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Boletim do NPCNº 64De 16 a 31.3.2005
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais


Notícias do NPC

Domingo é Dia de Cinema
O Projeto Domingo é Dia de Cinema promove no próximo domingo, dia 3, a exibição do filme “Ação entre amigos”. O tema da sessão é ditadura militar. No Odeon-BR, na Cinelândia, às 9h. Ingressos a R$ 2,00. Após o filme, haverá um debate com a presença do jornalista e vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A realização é fruto de uma parceria entre a Oficina Cine-Escola do Grupo Estação, o Núcleo Piratininga de Comunicação e Pré-vestibulares Comunitários.

Sobre o filme
Em 1971, Miguel, Paulo, Elói e Osvaldo participaram da luta armada contra a ditadura militar e acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente torturados, sendo que Lúcia, a namorada de Miguel que estava grávida, morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de cristo" até estourar seu cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vêem e quando vão para uma pescaria Miguel mostra aos amigos uma foto de um encontro político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia, o homem que os torturou por meses. (fonte: adorocinemabrasileiro.com.br)

Livro lembra 25 anos da morte de Santo Dias
Está previsto para o primeiro semestre deste ano o lançamento, no Rio de Janeiro, do livro Santo Dias: quando o passado se transforma em história, de Luciana Dias, Jô Azevedo e Nair Benedicto, que lembra os 25 anos da morte de Santos Dias. 

NPC em Belo Horizonte
Neste final de semana, o Núcleo Piratininga de Comunicação ministra o curso Comunicação Sindical – módulo 2, no Sindicato dos Previdenciários de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Informações com: (31) 3421-1611.


A Comunicação que queremos

Observatório Latino-Americano lança livro sobre bolivarianismo
Depois de ter sido entregue ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, agora é a vez de chegar aos catarinenses o primeiro livro organizado a partir do trabalho do Observatório Latino-Americano (OLA). Oito vozes contam a nascente revolução bolivariana na Venezuela, inspirada no sonho da pátria latino-americana de Simón Bolívar e José Martí. Os textos estão no livro Raízes no libertador – Bolivarianismo e poder popular na Venezuela (Florianópolis, Insular, 2005, 158 pág.), primeira obra lançada pelo OLA, ligado ao Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Olhares latino-americanos sobre a comunicação, a educação, movimentos e poder popular, a democracia participativa, o petróleo e outros aspectos da vida na Venezuela Bolivariana podem ser encontrados no livro. A obra foi apresentada em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial 2005, e foi lançada em Florianópolis, no dia 30 de março, no Hall da Reitoria.

Araguaya é selecionado para o Festival Latino Americano de Miami
Araguaya – A Conspiração do Silêncio, longametragem do cineasta Ronaldo Duque que conta a história da guerrilha durante a ditadura militar, foi selecionado para o Festival do Filme Latino-Americano em Miami, Estados Unidos, que acontecerá entre os dias 15 e 24 de abril. O filme, Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado 2004, está sendo exibido em sessões especiais de pré-estréia em várias cidades brasileira, com a presença do diretor e dos atores Northon Nascimento, Françoise Forton e Danton Mello. Quarenta anos depois de seu início e 20 depois de seu término, o regime militar que imperou no país entre os anos de 1964 e 1984 volta a provocar polêmica na telas do cinema brasileiro. A verdade sobre a Guerrilha do Araguaia, episódio sangrento na história brasileira do regime militar, ainda continua obscura. O cineasta Ronaldo Duque, 50 anos, sabia que desvendar o segredo que ainda cerca o sumiço de 60 militantes de esquerda durante o conflito com os militares seria o maior desafio da sua vida. “Foram quase 20 anos preparando a visão sobre uma região cujos habitantes até hoje parecem viver à sombra do medo”, diz Duque, jornalista que migrou para o cinema em 1979, com o curta-metragem Póstuma, sobre o assassinato do índio Ângelo Cretan, para 10 anos depois, em 1989, ganhar o Rio Cine Festival com o documentário “No”, sobre a ditadura chilena.

Orçado em seis milhões de reais, Araguaya – A Conspiração do Silêncio percorreu um caminho tortuoso. Como já era de se esperar, o cineasta não recebeu qualquer informação e muito menos ajuda das Forças Armadas para narrar a história do grupo de militantes que montaram na fronteira entre Pará, Tocantins e Maranhão (região conhecida como Bico do Papagaio), um foco de resistência socialista armada à ditadura militar. Outra dificuldade encontrada pelo diretor foi a natureza – as locações para reproduzir a vegetação estavam devastadas – sobretudo a chuva torrencial, que acompanhou a equipe durante os 11 semanas de filmagens e inviabilizou uma estrada improvisada na mata pela produção para facilitar o trânsito. Isto sem falar nos mosquitos que infestavam a cidade paraense de Marituba, perto de Belém, onde foi construída, em 8 meses, uma cidade cenográfica com igreja, escola e cerca de 70 casas. Centenas de depoimentos foram colhidos ao longo de 10 anos. Com informações do Portal Vermelho.


