Nº 34 – De 15 a 29
de fevereiro de 2004
http://www.piratininga.org.br
Publicação
eletrônica voltada para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores
do Movimento Social
Notícias
do NPC
Curso
de oratória chega ao Movimento Popular e às prefeituras
O
Curso
de Oratória Sindical oferecido pelo NPC está sendo ampliado
gradativamente. No começo era só um curso de como falar em
público, destinado a dirigentes, ativistas e militantes sindicais.
Neste, o foco é a prática sindical. No ano passado, o curso
se ampliou para um público de Movimentos Populares. Passou a ser
chamado de Oratória Sindical e Popular. A partir de
2002 se intensificaram os chamados por parte de Administrações
Populares e candidatos de esquerda que queriam aprimorar sua oratória.
A apostila de acompanhamento foi reformulada, num enfoque típico
do meio das prefeituras e trabalhos populares. O nome deste curso, para
este público específico passou a ser Oratória:
arte de falar em público.
Neste curso há uma longa explicação sobre a necessidade
de se falar uma linguagem compreensível pelo público que
se pretende atingir. Além de falarmos dos já clássicos
economês,
intelectualês,
juridiquês e sindicalês, trabalhamos duas variantes
do politiquês: o gabinetês e o opesês.
Este último é a linguagem própria de quem mexe com
o Orçamento Participativo. Já coletamos mais de umas trezentas
palavras, ou expressões usadas, tranqüilamente, por agentes
do OP e que, ao contrário do que muitos pensam, não são
nada tranqüilas. Vejamos só uma meia dúzia delas: hierarquizar
as prioridades temáticas - cargo comissionado - pedido
deferido, ou indeferido - processo licitatório
- recursos híbridos - teto da reunião - bater
agendas - contexto geo-político - capilaridade,
e por aí vai..[voltar]
É
carnaval, "nesses dias de folia ninguém chora"
O
Núcleo Piratinga fecha na sexta, dia 20, e retoma suas atividades
na quinta-feira depois do carnaval. Bom carnaval!.[voltar]
A Comunicação
que queremos
Fotos
de Latuff
As
fotos ferroviárias do cartunista Latuff agora podem ser vistas no
http://fotografiaferroviari.deviantart.com/
; O artista teve sua conta no fotolog cancelada após a publicação
de charges políticas em outras páginas do fotolog..[voltar]
Congresso
de Rádios Comunitárias
“Lutar,
ampliar e transmitir” é o tema do Congresso das Rádios Comunitárias
do Comitê gaúcho da Associação Brasileira de
Rádios Comunitárias, nos dias 28 e 29 de fevereiro, em Santa
Maria/RS. Informações pelo tel (51) 211-2125..[voltar]
Lígia
Coelho conclui monografia sobre programas da televisão aberta
O
NPC convida para a apresentação da monografia de Lígia
Coelho que tem como título "Que Maravilha de Fim de Semana!"
- Ética e Estética nos Programas de Televisão,
no dia 3 de março, às 15h30, no Instituto de Arte e
Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense
(UFF). Rua Lara Vilela, nº 126 - São Domingos, Niterói
(RJ). Lígia Elias Coelho participou de vários cursos do NPC
desde sua criação há dez. Foi jornalista da Associação
de Docentes da UFF (ADUFF).
A banca será composta pelo seu orientador Leonardo Guelman, José
Carlos Monteiro (professor do Departamento de Cinema e Vídeo do
IACS/UFF e jornalista da Globonews) e Artur Xexéo (jornalista do
Globo). Leonardo é o autor do trabalho de recuperação
dos escritos do profeta "Gentileza", nos muros do Centro do Rio e Zona
Portuária.
O trabalho de Lígia propõe uma reflexão crítica
sobre a qualidade dos programas da televisão aberta no Brasil, com
um recorte sobre a programação de fim de semana.
