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Boletim do NPCNº 66De 16 a 30.4.2005
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais


Notícias do NPC

No dia 1º de Maio, veja “Os companheiros”
Em homenagem aos trabalhadores e sua data máxima, o Projeto Domingo é Dia de Cinema exibe, no dia 1º de Maio, o filme Os Companheiros, de Mário Monicelli. O filme relata uma das tantas lutas da classe operária italiana ao longo dos duzentos últimos anos da sua história. Às 9h, no Odeon-BR, na Cinelândia. O projeto é voltado para os alunos de pré-vestibulares comunitários. Após a sessão, haverá debate sobre o filme com Marina Santos, da coordenação nacional do MST, Neuza Pinto, do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (Sintufrj) e Vito Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação.

Debate sobre mídia e violência
O Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) promove no dia 11 de maio debate sobre Mídia e Violência Urbana, no Sindicato dos Engenheiros, com a participação de especialistas, jornalistas e familiares de vítimas da violência. Aguarde mais informações. Já está confirmada a participação do historiador e membro da ONG Justiça Global, Marcelo Freixo.

Jornalista Altamiro Borges lança Venezuela: originalidade e ousadia, no Rio
O escritor e jornalista Altamiro Borges estará no Rio de Janeiro no dia 17 de maio para lançar seu livro Venezuela: originalidade e ousadia, a convite da CUT-RJ, Núcleo Pìratininga de  Comunicação e TV Comunitária do Rio de Janeiro. Haverá  um debate sobre a Venezuela e seus desafios, hoje, no momento em que se intensificam os ataques dos EUA contra a política de Chávez.


A Comunicação que queremos

Ocupação Chiquinha Gonzaga lança jornal
Os moradores da Ocupação Chiquinha Gonzaga, no Centro do Rio de Janeiro, sabem que a disputa de hegemonia se faz com meios de comunicação próprios. Por isso acabam de lançar o jornal O Mutirão. A comemoração será no mês de maio. Entre os idealizadores e realizadores da publicação estão alunos do curso de Comunicação Popular, ministrado pelo Núcleo Piratininga no ano passado. Exatamente um ano depois, nasce o segundo filho deste curso. O primeiro foi o jornal dos alunos que moram na Cidade de Deus. Nosso abraço e apoio ao jornal da Chiquinha Gonzaga.

(Claudia Santiago)
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TV latino-americana Telesur estará pronta em três meses
A Telesur, estação de TV satelital em espanhol criada pelos governos da Venezuela, Argentina e Uruguai, prepara-se para entrar no ar em julho ou agosto de 2005. A Telesur funcionará 24 horas por dia e terá sede na Venezuela, com correspondentes na Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, México, Uruguai e Estados Unidos. "Este é um projeto político porque vai ajudar a integração latino-americana", disse o diretor-geral da Telesur, Aram Aharonian, em entrevista nesta terça (12/4). Aharonian, um jornalista uruguaio que há anos trabalha na Venezuela, disse que a nova emissora, com sede em Caracas, oferecerá uma alternativa às visões de emissoras como a norte-americana CNN em espanhol e a espanhola TVE. "Nós na América Latina e no Caribe fomos treinados a nos ver por olhos estrangeiros. Deveríamos estar olhando para nós com nossos próprios olhos". 

"Uma rede de televisão regional contribuiria, em boa medida, para contestar o desequilíbrio informativo colossal que vive a América Latina", afirmou à Agência Alai-Amlatina o jornalista chileno Hernán Uribe, um dos muitos que, na América Latina, apóia a chegada da Telesur.

Emissoras estatais de Cuba e do Brasil também estão colaborando com a Telesur, que produzirá seu próprio noticiário e também tentará refletir a diversidade étnica e cultural do continente, transmitindo programas produzidos em vários países, segundo o jornalista. As primeiras críticas afirmam que o controle estatal e a presença de um cubano na diretoria transformem a Telesur em um veículo de propaganda antiamericana para Chávez e para o seu maior aliado, o presidente cubano, Fidel Castro. Aharonian promete uma cobertura equilibrada sobre a oposição a Chávez e Fidel. "Não entendo essas preocupações. Se for um canal de propaganda, ninguém vai assistir, ou vai? (...) Se houver notícia, certamente iremos cobrir, mas se for só propaganda, certamente não". 

Segundo Ana Delicado, ouvida pelo jornal cubano Granma, os EUA e a União Européia controlam 90% da informação do planeta. Das 300 principais agências de informação, 144 são dos EUA, 80 da União Européia e 49 do Japão. Os países pobres, onde vive 75% da humanidade, possuem só 30% dos jornais do mundo. A Telesur tem uma diretoria internacional, presidida pelo atual ministro de informação da Venezuela, Andrés Izarra. Dela faz parte o jornalista e presidente da TV Comunitária de Brasília, Beto Almeida.

(Com Reuters, Granma e Cadena Global)
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Os indígenas do Rio de Janeiro por Everardo Rocha

O repórter fotográfico Everardo Rocha convida para a exposição fotográfica "Trançando Identidades: Os Guarani do Rio de Janeiro", que está em cartaz  no Museu do Índio, até o dia 25/04. São 36 fotos (cor e p&b) feitas em duas das quatro aldeias guarani do RJ: Sapukai, em Angra dos Reis, e Parati-Mirim, em Paraty. O Museu do Índio fica na Rua das Palmeiras, 55, em Botafogo, e a exposição está aberta à visitação das 9h às 17h30, de segunda a sexta-feira, e das 13h às 17h, aos sábados domingos e feriados.
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Programa de rádio patrocinado por sindicatos, Boca Livre: nove anos no ar
O Programa Boca Livre, transmitido de segunda à sexta, das 13 às 15h, na rádio Bandeirantes (1360 AM), completa, nesta segunda-feira (18/4), nove anos ininterruptos no ar. Abrir espaços para o movimento sindical e popular. Dar voz às reivindicações dos ouvintes. Ser um canal de debates e veículo de utilidade pública e serviços. Em quase uma década, o Boca Livre tem cumprido essas tarefas e conquistado cada vez mais ouvintes em todo o Rio de Janeiro. Patrocinado pelo Sindsprev/RJ, Sindipetro/RJ, Sintrasef, Sepe, Sinfa/Rio, ASCEPEDERJ e ANSIB, o Boca Livre é apresentado por Luiz Antonio Bap, Henrique Acker e Lindinor Larangeira. A equipe do programa informa que o Boca Livre continua aberto a receber novos parceiros.

Jornal carioca Bafafá aumenta pontos de distribuição em Brasília
A partir deste mês, o Jornal Bafafá aumenta os seus pontos de distribuição em Brasília. A iniciativa é fruto de uma parceria com o jornal Pátria Latina que permitirá a distribuição compartilhada das duas publicações. Confira os locais: Palácio do Planalto / Senado Federal / Universidade de Brasília / Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) / Embaixadas de Cuba, Venezuela, Síria e Líbano / Café de Letras / Banca do Neres / Teatro Nacional.

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De Olho Na Mídia

Algumas perguntas sobre o ataque da mídia à Venezuela
Faz pouco mais de um mês que todas as televisões do País, capitaneadas pelo Jornal Nacional, desencadearam uma campanha de acusações contra Chavez e a Revolução Bolivariana. As pretensas notícias dadas pela mídia brasileira, a serviço da política do império americano, são alarmistas e totalmente destinadas a criar uma opinião pública favorável a qualquer ação contra o governo da Venezuela. Os fatos pouco importam para esta mídia que é o verdadeiro partido da burguesia. Importa para ela o resultado da campanha. O presidente Chavez estaria amordaçando a imprensa, implantando a censura e perseguindo jornalistas e donos de jornal. Estaria fazendo exatamente tudo o que O Globo e, sobretudo, a Rede Globo, apoiou durante a ditadura militar no Brasil e em toda a América Latina e que hoje tenta de todo jeito encobrir. O que a nossa mídia quer com isso? A quais interesses  ela está servindo? Vamos responder a algumas perguntas para entender o caso:

1- Por que, de repente, nada mais que de repente, a Globo e suas amigas desencadearam esta campanha?

2- Será que não tem nada a ver com as cem mil metralhadoras que Chávez comprou para preparar o povo contra qualquer invasor estrangeiro?

3- Quantos jornalistas estão presos e sendo torturados nas prisões venezuelanas?

4- Quantos jornais, rádios e TV Chávez fechou?

5- Esta campanha ao sul do equador não tem nada a ver com a política norte-americana de preparar a derrubada de Chávez e de uma possível invasão da Venezuela, com seus riquíssimos poços de petróleo, pelos marines dos EUA?

6- Só relembrando... Quem deu o golpe de abril de 2002, contra o presidente daquele país?

7- Quem tentou de todo jeito esconder, nas televisões, a reação do povo de Caracas que conseguiu derrotar os golpistas com dois dias e duas noites de manifestações?

8- Quantos jornais, rádios ou televisões foram fechadas após a derrota do golpe?

9- Quantos jornalistas foram presos naqueles dias?

10-Quantos donos de jornal, rádios e tvs foram expropriados dos seus veículos?


Democratização da Comunicação

Comissão da Câmara aprova estímulo cultural a rádio e TV comunitária
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal aprovou na última quarta (6/4) o Projeto de Lei 1263/03, do deputado Leonardo Monteiro, que autoriza a dedução no Imposto de Renda das pessoas que realizarem doações para a implantação de rádios e televisões comunitárias. A proposta modifica a lei que cria o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).Pela legislação atual, a dedução é permitida quando há incentivo para a realização de peças de teatro, na circulação de exposições de artes plásticas, na produção de música erudita ou instrumental, ou ainda pelo patrocínio de livros e pela doação de acervos para bibliotecas públicas ou museus.

O relator da proposta na comissão, deputado Pedro Novais, disse que os meios comunitários são "veículos de resistência ao processo de dominação cultural e de exploração econômica, que democratizam a informação, reforçam os traços da cultura local e soldam os elos de cooperação entre as populações mais carentes". Ele afirmou que as rádios comunitárias estimulam a manifestação artística popular e prestam serviços educacionais, de informação e de apoio para o desenvolvimento das comunidades. Novais disse também que, caso aprovado, o projeto não irá provocar aumento de despesa pública, pois tem caráter normativo. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Desporto. A proposta agora aguarda parecer do relator, deputado Jutahy Junior, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. As informações são da Agência Câmara.


NPC Informa

Vídeo-debate: 40 anos de manipulação, 40 anos de TV Globo
Na última terça do mês, dia 26 de abril, a Rede Globo completa 40 anos. São quatro décadas de atuação de um "partido político" acima das instituições e das amarras da estrutura partidária. 40 anos de manipulação. A Rede Globo de TV foi o principal ponto de apoio do regime militar e ajudou a eleger todos os presidentes do país desde sua fundação. A emissora gerou um império das comunicações graças a uma série de privilégios, incluindo a isenção de diversos impostos. A cobertura do grande comício pelas Diretas Já e o caso Tim Lopes são algumas das histórias que serão contadas no vídeo-debate que será realizado na próxima terça (26/4), às 18h30, no auditório do Sindipetro-RJ, na avenida Passos, 34, perto da Praça Tiradentes. Serão exibidos dois vídeos com a história da emissora, seguido de debate com a presença de Mário Augusto Jacobskind, conselheiro da ABI e autor de Dossiê Tim Lopes: Fantástico Ibope, e Cléber Souza, autor de A punição pela audiência: o caso Linha Direta). A produção do evento é do grupo ComunicAtivistas.

Engenheiro e doutor em Sociologia, Rui Magrini lança romance histórico Paris 1870
Lançado na segunda quinzena de abril, no Rio e em São Paulo, o livra nos leva à Paris da época da Comuna. Em janeiro de 1870, um jornalista é assassinado. Por que esse crime leva 200 mil pessoas ao enterro? Por que os alemães invadem a França e sitia Paris? Como é que revolucionários socialistas e anarquistas, ambos internacionalistas, querem armas para defender a nação francesa? Por que o governo francês de Napoleão III, em setembro de 1870 se alia aos rebeldes para expulsar o invasor alemão? E por que, poucos meses depois, o exército francês e alemão se aliam para esmagar os operários da Comuna de Paris? E a Internacional dos Trabalhadores onde é que estava? Estas perguntas acompanham todo o romance de Rui. Mesmo sendo ficção, o romance respeita o rigor da pesquisa histórica. O livro é vivo, no passado e no presente e quase parece um filme. Daí seu título. Para conferir: www.geocities.com/paris1870livrofilme

Dica de vídeo: De Olho no Orçamento
As articulações do Fórum Popular do Orçamento do Rio de Janeiro e do Fórum Brasil do Orçamento, além das experiências de gestão participativa da Prefeitura de Recife e do Fórum Popular do Orçamento de Salgueiro (PE) estão retratadas nos vídeos da série De Olho no Orçamento. O material, produzido pelo PACS em parceria com outras entidades, foi distribuído para TVs universitárias e comunitárias de todo o Brasil. Para adquirir os vídeos, entre em contato pelo fone (21) 2210 2124 ou pelo correio eletrônico: comunicacao@pacs.org.br ; Outras informações em www.pacs.org.br

Documentário retrata realidade ao longo da “Avenida da miséria”, a famosa Avenida Brasil, no Rio
"A sociedade prepara o crime e o criminoso o pratica". Com esta frase termina Uma avenida chamada Brasil (106 minutos, 1989), documentário reapresentado no Cadernos de Cinema, programa da TVE Brasil, na madrugada deste sábado (16/4). Quinze anos são passados do registro deste "filme-denúncia" que, infelizmente, se mantém atual. Durante seis meses o cineasta Octávio Bezerra e o fotógrafo Miguel Rio Branco, a bordo de um carro com rádio de polícia, circularam pelos 53,4 quilômetros da Avenida Brasil. Flagraram assaltos, crimes cometidos por esquadrões, a violência das batidas policiais, mães que vão trabalhar e deixam as crianças no barraco.

Uma avenida chamada Brasil é um filme sobre as diversas manifestações da violência urbana, respingos de uma caldeira social pronta para explodir. Ao contrário de algumas produções recentes do gênero, o filme procura mostrar as relações entre a exclusão social e a violência urbana, sem no entanto criminalizar a população pobre da periferia do Rio. Rico em situações fortes mas comuns, seu ponto forte é a denúncia da completa desigualdade de direitos (ontem e hoje), fruto de uma sociedade que coloca o dinheiro — representado no filme pelos anúncios publicitários indiferentes ao terror na periferia — acima da vida. Saiba mais clicando na foto.

XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, no Rio
O ensino de comunicação no Brasil celebra 70 anos em 2005, se considerarmos como marco o curso pioneiro da Universidade do Distrito Federal (1935). Desde então, o conteúdo do ensino tem sido proveniente do exterior. No entanto, há mais de três décadas o nosso país vem pesquisando os fenômenos nacionais de comunicação. De acordo com o José Marques de Melo, presidente de honra da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), esse conhecimento nacional, gerado principalmente nos cursos de pós-graduação, nem sempre tem sido transferido para as novas gerações que estudam comunicação em nossas universidades; quando isso ocorre, faz-se de modo tardio e descontextualizado. "Para superar esses impasses torna-se urgente integrar ensino e pesquisa, graduação e pós-graduação, nos projetos pedagógicos das nossas faculdades de comunicação. E, desta maneira, ultrapassar o reboquismo brasileiro em relação ao conhecimento comunicacional vigente nos países hegemônicos, logrando sintonizar os conteúdos do nosso ensino com a riqueza do conhecimento inovador e renovador estocado nas pesquisas produzidas em território nacional", escreve no texto que define o tema do XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que acontece na UERJ de 5 a 9 de setembro de 2005. Saiba mais em www.intercom.org.br

Quinta às Cinco na ABI inicia segunda fase
A Associação Brasileira de Imprensa dará início, a partir do dia 5 de maio, à segunda fase do ciclo de palestras Quinta às Cinco, iniciativa destinada a discutir a comunicação social, a política e a cultura brasileiras com profissionais de renome no país. A palestra inaugural ficará a cargo de Cícero Sandroni, acadêmico e jornalista, que discorrerá sobre a “A Palavra no Jornalismo”. A nova versão do Quinta às Cinco, coordenado pelo professor Vitor Iorio, já conta com 37 nomes confirmados. Cada um deles falará sobre o tema que mais lhe convier, sempre às quintas-feiras, às cinco horas. Outras informações em www.abi.org.br

Eduardo Coutinho e João M. Salles estiveram em Campinas
O Centro Organizativo dos Trabalhadores (COT), de Campinas, promoveu no último dia 20 debate com os cineastas Eduardo Coutinho e João Moreira Salles. Eles estiveram na cidade para divulgar os seus últimos lançamentos: Peões (Coutinho) e Entreatos (Salles). Moreira Salles dirigiu Notícias de uma guerra particular e Nelson Freire. O paulista Eduardo Coutinho, referência para o que se chama de "cinema verdade". Sua obra mais conhecida é Cabra Marcado para Morrer, que lhe rendeu o Fipresci, Festival de Berlim. O COT se define como uma organização de luta a serviço dos trabalhadores. É intimamente ligado a sindicatos, especificamente da área química. Possui diversos setores de atuação, como a TV COT, Videobiblioteca, e realiza várias atividades culturais. E. mail: cotlivre@yahoo.com.br e diretamente com a TV COT: tvcot@yahoo.com.br


De Olho No Mundo

Jornalista da RTP que furou o cerco das TV americanas debate, no Rio, o jornalismo internacional
O jornalista português Carlos Fino, que se tornou conhecido do público brasileiro pelo seu trabalho como correspondente da RTP durante a invasão americana ao Iraque, vem ao Rio no fim de abril para debater questões relacionadas ao jornalismo internacional. No dia 26, às 11h30, falará sobre "Jornalismo internacional e conflitos: o trabalho do correspondente de guerra", no auditório do Centro de Produção Multimídia da UFRJ, no campus da Praia Vermelha. No dia 27, às 18h, estará na UFF para tratar do tema "Mídia e relações internacionais", no auditório do ICHF, no Gragoatá (Bloco O).

Atual conselheiro de imprensa da embaixada de Portugal, em Brasília, Fino costuma ser lembrado como "aquele repórter do furo mundial", por ter sido o primeiro a anunciar o bombardeio a Bagdá, levando a televisão estatal portuguesa a superar concorrentes muito mais poderosas, como a CNN e a BBC. É certamente uma simplificação, da qual entretanto é difícil escapar, e que eventualmente pode encobrir as qualidades mais relevantes do repórter, sobretudo sua capacidade de contextualizar as informações, desenvolvida ao longo de 30 anos de uma carreira marcada pelo trabalho como correspondente em Moscou e nos principais conflitos armados posteriores ao fim da União Soviética.

Porém, foi na esteira do interesse despertado pelo episódio do "furo mundial" que Fino veio pela primeira vez ao Brasil, em maio de 2003, para uma série de debates, atraindo especialmente estudantes de Jornalismo. No fim desse mesmo ano, retornou para o lançamento de seu livro, A guerra ao vivo, um relato de sua experiência na cobertura dos três principais conflitos após o 11 de setembro de 2001 (Afeganistão, Palestina e Iraque), associando seu testemunho à análise política e à discussão sobre as condições de trabalho dos repórteres e cinegrafistas no local. É um exemplo da capacidade de reflexão do autor, que ultrapassa o nível empírico da narração de casos curiosos ou surpreendentes no qual os chamados "livros de jornalistas" normalmente se esgotam, e que por isso confere especial interesse a encontros acadêmicos como os que decorrem na próxima semana.

(Por Sylvia Moretzsohn, professora da UFF, Niterói, RJ)
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Rádio La Luna e a mobilização popular no Equador
Rádio La Luna é o catalisador da organização popular em Quito - Equador, e pode ser ouvida pela internet, no www.radiolaluna.com, por quem quiser se informar de fato sobre as manifestações que pedem que "que se vayan todos". Portanto, quem quiser saber o que de fato está acontecendo nas manifestações em Quito pedindo a renúncia do Gutierrez, é possível escutar as transmissões da Rádio La Luna pela internet. Desde quarta-feira a população da cidade tem se autoconvocado de maneira autônoma e organizado suas ações através dessa rádio, que tem sido o catalisador da organização popular. Ao contrário do que se diz por aí, não pede apenas a renúncia do Gutierrez, mas sim "que se vayan todos para refundar la republica". As rádios livres brasileiras que puderem retransmitir o sinal da La Luna dariam uma grande contribuição.
(Fonte: Comitê Brasil contra a Alca)
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Livro de Kjeld Jakobsen sobre comércio internacional será lançado em São Paulo
O livro Comércio Internacional e Desenvolvimento - Do Gatt à OMC; Discurso e Prática, de Kjeld Jakobsen, será lançado no dia 27/4, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 - Vila Madalena, São Paulo). Este livro discute as relações internacionais sob o ponto de vista do comércio e a importância desse fator para os países em desenvolvimento. Editora: Fundação Perseu Abramo. Kjeld foi secretário de Relações Internacionais da CUT.

Pressão leva Berlusconi a vender (ou algo parecido!) parte do seu império de mídia
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, decidiu vender uma parte de seu grupo televisivo Mediaset, em uma iniciativa de caráter financeiro que representa também um gesto político, já que ele é criticado por seu controle dos meios de comunicação. A Fininvest é um consórcio empresarial controlado pela família Berlusconi que, entre outras empresas, domina a Mediaset, com três canais de televisão. O domínio desses meios, além do controle do governo sobre os outros três canais da estatal RAI, foi mencionado pela oposição como um elemento que tornava Berlusconi inadequado para o cargo de primeiro-ministro.

Esse conflito de interesses foi um dos argumentos empregados pela centro-esquerda, durante a campanha eleitoral que em 2001 levou ao poder Berlusconi e seu bloco de centro-direita. O líder conservador se comprometeu a resolver o problema até 100 dias depois da posse, mas a lei que regula o assunto não chegou até julho de 2004. Com essa legislação, Berlusconi pôde se manter como primeiro-ministro e ao mesmo tempo dono de um império empresarial, incluído o grupo televisivo Mediaset, desde que não o administrasse pessoalmente. Os diretores do grupo são os dois filhos mais velhos de Berlusconi, Piersilvio e Marina, e seus colaboradores, e o premier é acionista.

Berlusconi anunciou o desejo de vender 16,68% da Mediaset, da qual a Fininvest tem até agora 50,99%. Com a ajuda do banco de investimentos JP Morgan Fininvest, a empresa pôs ontem no mercado 197 milhões de títulos ordinários, que são dirigidos a investidores institucionais italianos e estrangeiros e têm um valor estimado pelos especialistas de 2,2 bilhões de euros. A Fininvest diz que se trata de uma estratégia de abertura ao mercado cada vez maior, iniciada com a entra da Mediaset na bolsa (em 1996) e destaca que os recursos permitirão ao consórcio zerar seu passivo financeiro e ter liquidez suficiente para possíveis novos investimentos.

Apesar do conteúdo econômico da operação, a iniciativa pode ser vista em termos políticos, especialmente porque a centro-direita perdeu as recentes eleições regionais, última passagem pelas urnas antes das eleições legislativas de 2006. Os aliados pediram a Berlusconi que reaja diante do risco de que no ano que vem tenham de deixar o poder e, além de um reajuste do gabinete, a mensagem à sociedade também pode ser de renunciar a uma parte de sua empresa, embora a decisão esteja bem remunerada. "A família Berlusconi manterá 34,3% da Mediaset e por isso garantirá a estabilidade como acionista e as competências de direção", segundo o comunicado.