De Olho Na Mídia

Veja e a história do PT e as FARC: belíssima aula de como enganar o povo
Na segunda quinzena de março de 2005, José Arbex criou nova definição para a Veja. Antes a definia como “a única revista americana escrita em português”. Mas isto já é sabido, já é velho. Num artigo sobre as infâmias espalhadas por esta revista, sobre o pretenso financiamento das FARC ao PT, Arbex criou outra definição desta revista. A chama de “panfleto da direita racista tupiniquim”. E eu acho que é pouco falar só isso. Mas vamos lá. Vamos dar uma olhada rápida ao que ao discurso da revista na sua edição de 16 de março, sobre o tal financiamento que tanto a preocupa.

Veja quer provar, de qualquer jeito, a ligação do PT com as FARC. Para este panfletão esta é uma tese utilíssima. Já pensou como seria útil provar a interferência das FARC na política brasileira? Que baba seria poder chamar os EUA para tomar conta da Amazônia? Até os postes sabem que eles estão secos para achar um pretexto para esta intervenção. E Veja dá mais uma mão para este plano.

Mas, além disso, este número da revista serve para muito outros objetivos de classe da nobre revista dos Civitas. Veja é, junto com a Folha de S.Paulo e a Globo, o tripé da comunicação da burguesia enquanto disputa ideológica com a esquerda. Com qualquer esquerda. Mais conciliadora, mais radical, mais ou menos esquerdista, reformista, revolucionária, sectária, docinha, bem comportada, rude ou sorridente. Para este tripé tudo é inimigo.

Claro que o trio da comunicação da burguesia tem as suas distinções bem nítidas. Mas acima de tudo ela tem uma opção de classe claríssima que a faz detestar tudo o que tenha, tenha tido ou venha a poder ter um cheiro de esquerda.

E assim, para garantir sua opção de classe, vale tudo para a burguesia.

É neste clima estratégico de vale tudo que se encaixa o número da Veja sobre o PT e as FARC. Da capa da revista às longas páginas internas que dizem, desdizem, redizem, voltam a afirmar, depois a negar e mais uma vez a reafirmar.

E daí, qual é o problema desta lógica ilógica? Nenhum. O importante é que a capa da Veja disse para os seus milhões de leitores que as FARC financiaram a campanha do PT. E ponto final. Lá dentro, há dúvidas, desmentidos, relativizações, condicionais. Nada disso interessa. O que conta para fazer a cabeça de boa parte dos seus leitores é a capa. Lá está escrito bem visível: “Espiões da Abin gravaram representante da narcoguerrilha colombiana ANUNCIANDO doação de 5 milhões de dólares para candidatos petistas...”

Idas e vindas da Veja nesta chamada reportagem

Num primeiro momento a revista afirma:

. “... fez um anúncio pecuniário”
. “... estava fazendo uma doação de 5 milhões”
. “... informou que estava doando”
. “... os 5 milhões saíram de... e entraram...”
. “.... os empresários que doaram”.

Logo em seguida, durante umas duas páginas a Veja volta atrás e usa o CONDICIONAL. É um verdadeiro festival de “iria”. Vejamos:

. “...fariam contribuições”
. “...será que houve mesmo esta doação...”
. “...a revista não encontrou elementos consistentes para que se faça uma afirmação sobre este aspecto”
. “...é necessário ressaltar que ... não foram encontradas evidências sólidas”
. “... sairia, ... entraria, ... passaria, ...chegaria”.

Bom, então a Veja sabe que existe o tempo condicional, na língua portuguesa! Sabe que é diferente dizer fez e dizer faria. Não foi descuido, não foi ignorância. Foi um plano, uma decisão, uma opção, uma escolha político-ideológica.

No final, muda de novo e VOLTA A AFIRMAR:

. “... A Abin descobriu que as FARC deram dinheiro para militantes petistas...”.

Deram. Certo? Alguém duvida? Voltou o deram e sumiu o teriam dado

O texto é uma belíssima aula de... como enganar o povo a serviço de um projeto político. A Veja é isso.
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(Por Vito Giannotti)
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Para Veja a ditadura acabou por causa de Ulysses e Tancredo
Na edição de 23 de março de 2005, um artigo de Roberto Pompeu de Toledo, chamado “Vitória da democracia”, atribui à grandeza de Ulysses e Tancredo o fim da ditadura militar. O texto ignora os heróis da resistência popular à ditadura.

Segundo Toledo, um dos fatores que agravaram a crise da ditadura foi uma “anticandidatura” de Ulysses Guimarães à presidência da República no Colégio Eleitoral, em 1974. O autor não menciona que um milhão de trabalhadores fizeram greve em 78, que 3,4 milhões se atreveram a desafiar a Ditadura, que ainda proibia as greves, em 79. E que a partir daí, milhões de brasileiros e brasileiras entraram em greve exigindo melhores salários, melhores condições de trabalho e o fim da ditadura, que impedia estas novas conquistas.