Leia no próximo Boletim do NPC, entrevista de Rodrigo Otávio
com Lígia Coelho..[voltar]
NPC Informa
Curso
de Jornalismo Literário em São Leopoldo
“Aventuras
narrativas – introdução ao livro-reportagem e ao jornalismo
literário” é o curso que a Unisinos oferece de 16 de março
a 25 de maio para jornalistas e estudantes de jornalismo sobre a história,
as técnicas e a produção de um livro-reportagem. Horários,
preços e inscrições no sítio www.unisinos.br/extensao.[voltar]
Concurso
para a Radiobrás
A
Empresa Brasileira de Comunicação (Radiobrás) vai
contratar no Rio e fazer cadastro em Brasília. As inscrições
para o concurso para os cargos de técnico de comunicação
em radiodifusão (nível médio) e analista de comunicação
em Jornalismo (nível superior) podem ser feitas até o dia
20 de fevereiro, das 10h às 16h, no Colégio Pedro II (Avenida
Marechal Floriano, 80, Centro) e no Núcleo de Computação
Eletrônica da UFRJ, prédio do CCMN, Bloco C, Ilha do Fundão.
As inscrições também podem ser feitas no sítio
www.nce.ufrj.br/concursos.
A taxa de inscrição varia de R$ 30 a R$ 50. Os salários
oferecidos serão de R$ 779 a R$ 1.491..[voltar]
Democratização
da Comunicação
Mais
notícias sobre a Cúpula Mundial de Informação
A
Cúpula Mundial sobre a Sociedade de Informação (CMSI)
foi realizada em dezembro, em Genebra, na Suíça, por governos,
empresas privadas e ONGs de vários países para se discutir
a governança da Internet, a propriedade intelectual e a superação
da exclusão digital, entre outros itens, na luta pelo direito a
uma informação ampla e variada a todos os povos. O Brasil
esteve presente oficialmente, através de uma comitiva do governo,
e pela participação de algumas ONGs credenciadas, que não
tiveram acesso a todas as reuniões. Os resultados oficiais da cúpula
foram dois documentos, de princípios gerais e de planos de ação,
considerados bastantes ineficientes pelo Instituto de Estudos e Projetos
em Comunicação e Cultura (INDECS), uma das ONGs brasileiras
presente ao encontro. Uma próxima reunião de cúpula
foi agendada para 2005, em Tunis, na Tunísia. Até lá,
torna-se cada vez mais importante a participação dos movimentos
sociais na construção de uma proposta que atenda às
necessidades populares. Leia um resumo da cúpula e formas de
atuação na página www.indecs.org.br.[voltar]
Cadastramentos
de rádios comunitárias serão feitos pela Internet
Desde
o dia 16 de fevereiro, os pedidos de cadastramento de rádios comunitárias
deverão ser encaminhados ao Ministério das Comunicações
via Internet, através do endereço www.mc.gov.br.
Na página, buscar o serviço "Rad Com" ou acessar a janela
"Rádio Comunitária". O governo pretende atender 1.386 localidades
que constam do primeiro Aviso de Habilitação para rádios
comunitárias de 2004, publicado no Diário Oficial da União
de 28 de janeiro. Terão prioridade os municípios cadastrados
no programa Fome Zero. O prazo para cadastramento se encerra no dia 25
de março. É bom mesmo que funcione. Afinal, no seu
primeiro ano, o governo Lula fechou mais rádios comunitárias
do que o último ano de governo FHC. Foram 2.759 contra 2.360..[voltar]
Contra
a baixaria no rádio e na TV
As
entidades da sociedade civil têm até o dia 28 de fevereiro
para indicar nomes para o Conselho de Acompanhamento da Programação
(CAP) da campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”.
O CAP é vinculado à Comissão de Direitos Humanos da
Câmara dos Deputados e sua tarefa é fazer pareceres sobre
a programação de rádio e TV. Mais informações
sobre o CAP e como se fazer as indicações nos sítios
www.eticanatv.org.br
ou www.fndc.org.br
Quem
entrou no ar prometendo novidades e qualidade no canal 26 – UHF, no Rio,
e 48 – UHF, em São Paulo, foi a Nova Geração de Televisão
(NGT). Os leitores podem conferir o texto de apresentação
e uma votação sobre assuntos que serão pauta na página
www.redengt.com.br.[voltar]
De olho na mídia
“Proer
da mídia” em compasso de espera
Por
Rodrigo Otávio, do Rio de Janeiro
Na terça, dia 17, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa afirmou que o financiamento
do Banco ao setor de mídia "vai dar muita controvérsia".
De acordo com ele, as idéias das empresas do setor sobre o assunto
"são pouco convergentes" e "não há consenso". Lessa
informou que o banco tem estudos sobre o setor, mas "não há
números fechados nem programas definidos".
Após os bancos nos anos 90, com o Programa de Estimulo à
Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer),
agora são as principais empresas de comunicação do
país que batem à porta do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) em busca de empréstimos para reduzir
a grave crise econômica que o setor atravessa. Historicamente afastado
do setor até por questões de influência editorial,
o banco estuda uma proposta feita pelos principais grupos de comunicação
em outubro de 2003 para uma linha de crédito financeiro. A dívida
gira em torno de R$ 10 bilhões, acumulada principalmente na segunda
metade dos anos 90 com investimento em maquinário e apostas erradas
tanto na expansão da Internet como das TVs a cabo. No lado mais
fraco da questão, cerca de 17 mil jornalistas perderam seus empregos
nos últimos dois anos.
Enquanto o banco não se pronuncia oficialmente sobre o andamento
das negociações, a proposta causa polêmica na própria
imprensa nacional. Dois são os principais pontos dessa polêmica:
quem será realmente beneficiado caso o empréstimo saia e
como deverão se comportar as empresas para receber o dinheiro.
No primeiro caso, as atenções estão voltadas para
a ex-toda poderosa Organizações Globo, a abre-alas do pedido
de socorro e campeã das endividadas com algo em torno de R$ 5 bilhões
declarados. Nesse cabo-de-guerra, outros grandes comunicadores do país,
como os jornais diários “O Dia” e “Lance” reclamam que nem acesso
à proposta feita ao BNDES tiveram. E existem aqueles que afirmam
que se entrarem no pacote sairão perdendo, pois garantem que nem
endividados estão, como o grupo Sílvio Santos. Já
a TV Record, concorrente direta da Globo, vai mais longe. Diz que a negociação
está sendo tratada sem a transparência necessária e
anuncia que estará atenta e denunciará caso alguma emissora
leve vantagem sobre outra.
No segundo caso, as empresas divergem sobre qual deve ser a contrapartida
pedida pelo banco caso o empréstimo se concretize. Algumas, como
a Rede Bandeirantes, acham que o empréstimo não significará
imparcialidade da imprensa, já que se o governo quisesse vantagens
da mídia, seria mais fácil tentar através da publicidade
normal. Outras concordam que o governo deve ter algumas rédeas do
negócio, como fazer governança cooperativa e exigir balanços
e gestões mais transparentes.
Quanto aos empregados das empresas, a CUT-RJ, através de seu vice-presidente
Darby Igayara, afirma estar atenta ao desenrolar da situação,
esperando apenas algo oficial do banco e das empresas para discutir com
os sindicatos como garantir que o empréstimo não siga a receita
usada nos casos dos bancos e das companhias aéreas, quando o dinheiro
não foi utilizado para garantir empregos ou forjar mais contratações..[voltar]
TV
dos EUA para árabes é lavagem cerebral, acusam muçulmanos
AP.
Antes
mesmo de fazer sua primeira transmissão, a estação
de TV via satélite financiada pelo governo americano e dirigida
a espectadores árabes vem atraindo críticas no Oriente Médio,
sendo vista como tentativa americana de destruir os valores islâmicos
e fazer lavagem cerebral nos jovens. A emissora Al Hurra (a livre) entrou
no ar pela primeira no sábado, dia 14. O presidente americano, George
W. Bush prometeu que a estação, que vai transmitir notícias
e entretenimento 24 horas por dia, "passará por cima da propaganda
odiosa que ocupa as ondas no mundo muçulmano".
A emissora vai estrear com uma atração que poucas poderiam
igualar: uma entrevista com Bush. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan,
disse que a entrevista ofereceu a Bush a oportunidade de falar "de seu
compromisso em difundir a liberdade e a democracia no Oriente Médio".
Ódio aos EUA
"Penso
que o objetivo principal de abrir um canal como esse é provocar
mudanças drásticas em nossos princípios e doutrinas",
disse Jamil Abu Bakr, porta-voz da Frente de Ação Islâmica,
o braço político do movimento jordaniano Irmandade Muçulmana.
"Mas a natureza das sociedades árabes e muçulmanas e o ódio
que nutrem pela política americana e os esforços desse país
para desafiar nossas crenças, tudo isso vai acabar por limitar seu
impacto."
Jornalistas
árabes também vêm criticando a Al Hurra em editoriais
e colunas, descrevendo a emissora como propaganda indesejada e até
mesmo perigosa. Rami Khouri, diretor-executivo do mais importante jornal
libanês em língua inglesa, o "Daily Star", crê que a
Al Hurra venha a ""exacerbar o abismo entre americanos e árabes,
em lugar de lançar uma ponte sobre ele".
A Al
Hurra é a resposta americana às redes árabes de TV
via satélite -de grande audiência, como a Al Jazira (Qatar)-,
que os EUA acusam de alimentar o sentimento antiamericano. Suas transmissões
serão feitas desde Washington, mas ela terá instalações
em diversas capitais do Oriente Médio, incluindo Bagdá, e
uma equipe formada em sua maioria por profissionais árabes..[voltar]
Equipe
demite chefe por notícia falsa na TV francesa
O
diretor de jornalismo da TV estatal France 2, Olivier Mazerolle, pediu
demissão no dia 11 de fevereiro após 242 dos seus 333 funcionários
aprovarem uma “moção de desconfiança” devido a informações
erradas transmitidas no telejornal “20 Heures” do dia 3 de fevereiro. A
maioria da equipe diz ter sofrido prejuízo de credibilidade por
o noticiário informar erradamente que o líder do partido
do presidente Jacques Chirac, Alain Juppé, abandonaria a política
após ter sido condenado em primeira instância por contratações
fraudulentas. Porém, no mesmo dia e na mesma hora que o “20 Heures”
dava a informação, o próprio ex-primeiro-ministro
e atual prefeito de Bordeaux Juppé informava, em entrevista na TV
privada e concorrente TF-1, que não abandonaria a política
até o resultado final do caso. (Fonte: Folha de S.Paulo).[voltar]
Entrevista
Folhas
Operárias: trincheiras contra a exploração
A
professora de história da Universidade Federal do Ceará (UFC),
Adelaide Gonçalves, fala com entusiasmo e de forma apaixonada da
história e da importância da imprensa sindical para os trabalhadores
nesta entrevista ao Boletim NPC. Ela define a imprensa sindical como a
capacidade que uma categoria demonstra de intervenção social.
NPC - Qual o valor da imprensa
sindical?
Profa. Adelaide Gonçalves
- A imprensa sindical se reveste de um valor histórico fundamental.
Ela marca um diferencial importante porque é uma imprensa que tem
a finalidade de agregar, aglutinar, propor a formação e a
informação dos trabalhadores. Uma categoria que dispõe
de um órgão informativo próprio é uma categoria
que está, evidentemente, preocupada em realizar um trabalho de intervenção
político-prático.
NPC - Dá para falar
em imprensa sindical hoje sem falar da história dessa mesma imprensa?
Profa. Adelaide Gonçalves
- Não. As duas questões estão de tal modo imbricadas
que eu acrescentaria, eu alargaria um pouco mais a reflexão: é
impossível falar da imprensa operária no Brasil, e mesmo
no mundo, sem que a nossa atenção não esteja imediatamente
voltada para a história das lutas sociais, para a história
do socialismo como movimento social, para a história das idéias
em escala mundial. Deste modo, recuperar a história da imprensa
operária no Brasil, desde o século XIX, é recuperar
os importantes quadros de memória da luta social dos trabalhadores
de norte a sul deste país.
Cultivando a palavra
impressa, homens e mulheres, alguns tão simples, alguns de poucas
letras, afirmaram nas suas folhas operárias a sua disposição
de luta, prefiguraram um novo mundo, falaram das suas lutas históricas,
efetivaram o combate pela palavra contra a exploração de
todos os feitios e de todos os tamanhos. Insisto: falar da imprensa
operária é falar da história das idéias sociais
no Brasil e no mundo.
NPC - Quando começa
essa história?
