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Boletim do NPC
— Nº 57
— De 24.11 a 1o.12.2004
Para jornalistas,
dirigentes, militantes
e assessores sindicais
e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Tudo
pronto para o 10º Curso do NPC
A próxima
edição do Boletim do NPC vai ser distribuída na segunda
semana de dezembro com os principais momentos do 10º Curso do
NPC. Os inscritos no curso vão receber em seus endereços
eletrônicos nesta sexta-feira, dia 26, todas as informações
referente a hospedagem, mapa de chegada ao Rio, local de cada
atividade e outras informações necessárias.
Além das palestras programadas, estão sendo montadas algumas
oficinas que serão oferecidas aos participantes do curso. No dia
1º à noite, abertura, o NPC vai lançar a sua
Agenda-2005, que tem a Comunicação
como tema. No dia seguinte, haverá a festa dos 10 anos do NPC. O
almoço de confraternização vai ser em Santa Teresa, do domingo,
após a divulgação dos vencedores do Prêmio-NPC de Comunicação
Sindical.
Desejamos
a todas e a todos que façam uma boa viagem e que passem dias
agradáveis na cidade do Rio de Janeiro.
Temos
certeza de que esses dias nos fortalecerão na batalha cotidiana
de construção de uma imprensa a serviço dos trabalhadores.
até já
Claudia Santiago
editora do Boletim do NPC
.
10
anos de NPC
Comunicação, Ideologia e Política
na
batalha da hegemonia
10º Curso Anual de Comunicação do NPC
1º a
5 / 12 / 2004
no
Sindipetro-RJ
|
Clique
aqui para saber mais!
Referência:
http://www.piratininga.org.br/cursonpc.html
A Comunicação que
queremos
CUT
quer construir uma rede nacional de comunicação
A Secretária
Nacional de Comunicação da CUT, com o objetivo de construir uma
grande rede nacional de comunicação, solicitou a todas as CUT
Estaduais e sindicatos filiados que comuniquem sobre a
existência de programas de rádios comunitárias ou AM/FM para que
possam fazer integração com a rádio CUT “Jornal dos
Trabalhadores”. O programa da CUT Nacional está no ar desde nove
de julho de 2004 (AM/1600 – Rádio 9 de Julho), e pode ser ouvido
no site da central (www.cut.org.br),
através de um link disponibilizado na própria página,
desde o dia sete de outubro. A assessoria da CUT informa que a
meta é construir uma comunicação de qualidade e disponibilizá-la
no território nacional. "Para que possamos atingir este
objetivo, precisamos da colaboração de todos os companheiros",
afirma a assessoria. Contatos devem ser feitos com Elaine Lira
no
elaine.imprensa@cut.org.br
Site
do SINTESE concorre a prêmio nacional
O endereço
www.sintese-se.com.br está na lista dos sites selecionados
em todo o Brasil para participar, pela primeira vez, de um dos
maiores projetos da Internert: o Prêmio iBest 2005. O site do
SINTESE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Oficial
do Estado de Sergipe) concorre nas categorias ‘Associações
Profissionais’ e ‘Estado
de Sergipe’. O prêmio está na 9ª edição e tem o objetivo de
descobrir novos talentos, valorizando a criatividade e o esforço
dos profissionais em desbravarem os caminhos das atuais
tecnologias da comunicação, através da Internet. O SINTESE tem
reconhecido cada vez mais a importância em utilizar o ambiente
da World Wide Web (www) para que as informações sobre a
luta dos trabalhadores em Educação cheguem à categoria, aos
outros meios de comunicação e a toda a sociedade.
O espaço
da rede mundial de computadores está aberto também para a defesa
dos direitos das categorias profissionais e da melhoria da
qualidade da Educação no país e no mundo. A criação do hot
site para o X Congresso Estadual dos Trabalhadores em
Educação, realizado de 4 a 7 de novembro deste ano, foi uma
iniciativa pioneira entre as ações de comunicação do SINTESE
para o evento. Os educadores e outros internautas interessados
puderam ter acesso, com dois meses de antecedência, a
informações e orientações sobre a realização do X Congresso. O
hot site contém o histórico, a programação, o calendário
do evento e foi atualizado com a inclusão dos boletins
informativos diários dos principais acontecimentos do congresso.