O artigo também fala da campanha das Diretas. Poderia ter citado as lutas contra a carestia, pela anistia, por liberdade política. Sem falar das greves no ABC, das lutas contra pelegos, como Joaquinzão em São Paulo. A enorme campanha das Diretas iniciada pelo PT, para o autor, foi apenas “o momento de Ulysses”. Por isso, “nada mais natural que ele assumisse o comando”. Temeroso de que o poder caísse nas mãos do povinho, simbolizado pelos recém-nascidos PT e CUT. 

Em relação ao Colégio Eleitoral , “foi a hora de Tancredo”, diz Toledo. Melhor seria dizer que pesou a favor de Tancredo a saída negociada, por cima, entre os graúdos com medo dos miúdos espalhados pelas praças do País.

Infelizmente esse relato deve se repetir nas páginas e imagens do Globo e da Globo, do Estado de São Paulo e da Band, da Folha e da Record, da Zero Hora e da RBS. Quanto a nós, temos que parar de ficar reclamando da imprensa deles e investir na nossa imprensa. É só ela que poderá contar para as gerações futuras as histórias do povo trabalhador, enquanto heróis de tantas resistências. Precisamos contar essa história em nossos boletins, jornais, panfletos, rádios comunitárias. Para que não permaneça a versão dos poderosos.
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(Por Sérgio Domingues)
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NPC Informa

Comunicação consciente e cidadã
Vozes Cidadãs - Aspectos Teóricos e Análises de Experiências de Comunicação Popular e Sindical na América Latina é uma coletânea do Grupo de Trabalho Medios Comunitários y Cuidadania da ALAIC – Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación – com a contribuição de dezoito autores da área das Ciências da Comunicação. A obra tem por objetivo estimular ainda mais as pesquisas e os debates dos estudiosos da Comunicação Social, em prol de uma cidadania ativa, com a participação consciente do cidadão. Reúne reflexões sobre a comunicação em diversos países da América Latina e resgata e analisa os processos comunicacionais, dos mais simples aos mais complexos. Traz ainda análises significativas de conceitos relativos à comunicação cidadã e sobre pressupostos metodológicos da pesquisa no campo da comunicação. A publicação, organizada por Cicilia M. Krohling Peruzzo, pode ser adquirido no site da Editora Angellara, em www.angellara.com.br

Rio em defesa das rádios comunitárias
Diversas entidades se reuniram, no Rio de Janeiro, e decidiram produzir um show em defesa das rádios comunitárias que vêm sofrendo forte repressão por parte da Anatel e da Polícia Federal. No palco, muita gente boa: Bnegão, Black Alien, Marcelo Yuca, Claudio Salles e Os Aliens, Canamaré, Fred Martins, Bagabalô, Pic Nic – Dom Negrone, Caô de Raiz, Roberto Lara, Bloco dos Sequelados, Dj Bob Pai e Hélio Branco, entre outros. Vai ser na Praça XV, no Rio de Janeiro, a partir das 17h, no dia 8 de abril. Quem está nessa? CUT-RJ, FARC (Federação das Associações e Rádios Comunitárias do Rio de Janeiro), gabinete do deputado Estadual Carlos Minc (PT-RJ), Federação dos Bancários do Rio de Janeiro, Anarco Pop - Associação Niteroiense de Arte Cidadania e Comunicação Pop Goiaba, entre outros.

Professores debatem formação e responsabilidade dos jornalistas
De 21 a 24 de abril será realizado, em Maceió, o 8º Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, cujo tema-base tem tudo a ver com o momento: "Formação e Responsabilidade". O encontro é promovido pela Universidade Federal de Alagoas e pelo Sindicato dos Jornalistas local. Mais informações em www.8forum.ufal.br

Oficina de roteiro de David Mendes, no Rio
Começa na próxima segunda-feira, dia 4 de abril, a primeira edição em 2005 da oficina de roteiro de David Mendes. O curso é voltado principalmente para quem quer escrever. O objetivo é que cada aluno ao final da oficina tenha escrito o roteiro de um curta. Mas há também bastante base teórica. São discutidos textos de David Mamet, Jean Claude Carriere, Pascal Bonitzer, Robert McKee, Jorge Furtado e Nelson Rodrigues. O curso pode, portanto, interessar também a quem, mesmo sem pretender escrever, quiser entender melhor o roteiro e seu papel na realização dos filmes.

Como participar:
Local: Rua Martins Ferreira, 71 - Botafogo (Rio de Janeiro); Inscrições no local ou pelos telefones (21) 2286-9380 e (21) 2226-0267; Datas e horários: Todas as 2as-feiras, das 19 às 22 horas. oito semanas de curso; Preço: 400 reais; Vagas: máximo de 15; Outras informações: http://davidfmendes.squarespace.com


Proposta de Pauta

Grupo de brasileiros visita o Haiti
Um grupo de brasileiros composto por militantes políticos, intelectuais, artistas e ativistas de direitos humanas viaja na primeira semana de abril para o Haiti. Entre estes estão Sandra Quintela, José Luís Pinaud e Lucélia Santos. No dia 13 condecem entrevista coletiva no Rio de Janeiro para contar o que viram por lá. Informações a partir do dia 10 através do telefone (21) 9628-50-22, com Claudia Santiago.

