O Jogo: novo programa mistura reality, ficção e suspense

(Agência Carta Maior)

Um mundo fictício habitado por pessoas reais será o novo programa da TV Globo

Aposta num formato totalmente diferente, que mistura ficção e realidade. É essa a surpresa que o diretor de núcleo Boninho prepara com a estréia de O Jogo, dia 27 de maio, na TV Globo. "Vamos criar um mundo fictício habitado por pessoas reais", disse Boninho durante a coletiva de imprensa, realizada ontem, dia 07, no Rio de Janeiro. O Jogo terá dez episódios, reunindo suspense, investigação e convivência entre os participantes do desafio. O vencedor receberá um prêmio de até R$ 250 mil.

"A rotina dos participantes não inclui nenhum script. Nós damos as missões investigativas, mas eles não têm texto, eles não são dirigidos", explicou Boninho. "Nas ruas, durante suas missões, eles vão ter contato com os suspeitos e com os moradores locais, sem qualquer interferência de direção. Existe, sim, um roteiro, mas apenas para a parte dramatúrgica. Cinqüenta por cento das ações terão formato de reality show", disse Carlos Magalhães, diretor-geral de O Jogo.

O apresentador Zeca Camargo, que coordenará as investigações do grupo, acredita que o programa vai despertar a curiosidade do telespectador. "Eu sou da época em que o país parou para saber quem matou Odete Roitman. Acho que existe essa curiosidade por parte do brasileiro e a nossa expectativa é brincar com isso", ele diz.

Criado pela Fox, o programa terá versão brasileira assinada por Ronaldo Santos e será exibido todas as terças-feiras, após o Casseta & Planeta Urgente, com 45 minutos de duração. De segunda a sexta-feira, flashes de três a cinco minutos contarão um pouco do dia-a-dia dos 12 participantes, que estão passando por um treinamento na Academia de Polícia do Rio de Janeiro para receber noções básicas de investigação.

A História

Um assassinato na fictícia Vila de Santo Antônio é o ponto de partida do programa. O crime acontece e é o próprio assassino, sem mostrar sua identidade, quem propõe um jogo: ele descreve 12 suspeitos - incluindo-se entre estes - e pergunta: "Quem é o culpado?". Para desvendar o mistério, 12 investigadores entram em cena.

Participantes

Seis homens e seis mulheres, entre 20 e 40 anos, vão morar juntos numa casa monitorada por câmeras no centro da Vila de Santo Antônio. Neste Q.G., eles também vão processar todas as pistas descobertas durante as investigações. Semanalmente será escolhido um líder do grupo. "O Q.G. é o único lugar seguro, onde eles sabem que não correm risco de serem eliminados pelo assassino", conta Boninho. Os participantes foram escolhidos através de um banco de dados, abastecido há três anos pela equipe de produção da TV Globo que viaja todo o país em busca de nomes para novos reality shows.

A Mecânica

Os 12 investigadores receberão missões distintas e o líder os dividirá em grupos para o cumprimento das tarefas e a análise das pistas. Ao final, tudo será discutido e avaliado pelo conjunto. Semanalmente, o grupo deverá chegar a um álibi e liberar um dos suspeitos. O objetivo do grupo em cada episódio deverá ser, portanto, indicar alguém que, por conta das pistas, não é o assassino.

Eliminação do suspeito

Em cada episódio, serão eliminados um suspeito e um participante/investigador. Para eliminar um suspeito, os investigadores têm que reunir provas concretas e apresentar um álibi que inocente um dos acusados. Para isso, eles saem em missões de investigação. Ao final, devem chegar a uma conclusão e apresentá-la. Se não conseguirem ou fizerem uma indicação equivocada, Zeca Camargo revelará o nome do suspeito que deveria ser descartado pelo grupo, assinalando as pistas que comprovam a sua inocência.

Eliminação do participante/investigador

No final de cada um dos episódios, depois que o grupo cumprir todas as missões propostas, dois participantes sairão para a "investigação final" do capítulo. Um deles será escolhido pelo líder e o outro pelo grupo. Eles receberão dois envelopes com indicações que os levarão a lugares distintos. Em um deles, estará uma nova pista. No outro, o assassino e, conseqüentemente, a "morte" do participante que o encontrou. A entrega dos envelopes é baseada na sorte. Cada um dos dois investigadores escolhidos tem sempre 50% de chances de ser eliminado

Líder

O líder é indicado pelo participante eliminado. Antes de saírem para a última missão de cada um dos episódios, os dois investigadores deixam gravado um testamento, no qual indicam um dos companheiros restantes para ser o comandante da equipe na semana seguinte. Vale a indicação do investigador eliminado.

Prêmio

A cada capítulo, o grupo tem a chance de acumular R$ 25 mil: isso só acontece quando os investigadores acertam quem é o suspeito inocente do episódio. Se não cumprem a tarefa ou indicam a pessoa errada, não recebem o valor. A quantia, que vai sendo reunida pelo grupo até o final do programa, compõe o prêmio do vencedor. Se o grupo inocentar todos os suspeitos corretamente, o vencedor embolsará R$ 250 mil. Se, por exemplo, um deles falhar, o prêmio final será de R$ 225 mil e assim sucessivamente.

Para comprovar que não haverá possibilidade de manipulação do resultado do programa, o diretor Boninho gravou o nome do assassino num CD que, ao final da entrevista coletiva, foi, diante dos jornalistas, lacrado e levado para o cofre de uma empresa de segurança, onde ficará até a final de O Jogo, prevista para o dia 29 de julho.

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