A origem do hino A Internacional
Por Vito Giannotti, abril de 2001
A música, logo em seguida, será composta por um belga de nome Pierre Degeytter, para um coral operário da cidade de Lille, norte da França. Assim A Internacional começou a ser cantada por grupos de operários socialistas e anarquistas a partir do começo da década de 90. Primeiras execuções
Já em 1º de Maio de 1906, A Internacional era cantada numa manifestação em São Paulo. O mesmo se repetiu no 1º de maio de 1907, quando começou uma greve, que durou quase um mês, pelas 8 horas e por aumento de salário. Durante toda a segunda década do século XX a nascente classe operária brasileira cantou, nas suas greves e manifestações, A Internacional. Na mais célebre destas greves, a Greve Geral de São Paulo, em julho de 1917, o hino era cantado entre vivas a Lênin e à Revolução Russa. Durante a década de 20, em todos os 1º de Maio, anarquistas e comunistas, uns com bandeiras negras, outros vermelhas, cantavam o mesmo hino. Assim continuou até que a ditadura de Getúlio Vargas impôs o silencio da repressão, em 1937. Após a II Guerra Mundial, os comunistas voltaram com suas bandeiras vermelhas e seu hino. Foi assim até que, novamente, o golpe militar de 64 impossibilitou a presença de nossas bandeiras e o canto do nosso hino. Mas a noite da Ditadura estava chegando ao fim. No começo dos anos 80, junto com a explosão das greves e o reaparecimento em público das organizações e partidos de esquerda, A Internacional e as bandeiras vermelhas voltarão às mãos de milhares e milhares de trabalhadores. No Congresso de fundação da CUT, em 1983, a bandeira escolhida será vermelha e A Internacional será cantada em várias ocasiões. Esse hábito se repetirá nos vários congressos da Central, até o 7º, realizado em agosto de 2000, já às vésperas do século XXI. |