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Boletim do NPCNº 61De 1 a 15.2.2005
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais


Notícias do NPC

NPC cria o mensário Repórter da Terra: uma série de reportagens sobre a Reforma Agrária
As notícias sobre Reforma Agrária que são publicadas pela imprensa ou exibidas pela televisão nunca falam do que mudaria na vida de milhões de pessoas no campo e na cidade com a sua realização. Nunca falam dos benefícios que ela traria para o país. Muito menos dizem como tantas terras foram parar nas mãos de tão pouca gente: apenas 1% do total de propriedades rurais abrangem 45% da área agrícola. São grandes propriedades com mais de 1.000 hectares. Ontem eram chamados de latifúndios. Hoje se enfeita o pavão chamando-os de agroindústrias... agronegócios.

Na maioria das vezes, no noticiário sobre a questão agrária, o tom é de criminalização dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária e de desqualificação daqueles que a defendem, estejam estes dentro ou fora dos governos, das universidades, dos centros de pesquisas.

Com o tratamento dado pela grande imprensa cria-se no imaginário da população a idéia de que trabalhador sem-terra ou mesmo assentado é vagabundo, baderneiro ou bandido. Ou, no mínimo, usurpador de terra.

Quando o homem ou a mulher do campo é personagem de uma matéria de jornal, lá está por causa de sua pobreza, sua miséria ou com facões nas mãos dispostos a arrancar na marra a reforma agrária. Nunca ou quase nunca merecem mais do que poucas palavras no noticiário  por serem protagonistas de outras histórias que também merecem ser contadas: sua capacidade de inventar, produzir, fazer cultura, resistir, amar, criar bons filhos, contestar.  O mesmo acontece com os homens e mulheres trabalhadoras que vivem em favelas de cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo e outras grandes cidades brasileiras, cotidianamente apresentados como vagabundos, traficantes e usuários de drogas.

Repórter da Terra quer conversar com o seu leitor sobre a vida das pessoas que lutam por um pedaço de terra ou que, já o tendo conquistado, dele tiram sua sobrevivência e, através desse trabalho, constróem um país mais humano e mais justo.

Queremos falar da vida das famílias que vivem em assentamentos de Reforma Agrária.  Mostrar como está a situação destes assentamentos com relação à infra-estrutura como energia elétrica, acesso a estradas, assistência técnica, escolas, saúde. Nossa certeza é essa: é possível ser feliz em assentamentos bem estruturados.

O Repórter da Terra quer conversar com seus leitores sobre a necessidade de se fazer a reforma agrária no Brasil e trazer elementos para que estes reflitam sobre a importância deste passo para o País e para todos os brasileiros. Repórter da Terra é resultado da trajetória do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) com sua experiência de uma rede nacional de jornalistas comprometidos com a uma comunicação libertadora somando-se à necessidade dos atores diretos da Reforma Agrária fazer a disputa de hegemonia na sociedade.

Repórter da Terra pretende ser mensal e ser uma ferramenta para a luta pela Reforma Agrária e para a construção de um Brasil e uma Terra justa, solidária, sem exploração e opressão. A coordenação editorial é de responsabilidade do Núcleo Piratininga. Os editores são Claudia Santiago (NPC) e Isaias Bezerra de Araújo, coordenador técnico do Ceris.

Na foto, a Agenda NPC;
clique na imagem
Cartilha elaborada pelo NPC será lançada em fevereiro
O Fórum de Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão (FOREM) vem desenvolvendo uma campanha de sensibilização e conscientização sobre o trabalho escravo no Maranhão. Em fevereiro lança a cartilha sobre Erradicação do Trabalho Escravo no estado, produzida pelo Núcleo Piratininga de Comunicação por solicitação do FOREM. A cartilha busca orientar todos que atuam na contratação da mão-de-obra rural. Integram o Fórum entre outros órgãos a Delegacia Regional do Trabalho no Maranhão (DRT-MA), a Procuradoria Regional do Trabalho da 16ª Região, o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, a Procuradoria Geral de Justiça do Maranhão, a Superintendência da Polícia Federal, e da Polícia Rodoviária, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, o Centro de Cultura Negra, a Comissão Pastoral da Terra e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Maranhão.
A Comunicação que queremos

Comunicação: práticas contra-hegemônicas, direitos e alternativas

Foto: I Fórum Social de Comunicação e
Informação, dia 25, em Porto Alegre.
Embora não tenha havido erros quanto às atividades mais importantes que aconteceriam no espaço temático sobre a “Comunicação: práticas contra-hegemônicas, direitos e alternativas”, nossas previsões não foram capazes de antecipar a imensa vitalidade que de fato ocorreu durante os quatro dias do 5ºFSM – e mesmo antes que ele houvesse começado com a realização do I Fórum Mundial da Informação e da Comunicação [leia artigo sobre o evento em nossa página].

