
EUA:
Empresas pagam apresentadores de TV para elogiar produtos
O editor
de tecnologia e apresentador do programa Today da rede NBC, Corey Greenberg,
confirmou ter recebido dinheiro da Apple, Sony, Hewlett-Packard, Seiko
Epson, Creative Technology e Energizer Holdings para falar bem de produtos
dessas empresas. Ele cobrava US$ 15 mil pelos comentários positivos.
A informação foi publicada no jornal Wall Street Journal
e posteriormente no Washington Post. A NBC afirmou, em comunicado oficial,
que não sabia da atividade do editor, mas o próprio Greenberg
disse
ao Washington Post que tornava tais práticas públicas
para a rede. O jornal descreve outros casos semelhantes ocorridos na mídia
norte-americana.
Bye,
bye, Brazil
A Voice
of America, aquela estação de rádio financiada pelos
EUA para levar a mensagem americana mundo afora, está fechando seu
escritório do Brasil, no Jardim Botânico, no Rio. Jim Teeple,
correspondente para o Caribe, veio de Miami com a missão de cuidar
da mudança dos equipamentos.
(Por
Ancelmo Gois, O Globo, 3/5/2005)
.
De Olho Na Vida
Pequeno
Manifesto do HIP-HOP ao trabalho
-
Se não me deixam trabalhar, como querem que eu tenha experiência?
Essa
contradição que oprime o jovem que busca o seu 1º emprego,
já não é a única a perturbar candidatos a uma
vaga no mercado de trabalho. Hoje um dos critérios para seleção
de candidatos a emprego é o cadastro nos sistemas do SPC e do CERASA.
E então surge uma nova questão: “De onde vou tirar dinheiro
para limpar meu nome se não me dão emprego?”
Por esse
desemprego crescente é que chegam ao cálculo de cerca de
60% da massa produtiva do nosso país trabalhando sem carteira assinada.
Trabalhar sem carteira assinada significa trabalhar sem direito a férias,
sem 13º, sem vale transporte, sem nenhum tipo de indenização
em caso de demissão sem justa causa, sem seguro desemprego, sem
todos os direitos conseguidos há mais de 50 anos.
Criou-se
uma atmosfera de esperança quando, enfim, conseguimos eleger um
presidente trabalhista. Só que a atuação desse governo
pseudo trabalhista que mantém afastados de seus trabalhos funcionários
públicos federais que foram demitidos por greve e está conseguindo
dissipar essa atmosfera.
Por isso,
irmãs e irmãos, é que o HIP-HOP AO TRABALHO não
é uma comemoração ao dia do trabalhador, e sim um
convite a refletirmos, através da nossa arte, sobre o nosso papel
nessa situação. Ficaremos separados sendo empurrados para
a beira do abismo? Ou, unidos, nos organizaremos para resistirmos às
violações dos nossos direitos?
E para
ajudar nessa reflexão, deixaremos dois versos da música “Discurso
ou Revolver” (Facção Central):
“De
que adianta ser milhões se não somos um
Ação
coletiva. Objetivo comum...”
Maio
de 2005
.
MinC
manda recolher material didático patrocinado pela Monsanto
O Ministério
da Cultura informou nesta quarta (27/4) que mandou recolher os materiais
distribuídos pela editora Horizonte Geográfico a escolas
públicas de 5ª a 8ª séries da Bahia, Mato Grosso,
Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O projeto foi aprovado
pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e depois patrocinado pela
multinacional Monsanto.
O MinC
avaliou que "os conteúdos editoriais aprovados na proposta original
dos projetos não foram totalmente cumpridos". O objetivo original
do projeto era "reunir seis exemplares da revista Horizonte Geográfico
e levá-los às bibliotecas das escolas de 1º e 2º
grau e públicas dos estados do Sudeste do Brasil, para consulta
com o intuito de pesquisa e divulgação da cultura", além
de "ampliar os horizontes dos professores e permitir aos alunos e pessoas
da comunidade local o acesso à cultura brasileira, aos povos e tradições
do mundo, ao patrimônio histórico nacional, à arqueologia,
paleontologia, para que tenham uma visão interpretativa do ambiente
que os cerca".
No entanto,
sob o patrocínio da Monsanto, os 11 mil "kits educativos" e os cursos
em 5.409 escolas dos cinco estados versavam, segundo a própria empresa,
sobre "dois dos assuntos de maior destaque da atualidade: agricultura e
ambiente". O projeto abrange também 560 educadores do ensino fundamental,
alguns dos quais já passaram por oficinas de capacitação
para se tornarem multiplicadores dos ensinamentos repassados pela Monsanto.
Após
denúncia de entidades como o Greenpeace e a Rede Brasileira de Educação,
do deputado estadual Frei Sérgio (PT-RS) e dos pedidos de informação
dos deputados federais Edson Duarte (PV-BA) e Luciana Genro (PSOL-RS),
o MinC solicitou cópias dos materiais para verificar se eles condiziam
com os objetivos aprovados. O ministério determinou a suspensão
da distribuição das revistas Horizonte Geográfico
números 89 e 96, seus materiais didáticos inclusos e os cartazes
com os seguintes títulos: "Soja: O grão que conquistou o
Brasil" e "Culturas da Terra no Brasil".
Na apresentação
do Guia de Atividades do projeto, destinado aos professores das escolas
públicas, está escrito que ele "aborda avanços nas
práticas agrícolas que contribuem, ao mesmo tempo, para o
aumento e a preservação do solo". Em seguida, são
propostas atividades, que têm como título: De onde vem, para
onde vai; Plantio direto, agricultura e meio ambiente; Balança comercial
do agronegócio brasileiro; Trabalhadores Rurais; Observando a variedade
dos seres vivos e Da domesticação das espécies à
biotecnologia. O material aborda diversos aspectos da agricultura, e sempre
que pode se refere à transgenia como mais um desses aspectos: "Na
agricultura, é possível gerar plantas transgênicas
mais produtivas, enriquecidas com nutrientes ou resistentes ao ataque de
insetos e pragas e tolerantes às condições adversas
do solo e do clima", diz um dos materiais.
A suspensão
da distribuição é uma vitória de todos aqueles
que se dedicaram a difundir a denúncia. A Monsanto incentivou o
contrabando de sementes transgênicas e depois pressionou, usando
seus métodos, para a aprovação da irresponsável
Lei de Biossegurança. Só que, desta vez, quem ganhou foi
a sociedade brasileira. Resta a saber, no entanto, como as secretarias
de educação permitiram que esse material chegasse às
escolas públicas.
(Com
informações do Gabinete Frei Sérgio, deputado estadual
- PT/RS)
.
Por Dentro da Universidade
Conservadores
em ação. A UDN entre 1961-1965
Orientado
pelo professor Marcelo Badaró, João Braga Areas defendeu,
no dia 6 de abril, a tese de mestrado Conservadores em ação.
A UDN entre 1961-1965, dentro do Programa de Pós-Graduação
em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). O trabalho
baseia-se em grande volume de fontes, sobretudo jornalísticas de
época, tendo consultado também o arquivo da UDN depositado
no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
Realiza leitura cuidadosa da bibliografia em torno das questões
que trabalha, em especial sobre os seguintes temas: golpe de 1964; a própria
UDN e sobre o sistema partidário no período 1945-1964.
O eixo
historiográfico que segue é o inaugurado por René
Dreifuss, por quem explicita sua admiração. Assim, João
Braga Arêas procura enquadrar seu trabalho no conjunto dos estudos
sobre classes dominantes no Brasil e suas formas de organização.
Anexou à dissertação extensa tabela dos membros do
Diretório Nacional e do Conselho Nacional da UDN, com informações
sobre formação escolar, legislaturas nas quais participou,
informações econômico-sociais e informações
gerais de cada um. A dissertação mostra grande quantidade
de banqueiros no partido. Áreas retraça a trajetória
da UDN no período, com ênfase para sua participação
no golpe de estado de 1964 e para os desdobramentos no período imediatamente
posterior ao golpe.
O autor
não deixa dúvidas sobre a exigência dos integrantes
da UDN de coerção e de repressão indiscriminada e
sem maiores delimitações tanto no momento anterior ao golpe
de Estado quanto ao longo do tempo em que o partido subsiste no período
ditatorial. Em breve, entrevista com João Braga Áreas,
no Boletim do NPC.
(Por
Virgínia Fontes)
.
Pérolas da
edição
Morre
lentamente
"Morre
lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem
não ouve música,
quem
não encontra graça em si mesmo.
Morre
lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem
não se deixa ajudar,
morre
lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo
todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não
se arrisca a vestir uma nova cor
ou não
conversa com quem não conhece.
Morre
lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre
lentamente quem evita uma paixão,
quem
prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento
de um redemoínho de emoções,
justamente
as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações
aos tropeços e sentimentos.
Morre
lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o
seu trabalho,
quem
não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem
não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos
sensatos.
Morre
lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da
chuva incessante...
Morre
lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não
pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não
responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos
a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço
muito maior que o simples fato de respirar.
Somente
a perseverança fará com que conquistemos um estágio
pleno de felicidade"
Pablo
Neruda
(Enviado
ao Boletim do NPC por Rosely
do
Carmo Colussi, Sindjus-PR)
Mau
exemplo
É
um absurdo esse negócio de mau exemplo para as crianças,
porque mesmo que você tranque uma criança heterossexual num
quarto por cem anos junto com um casal homossexual ela vai continuar com
a preferência dela. O mau exemplo para as crianças, vemos
muito mais em outras coisas. A maneira como a heterossexualidade está
sendo explorada no Brasil atualmente é muito mais perniciosa. O
desfile das escolas de samba, sim, é um mau exemplo para as crianças,
porque as meninas vão querer botar silicone, ser “popozudas” e achar
que desfilar com os peitos de fora durante 90 minutos, para o mundo inteiro
ver, é legal à beça.
Agnaldo
Silva, autor de alguns dos
maiores
sucessos da TV no país
.
Proposta de Pauta
O
que precisa ser feito para mudar a vida do povo brasileiro
No dia
2 de maio de 2005, 12 mil trabalhadores e trabalhadoras deixaram a cidade
de Goiânia rumo a Brasília para, reunidos, caminhar, protestar
e chamar a atenção da sociedade brasileira para a grave situação
de pobreza e desigualdade no campo. Vindos de 23 estados, esses homens,
mulheres e crianças percorrerão a pé, durante 17 dias,
os 200 quilômetros que separam as duas cidades. Entre eles, seu Luís
Beltrane, de 97 anos, que realiza sua 3ª marcha à capital federal.
Será um sacrifício coletivo, colocando o próprio corpo
como ferramenta de luta em busca de uma vida digna para os brasileiros.
Eles representam as mais de 200 mil famílias acampadas e 350 mil
assentadas no país. Representam os desempregados, os pequenos agricultores,
as mulheres camponesas, a juventude, os estudantes, os professores, os
indígenas, os movimentos sociais e todos aqueles que clamam por
transformações e exigem mudanças concretas para melhorar
a vida do povo brasileiro. É a Marcha Nacional pela Reforma Agrária,
fruto da solidariedade nacional e internacional. Acompanhe todas as informações
pelo sítio do MST e cadastre sua entidade para fazer a cobertura
deste evento essencial para a disputa hegemônica da sociedade. Endereço:
www.mst.org.br
Memória
Notícias
da Agenda NPC-2005: maio
.
3
de maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
5 de
maio de 1818 - Nasce em Treves, Alemanha, Karl Marx, criador
do materialismo histórico e dialético e que começou
a trabalhar como jornalista. Foi autor de inúmeras obras políticas.
