Flexibilização
da jornada derruba conquista histórica da classe trabalhadora
Por Vito Giannotti, em abril de 1996
Essa frase foi escrita em 1866, como resolução da Conferência de Genebra da recém criada 1ª Internacional. Quem redigiu o texto foi Karl Marx. Foi nesta ocasião que os trabalhadores, em nível mundial, definiram a luta internacional pelas 8 horas. A luta pela redução da jornada foi considerada pelo autor de O Capital, como a reivindicação central. A condição prévia, sem a qual todas as outras reivindicações estariam fadadas ao fracasso. Como conseqüência desta deliberação, durante um século se fizeram inúmeras lutas pelas jornadas de 8 horas. A lógica de Marx e da 1ª Internacional é simples. O capital tira seu lucro do trabalho não pago. Quanto maior a jornada, maior o lucro. Então, a classe operária deve lutar para acabar com a apropriação do lucro pelo patrão. Ou seja, diminuir a jornada é atacar o coração do mecanismo de acumulação do lucro. Hoje, no mundo todo, a burguesia
se esforça para quebrar a coluna vertebral da classe trabalhadora.
Por isso, precisa derrubar a conquista do horário fixo de trabalho
e, conseqüentemente, impedir qualquer tipo de redução
da jornada. Ao contrário, ela precisa aumentá-la.
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