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Boletim
do NPC - Nº 35 – De 1 a 15.03.2004
Para jornalistas, dirigentes,
militantes
e assessores sindicais
e dos Movimentos Sociais
Notícias
do NPC
NPC
lança cartilha em homenagem ao Dia da Mulher
O projeto “Domingo é
Dia de Cinema” entra no seu quarto ano de atividades no dia 7 de março,
no cinema Odeon BR, na Cinelândia, Centro do Rio, às 9h00,
apresentando o filme “Frida” ... e lançando a cartilha “O Dia da
Mulher Nasceu da Luta das Mulheres Socialistas”, para celebrar o dia 8
de março, Dia Internacional da Mulher.
A cartilha foi produzida pelo
Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e traz texto
de Vito Giannotti e ilustrações de Latuff. Os interessados
em adquirir a cartilha devem entrar em contato com o Núcleo Piratininga
de Comunicação e procurar Augusto, através do telefone:
(21) 222-5618 ou do endereço eletrônico npiratininga@uol.com.br
Custo: R$ 5,00 (unitário)
ou R$ 3,00 (compras a partir de 50 exemplares).
“Domingo é Dia de
Cinema”
Com ingressos a R$ 2, “Domingo
é Dia de Cinema” é uma iniciativa do Grupo Estação
e Programa Oficina Cine-Escola dos cursos pré-vestibular comunitários
da Maré, Mangueira e Vila Isabel. O objetivo é levar aos
estudantes produções que situem acontecimentos e personagens
históricos e questionem problemas atuais que se refletem no dia-a-dia
dos estudantes prestes a entrarem em uma nova etapa da vida profissional.
Após a exibição da história de vida e lutas
da pintora mexicana Frida Khalo, haverá debate com os estudantes
monitorado pelo coordenador do NPC, Vito Giannotti, entre outros.
Professor e incentivador do
projeto, Leon Diniz espera um bom público para a sessão do
dia 7, “é o primeiro de 2004, as pessoas estão excitadas
e a resposta é sempre muito boa, já chegamos a colocar até
800 alunos na apresentação de “Cidade de Deus”. E depois
vem o debate, que sempre levamos para uma associação com
o momento do vestibular, que no começo tem certa resistência
mais depois torna-se muito interessante. No caso de “Frida” e o Dia Internacional
da Mulher já teremos um exemplo até prático da luta
feminina, pois muitas alunas não terão com quem deixar seus
filhos e talvez improvisemos uma creche no cinema”.
Três perguntas para
Vito Giannotti
Três perguntas para Vito
Giannotti sobre a cartilha “O Dia da Mulher Nasceu da Luta das Mulheres
Socialistas”.
Boletim do NPC. Por que resolveu
fazer este texto?
Vito Giannotti. Porque
no ano passado saíram várias versões em jornais e
revistas um pouco confusas sobre a origem da data. Ao mesmo tempo vi que
era importante restabelecer a verdade sobre o Dia 8 de Março, criado
pelo movimento socialista no começo do Século XX. O 8 de
Março só tem uma origem: uma greve das tecelãs de
São Petersburgo, que começou em 8 de março de 1917
e acabou sendo o estopim da Revolução Russa.
BNPC. Na cartilha, você
fala pouco da luta das mulheres na década de 60.
Vito. A cartilha não
pretende ser uma história da luta das mulheres e do feminismo. É
só, e unicamente, sobre a origem do 8 de Março. É
claro que a luta feminista que se iniciou, no mundo, na década de
60, do século passado, tinha um forte caráter de contestação
da opressão da mulher em todos os domínios. Os partidos comunistas
da linha soviética, naquele tempo, se preocupavam mais com a luta
política geral e pouco com a luta da mulher. O machismo reinava,
mesmo nos sindicatos e nos partidos de esquerda. Para muitos socialistas,
falar em libertação da mulher era quase desviar a atenção
da luta geral. Mas isto é assunto para outro texto. Não dava
para falar de tudo nesta cartilha.
BNPC. Você não
acha que esta cartilha pode esfriar o ânimo de quem acreditava na
história das 129 mulheres queimadas vivas?
Vito. Ao contrário.
Ao invés de pensar que o 8 de março nasceu de uma luta derrotada,
de morte, com as mulheres vítimas dos patrões, a história
mostra uma greve vitoriosa. Foi a greve das tecelãs de São
Petersburgo, que entraram em greve de forma espontânea e autônoma.
Até contra os planos do partido e do comitê sindical. Entram
em greve e desencadeiam a primeira etapa da Revolução Russa.
Na cartilha tem uma página inteira sobre este fato – Esta é
a única origem do 8 de Março – um dia de luta, de vitória
e de muitas bandeiras vermelhas. [voltar]
A Comunicação
que queremos
Livro
de Dênis Moraes é indicado para Prêmio Jabuti
O livro "Por uma outra comunicação:
mídia, mundialização cultural e poder" (Record, 2003),
organizado pelo jornalismo e professor da Escola de Comunicação
da UFF, Dênis Moraes, acaba de ser indicado para concorrer ao Prêmio
Jabuti de 2004, na categoria Ciências Humanas. A obra faz uma crítica
ao neoliberalismo e à mídia capitalista. Aguardem para breve
entrevista com Dênis Moraes. [voltar]
NPC Informa
Curso
humanista capacita voluntários para atuar no Rio de Janeiro
O Movimento Humanista promove
nos dias 6 e 13 de março, na UFRJ, um curso de capacitação
de professores para atuar nos pré-vestibulares coordenados pelo
Movimento na Tijuca, Salgueiro e Jacarepaguá. Segundo nota da Assessoria
de Imprensa, o Movimento Humanista nasceu há 35 anos na Argentina
e hoje desenvolve atividades em mais de 100 países. A taxa do curso
de capacitação é de R$ 40 e será usado exclusivamente
nos cursos do semestre. As atividades se estendem até o fim do ano.
Os
interessados devem entrar em contato os organizadores por meio dos telefones
(21) 2557.8549, (21) 9946.4621 ou pelo e-mail alexandresam@terra.com.br
. Saiba mais em: http://www.consciencia.net/mh/curso.html
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Democratização
da Comunicação
Conselho
de Comunicação debate regionalização da programação
O Conselho de Comunicação
Social do Congresso Nacional vai analisar em sua próxima reunião,
dia 2 de março, o projeto de lei (PLC nº 59/03) da deputada
Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que regulamenta artigo da Constituição
Federal sobre a regionalização da programação
artística, cultural e jornalística das emissoras de rádio
e TV.
O projeto foi aprovado na Câmara
em agosto do ano passado e agora está na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania do Senado Federal. Segundo Jandira o projeto
visa dar visibilidade aos talentos que o país produz seja no jornalismo,
na publicidade ou nas manifestações artísticas mais
diversas, em todas as regiões.
Acerca das críticas ao
projeto, Jandira lembrou que o processo de discussão do Projeto
de Lei foi bastante amplo, abrindo espaço para todos os interessados,
inclusive as emissoras de TV, apresentarem propostas.
O projeto original determinava
a produção regional pelo critério de municípios
e o texto atual estabelece o critério por regiões. Outra
alteração é referente à ampliação
da faixa horária de exibição do conteúdo local,
que poderá ocorrer entre 5 horas e meia-noite. A proposta anterior
previa a faixa entre 7 e 23 horas. O prazo para as emissoras de TVs se
adaptarem foi estabelecido em dois anos e a punição passou
a ser uma advertência em vez do cancelamento da concessão
pública. [Informou Gustavo Alves] [voltar]
Entrevista
TV
em debate na UFF
A jornalista Lígia Elias
Coelho apresenta sua monografia “Que Maravilha de Fim de Semana!” – Ética
e Estética nos Programas de Televisão, no dia 3 de março,
às 15h30, no Instituto de Arte e Comunicação Social
(IACS) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Rua Lara Vilela, nº
126 – São Domingos, Niterói (RJ). Na entrevista abaixo Lígia
fala como a TV sai da sua função constitucional de agente
educadora e socializadora para uma lógica simplista e capitalista,
empobrecendo não só a diversão de fim de semana de
milhões de cidadãos como suas próprias vidas, e mostra
meios para se virar essa realidade digna de um roteiro de filme B. Leia
em www.piratininga.org.br,
entrevista com Lígia Coelho, por Rodrigo Otávio, do Rio de
Janeiro. [voltar]
Dicas
Imprensa
operária no RS é tema de livro
O jornalista João Batista
Marçal lança no dia 4 de março, em Porto Alegre, o
livro "A imprensa operária do Rio Grande do Sul". Nela, Marçal
contra a história da imprensa dos trabalhadores ao longo do século.
O livro tem 300 páginas. [voltar]
Novos artigos em
nossa página
A
gente somos brasileiros. Por
Gustavo Barreto
Um dos temas que têm
preocupado ultimamente os brasileiros mais nacionalistas é a praga
do estrangeirismo. Basta ir a um ‘shopping’ para perceber o quanto nossa
língua está surtando frente ao inglês, o que já
aconteceu, por sinal, com o francês em um outro momento. Marx provavelmente
daria uma risadinha se eu o perguntasse: e por que o Guarani não
pegou? [voltar]
A
explicação da Universal para a crise econômica: inveja
e olho gordo. Por Sérgio
Domingues
Segundo um programa de tevê
da igreja de Edir Macedo, falências e problemas financeiros são
causados por inveja e mau agouro. Na verdade, o público alvo do
programa são os pequenos empresários. Eternas vítimas
do grande capital, até quando ele aparece na forma de uma grande
igreja. Leia em www.midiavigiada.kit.net
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Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Av. Rio Branco, nº
277 sala 1706 CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9628-5022
www.piratininga.org.br
/ npiratininga@uol.com.br
Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Projeto
Gráfico: Edson Dias e Gustavo Barreto
Colaboraram
nesta edição: Gustavo Barreto (Rio de janeiro),
Gustavo Gindre (Rio de Janeiro), Rodrigo Otávio (Rio de Janeiro)
e Rosangela Gil (Santos).
Tradução:
Patrícia Fernandes (espanhol). [voltar]
Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
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