5 de
maio de 1865 - Nasceu, em Rondônia, o indígena que será
conhecido como Rondon. Aos 90 anos, será condecorado como Marechal.
Foi uma grande figura das comunicações. Em sua homenagem,
este dia foi consagrado como Dia Nacional das Comunicações.
4 de
maio de 1901 - O jornal do Partido Operário Social Democrata
Russo, Iskra, publica o artigo de Lênin, Por onde começar:
um hino à necessidade de um jornal para a revolução.
3 de
maio de 1908 - É celebrado no mundo, pela primeira vez, o Dia
da Mulher, em Chicago (EUA). A iniciativa foi das Federações
Autônomas das Mulheres daquela cidade.
5 de
maio de 1912 - Lançamento, na Rússia, do Pravda,
jornal bolchevista liderado por Lênin.
6 de
maio de 1930 - Surge o primeiro jornal à esquerda do PCB no
campo do marxismo: A Luta de Classe, de orientação
trotskista.
4 de
maio de 1937 - Morre em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, o compositor
Noel Rosa.
5 de
maio de 1946 - Nasce Beth Carvalho, cantora popular que, desde
o final dos anos da ditadura, sempre esteve e estará cantando para
os movimentos populares.
4 de
maio de 1978 - Nas fábricas e escolas de São Paulo começa
a circular um novo jornal lançado em 1o
de maio, O Trabalho, defendendo a criação de um partido
operário. Participará da fundação do PT defendendo
"um partido sem patrões".
3 de
maio de 2004 - O jornal Opinião Socialista, do PSTU,
apresenta novo projeto gráfico e volta a ser semanal.
Fonte:
Agenda NPC-2005
|
|
.
Radiografia da Comunicação
Sindical
Nesta
edição, o Sindicato dos Bancários do Espírito
Santo
Sueli
de Freitas é assessora de Comunicação do Sindicato
dos Bancários do Espírito Santo
BNPC
- Quando foi criado o jornal do sindicato?
Sueli
- O Correio Bancário (CB) começou a circular em abril
de 1979.
BNPC
- Sua circulação foi interrompida em algum período?
Sueli
- Os arquivos apontam para uma circulação pouco regular
nessa primeira fase. A partir de 1985, a Secretaria de Imprensa e Comunicação
começou a ser estruturada. O CB passou a ter periodicidade mais
regular e outros jornais foram produzidos pela entidade.
BNPC
- Qual a nome, tiragem e periodicidade do jornal?
Sueli
- O principal veículo é o Correio Bancário, que
sai a cada quinze dias com tiragem de 9 mil exemplares. Até o lançamento
do site o CB era semanal.
BNPC
- O sindicato tem página na Internet?
Sueli
- Sim, desde maio de 2004 estamos no endereço www.bancarios-es.org.br,
com atualização diária de notícias.
BNPC
- Qual a forma de distribuição do jornal e boletins?
Sueli
- A distribuição é feita nos locais de trabalho
(agências e departamentos dos bancos) pelos diretores do Sindicato.
Cada região da Grande Vitória tem uma equipe responsável
pela distribuição dos materiais da entidade. Isso vale também
para as cidades do interior onde estão instaladas as subsedes (Cachoeiro
de Itapemirim, Colatina e Linhares). Nos demais municípios, a distribuição
é via malote do banco ou Correios.
BNPC
- Quantos profissionais trabalham no departamento de comunicação?
Sueli
- Somos três profissionais contratados - duas jornalistas de
texto/assessoras e um diagramador. Também temos um repórter
fotográfico e um ilustrador que prestam serviços à
entidade.
BNPC
- Vocês costumam trazer reportagens?
Sueli
- As reportagens ficam mais restritas ao jornal Mulher 24 Horas,
que sai mensalmente. No Correio Bancário ainda temos essa deficiência.