Profa. Adelaide Gonçalves
- Vamos tomar o caso brasileiro, que nos interessa mais de perto. A história
da imprensa dos trabalhadores do Brasil começa no século
XIX. Ela é um fenômeno de comunicação social
escrita muito vinculado ao processo de industrialização e
ao fenômeno de urbanização. Evidente que temos, se
vamos buscar uma genealogia, alguns periódicos e alguns pasquins
já na época da colônia. No entanto, a nossa imprensa
operária data do século XIX e os protagonistas são
homens e mulheres trabalhadores. Não procure nesses jornais equipará-los
com publicações como as que conhecemos hoje. Esses jornais
não apareciam com o objetivo de demonstrar uma carpintaria
sofisticada na sua feição estética, no seu projeto
gráfico. Não era isso que interessava aos operários
naquela época. A eles interessava usar o jornal, usar a palavra
impressa, como arma da crítica, da luta social.
O jornal como arena,
como lugar de combate. O jornal como lugar de aglutinação
de homens e mulheres trabalhadores. De modo restrito, poderíamos
dizer que os tipógrafos eram os jornalistas da classe. Mas todos
faziam o seu jornal. São homens e mulheres pioneiros da palavra
operária no Brasil. (Por Rosângela Gil, de Santos).[voltar]
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Nova
TV pública na Venezuela
Por
Gilberto Maringoni. Há 3 meses, o governo Chávez colocou
no ar um novo instrumento para se contrapor ao bloqueio midiático:
uma emissora cultural, com programação que procura sair da
lógica jornalística do dia-a-dia. Leia em www.piratininga.org.br.[voltar]
Os
intelectuais e a cibercultura: além de apocalípticos e integrados
Por
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A Internet, ao possibilitar o acesso à troca e à divulgação
de idéias, permitiu e/ou facilitou, mais que a expressão,
a organização de diversos setores em torno de interesses,
reivindicações e ações políticas. Entre
muitos exemplos, podemos citar o caso das manifestações contra
a Guerra no Iraque, divulgadas e motivadas por grupos e pessoas por meio
da Internet.
Diferentemente do que ocorreu em episódios similares - como, por
exemplo, nos eventos de 1968 -, a direção do movimento não
está centralizada em partidos, sindicatos e organizações
tradicionais. Grupos de cidadãos se organizam livremente, ganham
adeptos e difundem mensagens pela Rede. Este dado é importantíssimo.
Pela primeira vez na história ocorre um processo de gestão
descentralizada de um movimento político de caráter mundial.
Em
vez da figura “científica”, “objetiva” e “crítica” do intelectual
reproduzido em série no interior de instituições e
círculos fechados, uma figura que raramente se mistura, a cibercultura
poderá produzir intelectuais capazes de atuar na construção
do projeto político de uma sociedade mais justa e colaborativa.
Leia
a íntegra no sítio www.espacoacademico.com.br.[voltar]
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Por
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.[voltar]
Antiterrorismo
e liberdade
Por
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de Galicia, em 4 de Fevereiro de 2004. (Só entrará na
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Por
que os movimentos sociais procuram evitar críticas diretas à
mídia?
Por
Marco Aurélio Weissheimer, para Agência Carta Maior. Na
avaliação do jornalista francês, uma parcela importante
de atores desse movimento, especialmente representantes de organizações
não-governamentais e sindicatos, procura evitar críticas
diretas à atuação da mídia por acreditar precisar
dela. Cassen restringiu esse diagnóstico à França,
mas a riqueza da provocação justifica sua extensão
também para outros territórios geográficos e institucionais,
abrangendo as forças políticas de esquerda em geral. Segundo
o jornalista, alguns dirigentes dessas organizações que querem
construir "um outro mundo possível" mantêm relações
privilegiadas com jornalistas da grande mídia, desenvolvendo uma
espécie de conivência. Leia em www.piratininga.org.br.[voltar]
Boletim do Núcleo
Piratininga de Comunicação
Av. Rio Branco, nº 277
sala 1706 CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9628-5022
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/ npiratininga@uol.com.br
Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Projeto Gráfico:
Edson Dias
Colaboraram nesta edição:
Gustavo Barreto (Rio de janeiro), Gustavo Gindre (Rio de Janeiro), Rodrigo
Otávio (Rio de Janeiro) e Rosangela Gil (Santos).
Tradução: Patrícia
Fernandes (espanhol)..[voltar]
Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
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