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Boletim
do NPC — Nº
49 — De
10 a 20.08.2004
Para jornalistas, dirigentes,
militantes
e assessores sindicais
e dos Movimentos Sociais
NPC Informa
Esquinas
perigosas da História: lançamento no Rio
"As esquinas perigosas da História:
Situações revolucionárias em perspectiva Marxista",
de Valério Arcary, será lançado no Rio, na segunda
(30), em debate com o autor e a historiadora Virgínia Fontes. Valério
é historiador e membro da direção nacional do PSTU.
O local é o auditório do mestrado da Faculdade de Serviço
Social da UERJ, 9º andar, bloco D, às 19h.
Combates
e utopias: os intelectuais num mundo em crise
Acaba de ser lançado,
pela Editora Record, o livro “Combates e utopias: os intelectuais num mundo
em crise”, organizado pelo jornalista, escritor e professor da Escola de
Comunicação da UFF, Dênis Moraes.
A seguir, trecho da apresentação
de Beatriz Resende.
“Que função
e responsabilidade cabem hoje ao intelectual — polêmico personagem
— diante da paisagem nublada, tanto pela incerteza quanto pela fumaça
de explosivos, que se ergue neste início de século? Que forma
de expressão lhe resta, no momento em que outros intérpretes
assumem, com maior persuasão, a voz que em outro século lhe
era atribuída? Por quem fala o intelectual quando subjetividades
anteriormente recalcadas assumem seu próprio discurso e todas as
formas de mediação são questionadas? Que papel pode,
ainda, desempenhar na esfera pública ocupada pela globalização?
A única maneira de buscarmos
respostas, ainda que reconhecidamente provisórias, para tais angústias
continua onde sempre esteve: no diálogo, no debate democrático
de idéias, no confronto de opiniões e de convicções.
É isto que Dênis de Moraes propõe ao colocar lado a
lado intelectuais contemporâneos absolutamente decisivos no Brasil,
na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos. Estes autores
manifestam-se, aqui, sob a forma tradicional de ensaios, como também
por discursos em universidades, fóruns populares, entrevistas radiofônicas
ou manifestações operárias.
Ou seja, falam não apenas
a partir de seu espaço habitual, o da academia, mas também
naqueles momentos em que a efetividade de seu discurso é testada
pela necessidade de convencimento da esfera pública de opinião.
Se divergências aparecem, certezas permanecem, sobretudo a da importância
de um pensamento crítico e autônomo, mesmo exigindo uma recriação
crítica, e a evidência de que autonomia não implica
afastamento da política.” |
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A Comunicação
que queremos
Nova
revista na Cidade de Deus
Acaba de ser lançada
a nova revista da Cidade de Deus, IN FOCO CDD, com tiragem de cinco mil
exemplares. Segundo seus idealizadores, a publicação “está
tendo, por parte da comunidade, uma ótima receptividade.” O primeiro
número traz entrevista com Giuseppe Badolato, um dos arquitetos
que planejou a Cidade de Deus. Nilton, Eduardo e o grande ilustrador Bira,
da equipe da revista, foram alunos do curso Comunicação Comunitária
do NPC. Longa vida à IN FOCO CDD. Caso queiram entrar em contato
com os realizadores, utilizem o e-mail
infococdd@pop.com.br
Vale a pena dar uma lida
no editorial.
“Esta
é a nova palavra em termos de comunicação para a Cidade
de Deus. Uma revista que deseja falar do nosso povo, de nossa gente, de
sua forma de ser. É uma revista que dará espaço a
todos: o grupo de funk que tem uma nova música, a Ong que está
desempenhando um trabalho na comunidade e as reivindicações
de moradores.
TÁ LIGADO, leitor! Esta
revista é sua. Com humor, vida e, como não poderia deixar
de ser, com muita crítica social, a IN FOCO CDD fala sobre a vida
da Cidade de Deus e sua relação com o futuro, sem esquecer
aqueles que fizeram seu passado.
É importante dizer que
você, leitor e morador da Cidade de Deus, é que faz a IN FOCO
CDD. Por este motivo, realizaremos nossas reuniões de pauta para
a comunidade. Assim, todo mês, na Igreja Episcopal Anglicana, entre
o postinho e a Mocidade, haverá a oportunidade para que você,
leitor, esteja contribuindo para que a sua revista divulgue de forma autêntica
a sua comunidade. Afinal de contas, é desenrolando que a gente se
entende.
E por falar em ”desenrolo”,
teremos um espaço especial para que você manifeste sua indignação
contra o abandono em nossa comunidade, através das cartas aos leitores
que “carinhosamente” batizamos de PUTZ, QUE PARIU. Será uma forma
bem divertida de mandarmos a negligência para o lugar de onde não
deveria sair.
Desta forma, queremos ser a
voz da CDD. É importante, concluindo, falar que nossa revista faz
parte da iniciativa de um grupo de jovens da Cidade de Deus que, unidos,
formam o PROJETO JÁ É que, nesta edição, você,
leitor, saberá mais informações.
O importante é que você
tenha a certeza que poderá contar com a IN FOCO CDD como porta-voz
da comunidade.
Ta ligado!!???!! Fui!!!!” |
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Programa
de rádio discute Trabalho e Reforma Agrária
A nova edição
do "Vozes da Terra", programa especial de rádio do MST, debate a
atual conjuntura de desemprego e a importância da Reforma Agrária
na criação de postos de trabalho. O áudio está
disponível no sítio do MST (www.mst.org.br).
Para cadastrar sua rádio, envie uma mensagem para
assinaturas@mst.org.br
com assunto "cadastro Vozes".
Ajude
a salvar o Brasil de Fato
Depois do enorme esforço
de um conjunto de intelectuais, artistas, jornalistas e militantes para
criar, em 2002, um jornal verdadeiramente alternativa e popular, o Brasil
da Fato chegou ao seu limite diante das dificuldades financeiras e
pede o apoio de todos que estão comprometidos com a imprensa independente
e de esquerda no Brasil. Embora elogiado por todos, o Brasil da Fato
precisa URGENTEMENTE aumentar as assinaturas e os anunciantes para sobreviver.
Saiba mais pelo telefone (11) 2131-0808, pelo e-mail
assinaturas@brasildefato.com.br
ou pela página
www.brasildefato.com.br
Engajamento
feminino
Para quem quiser se informar
sobre as questões da mulher moderna e inteligente, uma boa pedida
é ouvir o programa Fala Mulher.com na rádioweb www.radiofalamulher.com
e na Rádio MEC 800 AM (RJ), de segunda a sexta, das 15h às
16h. Você pode conferir as reprises desse programa na rádioweb
às 20h, 00h, 04h, 08h e 11h.
A
TV na Internet
Niterói deu o ponta-pé
inicial, em agosto de 2003, quando surgiu a Niterói TV. Trata-se
da primeira TV de Internet de uma cidade no Brasil. Nela, não só
niteroienses, mas todos os brasileiros podem ficar por dentro de matérias,
eventos, curiosidades e ainda conhecer um pouco mais sobre a cidade. Pensando
nisso, alguns estudantes de Comunicação Social da Universidade
Cândido Mendes elaboraram um projeto de um programa independente
para ser veiculado neste novo tipo de mídia.
O projeto tem como objetivo
a apresentação e divulgação de bandas, DJs,
músicos em carreira solo e profissionais niteroienses ligados à
área musical. O programa está previsto para ser transmitido
semanalmente, com duração de, no mínimo, 15 minutos
e, no máximo, 30 minutos. Por ser um programa independente, toda
a produção, gravação e edição
fica a cargo dos idealizadores.
Para que a idéia saia
do papel, será preciso contar com patrocínios ou ajudas.
Se houver interesse em patrocinar ou ajudar, entre em contato pelo e-mail:
lululage@bol.com.br
(Por Luciana
Lage, na lista Terceiro Setor)
De Olho Na Mídia
Mídia
inimiga da criança
Foi divulgado no dia 11 de
agosto o relatório “Um Brasil para as Crianças” pela Rede
de Monitoramento Amiga da Criança, com participação
da Rede Sou de Atitude. O documento revelou que o Brasil alcançará
apenas três das oito metas previstas pelo documento “Um Mundo para
as Crianças”, se não forem adotadas políticas específicas.