Do ponto de vista das conseqüências objetivas, parece que os fatos mais significativos foram o lançamento formal do Observatório Brasileiro de Mídia (OBM), com a posse de sua primeira diretoria; as discussões promovidas pela CRIS, por seu capítulo brasileiro, a CRIS-Brasil e o INTERVOZES, sobre o direito à comunicação e um sistema público de comunicação; além das dezenas de atividades isoladas que confirmam a riqueza das inúmeras ações de resistência à grande mídia e a crescente mobilização em torno do tema em todo o mundo.

Sabe-se também da realização de atividades paralelas, desenvolvidas fora da programação pública do FSM, que trataram de importantes questões. Dois exemplos: a articulação de dezenas de entidades que tornariam finalmente possível a realização de uma Conferência Nacional de Rádios Comunitárias e a coordenação de esforços entre o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, FNDC e a CRIS Brasil para se unirem em torno de uma pauta mínima a ser incorporada ao projeto de Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa que está sendo produzido pelo governo federal e deve ser enviado para apreciação do Congresso Nacional ainda em 2005.

Há de se registrar também, como fato do espaço de Comunicação, a articulação de centenas de entidades na formação de uma rede comum de divulgação das atividades do FSM 2005, tanto pela internet como pela mídia imprensa e pela radiodifusão. O esforço da própria Agência Carta Maior precisa ser mencionado pelo número e pela qualidade das entrevistas, debates e do material que conseguiu produzir via internet, incluindo emissões de televisão e rádio.

Para um espaço temático – “Comunicação: práticas contra-hegemônicas, direitos e alternativas” – que, pela primeira vez, havia conquistado sua autonomia no FSM, o balanço final das atividades não poderia ser mais positivo. Se estiverem corretas minhas observações pessoais comparativas, parece que este foi, inclusive, um dos espaços temáticos que atraiu maior número de pessoas. Nada mal para um tema estreante.

A se realizar um novo FSM com a mesma metodologia deste de 2005, é de se esperar que a Comunicação contra hegemônica mereça novamente um espaço seu. E que se repita o sucesso alcançado este ano.

Por Venício Lima - Pesquisador Sênior do Núcleo de Estudos
sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília - NEMP – UNB
Observatório de Mídia: lançamento e debate em Porto Alegre

Debate organizado pelo Observatório
Brasileiro de Mídia na sexta (28/1)
.
O Observatório Brasileiro de Mídia (OBM) foi lançado formalmente durante o Fórum Social Mundial com a realização de um debate sobre a democratização da Imprensa Brasileira. O secretário-geral do Observatório e vice-presidente do Media Watch Global, Joaquim Palhares, falou sobre o grau de concentração da mídia brasileira. Citou que apenas seis  empresas de comunicação publicam os dez jornais impressos de maior circulação no país. Palhares chamou os participantes a refletir sobre o fato de que, na maioria dos estados, as concessões de radiodifusão estão nas mãos de lideranças políticas dos partidos mais conservadores da sociedade.

O tesoureiro do Observatório de Mídia, Kjeld Jakobsen, que já foi dirigente nacional da CUT, lembrou que as resoluções do IV Congresso Nacional da CUT (Concut), em 1991, já tratavam do tema da democratização da Comunicação. Para Kjeld, mesmo que a informação seja vista como um produto, quem a consome tem direito a ter informações sobre esse produto.

Também participou da mesa o presidente da Fenaj, Sérgio Murilo. Afirmou que no episódio do Conselho Federal de Jornalismo o comportamento da imprensa brasileira demonstrou a aversão que os proprietários dos veículos de comunicação têm à idéia de que a sociedade possa exercer algum controle sobre a mídia.

O Observatório
O Observatório Brasileiro de Mídia (www.observatoriodemidia.org.br) está funcionando desde setembro do ano passado. Seu primeiro trabalho foi a análise da cobertura das eleições municipais de São Paulo. Para José Luiz Proença, coordenador do Núcleo de Jornalismo Comparado da ECA/USP e colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação desde 1994, o Observatório é um desdobramento de alguns sonhos e a concretização de ideais pelos quais batalhamos durante muito tempo. A declaração foi feita no dia da apresentação do Observatório à Sociedade, em São Paulo.