NPC Informa
Jornalista
lança livro sobre serviço público no Rio
O jornalista
Maurício Oliveira lança o livro “Princípio Kafka: o mundo mágico
do serviço público”, editado pela Terceiro Tempo, no dia 29 de
novembro, às 18h, no Sindicato dos Engenheiros, na Avenida Rio
Branco, 277 / 17º andar. O livro trata dos problemas e dos
desafios do serviço público brasileiro.
Inscrições
abertas para prêmio de reportagem investigativa
O Instituto
Imprensa e Sociedade (IPYS, na sigla em espanhol) e a
Transparência Internacional premiarão reportagens investigativas
sobre corrupção na América Latina e no Caribe publicadas em
2004. Mais informação e inscrições podem ser obtidas pelo IPYS.
O vencedor do primeiro lugar receberá 25 mil dólares. Dois
prêmios de 5 mil dólares serão entregues a trabalhos merecedores
de reconhecimento. Serão aceitos trabalhos publicados entre 1°
de janeiro e 31 de dezembro de 2004. Mais informações em
www.ipys.org/premio1por.shtml
Entidades
lançam Fórum Social Pan Amazônico
Foi lançado nesta
quinta-feira, 10/11, o sítio do IV Fórum Social Pan Amazônico,
que ocorre em Manaus (AM) de 18 a 22 de janeiro de 2005.
Entidades dos movimentos popular e sindical estiveram presentes
ao lançamento que foi também prestigiado pelo Delegado do
Trabalho, Jorge Guimarães. O lançamento ocorreu às 10 horas, na
sede do Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações
do Amazonas). Saiba mais em
www.ivforumpan.com.br
Fórum
Social Mundial: Inscrições de atividades prorrogadas
As
inscrições de atividades para a quinta edição do FSM foram
prorrogadas até o dia 25 de novembro (18 horas do horário de
Brasília). Quem ainda não fez sua inscrição de atividade,
portanto, pode incluir uma nova proposta até essa data. Os
organizadores do evento avisam que o período de inscrições não
se estenderá novamente. Todas as organizações, as que já
inscreveram atividades ou não, também podem modificar, combinar
ou excluir as propostas até o dia 25 de novembro, de acordo com
a nova metodologia do evento, que visa facilitar o diálogo e as
aglutinações entre as entidades participantes. Inscrições de
atividades culturais e artísticas também foram prorrogadas para
o dia 25 de novembro e devem ser feitas por meio de um
formulário diferenciado. Para inscrever atividades culturais,
antes os participantes devem se inscrever como organização ou
indivíduo. O link de inscrições é
http://www.inscricoesfsm.org.br/
IV
Fórum Social do Rio de Janeiro: Um outro mundo é possível
Já em sua
quarta edição, o Fórum Social do Rio de Janeiro será realizado
este ano em São Gonçalo, nos dias 26 e 27 de novembro, na
Faculdade de Formação de Professores da UERJ, R. Dr. Francisco
Portela, 794 - Paraíso, em frente à Praça dos Ex-Combatentes. A
Abertura do evento e painel/debate com o tema “Alternativas para
o desenvolvimento e bem-estar local”, às 18h do dia 26, terá a
presença dos palestrantes Marisa Chaves de Souza (assistente
social), Paulo Alentejano (professor de geografia da
FFP-UERJ-São Gonçalo), Lucidalva Viana de Paula (presidente do
Sindicato dos Artesãos de São Gonçalo) e Sérgio de Oliveira
(professor de história), além do moderador Leonardo Antonio
Thurler (professor de teatro e diretor cultural do CA de
Pedagogia da FFP-UERJ-SG). Às 22 horas se inicia a programação
cultural, fechando o primeiro dia.
Já o dia
27 começa às 9h com o painel e debate “Avaliação da política
econômica e social do governo Lula”, com os palestrantes Milton
Temer (ex-deputado federal, jornalista e vice-presidente da
ABI), Sidney Pascotto (economista do Sindicato dos Economistas e
do CORECON), Diva Moreira (cientista política do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Marina Barbosa Pinto
(professora de serviço social e presidente do ANDES–SN).
Atividades Culturais e Oficinas se seguirão ao longo do dia.