Os resultados baseiam-se em indicadores coletados entre os anos 1990 e
2002 e nos investimentos que o presidente Luís Inácio Lula
da Silva pretende fazer na área da infância e adolescência.
Estes dados, entre outros, foram apresentados pela Rede Amiga e pela Rede
Sou de Atitude para representantes de alguns órgãos públicos,
como a Secretaria Especial de Direitos Humanos e a Frente Parlamentar dos
Direitos da Criança e do Adolescente. Mais uma vez, a mídia
silenciou sobre o assunto e mostrou a falta de compromisso das grandes
empresas de comunicação com o futuro do país. Em breve
mais detalhes em
www.soudeatitude.org.br
Folha
e O Globo: cadê o outro lado?
No sábado (21), os jornais
Folha
de S. Paulo e O Globo deram um exemplo de falta de ética
jornalística. O diário carioca publicou reportagem repercutindo
a queda de parte do teto da UTI neonatal do Hospital Souza Aguiar. Rebatendo
as acusações de falta de manutenção, o secretário
de Saúde e banqueiro Ronaldo Cézar Coelho disse ter sido
tudo uma fraude por conta das eleições: “Alguém mal
intencionado puxou com um arame o pedaço do gesso”. Para o secretário,
a suposta farsa teria partido de integrantes do Sindicato dos Médicos.
O jornal termina a reportagem sem ouvir o sindicato, dando voz apenas à
autoridade municipal.
No mesmo dia, o jornal paulista
publica uma declaração do ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini,
criticando o sistema sindical e defendendo a reforma proposta pelo governo.
Segundo o ministro, a Constituição e a legislação
complementar criaram "reservas de mercado e cartórios de contribuições
compulsórias que sustentam um modelo sindical absolutamente inadequado
para a democracia". E completa: "Podemos dizer hoje com tranqüilidade
que o Brasil não tem liberdade e autonomia sindical". Novamente,
o “debate” termina por aí: nenhuma central ou líder sindical
teve vez ou voz. Cadê, afinal, o “outro lado”?
De Olho No Mundo
Jornalistas
punidos nos EUA
Cinco jornalistas foram punidos
na quarta (18) pela justiça federal dos EUA por desacato. Eles se
recusaram a revelar suas fontes em reportagens sobre o cientista nuclear
Wen Ho Lee, que há um ano esteve sob suspeita de espionagem. Os
cinco foram obrigados a pagar US$ 500 dólares por dia cada um até
revelarem suas fontes. Nos EUA, a confidencialidade das fontes de uma informação
está protegida pela Constituição. Mesmo assim, o juiz
Thomas Penfield Jackson, de Washington, sustentou que a informação
sobre as fontes era necessária para que Lee desse continuidade a
seu processo envolvendo roubo de segredos de um laboratório. "A
ameaça aos direitos constitucionais que está ocorrendo não
tem precedentes", disse Lucy Dalgish, diretora-executiva da Reporters Committee
for the Freedom of the Press (comitê de repórteres pela liberdade
de imprensa).
Democratização
da Comunicação
Revolta
em Volta Redonda: mais rádios fechadas
Cinco rádios comunitárias
de Volta Redonda, região norte do Estado do Rio de Janeiro, foram
fechadas ao longo da quinta (19). A polícia federal invadiu as rádios,
apreendeu os equipamentos e prendeu alguns operadores e voluntários.
Segundo o diretor da Rádio Integração, Robson da Silva,
os policiais quebraram o cadeado do portão e arrombaram a porta
da rádio e levaram todo equipamento. Curiosamente, a documentação
de funcionamento da Rádio Integração seria avaliada
e possivelmente liberada pelo Ministério das Comunicações
ainda em agosto. Só neste mês seis rádios foram fechadas
na cidade.
Segunda a representante da ONG
Espaço Mulher e voluntária das rádios, Sônia
Lacerda, essa foi a primeira ação da delegacia federal da
região, que aliás foi inaugurada recentemente. Ao todo seis
policiais federais participaram da operação. Um dos policiais
apagou as fotos da invasão registradas por Sônia em sua máquina
digital. A ordem judicial para fechar as rádios foi liberada por
uma juíza da Vara Federal de Volta Redonda, no dia 13 de agosto
a pedido da ANATEL. Ao todo três pessoas foram presas e liberadas
às 22h30 da noite de quinta. Além de ter que pagar multa,
elas terão que recorrer da decisão da agência. Caso
contrário, estariam acatando a ordem de fechamento por exercício
ilegal de radiodifusão.
Proposta de pauta
Site
da futura Ancinav está no ar com projeto para consulta pública
Já está no ar
o site da futura Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual
(Ancinav). A página traz o projeto de lei de criação
da Agência, que irá substituir a atual Agência Nacional
do Cinema (Ancine) e está aberto à consulta pública.
O site foi lançado no sábado (21), pelo secretário
do Audiovisual, Orlando Senna, durante o Festival de Cinema de Gramado.
Nele pode ser encontrado também “exposições de motivos
e documentos relacionados à criação”, conta o secretário.
Quem quiser participar da criação do novo órgão
com sugestões ou críticas pode acessar
www.cultura.gov.br/projetoancinav
Um
bilhão
Este é o número
de trabalhadores que estão sem emprego, são subempregados
ou estão na pobreza, de acordo com o diretor-geral da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia. Ele deu palestra no Congresso
Mundial de Recursos Humanos, no Rio, e afirmou que só de desempregados
são 186 milhões.
“O atraso bate à nossa
porta. Vemos o crescimento da economia informal. Acesso desigual à
tecnologia e aos mercados. A discriminação de mulheres e
meninas. A falta de oportunidade para jovens. Muitas pessoas acham que
as regras do jogo não são justas, se sentem largadas. E isso
gera inseguranças pessoais e ansiedades no mundo, em toda esfera
da sociedade. Isto não é um debate ideológico, é
uma questão da vida real.”
Já Carlos Aldao, presidente
da World Federation Personnel Management Associations, afirmou que a fuga
de cérebros irá afetar de forma negativa a América
Latina. “A tendência é que algumas regiões, como a
América Latina, fiquem com os trabalhadores menos preparados, pois
terá exportado os melhores profissionais. Como nosso sistema educativo
não consegue formar bem, ficaremos com os piores.”
(Por Gustavo
Barreto, 19/8)
Radiografia da Comunicação
Sindical
Nesta
edição... a Associação dos Servidores da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Assufrgs
— Seção Sindical)
Entrevista com Katia Marko
BNPC. Quando foi criado o
jornal do sindicato?
Kátia. A Assufrgs
começou a editar um jornal mensal, de oito páginas, em 1995,
quando comecei a trabalhar como assessora de imprensa no sindicato. Antes
disso, existiam boletins informativos tamanho ofício, duas páginas,
sem uma periodicidade determinada. A partir da greve de 1998, após
a realização de um Curso de Comunicação Básico,
com o Núcleo Piratininga de Comunicação, começamos
a editar um Jornal semanal, tablóide, que nas três primeiras
semanas do mês tinham duas páginas e na última semana,
quatro páginas. Ele era fechado toda a sexta-feira e na segunda-feira
estava sendo distribuído. Essa periodicidade foi mantida, religiosamente,
até 2000, quando me desliguei da Assufrgs para trabalhar na CUT/RS.
Deste período até o início de 2002, uma nova jornalista
editou um jornal quinzenal de quatro páginas. Em junho de 2002,
retomei o trabalho na Assufrgs, quando juntamente com mais dois jornalistas
montamos a empresa Engenho Comunicação e Arte, e passamos
a dar assessoria ao movimento sindical. Desde então continuamos
a editar um Jornal quinzenal de quatro páginas.
BNPC. Sua circulação
foi interrompida em algum período?
Kátia. Durante
os períodos de greves o jornal não circula. Em seu lugar,
são editados os boletins de greve quase diariamente.
BNPC. Qual a tiragem e periocidade
do jornal?
Kátia. A tiragem
é de 4 mil jornais. Ele é quinzenal.
BNPC. Em que número
o jornal está?
Kátia. Está
no número 163.
BNPC. O sindicato tem página
na Internet?
Kátia. Sim.
A página já passou por algumas reformulações.
A atual foi criada em 2002 pelo jornalista-diagramador Marcelo Souza. O
endereço é
www.assufrgs.com.br
BNPC. Que outros documentos
vocês têm no sindicato?
Kátia. Além
do jornal e dos boletins, também é editado um Boletim Eletrônico
semanal. Esporadicamente são feitas cartilhas.
Entrevista
Vito
Giannotti: “Quem quer que não haja criança pedindo esmola
é de esquerda”
Para
o escritor, o Brasil se divide entre casa grande e senzala
Filho
de italianos, Vito Giannotti, 61, chegou a São Paulo em 1964, trabalhou
como metalúrgico, mas como gostava muito de escrever, no tempo que
tinha livre buscava exercitar o desejo. Foi assim durante 40 anos. Ele
não é formado em jornalismo, mas exerce a função
há 15 anos, especificamente. Fez um ano de sociologia, parou para
fazer política e nunca mais voltou. Por Iamily Rodrigues para o
jornal Matéria Prima, de Maringá. Leia em
www.piratininga.org.br
Polêmica:
O Conselho Federal de Jornalismo
Leia nesta edição
do Boletim do NPC duas entrevistas sobre o Conselho Federal de Jornalismo.
Uma, exclusiva, feita pela jornalista Ana Manuella Soares (pela Internet),
com o professor Venício A. de Lima. A outra, publicada anteriormente
no jornal da Unicamp, com o professor de Ciências Políticas
e membro do Conselho do Núcleo Piratininga de Comunicação,
Reginaldo Moraes, feita por Clayton Levy e Eustáquio Gomes (http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje).
Leia em
www.piratininga.org.br
Quem
é Venício A. de Lima?
Sociólogo,
jornalista e publicitário. Mestre, doutor e pós-doutor em
Comunicações pela Universidade de Illinois (EUA) e pós-doutor
pela Universidade de Miami-Ohio. Foi fundador e primeiro coordenador do
Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política (Nemp) da
Universidade de Brasília (UnB). É professor do curso de Comunicação
Social do Instituto de Ensino Superior de Brasília e membro do Conselho
de Acompanhamento da Programação de Rádio e Televisão
(CAP) da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Autor, entre outros, de Mídia, Teoria e Política (foto,
Ed. Perseu Abramo).
Para Venício,
os principais problemas da mídia brasileira não estão
ligados ao exercício profissional. “Na impossibilidade
— que parece ser legal
— da fiscalização ser
exercida pelos próprios sindicatos de jornalistas, sou a favor da
criação de um espaço institucional independente, não
autárquico, composto também por outros setores da sociedade
que sirva de instância institucionalizada para a fiscalização
ética do exercício profissional.”
Quem
é Reginaldo Moraes?
Doutor
em Filosofia pela USP e professor do Departamento de Ciência Política
no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Foi editor-chefe
da revista Leia e co-editor da revista Educação
e Sociedade e do Jornal Em Tempo, de 81 a 84. Publicou vários
livros: entre eles, Celso Furtado, o Subdesenvolvimento e as Idéias
da Cepal; Redemocratização Espanhola: lição
de uma distenção lenta, gradual e insegura; Pacto
Social: entre a negociação e o pacote; e Neoliberalismo:
de onde vem e para onde vai? (foto, editora SENAC de São Paulo).
Para Reginaldo, qualquer
jornalista que se aventurou a ter alguma idéia na cabeça
que não correspondesse àquela de seu patrão sabe o
que é apropriação da informação pública.
Para ele, os críticos do projeto não estão vendo fantasmas.
“Eles estão muito lúcidos. Estão atirando naquilo
que vêem. Mas querem que pensemos que atiram em outra coisa. A 'informação
que chega à sociedade' não 'chega' – é levada por
alguém. Alguém que quer permanecer na sombra.”
Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Av. Rio Branco, nº
277 sala 1706 CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9628-5022
www.piratininga.org.br
/ npiratininga@uol.com.br
Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação:
Claudia Santiago e Gustavo Barreto
Projeto
Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram
nesta edição: Mario Camargo, Rosangela Gil (Santos),
Reginaldo Moraes (SP), Kátia Marko (RS), Gustavo Barreto (RJ).
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Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
esta mensagem escrevendo REMOVA
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