A cor da discórdia
O governo do Estado de São Paulo decidiu abrir uma frente política mais ampla do que a usual contra seus adversários. A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada ao governo estadual, proibiu os arquitetos que trabalham para a instituição de projetarem prédios escolares com a cor vermelha. A denúncia foi feita por arquitetos que trabalham para a entidade governamental ao Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco). Não houva a formalização por escrito da ordem. "Se a moda pega, como ficará o Masp, que ostenta um belo pórtico pintado de vermelho desde os anos 1990 e tem como um de seus principais mantenedores a prefeitura tucana de São Paulo?", afirmou a direção do Sinaenco, que representa 10.500 empresas em todo o Brasil. "Defendemos a plena liberdade de criação do arquiteto, inclusive na cor a ser utilizada nas edificações". Mais informações no (11) 3337-5633


Democratização da Comunicação

Tudo continua como sempre esteve
Uma das dificuldades de quem acompanha e observa criticamente o setor de mídia no Brasil é, contraditoriamente, sua previsibilidade. Por mais que se tente renovar o "otimismo da vontade", as lições da história e as evidências do presente se encarregam de mostrar como os padrões se repetem. Nada de realmente substantivo se altera no setor. Os últimos quinze dias foram fartos de sinalizações – umas mais concretas, outras nem tanto – no sentido da continuidade, da mesmice. As mesmas pessoas, os mesmos grupos, os mesmos interesses. Alguns exemplos:

1. Uma intrincada trama de acertos políticos de bastidores – diz-se, envolvendo inclusive as eleições de 2006 – conduziu à presidência da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), notório controlador de concessões de radiodifusão. Barbalho foi eleito pela quase unanimidade de seus pares na Comissão, vários deles também concessionários de radiodifusão.

O que isso significa?

Que as renovações e as novas concessões de radiodifusão serão inicialmente decididas, no Congresso Nacional, por uma comissão presidida e composta por concessionários de radiodifusão. Naturalmente isso sinaliza para a persistência de um dos traços diferenciadores da mídia no Brasil: sua vinculação histórica com as elites políticas regionais e locais.

Qual observador não sabe que controladores da mídia e da política são as mesmas pessoas/grupos em vários estados e cidades do nosso país? Por outro lado, a composição da CCTCI configura um claro conflito de interesses que tem sido sistematicamente ignorado no Congresso Nacional. Parlamentares votam em matérias nas quais têm interesse direto. E a ética no trato da coisa pública?

2. Anunciou-se que está próxima a assinatura de um decreto presidencial criando um grupo de trabalho interministerial (GTI) que, sob a coordenação da Casa Civil, teria como tarefa redigir o anteprojeto da Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa (LGCEM). Assessor credenciado anuncia que o GTI terá também um conselho consultivo com representantes de todos os segmentos afetados para evitar que o anteprojeto tenha destino semelhante ao pré-projeto de criação da Ancinav. Vale dizer: não dê em nada.

As discussões recentes sobre o Conselho Federal de Jornalismo e a Ancinav tiveram o mérito de explicitar os grupos e os interesses que estão em disputa. Se havia alguma questão sobre o que pensa um dos principais atores envolvidos – as Organizações Globo – a longa entrevista de Roberto Irineu Marinho recentemente publicada na revista Tela Viva não deixa nenhuma dúvida: a Globo considera espetacular (sic) o modelo institucional de radiodifusão brasileiro e admite a necessidade de uma LGCEM para regular – leia-se impedir – a atuação das empresas de infra-estrutura (telefônicas) na distribuição de conteúdo. Tudo dentro do contexto discursivo de uma veemente defesa da soberania nacional (sic), do conteúdo brasileiro e, claro, sem que se afete a liberdade de criação, expressão e comunicação.

Percepção embaçada
Para bom entendedor está claro: corremos o risco de ter um projeto de LGCEM que consolide – agora com amplo amparo legal – o poder dos grupos de mídia já dominantes no país. O que seria necessário para que isso não aconteça? Que se mobilizem as forças que lutam para a democratização da comunicação e se façam ouvir na construção do projeto. Não é tarefa fácil, mas é assim que funciona na democracia liberal e é nela que estamos.

E finalmente, um último exemplo da mesmice de sempre, foi a anunciada trégua com relação à repressão da Polícia Federal/Anatel às rádios comunitárias. A tal trégua transformou-se apenas em mais uma das muitas frustrações do setor.

Notícia divulgada pela Agência Carta Maior dava conta de que houvera uma decisão de governo de suspender as ações contra as rádios comunitárias ainda não regularizadas até que a comissão que está cuidando do assunto concluísse seu trabalho e fizesse as recomendações finais.

Na verdade, a notícia recebida como sinalização de boa vontade do atual governo revelou-se falsa – e a repressão continua mais incisiva do que nunca.

Tudo isso indica que o setor de comunicações ainda não é percebido pela imensa maioria da população como uma arena de disputa do poder e que o governo – qualquer governo – dependente de visibilidade positiva na mídia, evita implementar políticas públicas que contrariem frontalmente os interesses estabelecidos desse ator fundamental da política contemporânea.

Há alguma novidade nisso?

E assim vamos nós. Trilhando os mesmos caminhos de sempre.
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(Por Venício Lima. Pesquisador sênior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política - NEMP - da Universidade de Brasília)
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CUT pede fim da repressão às rádios comunitárias
Na terceira semana de março, a CUT lançou nota oficial, assinada pelo seu secretário nacional de Comunicação, Antônio Carlos Spis, através da qual condena a intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) nas rádios comunitárias. Spis dá como exemplom o fechamento e apreensão de equipamentos da Rádio Estância, em São Roque (SP). “As portas foram fechadas e os equipamentos levados do local”. Para a CUT, esta rotina de castração da comunicação popular tem que acabar. “Precisamos estar alertas, debater e fiscalizar a concessão a estas rádios. Não podemos esquecer que as rádios comunitárias exercem um papel social importantíssimo. É através delas que centenas de trabalhadores e trabalhadoras que moram em comunidades se informam. Os grandes detentores dos meios de comunicação não querem dividir a fatia do bolo, querem garantir o monopólio. Eles querem a exclusividade desta arma tão poderosa”.

Sindicato pede TVs Senado e Câmara em sinal aberto
Em nota à imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal lançou o manifesto "Queremos as TVs Senado e Câmara em sinal aberto a todo o Brasil!". No texto, o sindicato diz ser "urgente e indispensável a abertura do sinal das TVs Senado e Câmara ao conjunto da população, corrigindo o grave erro elitista da lei da cabodifusão, que tornou estas emissoras públicas, sustentadas com o dinheiro do contribuinte, acessíveis apenas a uma minoria de cidadãos que podem pagar por assinatura se quiserem ter acesso às TVs públicas". Para a entidade, o ato de pagar uma operadora privada para ter acesso às TVs Senado e Câmara constitui-se em uma bi-tributação, já que as referidas emissoras já são sustentadas pelo contribuinte. Classifica ainda a lei do cabo de "elitista, excludente e criadora de apartheid audiovisual com uso de recursos públicos".

"Os recursos técnicos para alterar esta gravíssima situação estão disponíveis, sendo inadmissível que os direitos da Nação a uma programação televisiva desprovida das 'baixarias comerciais' sejam preteridos em função dos interesses dos operadores privados de tv a cabo", diz a nota, que elogia a atuação das TVs Câmara e Senado. "Elas estão promovendo uma lição de televisão sintonizada com a Constituição. Informação contextualizada, respeito à identidade cultural dos brasileiros, valorização da diversidade e pluralidade informativas; transmitem debates, conferências e ações educativas que visam ao fortalecimento da cidadania (...) é indispensável a implantação da Rede de TV Institucional , permitindo que o sinal das emissoras públicas seja alcançado em todos os municípios".

O Sindicato finaliza a nota convocando os cidadãos, entidades da sociedade civil e militar, sindicatos de trabalhadores, universidades, intelectuais, artistas e cientistas e estudantes para que reproduzam esta campanha. "Se não reagirmos diante do embrutecimento da programação televisiva, desqualificada, deseducativa e anti-nacional, controlada pelos grandes anunciantes, especialmente o capital externo e o poder financeiro, estaremos permitindo que os meios de comunicação façam qualquer campanha contra os interesses nacionais, questionando até mesmo nossa soberania".

RBS: o avanço do retrocesso
Foi anunciado em fevereiro de 2005, por diversos meios do Grupo RBS, a integração da Televisão Joaçaba, em Santa Catarina, que será a sexta emissora de TV aberta da RBS em território catarinense e a 18ª se somada às operações do Rio Grande do Sul. Segundo a página da empresa, emissoras de rádio são 25 nos dois Estados. A Constituição Federal, no parágrafo quinto do artigo 220, fala que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”. O Congresso Nacional, um dos responsáveis pela fiscalização das empresas concessionárias de Rádio e TV, é dominado por donos de retransmissoras, o que ajuda a manter o ciclo de concentração no setor.

TV Comunitária de Brasília denuncia ação da Anatel ao presidente Lula
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJDF) e TV Comunitária de Brasília (canal 8 da NET), realizaram ontem (17/3/2005) ato público na sede da emissora com transmissão ao vivo para denunciar ação intimidatória da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contra a liberdade de expressão. No mesmo dia foi divulgada carta aberta ao presidente Lula onde denunciam o ato. Leia a carta na íntegra em www.piratininga.org.br


De Olho No Mundo

A revista Forbes, a “Fortuna” de Fidel Castro e o exemplo de Clóvis Rossi
A revista FORBES, uma espécie de mãe de Veja, voltou a veicular notícias sobre a suposta fortuna do presidente cubano Fidel Castro. FORBES diz que Castro amealhou algo em torno de 500 milhões de dólares ao longo dos anos que governa Cuba. A primeira investida de Forbes foi há uns cinco anos atrás, quatro talvez e falava em 12 bilhões de dólares. Foi mais modesta desta feita e aponta de onde teria vindo o dinheiro.

O jornalista Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo, quando da primeira acusação de FORBES, dirigiu um email à revista cobrando explicações. Queria saber como a revista chegou à conclusão sobre os 12 bilhões. Quais os meios utilizados e se eram confiáveis, se existiam provas. Acuada a editoria da revista explicou que se baseava mais ou menos no seguinte: “Castro é um ditador, os ditadores juntam fortunas e estimamos a dele levando em conta as posses de outros ditadores”. Concluiu a resposta afirmando que, na verdade, não dispunha de prova alguma eram apenas suposições.

Clóvis Rossi foi o único jornalista, no mundo, a questionar a mentira de FORBES. E a desmascarar a revista.
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(Trecho de artigo de Laerte Braga, divulgado em 16/3/2005)
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Kirchner reage a acusação de que pressiona jornais
O presidente Néstor Kirchner protagonizou ontem um duro bate-boca com a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, que reúne os meios de comunicação das Américas), um dia depois de a organização ter afirmado que na Argentina “os meios (de comunicação) e os jornalistas sofrem por um estilo de relacionamento com funcionários do governo que, na maioria dos casos, se traduz em pressões que incidem de forma importante na informação transmitida ao público”. Em resposta, Kirchner acusou a SIP de não ter defendido os jornalistas argentinos na ditadura.

Uma missão da SIP está em Buenos Aires e manifestou sua preocupação pelo que considera pressões do governo sobre a imprensa e, sobretudo, pela maneira como o Poder Executivo utiliza a publicidade estatal para exercer controle sobre os meios de comunicação. O documento provocou a ira do presidente que, de fato, tem um relacionamento complicado com a imprensa local e internacional. 

— As liberdades estão plenamente vigentes na Argentina. Esta sociedade (em referência à SIP), tão preocupada em ver como serão distribuídos os recursos, diz que devemos entregá-los aos meios mais importantes — afirmou Kirchner. 

E completou, com ironia: 

— Esta organização está vinculada ao doutor Escribano (subdiretor do jornal “La Nación”), que tanto se preocupou com a liberdade de imprensa e com os jornalistas durante a ditadura.
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(Por Janaína Figueiredo, em O GLOBO, 4/3/2005)
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Radiografia da Comunicação Sindical

Nesta edição, a Fenajufe
Leonor Costa é assessora de Comunicação da Fenajufe

BNPC. Quando foi criado o jornal do sindicato?

Leonor Costa. O jornal Fenajufe em Pauta foi criado em setembro de 2002. Antes era feito o jornal da Fenajufe, que deixou de ser feito bem antes de eu entrar aqui, em março de 2002.

BNPC. Sua circulação foi interrompida em algum período? 

Leonor. A circulação do jornal está interrompida desde maio do ano passado, pois a nova diretoria que assumiu em maio avaliou que era preciso suspender a elaboração do jornal para ser feita uma revista da Fenajufe, com periodicidade trimestral. No entanto, a revista ainda não foi definida e por enquanto estamos sem veículo impresso, além dos boletins. Mas a nossa luta é que se faça a revista ou volte o jornal. Avaliamos que o jornal da Fenajufe não dá conta de atender a toda categoria, uma vez que se trata de uma federação e de que seus sindicatos de base têm seus jornais distribuídos diretamente na base. A distribuição do jornal também ficava muita cara pra Fenajufe.

BNPC. Qual a nome, tiragem e periodicidade do jornal? 

Leonor. Fenajufe em Pauta, 50 mil exemplares e mensal.

BNPC. O sindicato tem página na Internet? 

Leonor. Sim. Atualmente é por esse veículo que a Fenajufe se comunica mais diretamente com sua base, que são os servidores do Judiciário Federal e MPU e os sindicatos filiados. Hoje a página é bastante visitada pela categoria e por trabalhadores de outros setores. Há colunas de artigos, espaço para fotos, links para os veículos da imprensa alternativa e, claro, a coluna institucional da entidade.

BNPC. Qual a forma de distribuição do jornal e boletins? 

Leonor. O jornal era distribuído via correio, a todos os sindicatos de base, que se responsabilizavam pela sua distribuição na base (essa é a questão - será que os sindicatos distribuíam?). O boletim Informa Fenajufe, destinado aos sindicatos filiados, de circulação interna, funciona como um veículo de orientação dos sindicatos em seu dia a dia. Na política, na luta diária com a categoria, é um instrumento voltado para o filiado direto à Fenajufe, que são os sindicatos. Ele é distribuído via internet. Também há o Informa online, que é aberto e distribuído por e-mail.

BNPC. Quantos profissionais trabalham no departamento de comunicação? 

Leonor. Uma jornalista, responsável pelo setor, e uma estagiária de jornalismo. Fotos e diagramação são feitos por profissionais free-lancer.

 BNPC. Vocês costumam trazer reportagens?

Leonor. Sim.

 BNPC. Observações livres.

Leonor. Há um esforço por parte da diretoria da Fenajufe e da equipe de jornalismo para que seja implementado o projeto da revista. Como os sindicatos de nossa base são bem estruturados, pelo menos a maioria deles, então quase todos contam com uma boa equipe de jornalismo e com pelo menos um jornal mensal (muitos têm jornal semanal ou quinzenal), que atende à demanda de informações da categoria. Por isso, a imprensa sindical no Judiciário e no MPU está caminhando para um estágio mais avançado. Então a precupação da Fenajufe não é de simplesmente fazer um jornal mensal, que muitas vezes não será lido pela categoria, mas sim uma revista com textos mais trabalhados, artigos de especialistas, entrevistas e reportagens de interesses da categoria. Com seções mais amplas, como cultura, saúde, movimentos sociais, América Latina, e lógico os temas dos trabalhadores do Judiciário e do MPU. Espero que consigamos implementar esse projeto o mais rápido possível. E para isso sabemos que podemos contar com os companheiros do Núcleo Piratininga de Comunicação.


Memória

Março de 1922
• O Congresso de fundação do Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista (PCB), realizado em Niterói- RJ, publica o Estatuto do partido (ilustração).

Março de 1964
O Correio da Manhã dá a largada para o golpe militar com a manchete: “Basta – Fora!”. O Jornal do Brasil estampa seu apoio ao golpe com a manchete “CHEGA!”

Março de 1980
Lançamento de A Voz da Unidade, jornal do PCB, em festa popular com milhares de militantes o País inteiro.

Março de 2002
É lançado o Portal Vermelho - www.vermelho.org.br - página oficial do PCdoB na Internet.

Março de 2004
É lançado o livro Assassinados pela Ditadura, do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Luis Fernando Assunção, pela Editora Insular.
 


Cartas ao Boletim do NPC

Batalha de Argel é de tirar o fôlego
“O Domingo  é Dia de Cinema, do último dia 20, no Odeon, no Rio de Janeiro, foi um sucesso, o cinema estava lotado. Antes do filme A Batalha de Argel ser iniciado, uma importante contextualização referente ao filme foi dada pelo Vito Giannotti. Alguns dos destaque foram: (...) A Argélia foi o primeiro país Africano a conquistar a "independência" em 1962, serviu de exemplo para todos os outros países Africanos. Em apenas 10 anos (1972), todos os países Africanos também conquistaram a independência, os últimos foram os de língua portuguesa. O filme retrata este momento histórico do povo argelino. É um filme de tirar o fôlego, emocionante, real, atual e fundamental para entender o que está acontecendo hoje. Se você não viu, sugiro ver! Um forte abraço,

Carlos R. S. Moreira  ( Beto )”

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Pérola da edição

"Você já foi ousada, não permita que a amansem”.

Isadora Duncan, bailarina
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“Você não pode escolher como vai morrer ou quando. Você só pode decidir como vai viver agora”.
Joan Baez, cantora

 
Entrevista

A mídia e a mulher
No mês em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, muitas foram as programações  para debater a questão. Muitas foram as homenagens também. Algumas receberam flores. Outras, presentinhos como batom ou até estojos de sombra. Fomos lembradas. Mas como?  Pois é, é aí que a "porca torce o rabo", como diz o sábio dito popular. Fomos lembradas como mulheres bonitas, profissionais, liberais, pra frente. Mulheres sem problemas. Mulheres resolvidas, porque o mercado assim o quer.

Só isso? Não. Mais de 20 mil mulheres, com certeza, tomaram a avenida Paulista, em São Paulo, no dia 8 de março de 2005. Os jornais não puderam esconder tanto as imagens. Alguns preferiram dizer que eramos 15 mil. Deram pequenas notas. Mas esconderam o principal: o motivo de nossa ida às ruas. Com certeza não era para mostrarmos satisfação ou reconciliação com o mundo que nos explora. Lançamos a Carta das Mulheres para a Humanidade, ressaltando cinco princípios: solidariedade, igualdade, justiça, paz e liberdade.

Em Santos, litoral do Estado de São Paulo, algumas tentativas de dar um caráter além do batom foram feitas. Uma delas foi o debate "A Mídia e a Mulher", realizado no Sesc, no dia 11 de março, com a filósofa e professora da USP, Olgária Chain Feres Matos. Que pena, éramos apenas 20 ou 25 mulheres. E alguns cinco ou sete homens.

O Boletim NPC conversou com a filósofa antes do debate. Foi uma hora de entrevista. O tema, logicamente, era "A mídia e a mulher", mas falar de mulher e não se falar do mundo, não se fala a verdade. Falar de mulher e não falar do homem, também pouco se está falando. Falar de mulher e não falar de mercado, de exploração, de neoliberalismo, não se está falando tudo. Nesta entrevista não há linearidade, não há começo, meio, fim. Pode-se começar do fim ou do meio. Ou do começo. Não importa. O que importa é que falamos de mulher para falarmos do mundo.

