Trabalhadores
Fiat planeja sair da Itália
Publicado em 26.9.12 - por Vito Giannotti Não é
novidade. Desde três anos atrás a mídia italiana, controlada quase na totalidade
pelo império de Berlusconi, o famoso ex-premier
descaradamente neoliberal, divulga que os trabalhadores da Fiat estão ameaçados de
um belo desemprego definitivo. A conversa é a mesma de todos os governos
europeus: superar a crise, a crise, a crise. No final de 2011, em nome de
manter o emprego, a Fiat impôs a total flexibilização dos direitos
trabalhistas, com a conivência das centrais sindicais. A única força a se opor
foi a Federação Metalúrgica (FIOM). Mas a Fiat, maior fábrica do país,
continuou firme em sua decisão. Agora em
setembro 2012, volta o ataque, com o mesmo lenga –lenga: salvar a Itália da crise. A Fiat está
decidida a fechar quase todas as suas unidades italianas. Até a da sede-berço
em Turim, a planta de Mirafiori, palco de históricas lutas da classe operária
italiana.
Nada
de novo na Europa dominada pelo capital financeiro do Banco Mundial, Banco
Central Europeu e Banco Alemão. Os números do desemprego são conhecidos:
Espanha, mais de 25%, Grécia, nem se fale. Portugal e Irlanda estão na mesma
linha. Qual a saída? Para o capital, seja ele financeiro ou industrial, é sempre
a mesma: fazer os trabalhadores pagar a crise. E mais, aproveitar desta ótima
crise, para eles, e diminuir os custos das suas empresas. Diminuir não
provisoriamente, mas para sempre. De sobra terão um rebanho de trabalhadores
humilhados, quebrados e mansos. Com isso será possível rebaixar salários,
aposentadorias e tudo mais. Mas isso não é novidade. Já Hayek, em seu
livro-bíblia do neoliberalismo, O Caminho da Servidão de 1944 escrevia:
“é preciso criar um forte desemprego”.
E
para os trabalhadores, o que sobra? A tarefa de reconstruir seus partidos
socialistas, comunistas, partidos operários. Reconstruir sua mídia desde
os tradicionais jornais a todos os meios
eletrônicos de hoje. E com isso, retomar
a luta para destruir o sistema que fecha a Fiat, ou a GM, ou a Mercedes, e acaba
com a lembrança do sonho do velho “estado de bem estar social”, ou de um estado
socialista de verdade.
Núcleo
Piratininga
de Comunicação
—
Voltar —
Topo
—
Imprimir
|