Por Claudia Santiago

De Olho Na Mídia

Veja é sempre a Veja: Qualquer capa serve para esconder o Fórum Social Mundial

VEJA: papel consciente
na luta de classes
A disputa de hegemonia que a Veja faz com a esquerda não é coisa para amadores. Em cada número há páginas e páginas que fazem esta batalha, no meio de alguma notícia mais ou menos indiferente. Neste ano, na sua edição do dia 2 de fevereiro, saída logo após o Fórum de Porto Alegre, esta revista campeã de conservadorismo repetiu a mesmíssima dose dos outros anos. Na sua capa fez de tudo para esconder o Fórum Social. Saiu com uma capa com a manchete: A verdade sobre os remédios. Manchete feita sob medida para tentar encobrir o 5º Fórum Social Mundial.

A lógica de um jornalismo preocupado em informar com objetividade seria noticiar aquele grande encontro internacional que reuniu quase 150 paises do mundo. Um encontro com uma passeata com mais de 200 mil pessoas, centenas e centenas de debates, simpósios, mesas redondas, depoimentos e eventos de vários tipos deveria ser noticiado com destaque de capa.

Sim, deveria, se... se a Veja fosse imbecil. Se a Veja não estivesse consciente de seu papel na luta de classe. A Veja sabe muito bem que em Porto Alegre todos eram contra a globalização e o neoliberalismo que ela tão bem defende. Veja sabe que 99% dos participantes do Fórum Social eram contra a guerra de invasão dos EUA contra o Iraque. Enfim, a Veja sabe o que é fazer a disputa de hegemonia. Por isso, às favas a informação correta, dane-se a objetividade, a neutralidade, a imparcialidade. Ao invés do 5º Fórum, em sua capa destaca abobrinhas.

É verdade que, no alto da página, colocou algo sobre Porto Alegre, mas de forma totalmente torta e puxando a brasa para suas sardinhas: “Lula em Davos e Porto Alegre: Um elo entre dois mundos”. Aqui Veja tenta propagandear uma idéia com a qual ela concorda, mas que felizmente foi rejeitada pela imensa maioria do comitê coordenador do Fórum Social e sobretudo por todos os participantes.

Só para lembrar... assim esta revista tratou, em suas capas as outras edições do Fórum Social mundial.

Em 2004, após o Fórum da Índia, Veja saiu com esta manchete: Atração Sexual.

Em 2003, depois do 3º FSM de Porto Alegre, outra pérola: Diabete: o inimigo oculto

Em 2002, após o 2º, Veja tirou este artigo da gaveta para a sua capa: Sua idade sexual

É assim que age a 4º revista de informação do mundo! Esta é luta de classe. Contra isso, só uma longuíssima e muito bem feita batalha pode fazer a disputa da informação à altura.
.

Por Vito Giannotti
Jornalismo neoliberal saturado
O comentário é de Hamilton Octavio de Souza, no Brasil de Fato: "Inúmeras propostas e articulações debatidas e acertadas em Porto Alegre devem ter seus desdobramentos no decorrer de 2005, tanto para fortalecer as lutas específicas de cada setor, como as lutas populares da sociedade. Uma dessas lutas, com certeza, será a criação de redes alternativas para democratizar a comunicação e ampliar os espaços não contaminados pelo jornalismo neoliberal. O pensamento único saturou de vez."
Democratização da Comunicação

Violência atinge rádios comunitárias
O governo Lula pratica violências contra as rádios comunitárias, coloca emissoras fora do ar, não procura diálogo com o movimento social, não busca mudanças na legislação atual e mantém aliança com o monopólio das comunicações. Essas foram considerações feitas por representantes de dezenas de rádios comunitárias, no Fórum Social Mundial (FSM), que dividiram-se entre a participação em plenárias e debates e a cobertura do evento, muitas por meio da Agência Pulsar, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc). Segundo denúncias, foram mais de 4 mil emissoras fechadas no ano passado - praticamente o dobro das que foram fechadas em todo o governo Fernando Henrique Cardoso. Hoje há mais de 10 mil pessoas ligadas às emissoras comunitárias sendo processadas pela Polícia Federal. As informações são de Dioclécio Luz, um dos correspondentes do jornal Brasil de Fato no Fórum Social Mundial. Clique aqui e leia a reportagem sobre o tema.

