O 1º de Maio é
fruto da luta pela fixação e redução da jornada
Por Cláudia Santiago, em abril de 1994
A celebração do 1º de Maio no início de um novo século tem um sabor especial. Nunca as conquistas obtidas a partir de 1886 foram tão seriamente ameaçadas no Brasil. O 1º de Maio é fruto da luta pela fixação e redução da jornada. E o final do século passado foi marcado pelo Banco de Horas. Eletricitários, petroleiros, aeroviários, aeronautas, metalúrgicos, trabalhadores dos Correios, bancários. Mesma história em todos os cantos. As campanhas salariais enfrentaram, no final dos anos 90, a decisão patronal de retirar o máximo de direitos dos trabalhadores. Enfrentaram a chantagem dos patrões que condicionavam a manutenção das antigas conquistas à aceitação do Banco de Horas. O Banco de Horas representa, na prática, o fim da jornada diária de 8 horas. Ele acaba com o horário fixo de trabalho. É por isso que o 1º
de Maio deste ano é tão importante. Nele, estaremos reafirmando
que consideramos a redução da jornada a reivindicação
central de nossa classe.
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