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Relatos de familiares de jovens internados em unidades socioeducativas lembram imagens do inferno

[Por Claudia Santiago]
Pode acontecer com qualquer um. Seja vizinho do Piscinão de Ramos ou da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ninguém está livre de ter um filho adolescente envolvido em furtos, roubos ou consumo e venda de drogas. O destino de quem comete atos ilícitos, porém, depende da classe social a que a família pertença. Se os responsáveis pelo jovem ou pela jovem têm dinheiro, paga-se fiança, contrata-se advogados e encaminha-se para um psicólogo. Se estes são pobres, a coisa muda de figura. O menino ou a menina segue para uma das unidades do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas). Unidades estas que, de acordo com o presidente do Conselho Estadual da Infância e Juventude, Carlos Nicodemos, de socioeducativa não têm nada.

O Degase foi o tema da audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou no dia 1º de dezembro. Na ocasião, pais e mães de jovens que cometeram infrações contaram à Renajorp como estão vivendo os seus filhos internados no Educandário Santo Expedito, localizado no complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade.

“Sinto tristeza e medo. É como se me faltasse uma perna, um braço”, disse a mãe de um jovem. “Eles apanham, estão com sarna, com dor de dente. Com este calor, dormem sem um ventilador. Meu filho errou, eu sei, mas eles não podem bater nele”.

Leia o texto completo em nossa página.


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge