1 de Maio

Uma luta de todos nós

trabalhadores

Neste 1º de Maio homenageamos os trabalhadores do mar.

Na foto, pescadores de Arraial do Cabo, da década de 1950, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro 

 

Um pouco da história dos trabalhadores

e do seu dia 

Em 1891, em Paris, trabalhadores socialistas dos países industrializados da época, reunidos num congresso da Internacional Socialista, consagraram o 1º de Maio como o dia da luta pelas 8 horas de trabalho.

Naquele tempo os operários viviam numa grande miséria.

Trabalhavam 12, 15 e até 18 horas por dia.

Não havia descanso semanal nem férias. Para o mundo do trabalho não existiam leis. 

A filosofia liberal da época não admitia que se fizessem leis  para os  trabalhadores.

Vigorava a lei do patrão. A lei do cão.

A diminuição de turnos de trabalho foi a primeira reivindicação da classe.  

Exigia-se não morrer de tanto trabalhar. Outra exigência era a de não morrer de fome.

 Ou seja, ter um salário que permitisse viver.

Muitas greves foram realizadas no século XIX. Os patrões respondiam

com mortes, prisões e perseguições. 

Tudo o que os trabalhadores conquistaram foi fruto desta luta da classe. 

Através dela foram conquistadas a jornada de 8 horas,

as férias, o descanso  aos domingos, previdência social, a indenização por

acidente, a aposentadoria, tudo, enfim.

As 8 horas estão entre as grandes conquistas dos trabalhadores.

E é especialmente contra a jornada fixa de 8 horas

que, hoje, os patrões  apontam suas armas. 

Daí a atualidade e a importância do 1º de Maio DE LUTA. 

Alguns fatos no dia 1º de Maio no Brasil 

                                           (Datas extraidas da Agenda NPC) 

01.05.1919: Grande manifestação na Praça Mauá, Rio, reúne 60 mil pessoas aos gritos de “Viva o 1º de Maio”, “Viva Lênin”, “Viva a Revolução Russa”.   

01.05.1923: O jornal A Plebe, dirigido por Edgard Leuenrothm fechado em 1919, volta a ser distribuído no 1º de maio deste ano.   

01.05.1932: Em São Paulo, os sapateiros e os ferroviários da E. F. Santos-Jundiaí exigem 8 horas, e a proibição do trabalho infantil. Meses depois, Vargas concederá as 8 horas para os trabalhadores urbanos, mas exclui os do campo e os funcionários públicos.    

01.05.1943: No Estádio São Januário, Rio, Getúlio Vargas promulga a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).   

01.05.1968: Manifestação do 1º de maio em frente à Catedral da Sé/ SP. Operários e moradores da periferia da capital, de Osasco e de Santo André apedrejam o governador, e incendeiam o palanque da Ditadura.   

01.05.1980: Durante a greve dos metalúrgicos do ABC, 100 mil manifestantes desfilam pelas ruas de São Bernardo até o Estádio Vila Euclides. A Ditadura tentou impedir o ato com cinco mil policiais, brucutus e helicópteros.    

Alguns fatos acontecidos nos dias perto do 1º de Maio   

Maio 1906: Greve dos ferroviários, em Jundiaí, pelas 8 horas é reprimida e acaba com 12 operários fuzilados pela polícia.  

03.05.1907: Duas fundições, em São Paulo, param e conseguem a jornada de oito horas, já conquistada por operários de algumas pedreiras e pelos marmoristas do Rio.   

04.05.1907: Seguindo decisões do I Congresso da COB, inicia-se uma greve pelas oito horas no estado de São Paulo. Trabalhadores de todas as categorias pararam por quase um mês, entre elas setor alimentício, construção civil, sapateiros, tecelões, gráficos e marceneiros. 

05.05.1919: Durante uma passeata contra o trabalho noturno, na Tecelagem Ipiranguinha, em São Bernardo/SP, a polícia mata o jovem grevista Constantino Castelani.   

06.05.1912: Greve em Belo Horizonte/MG, liderada pelos funcionários da Prefeitura que exigem oito horas. Durou até o dia 14. Nos choques com a polícia, houve mortes de ambos os lados. No fim da greve, os funcionários da Prefeitura conquistam as oito horas.   

06.05.1970: Em São Paulo, é encontrado o corpo do operário da Oposição Sindical dos químicos de Santo André/SP, Olavio Hansen. Tinha sido preso numa panfletagem no 1º de maio. Foi torturado até a morte, por ser do Partido Operário Revolucionário Trotskista.  

08.05.1989: Em São Paulo, continua a mais longa greve realizada pelo magistério do estado organizando na Apeoesp. A greve em defesa da escola pública e por um piso salarial profissional se estendeu por 82 dias.   

10.05.1954: No Rio, os metalúrgicos com uma greve de cinco dias conseguem, após várias passeatas que fecharam a Avenida Brasil, a extensão do dissídio aos não sindicalizados.  

11.05.1919: Greve dos sapateiros e oficinas de calçados de São Paulo, por aumento de salário.  

12.05.1978: Em São Bernardo/SP estoura a greve na Scania Vabis, organizada clandestinament e dentro da fábrica. Obterá 10% de aumento, e será a primeira de uma longa série de greves.   

13.05.1980: Após 41 dias, chega ao fim a greve dos metalúrgicos de São Bernardo/SP. A Forte repressão com helicópteros do Exército, intervenção no sindicato e prisão dos seus líderes não quebrou o ânimo. Lula e mais de 60 pessoas são presos por 31 dias. Nenhum ganho econômico, mas forte ganho político organizativo.   

15.05.1906: Greve Geral na Companhia Paulista de Estrada de Ferro, por aumento de salário e contra a prepotência dos chefes.   

15.05.1919: O n° 2 do jornal Germinal noticia mais uma greve da construção civil, no Rio, pelas oito horas.   

15.05.1919: Em Versailles (Paris), o Brasil assina o Tratado de Paz que compromete os governos a fazerem leis trabalhistas básicas. Na ocasião, é criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

 Clique aqui e assista ao vídeo produzido pela equipe de Comunicação do Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Estaduais do Rio de Janeiro), para relembrar a história do 1º de maio.


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge