Denúncia do Observatório Global de Meios da Venezuela


(Aram Aharonian *

O Observatório Global de Meios, Capítulo Venezuela, denunciou que, "a partir da convocação para a paralisação geral, e especialmente nos últimos três dias, os meios de comunicação privados do país estão difundindo permanentemente mensagens de aberta incitação à violência, buscando criar, manter e aprofundar nos cidadãos a predisposição de aceitar e participar ativamente em uma confrontação de conseqüências imprevisíveis. A repetição freqüente das imagens sobre os trágicos fatos ocorridos na Plaza Altamira, as declarações dos dirigentes da oposição e as opiniões de alguns jornalistas incitam o ódio entre os venezuelanos, criando, assim, as condições para uma guerra civil".

Em sua declaração, o Observatório assinalou que "a grande maioria dos venezuelanos, mesmo aqueles que assumem determinada posição política, não quer guerra. Mas esta maioria não tem acesso aos meios massivos. Só têm vez e voz os dirigentes e os ativistas cuja opinião concorda com a posição belicista assumida pelos proprietários desses meios e por alguns jornalistas que estão a seu serviço".

Indicou que a opinião da maioria deve prevalecer e os receptores têm o direito de exigir dos meios de comunicação o cumprimento de seu dever de informar de forma equilibrada e pacífica.

"Pedimos a solidariedade de todos os organismos sindicais, dos jornalistas e das organizações dos direitos humanos nacionais e internacionais para que tomem iniciativas nesta situação de perigosa manipulação mediática. Pedimos aos cidadãos para desenvolver ações pacíficas - visitas e chamadas aos meios e aos jornalistas, por exemplo - para exigir-lhes que abandonem essa política editorial que ameaça nossa paz social e que, dessa forma, contribuam para que os problemas do país se solucionem de maneira pacífica", conclui o comunicado.

* Presidente da APEX – Associação da Imprensa Estrangeira na Venezuela - Voltar ao topo

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