Mais informações: Daniela Broitman (midia_forumsocialcarioca@yahoo.com.br);
Tel. (21) 2512-6649 e 9106-0087 ou Leonardo Antonio Thurler (leonardothurler@ig.com.br);
Tel. (21) 26057761 e 8179-2742
Fórum
discute pauta ambiental
Acontece em
São Paulo, no dia 11 de dezembro, o I Fórum Paulista de
Jornalismo Ambiental. O evento será realizado no SESC Itaquera
em São Paulo, e discutirá a relação mídia, sociedade e meio
ambiente em seus múltiplos aspectos. A idéia central do encontro
é aproximar jornalistas, empresários e estudantes interessados
no tema. Destacando a participação de jornalistas e
profissionais de renome na área, como Regina Scharf, Dal
Marcondes, Mariana Viveiros, Carlos Celso A e Silva, Wilson
Bueno, dentre outros. O evento também servirá para apresentar o
Núcleo Paulista de Jornalismo Ambiental, que organiza o Fórum.
Durante o encontro será lançado o Prêmio Aloysio Biondi de
Jornalismo Ambiental Urbano, que premiará reportagens e artigos
publicados na mídia paulista. Em sua versão acadêmica, o prêmio
será oferecido ao melhor Trabalho de Conclusão de Curso sobre
ambiente Urbano realizado em faculdades de comunicação.
Informações e inscrições:
http://geocities.yahoo.com.br/forumambiental2004/SP.html
Casa
da árvore na Rádio Câmara
A Rádio
Câmara colocou no ar um bom programa infantil, o "Casa da
árvore", produzido e apresentado por Andréa Faulhaber. Fora de
Brasília, ele pode ser sintonizado (e copiado) no endereço da
Câmara (www.camara.gov.br).
Tendo por tema central ecologia e cultura, trata-se de um
programa inteligente que respeita a inteligência das crianças. A
informação é de Dioclécio Luz no Brasil de Fato desta
semana (edição 90).
De Olho Na Mídia
O
Globo justifica massacre de sem-terra e sugere “conivência”
do governo com o MST
O Globo
de 23 de novembro, em sua página 8, justifica a ação dos
matadores que chacinaram cinco sem-terra, em Minas Gerais, no
dia 20/11. “O governo federal colhe o que semeia”, diz um texto
intitulado sugestivamente de Colheita. Qualquer alusão,
sem querer, logicamente, ao célebre ditado "Quem planta vento
colhe tempestade" não é mera coincidência.
Na
opinião do jornal, o governo Lula é leniente com o MST
quando o movimento faz ocupações e é esse comportamento que leva
os fazendeiros a praticarem crimes contra os trabalhadores.
“Brasília engana-se ao achar que pode contemporizar com os
ataques do MST à propriedade privada. A leniência com um
lado anima o outro a também praticar crimes. Até de morte.”
Não
coincidentemente, o editorialzinho ilustra sua tese com uma foto
do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto,
conversando com o dirigente nacional do MST, João Paulo
Rodrigues.
Pois é,
só que nem propriedade privada aquelas terras são. São roubadas.
São terras devolutas e griladas. Sobre isso, a página 8 do
jornal não dedicou sequer uma palavra.
Veja o
que diz a respeito a repórter Verena Glass para a Agência Carta
Maior:
“O
acampamento Terra Prometida existe há cerca de 2 anos, e ocupa
parte de uma fazenda de mais de 2 mil hectares, dos quais 800
são supostamente grilados pelo pretenso proprietário, o
pecuarista Adriano Chafik. Ou seja, segundo o Instituto de
Terras de Minas Gerais (ITER) e o Ministério Público local, no
mínimo este volume de terras é devoluto e pertence ao estado de
Minas Gerais, imbróglio jurídico que tem dificultado o processo
de desapropriação da fazenda, considerada improdutiva pelo MST”.
Terras
devolutas: terras cujos donos não tinham herdeiros e foram
devolvidas ao Estado.
Terras
griladas: terras apropriadas por alguém através de
documentação falsa ou irregular.
(Por Claudia Santiago)
Auditores
do TCU vêem falha na fiscalização da Anatel
A Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) não tem informações sobre
se as metas de universalização da telefonia fixa, previstas nos
contratos de concessão, foram cumpridas pelas empresas do setor
— Telemar, Brasil Telecom, Telefônica, Sercomtel e CTBC Telecom.
Esta foi uma das constatações dos auditores do Tribunal de
Contas da União (TCU). No relatório, os técnicos afirmam que “a
Anatel não dispõe atualmente de meios para detectar se as metas
estão sendo efetivamente cumpridas, ou mesmo se foram
antecipadas”. A assessoria da agência informou que a Anatel não
vai se pronunciar porque não foi notificada pelo TCU. No
relatório, os técnicos também ressaltaram que a antecipação de
metas das empresas, que lhes permitiu prestar outros serviços de
telecomunicações, significou aumento de receita. Segundo dados
obtidos pelo TCU no site da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), a receita da Telemar, que antecipou as metas, passou de
R$ 58,8 milhões em 2002 para R$ 280,4 milhões no ano passado. As
informações saíram no jornal O GLOBO de 12/11/2004.
Hipocrisia
burguesa
Os
hipócritas do jornal O GLOBO classificam Celso Furtado de "o
mais importante economista do Brasil", em reportagem neste
domingo (21/11). Enquanto isso, fazem propaganda diária contra
as idéias do pensador, ajudando a afundar de vez qualquer
alternativa econômica para o país e sacramentando o discurso
único. É exatamente como age uma imprensa burguesa: elogia os
grandes homens deste país, mas não diz o porquê. Seria arriscado
demais falar a verdade: o povo poderia querer pôr em prática.
De Olho No Mundo
"O
Amor nos Tempos de Cólera", de García Márquez, vai para o cinema
O roteirista
Ron Harwood, ganhador de um Oscar por seu trabalho em "O
Pianista", será o responsável por adaptar para o cinema "O Amor
nos Tempos de Cólera", obra do colombiano Gabriel García
Márquez. O autor colombiano negou-se, durante anos, a vender
para o cinema os direitos desta obra, publicada em 1985. Em
março deste ano, no entanto, García Márquez aceitou vender os
direitos ao produtor Scott Steindorff por três milhões de
dólares, dos quais já recebeu um milhão como adiantamento.
Agora, Steindorff cedeu os direitos aos estúdios New Line,
que se encarregarão da produção. "Trata-se de uma das melhores
histórias românticas de todos os tempos, que chegou a múltiplas
gerações por todo o mundo", indicou o vice-presidente da
companhia, Mark Ordesky, em um comunicado.
Steindorff se manterá próximo à realização deste filme como
produtor, e sua presença foi crucial tanto na hora de conseguir
os direitos, como na contratação do roteirista. "Ron sabe como
tratar o material literário", resumiu o produtor. Segundo
Steindorff, o prêmio Nobel de Literatura tinha recebido, e
rejeitado, cerca de 50 ofertas para levar esta novela aos
telões. De fato, para Steindorff, foram dois anos de ligações e
negociações até conseguir o sim de García Márquez, tempo que, em
sua opinião, valeu a pena. "No coração deste livro, há um
personagem que persegue o amor de uma mulher durante 50 anos,
assim que um prazo de dois anos parece ser razoável", brincou o
produtor. As informações são da Agência EFE.
Al
Jazeera dobra número de assinantes na América Latina
A rede de TV
Al Jazeera, conhecida como CNN árabe, praticamente dobrou o
número de telespectadores no Brasil e na América Latina desde o
início do conflito no Iraque. Em março de 2003, a Multipole,
distribuidora da emissora na região, contava com cerca de 1.600
assinantes. Atualmente, ultrapassou os 3.000. Para muitos árabes
residentes no Brasil, a Al Jazeera e outras TVs similares
tomaram o lugar de emissoras como a Rede Globo e o SBT. Elas
funcionam como principal fonte de informação sobre os conflitos
internacionais e notícias como a morte do líder palestino Iasser
Arafat. Na última semana, foi lançado, em São Paulo, o
Instituto da Cultura Árabe, com debates criticando as mídias
norte-americana e brasileira e elogiando a Al Jazeera, citada
como uma alternativa para conhecer os fatos como eles realmente
aconteceram. Informações da Folha de S. Paulo.
Proposta de Pauta
Brasil
avança pouco nas metas para infância
O
governo brasileiro deve atingir somente quatro dos oito
compromissos mensuráveis previstos no documento "Um Mundo para
as Crianças", assinado por líderes de diversos países. O texto
prevê a melhoria das condições de vida infantil com base em
quatro princípios: educação, proteção dos direitos das crianças,
combate ao HIV/Aids e saúde. O Brasil se comprometeu a melhorar
esses índices após participar, em 2002, da Sessão Especial da
Assembléia Geral das Nações Unidas sobre a Criança.
"As
quatro metas (educação, proteção, HIV/Aids e saúde) passaram a
fazer parte de um documento denominado 'Um Mundo para as
Crianças (MPC)', e, ao firmá-lo, o Estado Brasileiro se
comprometeu a produzir uma série de transformações na vida de
suas crianças e adolescentes", explica o relatório "Um Brasil
para as Crianças e Adolescentes", elaborado Rede Amiga da
Criança, para acompanhar a implementação das propostas pelo
governo. A sociedade coloca simbolicamente a infância como
prioridade, mas os meios de comunicação tratam pouco desta
temática, espelhando no fundo a hipocrisia e descaso em relação
ao futuro do país. Confira os dados em
www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/
Democratização da
Comunicação
Radiola
Livre: uma rádio livre em Belo Horizonte
Nos dias 4 e
5 de novembro aconteceu no Campus da UFMG uma oficina de
radiofonia livre que marcou o processo de construção da "Radiola
Livre", rádio livre de Belo Horizonte, na comunidade
universitária da Pampulha. Transmissões em FM foram feitas com a
participação de estudantes e outros interessados. Durante seis
horas, no primeiro dia, e mais de dez, no segundo, as pessoas se
revezaram colocando no ar músicas, inventando personas
radiofônicas, fazendo denúncias e reclamações e conclamando os
ouvintes à ação. Diversos assuntos foram discutidos junto com
programadores que trouxeram as experiências da Radio Muda
(Campinas), da Radio Grilo (Goiânia) e da Radio Rala-Côco
(Brasília). Foram assunto da conversa e das transmissões as
questões de política editorial, organização autônoma
não-hierárquica, formas de sustentação, relação com os poderes
instituidos, estética e radioarte, colocadas pelos iminentes
radialistas livres de Belo Horizonte.
Saiba mais informações no CMI Brasil.
Fechamento
de rádios em São Paulo
Depois de
ter realizado um verdadeiro arrastão contra as rádios
comunitárias de Belo Horizonte, a Justiça Federal e a Polícia
Federal, acionadas pela Anatel, estão atacando as rádios
comunitárias de São Paulo. Inclusive emissoras ligadas à Igreja
Católica, que funcionam há vários anos, estão ameaçadas de
fechamento. Enquanto isso, milhares de pedidos de concessão
continuam congelados no Ministério das Comunicações. A denúncia
é de
Hamilton Octavio de Souza na edição 90 do jornal Brasil de
Fato. Hamilton completa: "É tudo muito suspeito".
Pérola da edição
"Não
foi uma eleição, mas um posto de identificação. Aposto qualquer
coisa que, se as cédulas eleitorais não tivessem os nomes de
Bush e Kerry, mas a pergunta 'Você assiste à Fox TV ou o lê o
New York Times?', o colégio eleitoral teria se dividido de
maneira exatamente igual."
Alberto Dines, do
Observatório da Imprensa
Memória
Livro
conta a história da organização do sindicalismo no ABC paulista
A
história da industrialização brasileira
— do desenvolvimentismo entre
as décadas de 50 e 70 —
não a partir do ponto de vista
dos patrões e dos tecnocratas, mas da experiência dos
trabalhadores. Antonio Luigi Negro, professor de história da
Universidade Federal da Bahia, analisa em Linhas de Montagem,
novo lançamento da coleção Mundo do Trabalho, os temas clássicos
dos estudos sobre o trabalho (política, economia, instituições,
classes sociais, greves). Narra e explica a história de greves,
da organização sindical e da repressão à luta dos trabalhadores,
dentro de um contexto essencial para a compreensão das relações
capital versus trabalho no Brasil: a indústria automobilística
do ABC paulista. Linhas de Montagem recompõem a história
do país não como a trajetória de alguns poucos empresários, ou
de planilhas frias do crescimento econômico do período, mas como
a história da classe dos trabalhadores, das mais diversas
origens, que construíram de fato a industrialização do país. O
livro saiu pela Boitempo Editorial (www.boitempo.com),
possui 336 páginas e sai por R$ 39.
História
do Movimento Operário Revolucionário
Lançado
especialmente para o I Colóquio Internacional
Libertário/História do Movimento Operário Revolucionário, que
aconteceu no Rio e em São Paulo em setembro deste ano, este
livro é dedicado a recuperar a memória do sindicalismo
revolucionário em diversos lugares do mundo, passando pela
América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia. O conteúdo da
obra pretende ajudar na reflexão sobre a História Contemporânea,
mas, principalmente enquanto subsídio para reflexão do agora e
fonte de inspiração para a ação social futura. Eduardo Colombo
escreve na 'orelha' do livro:
“Um
século nos separa dessas vozes dos operários revoltados, desses
militantes obstinados e perseguidos que queriam mudar o Brasil e
o mundo. Eles conseguiram organizar o movimento de ação direta,
as greves solidárias, todas essas atividades denominadas
‘ginástica revolucionária’, que se desenvolveram, cercadas por
uma pressão feroz, até os anos trinta, quando as ditaduras na
América do Sul e os partidos únicos e os Estados totalitários na
Europa e na Ásia, farão o mundo mergulhar na regressão e na
apatia, da qual ainda não estamos libertos.
Suas lutas, suas idéias, suas organizações, nos diferentes
países e continentes diversos, são a matéria deste volume que
narra —
com importantes lacunas, pois falta,
por exemplo, a história da Carta de Amiens, origem do
sindicalismo revolucionário da CGT francesa, ou ainda a
considerável extensão do anarco-sindicalismo durante a Revolução
Russa —
alguns momentos da arrojada existência
do ramo antiautoritário da AIT, obrigado a lutar não apenas
contra as tendências à integração reformista da
social-democracia e contra a vontade de hegemonia da Terceira
Internacional e seu autoritarismo estatista”.
Novos artigos em
nossa página
“Tudo
pode ser dito...”: um livro contra a censura
Por
Sergio Domingues, novembro de 2004. O governo Lula tentou
limitar os abusos das emissoras de tevê. Foi derrotado com ajuda
de seu próprio partido. A esquerda revolucionária tem que tomar
a frente desta luta. Mas, sem fazer o elogio da censura. O livro
de Raoul Vaneigem “Nada é sagrado. Tudo pode ser dito” ajuda a
mostrar como isso é possível
Rádios
comunitárias: Partindo para o contra-ataque
Por Luís
Brasilino, Brasil de Fato, novembro de 2004. Cansados de
resistir à repressão, defensores de rádios comunitárias de todo
país resolveram se unir para enfrentar o poder daqueles que
querem seu fim. Com esse objetivo, dia 4 foi realizada a
"Discussão nacional sobre a repressão às emissoras de baixa
potência e seus aspectos jurídicos". Durante um dia inteiro, com
transmissão por videoconferência, dezenas de pessoas
participaram do evento em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF),
Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Teresina (PI).
Entrevista
Derrubar
as muralhas da linguagem
A escravidão no Brasil ainda
não acabou para milhões de homens e mulheres, afirma Vito
Giannotti. Para ele, a causa de todos os males do país é a
continuação de uma realidade que garante a Casa Grande para
apenas um punhado de gente e mantém a imensa maioria na Senzala.
Nessa entrevista ao Brasil de Fato, Giannotti fala sobre o seu
mais recente trabalho, Muralhas da Linguagem (Ed. Mauad).
Entre outras coisas, explica que na Senzala não há boas escolas
e que a baixa escolaridade e exclusão social são as principais
muralhas da linguagem. Giannotti quer convencer jornalistas,
sindicalistas, advogados, professores, e quaisquer outros
profissionais que se relacionem com o povo, de que a mesma
divisão econômica injusta que se perpetua no Brasil se repete na
linguagem. Por Cláudia Santiago, do Rio de Janeiro (RJ), para
o jornal Brasil de Fato.
Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Av. Rio Branco, nº 277
sala 1706 CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 /
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Coordenador: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação: Claudia Santiago e Gustavo Barreto
Projeto Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
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