Assinado acordo para criação da TV Brasil
Foi assinado na quinta-feira, dia 9, no Palácio do Planalto, acordo entre os representantes dos Três Poderes para a criação da TV Brasil, canal público internacional que contará com programação produzida pelas TVs Câmara, Senado eJustiça e pela Radiobrás.


NPC Informa

Ambiente e Informação: curso na ABI com Zilda Ferreira
A jornalista e professora Zilda Ferreira ministra o curso Ambiente e Informação na série cursos livres da ABI, no Rio. Serão oito aulas, às sextas-feiras, com início neste dia 18, sempre das 18 às 21h.  A ABI fica na Rua Araújo Porto Alegre, nº  71, 7º andar. Custo: R$ 200,00 para dois meses para os não sócios da ABI e de R$ 100,00 (cem reais) para sócios. Informações no telefone (21) 2282-1292 das 9 às l9h, no site da ABI ou pelo e-mail zildaf@uol.com.br

Programa
Conceito de desenvolvimento sustentável; Educação Ambiental, princípios básicos e leis atuais; História do direito ambiental e as principais leis e suas aplicações; Radiografia do PDBG (Programa de Despoluição da Baía da Guanabara); História da ocupação dos morros do entorno da Baía; Geografia dos rios e canais que desaguam na Baía da Guanabara; Desmatamento, mata ciliar, Código Florestal e desequilíbrio ambiental provocado pelo agro-negócio; Gestão ambiental; Processos de certificação (normas técnicas ISOS).

Viola caipira
Acaba de ser lançado o CD da Orquestra Filarmônica de Viola Caipira de Campinas, sob a batuta do maestro Ivan Vilela. Conta com a participação do Trio Carapiá (Elias Kopcak, João Paulo e Rodrigo). O CD custa R$ 20,00 e pode ser encomendado através do e-mail carlos_kopcak@uol.com.br. Informações: www.violacaipira.com e www.triocarapia.com


Pérola da edição

Vejamos: é desejável, para um jornalista, para um órgão de comunicação uma postura de neutralidade. (...) "Neutro" a favor de quem? (...) "Imparcial" contra quem? (...) "Isento" para que lado? (...) Assim é defensável que o jornalismo, ao contrário do que muitos preconizam, deve ser não-neutro, não-imparcial e não-isento diante dos fatos da realidade. E em que momento o jornalismo deve tomar posição? Na orientação para a ação. O órgão de comunicação não apenas pode mas deve orientar seus leitores/espectadores, a sociedade, na formação de opinião, na tomada de posição e na ação concreta como seres humanos e cidadãos. Perseu Abramo
.


Proposta de Pauta

Abusos corporativos
Esses dados estão no relatório produzido pela ActionAid e divulgado no Fórum Social Mundial:

  • Trinta empresas controlam um terço de todo o processamento de comida no mundo;
  • Cinco controlam 75% do comércio de grãos;
  • Seis controlam 75% do mercado de pesticidas do planeta;
  • 84% do comércio de chá do mundo está nas mãos de apenas três empresas;
  • No México 40% do varejo de comida pertence à americana Wal-Mart;
  • A Monsanto controla sozinha mais de 90% do mercado internacional de sementes geneticamente modificadas;
“Eles expõem os perigos do domínio crescente de poucos conglomerados não só sobre o mercado mas sobre o destino de populações inteiras, com seu poder de liquidar pequenos produtores e determinar preços e regras de produção que lhes convêm”, afirma o escritor Luis Fernando Verissimo, em artigo recente. Tenha acesso ao relatório por meio do sítio www.actionaid.org.br ou no link direito: www.actionaid.org.br/docs/paginas_abuso.pdf
Entrevista

Ignacio Ramonet ao Brasil de Fato
"(...) Os grupos alternativos de contrainformação fazem um trabalho muito bom. No Fórum de 2005, há 3 mil comunicadores alternativos, ligados a rádios comunitárias, redes alternativas, jornais de contra-informação, de páginas na internet com conteúdo diferente. Tudo está indicando que outro tipo de comunicação é possível, que responda mais às necessidades da população do que aos interesses das grandes empresas. Neste caso, poderia pensar-se em um meio de coletar toda essa informação que é produzida e disseminá-la de modo mais efetivo.

Quando cada um trabalha por si, somos muitos fracos, é preciso que todos trabalhemos em conjunto. Não se pode esquecer que o Fórum Social Mundial representa toda a humanidade, seis bilhões de pessoas, enquanto o outro lado representa algumas centenas de pessoas, evidentemente com muitos recursos. Nós temos a massa da humanidade de nosso lado e uma responsabilidade destas precisa ser levada a sério."