Ele prioriza as matérias do cotidiano.
BNPC
- Observações livres
Sueli
- Vale ressaltar que em 1998, o CB passou por reformulação
gráfico-editorial. Foi adotado o tamanho ofício, com oito
páginas e editorias definidas (opinião, bancos, entrevista,
esporte e cultura, assuntos gerais). Em 2003, o jornal passou a ser colorido,
assim como também o Mulher 24 Horas e demais publicações
da entidade.
Cartas ao Boletim
NPC
Na
trincheira popular e classista
Compas,
Com mais esse boletim todos os participantes do NPC estão de parabéns...
Estão cada vez mais melhores. Continuem firmes nessa trincheira
popular e classista de democratização da informação.
Revolucionariamente, saudações bolivarianas e socialistas,
Aurelio
Fernandes - Círculo Bolivariano Leonel Brizola
Parabéns
ao BoletimNPC
Queridos
companheiros/as, está excelente o boletim! Parabéns! Jean
Tible - Doutor em Relações Internacionais, de São
Paulo (SP)
O
Boletim está muito bom
Queridos
companheiros/as, o boletim está muito bom. Colocamos um link em
nossa página. Veracy - Assessora do gabinete do deputado Chico
Alencar, do Rio de Janeiro (RJ)
Sobre
a TeleSUR
Claudia,
estou empolgado com a notícia da TELESUR, isso é importantissímo.
Ernani
Jacques D'Ornellas, do Rio de Janeiro (RJ)
O
boletim está cada vez melhor
Parabéns
pelo Boletim do NPC, está a cada edição melhor! Vida
longa e frutífera para o Boletim do NPC. Um forte abraço,
Carlos
R. S. Moreira ( Beto ), do Rio de Janeiro (RJ)
.
Novas entrevistas
em nossa página
Coordenadora
da Missão brasileira ao Haiti fala ao Boletim do NPC
Sandra
Quintela, visitou o Haiti como membro de uma delegação
de organismos de vinte países. Nesta entrevista, ao Boletim do
NPC, Sandra nos traz informações que não chegam
através da grande mídia.
.
.
Veríssimo:
o escritor, o ato político e a luta
Quem já se deliciou com alguns ou com todos os seus livros não
acredita que aquele de fala mansa, quase um susurro, e tímido, seja
o escritor bem-humorado de Comédias da Vida Privada, A
velhinha de Taubaté, As mentiras que os homens contam
e tantos outros, seja Luis Fernando Veríssimo. Mas é ele
mesmo. A simplicidade é tanta que ele quase pede licença
por estar ali, por ser o centro das atenções de uma livraria
cheia, em plena terça-feira, num dia chuvoso e um pouquinho mais
frio.
Assim que ele chega à Realejo Livros, na cidade de Santos
(SP), no dia 26 de abril, por volta das 18h, logo forma-se uma fila de
leitores e fãs, já com livros à mão, esperando
o tão sonhado autógrafo, uma conversa rápida e também
uma foto. Luis Fernando Veríssimo, apesar da timidez, recebe
a todos com um sorriso largo e acolhedor. Faz questão de pedir o
nome de cada um dos leitores e de escrever uma dedicatória diferente
nos livros.
Foi com a mesma gentileza que Luis Fernando Veríssimo, nascido em
Porto Alegre (RS), em 1936, filho do famoso escritor Érico Veríssimo,
falou com o Boletim NPC.
.
.
Novos artigos em
nossa página
Quem
precisa de Veja?
Matéria
de capa da edição desta semana – intitulada "Quem precisa
de um novo Fidel?" – acusa Hugo Chávez de ameaçar "a estabilidade
da América Latina com o financiamento e o apoio a grupos radicais
de países vizinhos", a formar "uma milícia civil", a usar
o "petróleo para chantagear as repúblicas da América
Central", e a aliar-se à "ditadura cubana de Fidel Castro" etc.
etc. A ladainha é repetição do recado de Condoleezza
Rice em seu périplo continental. Veja, que exaltou o golpe de abril
de 2002 contra o líder venezuelano, tenta firma-se como o maior
panfleto da direita brasileira. Por Gilberto Maringoni, maio de
2005
Globo
comemora seu monopólio. Tudo a ver com o Brasil?
Semana
será marcada com programação festiva da emissora.
Estudiosos, jornalistas e ONGs refletem sobre quatro décadas de
oligopólio da família Marinho. Cerca de 80% da população
brasileira não tem outra fonte de informação. Da Agência
Carta Maior, 26/04/2005
40
anos da Rede Globo: não há nada para comemorar
Ontem, terça-feira (26/4),
a Rede Globo de Televisão comemorou 40 anos de vida. Muita gente
graúda da elite cultural e política do país vai aproveitar
a ocasião para mostrar a "imensa" gratidão do Brasil com
a emissora que — entendem eles — expressa como ninguém esse contraditório
e tropical país. Mas nós não iremos comemorar. Pelo
contrário, usaremos a data para lembrar, protestar e expor à
sociedade que a rede Globo não é apenas o rosto bonito do
Rodrigo Santoro ou a simpatia da Suzana Vieira. Por Intervozes —
Coletivo Brasil de Comunicação Social, abril de 2005
Equador:
La Luna, uma rádio e seu povo
O coração andino
pulsou na freqüência 99,3 MHz. Se tal afirmativa soa estranha
a cardiologistas, registra com precisão o momento político
equatoriano desde que a Rádio La Luna abriu seus microfones e vocalizou
a insatisfação popular que culminou com a deposição
do presidente, Lucio Gutierrez. Emissora comunitária, filiada a
Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica
(Aler), vários manifestantes usaram seu sinal para tomar a história
nas próprias mãos. Por Gilson Caroni Filho, maio de
2005
Violência:
superficialidade no jornalismo é o maior problema
Uma pesquisa pioneira realizada
pelo Centro de Estudos da Segurança e Cidadania revela que, na cobertura
da violência, o jornalismo brasileiro avançou muito nos últimos
anos, abandonando a longa tradição de sensacionalismo, e
agora tem outro grande obstáculo a superar: a superficialidade.
Do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, maio de 2005
“Um
filme falado” afirma a sabedoria das palavras
A mais recente obra de Manoel
de Oliveira pode parecer uma defesa da civilização branca
e ocidental. Mas é possível chegar à conclusão
oposta. O filme alerta para a necessidade de que a ação seja
orientada pela sabedoria da fala. Seja ela ocidental ou oriental. Por Sérgio
Domingues, maio de 2005
Skype
chega a 35 milhões de clientes e preocupa operadoras
É relativamente fácil
descobrir qual a maior operadora de telefonia fixa do mundo. O posto pertence
à China Telecom, com seus 200 milhões de clientes. Difícil
é apontar a companhia mais criativa e inventiva nesse setor. Uma
séria candidata ao título tem apenas dois anos de operação
e sede em um paraíso fiscal: Skype. A companhia se transformou nos
últimos tempos em um dos maiores fenômenos da rede. Por Manoel
Fernandes, na Isto É Dinheiro, abril de 2005
A
próxima atração
Agnaldo Silva, autor
de alguns dos maiores sucessos da TV no país, fala sobre a erotização
das crianças e afirma: “A maneira como a heterossexualidade está
sendo explorada no Brasil é muito perniciosa”. Por Fernanda Dannemann,
da Revista CULT, abril de 2005
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Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação:
Claudia Santiago e Gustavo Barreto
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Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram
nesta edição: Cristina Braga, Gilson Caroni Filho
(RJ), Leonor Costa, Luisa Santiago, Kátia Marko, Marcelo Souza,
Najla Passos, Reginaldo Moraes, Rosangela GiI, Sérgio Domingues,
Thiago Braga e Virgínia Fontes. [voltar]
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