À espera de que o mercado reaja do ponto de vista financeiro, os políticos já começaram a se pronunciar. O líder do Partido Democrático de Esquerda e ex-ministro da Economia, Vincenzo Visco, disse ontem que a venda parcial da Mediaset mostra que Berlusconi continua seguindo seus interesses econômicos, mas sem colocar em discussão o controle do grupo. "O que ele fez é reduzir ao dinheiro o conflito de interesses que protagonizou nestes anos", em um contexto de "provável derrota nas eleições do ano que vem", segundo Visco.

(Fonte: Tribuna da Imprensa com Agência EFE, 14 de abril, 2005)
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Radiografia da Comunicação Sindical

Nesta edição, o SINTUFRJ
Neuza Luzia é coordenadora de Comunicação Sindical do Sintufrj

BNPC. Quando foi criado o jornal do sindicato?
Neuza. Em 1985, quando o sindicato era uma associação. Era feito artesanalmente pela diretoria e não tinha periodicidade. Em 1986 passa a contar com dois jornalistas freelance. Em 1990 a confecção do jornal se profissionalizou com a contratração de jornalista, diagramador e revisor. Em 1992 passou a ser semanal com a contratação de editor. Um fotógrafo é incorporado ao Departamento de Comunicação Sindical. Hoje, com uma equipe completa, varia sua produção entre 8 a 12 páginas.

BNPC. Sua circulação foi interrompida em algum período?
Neuza. Não.

BNPC. Qual o nome, tiragem e periodicidade do jornal?
Neuza. Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), 11 mil exemplares, semanal.

BNPC. O sindicato tem página na Internet?
Neuza. Sim, a partir de 1998. O endereço é www.sintufrj.org.br

BNPC. Qual a forma de distribuição do jornal e boletins?
Neuza. Através de caixetas instaladas nas unidades - internas e externas - da UFRJ.

BNPC. Quantos profissionais trabalham no departamento de comunicação?
Neuza. Onze. Um editor, três jornalistas, um estagiário, dois diagramadores, um fotógrafo, um ilustrador, um revisor e uma secretária.

BNPC. Vocês costumam fazer reportagens?
Neuza. O jornal é produzido praticamente através de reportagens.
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Memória

Notícias da Agenda NPC-2005, referentes ao dia 1º de Maio
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15/4/1894 - São presos, em São Paulo, anarquistas e socialistas que se preparavam para lançar o primeiro Manifesto do 1° de Maio a ser publicado no Brasil. 

1985 - A CUT chama ao ato do 1° de Maio para a Praça da Sé em São Paulo.

19/4/1918 – O Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis do Rio, no seu jornal O Cosmopolita, conta a tragédia do 1º de maio em 1886, em Chicago-EUA.

22/4/2004 – A Força Sindical intensifica a distribuição nas ruas de São Paulo de bilhetes para o sorteio de apartamentos, carros e motos no show de 1° de Maio. Isto acontece desde 1999, numa negação total da luta dos mártires de Chicago. A Globo já está preparando uma grande cobertura.

23/4/1906 - Sai, em Paris, o jornal satírico O Prato à Manteiga, com ilustração alusiva ao 1 º de maio: 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer, 8 horas de repouso é o tema da ilustração de capa.

2/4/1913 – O jornal da COB, Voz do Trabalhador, para o 1° de Maio, inova na sua apresentação. Na capa uma ilustração que traduz o ideal da Central: um operário de marreta na mão sobre as caveiras do “capitalismo, clero, burguesia, militarismo”.

30/4/1929 - O jornal do PCB, A Classe Operária, chama comício do 1 de maio, no Rio, para a Praça Mauá. Comparecerão 60 mil pessoas, quase 10% da cidade.

02/5/1944 - Os jornais do Rio noticiam o 1° de Maio oficial. Vargas assiste desfile de operários. As faixas diziam Trabalhador Sindicalizado é trabalhador disciplinado.

9/5/1925 – O jornal A Classe Operária, que apareceu na semana do 1° de Maio, com 5 mil exemplares, se esgota. O Partido Comunista estava na ilegalidade.

12/05/1970 - Missa de 7° dia pela morte do líder operário paulista Olavo Hansen, preso distribuindo um boletim sobre o 1° de Maio no Estádio Maria Zélia, no Dia do Trabalhador e assassinado sob tortura no Dops.
 