Leia a entrevista completa do jornalista ao jornal Brasil de Fato. Na foto, Ignacio Ramonet entre Noam Chomsky e Olívio Dutra, arquivo da Z Magazine do Fórum Social Mundial de 2002.


Novos artigos em nossa página

Dados da Associação de Jornais confirmam concentração da mídia Brasileira
Dados publicados no site da Associação Nacional de Jornais - ANJ - sobre a comercialização de jornais diários impressos nos anos de 2001, 2002 e 2003 indicam alto grau de concentração na mídia impressa brasileira. Dentre mais de 500 veículos de comunicação impressos de circulação diária em todo país, os dez maiores jornais em circulação estão localizados na região Sul e Sudeste. Apenas seis grupos empresariais concentram a propriedade de mais da metade da circulação diária de notícias impressas no país. Sozinhos, estes veículos respondem por cerca de 55,46% de toda produção diária dos jornais impressos.

Brasil de Fato comemora 2 anos com grandes nomes da esquerda
28 de janeiro de 2005 foi um dia de muita emoção para milhares de pessoas que sonham com a construção de um mundo melhor. Há exatos dois anos, no dia 28 de janeiro de 2002, militantes de esquerda, ligados a vários movimentos organizados, lançaram, em Porto Alegre, no Fórum Social Mundial 2003, o jornal Brasil de Fato. Um jornal considerado pelos seus idealizadores como um novo instrumento de luta contra o capitalismo neoliberal, por meio de um veículo democrático, com espaço para as ações das lutas sociais. Por Leonor Costa, janeiro de 2005

Brasil de Fato, instrumento para a luta
Mais de quatro mil pessoas participaram, no dia 29 de janeiro, da comemoração dos dois anos do Brasil de Fato. O evento aconteceu no Ginásio Araújo Viana, em Porto Alegre (RS), como uma das atividades do 5º Fórum Social Mundial. O público era formado por personalidades, intelectuais, leitores, colaboradores, militantes sociais, membros do conselho político e editorial, equipe de produção e pessoas como Luís Pereira, de Porto Alegre, que ainda não conheciam o Brasil de Fato. “É a primeira vez que vejo o jornal, mas gostei muito da proposta”, afirmou. Por Cristiane Gomes, janeiro de 2005

I Fórum Mundial de Informação e Comunicação
Foi realizada na terça (25/1), um dia antes do início oficial do Fórum Social Mundial, o I Fórum Mundial de informação e Comunicação. A iniciativa vem por conta do reconhecimento de diversos setores da sociedade - e posteriormente da coordenação do Fórum - de que a Comunicação ocupa um lugar estratégico na luta por um mundo mais humano. Confira alguns dos temas debatidos e propostas feitas pelos palestrantes, comunicadores e participantes. Por Gustavo Barreto, janeiro de 2005

"Alexandre, o grande": foi mal de bilheteria, melhor na ousadia
O mais recente filme de Oliver Stone mostra um Alexandre guerreiro, corajoso, conquistador. E bissexual. Isso parece estar contribuindo para seu fracasso nas bilheterias. De nossa parte, merece aplausos pela coragem de levar a questão ao grande público. Por Sérgio Domingues, janeiro de 2005



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Av. Rio Branco, nº 277 sala 1706   CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9628-5022
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenador: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação: Claudia Santiago e Gustavo Barreto
Projeto Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram nesta edição: Leonor Costa (DF) e Sérgio Domingues (SP). [voltar]


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Índice
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Notícias do NPC
NPC cria o mensário Repórter da Terra
Cartilha elaborada pelo NPC será lançada em fevereiro

A Comunicação que queremos
Práticas contra-hegemônicas, direitos e alternativas
Observatório de Mídia: lançamento e debate em Porto Alegre

De Olho Na Mídia
Veja é sempre a Veja: Qualquer capa serve para esconder o Fórum Social Mundial
Jornalismo neoliberal saturado

Democratização da Comunicação
Violência atinge rádios comunitárias
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NPC Informa
Ambiente e Informação: curso na ABI com Zilda Ferreira
Viola caipira

Pérola da edição
"Neutro" a favor de quem?

Proposta de Pauta
Entidade denuncia abusos corporativos; veja relatório

Entrevista
Ignacio Ramonet ao Brasil de Fato

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Sobre o Boletim

 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge