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Manifestação pela paz lembra os sete anos da morte do jovem Hanry
Na memória de Márcia Jacintho, de 36 anos, o filho
Hanry se mantém vivo. Em 21 de novembro de 2002, o jovem foi assassinado, quando
tinha 16 anos. Na segunda-feira (23/11), dezenas de mulheres e homens partiram
de diferentes pontos do Rio para se unir a Márcia. A maioria dos manifestantes
ainda estão de luto pela morte de seus próprios filhos, maridos, primos,
sobrinhos. O ato pela paz se iniciou com caminhada pelas ruas do Lins, bairro da
Zona Norte onde policiais militares promoveram a execução sumária de Hanry, no
Morro do Gambá.
"Nós pagamos as fardas e as balas que tiram a vida de
nossos filhos. Mataram o meu filho e tentaram ocultar o crime sob um auto de
resistência", disse Márcia sobre a forma do registro da morte de Hanry, segundo
a qual ele teria sido abatido em confronto com a polícia. A perícia constatou,
no entanto, que o jovem recebeu um tiro no peito de cima para baixo, à curta
distância, típico de execução.
Ao fim da caminhada, os manifestantes, de mãos dadas,
fizeram uma oração pela paz. E, para encerrar, houve a exibição do documentário
Entre muros e favelas, sobre a violência policial nas favelas.
Fonte: Boletim Marcelo Freixo
Núcleo
Piratininga
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