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Projeto vídeos
Artes e histórias para contar e mostrar
Última atualização: 22/5/2006
 
Lutas pela Terra
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MST – Brava Gente Brasileira
25 min.

“A Luta pela Terra” é um filme sobre experiências bem sucedidas de assentamentos do Movimento dos Sem-terra (MST) em Querência do Norte, no Paraná. O assentamento de 600 famílias, divididas em diversas fazendas no município, mostra que por meio da reforma agrária é possível mudar a vida de muitas pessoas. Depois de anos morando em acampamentos, passando fome e sem escolas para as crianças, hoje estes trabalhadores esbanjam dignidade.

A diversidade de experiências e formas de organização de cada grupo de agricultores em suas terras recém conquistadas comprova que são muitas as formas para se viver da terra. Mostra as cooperativas de produção, cooperativas de comercialização, trabalho coletivo ou em famílias – todos respeitando o meio ambiente, seja com a produção orgânica ou com a utilização de energia solar. Com a produção de arroz em terras alagadas ou do leite e seus diversos derivados, além de serem abastecidas as famílias produtoras, uma parte do arrecadado é reservada ao MST e, conseqüentemente, àqueles que ainda não conquistaram seu pedaço de terra.

Em Querência do Norte, depois dos assentamentos, a arrecadação de ICMS saltou de 500 mil reais para mais de 3 milhões. O vídeo mostra, desta forma, que a sociedade só vê os sem-terra na TV quando há confronto com a polícia, desconhecendo a profunda transformação operada por sua luta e pela realização da reforma agrária.

Ficha técnica:
Data: A confirmar
Direção: Gilberto Lima
Duração: 25 minutos
Produção: Olho em Foco
Realização: VBC Produtora e Filmadora / Governo do Estado do Paraná

Contato:
E-mail: olhoemfoco2@hotmail.com
 


Arte de lutar: 20 anos do MST no Espírito Santo
2000, 15 min.

Documentário sobre a violência promovida pelo Governo do Paraná – gestão Jaime Lerner – contra o MST. O filme apresenta imagens da desocupação violenta da fazenda Santa Gertrudes, em maio de 1998. A seguir, mostra o ato promovido pelo Movimento em abril de 1999, em Curitiba, contra a violência e a morte do agricultor Eduardo Angione. Conta a história do acampamento organizado no Centro Cívico da capital, que durou 172 dias e promoveu uma ampla integração dos trabalhadores rurais e urbanos. Foram feitas plantações, produziu-se pão, queijo e eram dadas aulas. Em dezembro de 1999 a policia isolou o local, raptou trabalhadores, impediu a ação de advogados e destruiu o acampamento e todos os bens do acampados.

As imagens mostradas no filme são emocionantes. Por fim, “Pés na Estrada” nos mostra a tentativa do MST de participar do ato de 1º de maio (2000) em Curitiba, abortado pela polícia de Jaime Lerner. Dezenas de ônibus foram paradas na estrada e os trabalhadores foram violentamente atacados, deixando dezenas destes feridos. O dirigente do MST Antonio Tavares foi assassinado com um tiro.

“Pés na Estrada” termina apresentando alguns dados sobre a repressão durante o Governo de Jaime Lerner contra o MST: 118 despejos; 322 lesões corporais; 464 prisões; 7 torturados; 45 ameaçados de morte; 31 tentativas de assassinato e 15 assassinatos.

Indicações de uso:
“Pés na Estrada” é indicado para aulas ou debates políticos que tenham como tema a questão agrária no Brasil ou os Direitos Humanos.

Ficha técnica:
Data: Outubro de 2000
Direção: Anderson Leandro
Duração: 15 minutos
Realização: Quem TV Produções Audiovisuais

Contato:
Tel.: (41) 3324-0099 / 3322-8487, r. 28/29
E-mail: quemtv@cefuria.org.br
Página: www.cefuria.org.br
 


Arte de lutar: 20 anos do MST no Espírito Santo
2004, 34 min.

“Arte de lutar” faz um resgate da história do MST no estado do Espírito Santo, desde a criação das Comunidades Eclesiais de Base, na década de 80, até a organização dos trabalhadores em sindicatos rurais, passando pela criação do MST e pelo momento atual. O vídeo também contextualiza a situação fundiária no Estado, apresentando as conseqüências, para os trabalhadores, da implantação de grandes projetos, como é o caso da Aracruz Celulose.

Além desse panorama histórico, apresenta a organização dos setores do MST, entre eles educação, saúde, gênero e produção, além de contextualizar a situação atual do estado em relação ao número de acampamentos e assentamentos mantidos pelo MST. No vídeo, os próprios Sem-Terra falam de suas histórias, suas dificuldades e principalmente sobre os ideais alcançados e aqueles pelos quais eles ainda lutam para conquistar.

Indicação de uso:
Fonte de pesquisa para aulas de História do Brasil e Geografia, para sindicatos e para debates que tenha como assunto a reforma agrária.

Ficha técnica:
Data: 2004
Direção: Jackson Segundo 
Duração: 34 minutos
Realização: MST-ES e DECOS/UFES.

Contatos:
E-mail: lugdepaulla@yahoo.com.br / clebercarminati@yahoo.com.br / mst-es@uol.com.br
 


O Sonho de Rose, 10 anos depois
1995, 91 min.

O documentário mostra o reencontro da cineasta Tetê Moraes com os personagens de “Terra para Rose” (1985), também dirigido por ela, e que narra a trajetória de 1.500 famílias de agricultores sem terra. As imagens do primeiro filme acompanham a luta de Roseli Seleste Nunes da Silva e sua família. Aos 26 anos, ela foi morta por um caminhão durante repressão à ocupação da Fazenda Anoni, em Sarandi, no Rio Grande do Sul, em 1985. Trata-se da primeira grande ocupação do MST. No segundo filme, Tetê reencontra várias pessoas que havia filmado dez anos antes. A maioria conseguiu sua pequena propriedade para produzir, apesar dos sacrifícios impostos pela repressão dos latifundiários e governos.

Indicação de uso:
Útil para discutir a reforma agrária e mostrar a violência com que os proprietários reagem às justas reivindicações dos sem-terras.

Ficha técnica:
Data: 1995
Direção: Tetê Moraes
Duração: 91 minutos
Produção: Vem Ver Brasil

Contato:
Tel.: (21) 2274-6971
E-mail: vemver@globo.com
 


Por longos dias
1998, 13 min.

Ganhador do prêmio de melhor curta em 16mm no Festival de Brasília e do Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado, ambos em 1999. O texto é uma adaptação do prefácio de José Saramago pra o livro “Terra”, de Sebastião Salgado. Poético e bem feito, apresenta um texto levemente provocativo em relação à religião. Mostra o cotidiano difícil da luta dos Sem-Terra e suas atividades, como as Marchas Nacionais.

Indicação de uso:
Apontar as injustiças ligadas à concentração da propriedade da terra no Brasil. Mostrar como a resistência popular se organiza.

Ficha técnica:
Data: 1998
Direção: Mauro Giuntinni
Duração: 13 minutos
Produção: Asa Cinema & Vídeo e Plateau Filmes.

Contato:
Tel.: (61) 3468-4814
E-mail: marcio.curi@asacine.com.br
Página: www.asacine.com.br
 


Uma questão de Terra
1987, 80 min.

A maior riqueza de “Uma questão de Terra” está na simplicidade e honestidade de cada um que fala diante das câmeras. O documentário narra a ocupação do INCRA de Alagoas pelos trabalhadores agricultores, nos anos 80. Paralelamente mostra imagens e depoimentos dos agricultores da região e, assim, denuncia a situação precária de um povo marcado pela fome e pela resistência. Expressões como “o chefe da gente é a barriga” e “é melhor ser preso hoje lutando do que amanhã roubando” resumem da melhor forma o que é a luta daquelas pessoas pela vida.

Fotografia e músicas perfeitamente encaixadas no discurso direto como “a gente morre ou vive, mas aqui mesmo” mostram os sentimentos de quem sofre na carne as conseqüências da exploração. Como diz a irmã de Margarida Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983: “Quem matou minha irmã foram os safados, os burgueses que matam os que trabalham a favor da pobreza”.

Sugestões de uso:
“Uma questão de Terra” é um excelente material para se usado em aulas de Geografia e Historia, além de debates que envolvam a questão agrária no Brasil. É um filme denso que nos permite ver, em cada depoimento, o sofrimento e a força das pessoas do povo.

Ficha técnica:
Data: 1987
Direção: Manfredo Caldas
Duração: 80 minutos
Realização: Funarte/ Ibac

Contatos:
Tel.: (61) 9972-2518 / 3349-6416
 


Guariba – 1984
2002, 11 min.

Documentário sobre o trabalho de preservação da memória da histórica greve dos trabalhadores rurais (bóias-frias) de Guariba (SP).

Guariba é uma típica cidade dormitório da região de Ribeirão Preto. Grande parte de sua população é de trabalhadores rurais empregados nos canaviais e usinas de álcool. Em 1984, a cidade foi palco de uma greve que, apesar da repressão policial, foi vitoriosa. A greve virou notícia em todo o país, o que estimulou muitas outras lutas de trabalhadores rurais em busca dos mesmos direitos conquistados em Guariba.

O fio condutor do documentário é a exibição das imagens da greve de 1984, quando da inauguração da sede do sindicato em 2001. As imagens da violência policial, dos espancamentos, dos piquetes e os depoimentos de homens e mulheres que participaram do movimento fazem relembrar aos trabalhadores de Guariba seu potencial de luta, de conquistas, estimulando uma maior organização. “Guariba – 1984” é um filme sobre a memória daqueles que podemos chamar de vencidos, mas que, apesar da exploração e da repressão, um dia foram vitoriosos.

Indicações de uso:
"Guariba – 1984" é um documentário indicado para aulas ou debates que tenham como tema a questão agrária no Brasil ou a preservação da memória dos trabalhadores e suas lutas.

Ficha técnica:
Data: 2002
Direção: José Roberto Novaes e Francisco Alves
Duração: 11 minutos
Realização: Ferasp / UFRJ / UFSCar

Contato:
Tel.: (21) 2233-7727 / 2233-4535
E-mail: idaco@idaco.org.br
Página: www.idaco.org.br
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Terra Mãe
1996, 23 min.

“Terra Mãe” é um filme sobre a história da luta pela terra no Brasil. Aborda o período que vai desde a invasão portuguesa, a partir de 1500, até os dias de hoje. É uma história de resistência. Narra a luta dos índios por sua terra e por suas vidas. Mostra a luta dos negros trazidos da África por sua liberdade. Conta como foi a vida no Brasil sob o domínio dos portugueses e após a Independência. Em todo esse período, a luta pela terra gerou grandes confrontos, como a Guerra de Canudos e do Contestado.

O documentário mostra como, durante os séculos, foram mudando as relações de propriedade e de trabalho nos campos brasileiros. E apresenta as formas usadas pelas classes dominantes para se organizar e manter a terra sob seu domínio. A obra é um documento histórico sobre as diferentes experiências e formas de luta dos trabalhadores pela terra: dos sindicatos rurais às Ligas Camponesas e aos Movimentos dos trabalhadores sem-terra. Nele são lembrados massacres como os de Corumbiara (RO), um capítulo dessa luta que jamais deve ser esquecido. “Terra Mãe” é uma excelente contribuição do Sinpro-MG à memória da luta pela terra e, dessa forma, à luta pela liberdade e pela igualdade no Brasil.

Indicações de uso:
"Terra Mãe" é um excelente material para ser utilizado em aulas de Geografia, História, Cidadania etc. O resumo em 23 minutos de 496 anos de luta pela terra possibilita uma boa contextualização da questão agrária no Brasil. A apresentação didática do vídeo favorece seu uso para públicos de diferentes níveis de escolaridade.

Ficha técnica:
Data: 1996
Direção: Cloves Geraldo
Duração: 23 minutos
Realização: Sinpro-MG

Contatos: 
Tel.: (31) 3465-3000
E-mail: comunicacao@sinpromg.org.br
Página: www.sinpromg.org.br
 


Raiz Forte
2000, 42 min.

Documentário sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Através de imagens e depoimentos colhidos em acampamentos e assentamentos de vários Estados brasileiros, o filme apresenta todas as diferentes fases e formas de luta que caracterizam o MST.

Raiz Forte começa apresentando como é o processo de recrutamento do Movimento. Mostra como se dão as ocupações das fazendas e a construção dos acampamentos, onde a vida é dura e o medo da violência dos fazendeiros são realidades constantes. Desnuda a violência policial quando são realizados os despejos das ocupações. Através de imagens do Paraná e de Eldorado dos Carajás (PA), mostra a repressão e a forma que o Estado Brasileiro e as classes dominantes tratam o Movimento e os trabalhadores do Brasil.

Mostra também o processo de produção nos assentamentos e acampamentos. A mudança de vida e de visão de mundo pela qual passam os Sem Terra. Apresenta a nova vida nos assentamentos já consolidados, a produção em cooperativas, a industrialização de diversos produtos e a riqueza das experiências do trabalho coletivo. Discute as dificuldades encontradas para obtenção de financiamentos e para a produção de mercado. Apresenta ainda as iniciativas de produção orgânica e de diversas formas de comercialização.

"Raiz Forte"é por isso tudo um dos mais completos documentários sobre um dos mais importantes movimentos sociais do mundo.

Indicações de Uso:
Como falar da História ou da Geografia no Brasil Contemporâneo sem falar no MST? Como travar um debate político ou analisar as forças e grupos que compõe nossa sociedade hoje sem lembrar dos Sem Terra? Raiz Forte mostra em 42 minutos o que é o MST e, por isso, é indicado para debates políticos em escolas, faculdades e movimentos sociais.

Ficha Técnica:
Data: Agosto de 2000
Direção: Aline Sasahara e Maria Luisa Mendonça
Duração: 42 minutos
Realização: Centro de Justiça Global – Global Exchange

Contatos:
Tel.: (21) 2544-2320
E-mail: global@global.org.br
Página: www.global.org.br
 


Corumbiara nunca mais
1996, 70 min.

"Corumbiara Nunca Mais" é um documentário chocante que relata o mais bárbaro massacre de trabalhadores rurais ocorrido no Brasil nas últimas décadas.

No dia 14 de julho de 1995 mais de 600 famílias participaram da maior ocupação de terra já realizada em Rondônia. Contavam com o apoio da CUT-RO, do Sindicato dos trabalhadores rurais de Corumbiara, do PT e de ex-dirigentes do MST. A fazenda escolhida, Santa Helina, de 14 mil hectares no sul do estado, era um entre os muitos latifúndios da região. Meses antes da ocupação os trabalhadores começaram a ser ameaçados. No dia 9 de agosto, às 3 horas da manhã, mais de 200 policiais militares e jagunços invadiram o acampamento e abriram fogo contra os sem-terra. Bombas, metralhadoras, fuzis e revólveres foram usados contra trabalhadores indefesos. Os números do massacre - dez mortos, sete desaparecidos e centenas de feridos e presos - não são suficientes para traduzir o ocorrido. A tortura (pessoas com os olhos furados, capadas, mutiladas com moto-serra e pessoas obrigadas a comer o miolo dos mortos, etc) não se traduz em números. "Corumbiara Nunca Mais" fala desse massacre, dessa barbárie, dessa covardia. Fala de um dos mais aterrorizantes capítulos da luta pela terra no Brasil, que nunca deve ser esquecido.

Indicações de Uso
"Corumbiara Nunca Mais" pode ser usado em aulas ou debates políticos que abordem a questão agrária no Brasil. É, no entanto, sobre o tema dos direitos humanos que o vídeo é mais indicado para ser usado.

Ficha Técnica:
Direção: Adécio Dias
Data: 1996
Duração:70 minutos
Realização: Central Única dos Trabalhadores (RO)

Contatos:
Tel.: (69) 3221-8524 / 3212.1167
E-mail: imprensa@cut.org.br / cutro@pvh.viacabocom.com.br

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