(Por Rosângela Gil, de Santos)

 
Novos artigos em nossa página

Intrusos e indiscretos
Médico belga que já socorreu muitas vítimas no Iraque acha que os EUA estão por trás de violências para amedrontar jornalistas e afastar a imprensa do país em conflito. Leia o relato de Geert Van Moorter, em março de 2005, do Planeta Porto Alegre

Imprensa no limite da credibilidade
A perda de credibilidade tem sido a causa mais mencionada por analistas de vários matizes teóricos para explicar, em países como os Estados Unidos, a queda continuada na leitura (circulação) da mídia impressa. Condutas antiéticas que vieram à tona contribuíram para isso: a descoberta de reportagens inventadas e a cobertura "oficialista" da invasão do Iraque são dois exemplos emblemáticos. Dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) e da Associação Nacional de Jornais (ANJ), recentemente divulgados, indicam que, no Brasil, a circulação dos grandes jornais mantém a curva descendente dos últimos anos. Por Venício A. de Lima e Liziane Guazina, 22/3/2005, no Observatório da Imprensa

O mercado andou de lado
O mercado dos principais jornais brasileiros filiados ao IVC (Instituto Verificador de Circulação) – ou seja, Folha, Extra, Globo, Estado de S.Paulo, Dia, Zero Hora, Correio do Povo, Diário de S.Paulo, Agora, Jornal da Tarde – encolheu 1% em 2004, em comparação a 2003. Pode-se considerar uma façanha, após as drásticas quedas de 2002 (-9,10%) e 2003 (-7,2%). Em 2003 foram vendidos 1.885.000 exemplares, e em 2004, 1.867.000. Mesmo no pior ano da história da imprensa brasileira, 2002, a venda foi de 2.056.000 exemplares. Ou seja, o mercado continuou ruim no ano passado. Por Marinilda Carvalho, 15/3/2005, no Observatório da Imprensa

Rádios Comunitárias: Municipalizar para democratizar?
Em Campinas, a lei que dá à prefeitura o poder de autorizar a operação das emissoras foi sancionada, mas não entrou em vigor. Por Debora de Almeida Nogueira, estudante de jornalismo da PUC – Campinas, março de 2005.

Um argumento desastrado
Diante do episódio da destruição de um veículo da RBS TV, no RS, há quem flerte com um argumento baseado na denúncia da prática editorial de criminalização dos movimentos sociais. O antídoto a essa prática da grande mídia é a via pirotécnica? Ou será que isso é tudo o que ela deseja? Por Marco Aurélio Weissheimer, 15/3/2005, na Agência Carta Maior

Os assinantes pagam, VEJA mente
Em sua edição de 5 de março, a revista - ou melhor, panfleto da direita racista tupiniquim - volta a produzir injúrias, calúnias e difamações contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com a "reportagem" intitulada "Nós pagamos, eles invadem". Por José Arbex Jr. em resposta à revista Veja, 17/3/2005

“Porteiro Zé” e “A Diarista”, preconceito e desigualdade
O porteiro das animações do SPTV e a empregada diarista da série da Globo passam raspando pelo preconceito e mostram o quanto a desigualdade no País é grande. Por Sérgio Domingues, março de 2005



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Av. Rio Branco, nº 277 sala 1706   CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenador: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação: Claudia Santiago e Gustavo Barreto
Projeto Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram nesta edição: Cristina Braga (RJ), Esther Kuperman (RJ), Leonor Costa (DF), Rosângela Gil (Santos/SP) e Bruno Ribeiro dos Santos (Campinas/SP). [voltar]


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ÍNDICE
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Notícias do NPC
Domingo é Dia de Cinema
Livro lembra 25 anos da morte de Santo Dias
NPC em Belo Horizonte

A Comunicação que queremos
Observatório Latino-Americano lança livro sobre bolivarianismo
Araguaya é selecionado para o Festival Latino Americano de Miami

De Olho Na Mídia
Veja e a história do PT e as FARC: belíssima aula de como enganar o povo
Para Veja a ditadura acabou por causa de Ulysses e Tancredo

NPC Informa
Comunicação consciente e cidadã
Rio em defesa das rádios comunitárias
Professores debatem formação e responsabilidade dos jornalistas
Oficina de roteiro de David Mendes, no Rio

Proposta de Pauta
Grupo de brasileiros visita o Haiti (coletiva dia 12 no Rio)
A cor da discórdia

Democratização da Comunicação
Tudo continua como sempre esteve
CUT pede fim da repressão às rádios comunitárias
Sindicato pede TVs Senado e Câmara em sinal aberto
RBS: o avanço do retrocesso
TV Comunitária de Brasília denuncia ação da Anatel ao presidente Lula

De Olho No Mundo
A revista Forbes, a “Fortuna” de Fidel Castro e o exemplo de Clóvis Rossi
Kirchner reage a acusação de que pressiona jornais

Radiografia da Comunicação Sindical
Nesta edição, a Fenajufe

Memória
Marços de 22, 64, 80, 2002 e 2004

Cartas ao Boletim do NPC
Batalha de Argel é de tirar o fôlego

Pérola da edição
Isadora Duncan e Joan Baez

Entrevista
A mídia e a mulher (Olgária Chain Feres Matos)

Novos artigos em nossa página
Intrusos e indiscretos
Imprensa no limite da credibilidade
O mercado andou de lado
Rádios Comunitárias: Municipalizar para democratizar?
Um argumento desastrado
Os assinantes pagam, VEJA mente
“Porteiro Zé” e “A Diarista”, preconceito e desigualdade

Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge