Lutas pela
Terra
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MST
– Brava Gente Brasileira
25
min.
“A Luta pela
Terra” é um filme sobre experiências bem sucedidas de assentamentos
do Movimento dos Sem-terra (MST) em Querência do Norte, no Paraná.
O assentamento de 600 famílias, divididas em diversas fazendas no
município, mostra que por meio da reforma agrária é
possível mudar a vida de muitas pessoas. Depois de anos morando
em acampamentos, passando fome e sem escolas para as crianças, hoje
estes trabalhadores esbanjam dignidade.
A diversidade
de experiências e formas de organização de cada grupo
de agricultores em suas terras recém conquistadas comprova que são
muitas as formas para se viver da terra. Mostra as cooperativas de produção,
cooperativas de comercialização, trabalho coletivo ou em
famílias – todos respeitando o meio ambiente, seja com a produção
orgânica ou com a utilização de energia solar. Com
a produção de arroz em terras alagadas ou do leite e seus
diversos derivados, além de serem abastecidas as famílias
produtoras, uma parte do arrecadado é reservada ao MST e, conseqüentemente,
àqueles que ainda não conquistaram seu pedaço de terra.
Em Querência
do Norte, depois dos assentamentos, a arrecadação de ICMS
saltou de 500 mil reais para mais de 3 milhões. O vídeo mostra,
desta forma, que a sociedade só vê os sem-terra na TV quando
há confronto com a polícia, desconhecendo a profunda transformação
operada por sua luta e pela realização da reforma agrária.
Ficha técnica:
Data: A confirmar
Direção:
Gilberto Lima
Duração:
25 minutos
Produção:
Olho em Foco
Realização:
VBC Produtora e Filmadora / Governo do Estado do Paraná
Contato:
E-mail: olhoemfoco2@hotmail.com
Arte
de lutar: 20 anos do MST no Espírito Santo
2000,
15 min.
Documentário
sobre a violência promovida pelo Governo do Paraná – gestão
Jaime Lerner – contra o MST. O filme apresenta imagens da desocupação
violenta da fazenda Santa Gertrudes, em maio de 1998. A seguir, mostra
o ato promovido pelo Movimento em abril de 1999, em Curitiba, contra a
violência e a morte do agricultor Eduardo Angione. Conta a história
do acampamento organizado no Centro Cívico da capital, que durou
172 dias e promoveu uma ampla integração dos trabalhadores
rurais e urbanos. Foram feitas plantações, produziu-se pão,
queijo e eram dadas aulas. Em dezembro de 1999 a policia isolou o local,
raptou trabalhadores, impediu a ação de advogados e destruiu
o acampamento e todos os bens do acampados.
As imagens
mostradas no filme são emocionantes. Por fim, “Pés na Estrada”
nos mostra a tentativa do MST de participar do ato de 1º de maio (2000)
em Curitiba, abortado pela polícia de Jaime Lerner. Dezenas de ônibus
foram paradas na estrada e os trabalhadores foram violentamente atacados,
deixando dezenas destes feridos. O dirigente do MST Antonio Tavares foi
assassinado com um tiro.
“Pés
na Estrada” termina apresentando alguns dados sobre a repressão
durante o Governo de Jaime Lerner contra o MST: 118 despejos; 322 lesões
corporais; 464 prisões; 7 torturados; 45 ameaçados de morte;
31 tentativas de assassinato e 15 assassinatos.
Indicações
de uso:
“Pés
na Estrada” é indicado para aulas ou debates políticos que
tenham como tema a questão agrária no Brasil ou os Direitos
Humanos.
Ficha técnica:
Data: Outubro
de 2000
Direção:
Anderson Leandro
Duração:
15 minutos
Realização:
Quem TV Produções Audiovisuais
Contato:
Tel.: (41)
3324-0099 / 3322-8487, r. 28/29
E-mail: quemtv@cefuria.org.br
Página:
www.cefuria.org.br
Arte
de lutar: 20 anos do MST no Espírito Santo
2004,
34 min.
“Arte de lutar”
faz um resgate da história do MST no estado do Espírito Santo,
desde a criação das Comunidades Eclesiais de Base, na década
de 80, até a organização dos trabalhadores em sindicatos
rurais, passando pela criação do MST e pelo momento atual.
O vídeo também contextualiza a situação fundiária
no Estado, apresentando as conseqüências, para os trabalhadores,
da implantação de grandes projetos, como é o caso
da Aracruz Celulose.
Além
desse panorama histórico, apresenta a organização
dos setores do MST, entre eles educação, saúde, gênero
e produção, além de contextualizar a situação
atual do estado em relação ao número de acampamentos
e assentamentos mantidos pelo MST. No vídeo, os próprios
Sem-Terra falam de suas histórias, suas dificuldades e principalmente
sobre os ideais alcançados e aqueles pelos quais eles ainda lutam
para conquistar.
Indicação
de uso:
Fonte de pesquisa
para aulas de História do Brasil e Geografia, para sindicatos e
para debates que tenha como assunto a reforma agrária.
Ficha técnica:
Data: 2004
Direção:
Jackson Segundo
Duração:
34 minutos
Realização:
MST-ES e DECOS/UFES.
Contatos:
E-mail: lugdepaulla@yahoo.com.br
/ clebercarminati@yahoo.com.br / mst-es@uol.com.br
O
Sonho de Rose, 10 anos depois
1995,
91 min.
O documentário
mostra o reencontro da cineasta Tetê Moraes com os personagens de
“Terra para Rose” (1985), também dirigido por ela, e que narra a
trajetória de 1.500 famílias de agricultores sem terra. As
imagens do primeiro filme acompanham a luta de Roseli Seleste Nunes da
Silva e sua família. Aos 26 anos, ela foi morta por um caminhão
durante repressão à ocupação da Fazenda Anoni,
em Sarandi, no Rio Grande do Sul, em 1985. Trata-se da primeira grande
ocupação do MST. No segundo filme, Tetê reencontra
várias pessoas que havia filmado dez anos antes. A maioria conseguiu
sua pequena propriedade para produzir, apesar dos sacrifícios impostos
pela repressão dos latifundiários e governos.
Indicação
de uso:
Útil
para discutir a reforma agrária e mostrar a violência com
que os proprietários reagem às justas reivindicações
dos sem-terras.
Ficha técnica:
Data: 1995
Direção:
Tetê Moraes
Duração:
91 minutos
Produção:
Vem Ver Brasil
Contato:
Tel.: (21)
2274-6971
E-mail: vemver@globo.com
Por
longos dias
1998,
13 min.
Ganhador do
prêmio de melhor curta em 16mm no Festival de Brasília e do
Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado, ambos em 1999.
O texto é uma adaptação do prefácio de José
Saramago pra o livro “Terra”, de Sebastião Salgado. Poético
e bem feito, apresenta um texto levemente provocativo em relação
à religião. Mostra o cotidiano difícil da luta dos
Sem-Terra e suas atividades, como as Marchas Nacionais.
Indicação
de uso:
Apontar as
injustiças ligadas à concentração da propriedade
da terra no Brasil. Mostrar como a resistência popular se organiza.
Ficha técnica:
Data: 1998
Direção:
Mauro Giuntinni
Duração:
13 minutos
Produção:
Asa Cinema & Vídeo e Plateau Filmes.
Contato:
Tel.: (61)
3468-4814
E-mail: marcio.curi@asacine.com.br
Página:
www.asacine.com.br
Uma
questão de Terra
1987,
80 min.
A maior riqueza
de “Uma questão de Terra” está na simplicidade e honestidade
de cada um que fala diante das câmeras. O documentário narra
a ocupação do INCRA de Alagoas pelos trabalhadores agricultores,
nos anos 80. Paralelamente mostra imagens e depoimentos dos agricultores
da região e, assim, denuncia a situação precária
de um povo marcado pela fome e pela resistência. Expressões
como “o chefe da gente é a barriga” e “é melhor ser preso
hoje lutando do que amanhã roubando” resumem da melhor forma o que
é a luta daquelas pessoas pela vida.
Fotografia
e músicas perfeitamente encaixadas no discurso direto como “a gente
morre ou vive, mas aqui mesmo” mostram os sentimentos de quem sofre na
carne as conseqüências da exploração. Como diz
a irmã de Margarida Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983:
“Quem matou minha irmã foram os safados, os burgueses que matam
os que trabalham a favor da pobreza”.
Sugestões
de uso:
“Uma questão
de Terra” é um excelente material para se usado em aulas de Geografia
e Historia, além de debates que envolvam a questão agrária
no Brasil. É um filme denso que nos permite ver, em cada depoimento,
o sofrimento e a força das pessoas do povo.
Ficha técnica:
Data: 1987
Direção:
Manfredo Caldas
Duração:
80 minutos
Realização:
Funarte/ Ibac
Contatos:
Tel.: (61)
9972-2518 / 3349-6416
Guariba
– 1984
2002,
11 min.
Documentário
sobre o trabalho de preservação da memória da histórica
greve dos trabalhadores rurais (bóias-frias) de Guariba (SP).
Guariba é
uma típica cidade dormitório da região de Ribeirão
Preto. Grande parte de sua população é de trabalhadores
rurais empregados nos canaviais e usinas de álcool. Em 1984, a cidade
foi palco de uma greve que, apesar da repressão policial, foi vitoriosa.
A greve virou notícia em todo o país, o que estimulou muitas
outras lutas de trabalhadores rurais em busca dos mesmos direitos conquistados
em Guariba.
O fio condutor
do documentário é a exibição das imagens da
greve de 1984, quando da inauguração da sede do sindicato
em 2001. As imagens da violência policial, dos espancamentos, dos
piquetes e os depoimentos de homens e mulheres que participaram do movimento
fazem relembrar aos trabalhadores de Guariba seu potencial de luta, de
conquistas, estimulando uma maior organização. “Guariba –
1984” é um filme sobre a memória daqueles que podemos chamar
de vencidos, mas que, apesar da exploração e da repressão,
um dia foram vitoriosos.
Indicações
de uso:
"Guariba –
1984" é um documentário indicado para aulas ou debates que
tenham como tema a questão agrária no Brasil ou a preservação
da memória dos trabalhadores e suas lutas.
Ficha técnica:
Data: 2002
Direção:
José Roberto Novaes e Francisco Alves
Duração:
11 minutos
Realização:
Ferasp / UFRJ / UFSCar
Contato:
Tel.: (21)
2233-7727 / 2233-4535
E-mail: idaco@idaco.org.br
Página:
www.idaco.org.br
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Terra
Mãe
1996,
23 min.
“Terra Mãe”
é um filme sobre a história da luta pela terra no Brasil.
Aborda o período que vai desde a invasão portuguesa, a partir
de 1500, até os dias de hoje. É uma história de resistência.
Narra a luta dos índios por sua terra e por suas vidas. Mostra a
luta dos negros trazidos da África por sua liberdade. Conta como
foi a vida no Brasil sob o domínio dos portugueses e após
a Independência. Em todo esse período, a luta pela terra gerou
grandes confrontos, como a Guerra de Canudos e do Contestado.
O documentário
mostra como, durante os séculos, foram mudando as relações
de propriedade e de trabalho nos campos brasileiros. E apresenta as formas
usadas pelas classes dominantes para se organizar e manter a terra sob
seu domínio. A obra é um documento histórico sobre
as diferentes experiências e formas de luta dos trabalhadores pela
terra: dos sindicatos rurais às Ligas Camponesas e aos Movimentos
dos trabalhadores sem-terra. Nele são lembrados massacres como os
de Corumbiara (RO), um capítulo dessa luta que jamais deve ser esquecido.
“Terra Mãe” é uma excelente contribuição do
Sinpro-MG à memória da luta pela terra e, dessa forma, à
luta pela liberdade e pela igualdade no Brasil.
Indicações
de uso:
"Terra Mãe"
é um excelente material para ser utilizado em aulas de Geografia,
História, Cidadania etc. O resumo em 23 minutos de 496 anos de luta
pela terra possibilita uma boa contextualização da questão
agrária no Brasil. A apresentação didática
do vídeo favorece seu uso para públicos de diferentes níveis
de escolaridade.
Ficha técnica:
Data: 1996
Direção:
Cloves Geraldo
Duração:
23 minutos
Realização:
Sinpro-MG
Contatos:
Tel.: (31)
3465-3000
E-mail: comunicacao@sinpromg.org.br
Página:
www.sinpromg.org.br
Raiz
Forte
2000,
42 min.
Documentário
sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Através
de imagens e depoimentos colhidos em acampamentos e assentamentos de vários
Estados brasileiros, o filme apresenta todas as diferentes fases e formas
de luta que caracterizam o MST.
Raiz Forte
começa apresentando como é o processo de recrutamento do
Movimento. Mostra como se dão as ocupações das fazendas
e a construção dos acampamentos, onde a vida é dura
e o medo da violência dos fazendeiros são realidades constantes.
Desnuda a violência policial quando são realizados os despejos
das ocupações. Através de imagens do Paraná
e de Eldorado dos Carajás (PA), mostra a repressão e a forma
que o Estado Brasileiro e as classes dominantes tratam o Movimento e os
trabalhadores do Brasil.
Mostra também
o processo de produção nos assentamentos e acampamentos.
A mudança de vida e de visão de mundo pela qual passam os
Sem Terra. Apresenta a nova vida nos assentamentos já consolidados,
a produção em cooperativas, a industrialização
de diversos produtos e a riqueza das experiências do trabalho coletivo.
Discute as dificuldades encontradas para obtenção de financiamentos
e para a produção de mercado. Apresenta ainda as iniciativas
de produção orgânica e de diversas formas de comercialização.
"Raiz Forte"é
por isso tudo um dos mais completos documentários sobre um dos mais
importantes movimentos sociais do mundo.
Indicações
de Uso:
Como falar
da História ou da Geografia no Brasil Contemporâneo sem falar
no MST? Como travar um debate político ou analisar as forças
e grupos que compõe nossa sociedade hoje sem lembrar dos Sem Terra?
Raiz
Forte mostra em 42 minutos o que é o MST e, por isso, é
indicado para debates políticos em escolas, faculdades e movimentos
sociais.
Ficha Técnica:
Data: Agosto
de 2000
Direção:
Aline Sasahara e Maria Luisa Mendonça
Duração:
42 minutos
Realização:
Centro de Justiça Global – Global Exchange
Contatos:
Tel.: (21)
2544-2320
E-mail: global@global.org.br
Página:
www.global.org.br
Corumbiara
nunca mais
1996,
70 min.
"Corumbiara
Nunca Mais" é um documentário chocante que relata o mais
bárbaro massacre de trabalhadores rurais ocorrido no Brasil nas
últimas décadas.
No dia 14 de
julho de 1995 mais de 600 famílias participaram da maior ocupação
de terra já realizada em Rondônia. Contavam com o apoio da
CUT-RO, do Sindicato dos trabalhadores rurais de Corumbiara, do PT e de
ex-dirigentes do MST. A fazenda escolhida, Santa Helina, de 14 mil hectares
no sul do estado, era um entre os muitos latifúndios da região.
Meses antes da ocupação os trabalhadores começaram
a ser ameaçados. No dia 9 de agosto, às 3 horas da manhã,
mais de 200 policiais militares e jagunços invadiram o acampamento
e abriram fogo contra os sem-terra. Bombas, metralhadoras, fuzis e revólveres
foram usados contra trabalhadores indefesos. Os números do massacre
- dez mortos, sete desaparecidos e centenas de feridos e presos - não
são suficientes para traduzir o ocorrido. A tortura (pessoas com
os olhos furados, capadas, mutiladas com moto-serra e pessoas obrigadas
a comer o miolo dos mortos, etc) não se traduz em números.
"Corumbiara Nunca Mais" fala desse massacre, dessa barbárie, dessa
covardia. Fala de um dos mais aterrorizantes capítulos da luta pela
terra no Brasil, que nunca deve ser esquecido.
Indicações
de Uso
"Corumbiara
Nunca Mais" pode ser usado em aulas ou debates políticos que abordem
a questão agrária no Brasil. É, no entanto, sobre
o tema dos direitos humanos que o vídeo é mais indicado para
ser usado.
Ficha Técnica:
Direção:
Adécio Dias
Data: 1996
Duração:70
minutos
Realização:
Central Única dos Trabalhadores (RO)
Contatos:
Tel.: (69)
3221-8524 / 3212.1167
E-mail: imprensa@cut.org.br
/ cutro@pvh.viacabocom.com.br