“Domingo é dia de cinema” discute
reforma agrária em homenagem
ao Dia do Trabalhador Rural
Em homenagem ao Dia do
Trabalhador Rural, comemorado em 25 de julho, o projeto “Domingo é Dia de
Cinema” apresenta na sua próxima edição, em 6 de julho, quatro curtas com o tema
Reforma Agrária e Meio Ambiente – Ocupar,
resistir, produzir, mas... sem transgênicos.
A mostra será realizada a partir das 9h, no Cine Odeon-Petrobrás, por R$ 2.
Depois da
exibição haverá um debate com João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST
e da Via Campesina, e Denis Monteiro, também do MST e integrante da Articulação
de Agroecologia-RJ.
O
projeto existe há sete anos, com o objetivo de exibir filmes e promover uma
discussão posterior para alunos de Pré-Vestibular Comunitários. O professor
Leon Diniz, um dos responsáveis
pela atividade, destaca a importância da
iniciativa pela possibilidade de unir jovens “e não tão jovens” para uma melhor
compreensão da realidade brasileira por meio da sétima arte. Ele afirma que o
vestibular que será feito por esses alunos no final do ano também conta como
critério de seleção dos filmes e assuntos, juntamente com a preocupação com o
crescimento político e social desses jovens.
Vito Giannotti, do Núcleo
Piratininga de Comunicação, outro realizador do evento, diz que é de fundamental
importância discutir, hoje, a Reforma Agrária, o latifúndio, dos transgênicos e
as agroindústrias. “É um tema super atual, num momento em que o Brasil está
sendo escolhido pelo mundo para ser um grande produtor de alimentos primários,
como milho, soja e o etanol”. Ele afirma que a discussão do próximo domingo vai
esclarecer sobre os prejuízos que os trabalhadores do campo terão com esse
projeto de o Brasil voltar a ser um grande produtor agrícola, “porque estará a
serviço exclusivamente dos banqueiros e das multinacionais”.
Vito lembra ainda que o
projeto Domingo é Dia de Cinema é uma
tentativa, mesmo que tímida, de combate ideológico à mídia empresarial e
comercial, e serve como estímulo para a multiplicação de outras ações como essa,
o que já vem acontecendo em varias cidades do País.
A grande partida: Lançamento nesta
sexta-feira, dia 4
Depois do livro A Grande Partida:
Anos de Chumbo, Francisco Soriano toma para si uma
segunda missão: reunir vários companheiros,
sobreviventes da ditadura de 1964, para juntos
relembrarem, em vídeo, a saga vivida na luta legal e clandestina, buscando a
libertação da sociedade brasileira submetida ao terrorismo do Estado
policial.
São muitos relatos, antes
silenciados pelos traumas do regime, que nos passam
informações preciosas dos últimos cinqüenta anos do
Brasil. “Quando a gente quebra o silêncio, a gente quebra o
esquecimento. A gente está afirmando: valeu a pena”, diz Cecília
Coimbra, presidente do GTNM-RJ.
O lançamento será nesta sexta-feira, dia 4, no
Centro Cultural da Justiça Federal, que fica na avenida Rio Branco, 241. Já
confirmaram presença no debate Jean Marc, João Luiz Pineau, Marcos Arruda e
Modesto da Silveira. Informações: (21) 2295-5735 / 9963-3605.