Fonte: Agenda NPC-2005
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Pérola da edição

A dor da gente não sai no jornal

"Tentou contra a existência
Em um humilde barracão
Joana de Tal, por causa de um tal João
Depois de medicada, retirou-se pro seu lar
Aí, a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose, errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou, ninguém morou
Na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal."
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Luiz Reis e Haroldo Barbosa. Notícia de Jornal

Proposta de Pauta

CPT lança Conflitos no Campo Brasil 2004
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou nesta terça (19/4) a publicação Conflitos no Campo Brasil 2004. A obra é editada anualmente pela CPT desde 1985. Em 2002 foi reconhecida como publicação científica pelo Instituto Brasileiro de Informação e Ciência e Tecnologia (IBICT). Saiba mais sobre os dados na página www.cptnacional.org.br


Entrevista

Entrevista com Waldemar Rossi sobre a eleição do papa e a mídia
Em uma entrevista feita no sábado (16/4), três dias antes da definição do novo líder do Vaticano, o Boletim NPC ouviu Waldemar Rossi, atual coordenador da Pastoral Operária Nacional e co-fundador da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, nos anos de 1960-70, que classificou o novo papa, Joseph Ratzinger, como "um homem de extrema direita, dentro da Igreja" e que "se opõe a tudo que possa ser libertador". Ele falou do papel da mídia, principalmente a televisiva, que teria passado a imagem de "um papa aberto ao mundo", popular e simpático, porém "descomprometido com os graves problemas econômico-sociais do mundo". Leia a seguir.

Boletim NPC. Há uma avaliação de que o conservador cardeal alemão Joseph Ratzinger estaria criando um fato de mídia importante, usando-a para acelerar brutalmente o processo de canonização/beatificação de João Paulo II. Como você vê esta repercussão na mídia? 

Waldemar Rossi. A mídia se aproveita de tudo que possa vender. Neste momento de emoção pela morte de Woityla por ela mesma criada, a pressão para que se apresse sua beatificação/canonização certamente interessa ao Ratzinger, como interessa e muito à mídia que vende esse "ópio", uma vez que tenta atravessar todo processo de análise cuidadosa da real santidade desse papa. Ratzinger é um homem de extrema direita, dentro da Igreja, e se opõe a tudo que possa ser libertador. Assim, faz o jogo dos seus aliados comprometidos com a exploração capitalista, hoje comandada pela ideologia e prática neoliberal.

Boletim NPC. Você acha que esta tentativa de santificar João Paulo II é algum tipo de uso da mídia como processo de pressão sobre os processos do Vaticano? 

Waldemar Rossi. A grande mídia, principalmente a televisiva, tentou passar apenas a imagem de um papa aberto ao mundo, popular e simpático, descomprometido com os graves problemas econômico-sociais do mundo. Não conseguiu plenamente seu intento porque, felizmente, tem repórteres que ainda preservam sua dignidade, que não se vendem e que mantêm seu compromisso de bem informar. Deixou, porém, para  maioria das populações, em geral desinformadas dos mais graves problemas políticos e econômicos, uma sensação de afetividade, emocional. Omitiu, consciente e propositalmente, alguns bons avanços obtidas na Doutrina Social da Igreja, porque isso não interessa ao grande capital. 

Quanto ao Brasil e América Latina, ao nomear bispos e cardeais descompromissados com a vida do povo e voltados para o internismo eclesial, assim como ao condenar a "luta de classes" dentro da generalidade, e aceitar os ataques sistemáticos do Vaticano à Teologia da Libertação, João Paulo II fez um grande desserviço aos povos latino-americanos e aos demais povos dos países do chamado "terceiro mundo". A divisão da diocese de São Paulo foi criminosa, se considerarmos o apoio que isso significou aos setores mais conservadores da igreja e o desestímulo aos movimentos sociais.

Em cima do fato: A Biografia que convem
No dia  da escolha do novo papa, a cobertura do Jornal Nacional apresentou uma pequena biografia de Ratzinger. Nasceu em pequena cidade da Baviera... Bom, chegou na adolescência: "Aos 12 anos entrou na Juventude Nazista". Bom, como sabemos, aos 12 anos fazemos muita coisa de que depois nos arrependemos, nao é? Mas o JN achou melhor já ir preparando a "defesa" do papa e juntou uma coisa mais ou menos assim: "naquela época, todo mundo fazia isso". Todo mundo? Pelo que sabemos, teve muito alemão que não fez isso e pagou o preço. E se "todo mundo", quer dizer, muita gente, entrasse nessa onda, isto "justifica" a adesão de Ratzinger? (...)
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Leia a análise de Reginaldo Moraes em
nossa página: www.piratininga.org.br
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Nova entrevista na nossa página

Fórum Social Mundial: uma resposta ao neoliberalismo
O Fórum Social Mundial não é um movimento, não é uma organização, não é uma Internacional Socialista do século XXI. Ele é um "espaço". Quem faz questão de definir o fenômeno, que reúne movimentos os mais diferentes e de várias partes do mundo há cinco anos, como "espaço", é um dos seus idealizadores, Francisco Whitaker Ferreira. Ou simplesmente Chico Whitaker.

Do primeiro, lançado em janeiro de 2001, em Porto Alegre (RS), ao quinto Fórum Social Mundial, realizado em janeiro deste ano, e de novo em Porto Alegre - em 2004, o FSM foi realizado em Mumbai, na Índia -, o que move a realização desse grande encontro de povos e de movimentos é ser "uma operação de contracomunicação ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)", como apresenta Whitaker, no seu livro recém-lançado O desafio do Fórum Social Mundial - um modo de ver, da Editoria Fundação Perseu Abramo e Edições Loyola.

