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20 anos de Acari, 17 de Candelária: memória da impunidade
Familiares
de vítimas da violência do Estado, com apoio de movimentos sociais,
marcham para lembrar chacinas da Candelária e de Acari e protestar
contra criminalização da pobreza
Por Viviane Oliveira
As histórias são muitas,
mas a dor é a mesma. Mães que perderam seus filhos violentamente
reuniram-se em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio, no
dia 23 de julho. A data marca os 17 anos do assassinato de oito jovens no local.
Com o apoio de diversos movimentos sociais, a “Caminhada em Defesa da
Vida” reuniu cerca de duas mil pessoas que protestavam contra a
impunidade e a violência do Estado.
O ato, que já está em sua
17ª edição, adotou este ano como tema os 20 anos do Caso Acari. Na
ocasião, 11 jovens foram sequestrados por policiais. Até hoje, seus
corpos não foram encontrados e o inquérito não foi concluído. "É difícil o Estado
investigar crimes quando os prováveis autores são policiais militares e
civis. Isso mostra como é necessária a organização da sociedade. As Mães de Acari
foram pioneiras nessa luta, dos familiares de vítimas por justiça e por
mudança social”, diz Maurício Campos, da Rede contra a Violência.
Marilene Lima e Souza,
uma das Mães de Acari, desabafa: “A justiça não está ao nosso alcance.
Mas, enquanto eu tiver forças, vou continuar na luta para saber o que
realmente aconteceu com minha filha. Quero ter o direito de enterrar o
que sobrou dela”. Na época do assassinato, Rosana Souza Santos, filha de
Marilene, tinha 17 anos. O grupo, que inicialmente
tinha 10 mães, hoje conta com apenas quatro.
Veja a cobertura completa na página do Viva Favela.
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