Whitaker esteve em Santos (SP), na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, UniSantos, no início deste mês, onde lançou o livro e conversou com o Boletim NPC.
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Leia a entrevista de Rosângela Gil em
nossa página: www.piratininga.org.br

Novos artigos em nossa página

Os jornais deram pouco ou nenhum espaço à passeata contra a violência que fechou a avenida Rio Branco
O Globo e o Jornal do Brasil publicaram uma foto sem graça e quatro linhas com informações incompletas. O Dia fingiu que não soube da passeata. Mas a imprensa sindical, a imprensa popular e a imprensa alternativa estavam lá e contaram para seus leitores que uma passeata de moradores de favelas, com apoio do movimento social, fechou a avenida Rio Branco, no dia 15 de abril. Veja fotos da passeata abaixo e leia o artigo de Cristina Braga em nossa página: www.piratininga.org.br
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Faixa de abertura
da passeata
Mãe do Caju: duas
crianças assassinadas
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Na faixa, o protesto contra a Globo
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Professor León organiza participação
de alunos na passeata
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O jornalismo desmoralizado da Forbes
Mais uma vez o Presidente cubano Fidel Castro virou destaque nas páginas da revista norte-americana Forbes. O mais uma vez é porque a matéria em questão já tinha sido divulgada e acabou ficando totalmente desmoralizada. O objetivo, como não poderia deixar de ser, da Forbes foi o de desmoralizar o dirigente cubano, principalmente agora, na antevéspera da votação de uma resolução, sob o patrocínio do governo de George W. Bush, de condenação a Cuba na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Por Mário Augusto Jakobskind, do jornal carioca Bafafá, abril de 2005

Empresário pede mais liberdade, mas não faz o dever de casa
Encontro promovido pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ) propõe cruzada nacional pelo acesso a informações públicas. Grandes grupos midiáticos se esquecem, porém, de abrir caixa-preta da construção de suas empresas e dos benefícios que obtiveram do setor público neste processo. Por Marco Aurélio Weissheimer, da Agência Carta Maior, 13/04/2005

Antes tarde do que nunca
A popularidade que alguns dos personagens de Henfil - como a Graúna, o Capitão Zeferino e o Orelhão - alcançaram dentro do imaginário brasileiro é inegável. No entanto, somente depois de 17 anos de sua prematura morte, vítima da Aids, o desenhista ganhará a primeira retrospectiva de sua carreira, na exposição "Henfil do Brasil", que será inaugurada na próxima terça-feira (19/4) no Centro Cultural Banco do Brasil. Por Pedro Henrique Neves, na Tribuna da Imprensa, 16/4/2005

Como? As revoluções ainda existem?
O jornalista e cartunista Gilberto Maringoni escreveu a resenha uma para a agência Carta Maior, sobre o livro “As Esquinas Perigosas da História. Situações revolucionárias em perspectiva marxista”, de Valério Arcary, da Direção Nacional do PSTU. Abril de 2005.

O velho amigo de Henry Kissinger
"Sempre admirei pessoas que combinam teoria e prática. Henry Kissinger é um homem de elevado intelecto. E, inegavelmente, é um homem de ação. (...)". O conferencista que presta tão tocante homenagem ao grande homem é ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante uma palestra proferida em 23 de fevereiro último, no centro John W. Kluge da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Ao assumir o microfone, FHC agradeceu a presença de Kissinger, por ele qualificado de "um velho amigo meu e de todos vocês". Por José Arbex Jr., na Caros Amigos, abril de 2005

Venezuela: a Reserva Militar para aprofundar a Revolução!
No último dia 13 de abril, quando completaram-se 3 anos do levante popular-militar que recolocou o presidente Hugo Chávez novamente no Palácio de Miraflores – ele que havia sido derrubado dois antes por um golpe de direita apoiado pelos EUA - foi realizado no Pátio das Forças Armadas, em Caracas,  o ato de constituição das Reservas Militares e da Mobilização Nacional e empossado como Comandante das Reservas Militares o general Julio Quintero Vitória. Por Ubirajara Farias, abril de 2005
 



Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

Av. Rio Branco, nº 277 sala 1706   CEP. 20040-009
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenador: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação: Claudia Santiago e Gustavo Barreto
Projeto Gráfico: Gustavo Barreto e Cris Fernandes
Colaboraram nesta edição: Cristina Braga (RJ), Eliane Amaral (RJ), Felícia Kromholz (RJ), Kátia Marko (RS), Luisa Souto (RJ), Reginaldo Moraes (SP), Renata Brasil (RJ) e Rosângela Gil (Santos/SP). [voltar]


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ÍNDICE
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Notícias do NPC
No dia 1º de Maio, veja “Os companheiros”
Debate sobre mídia e violência
Jornalista Altamiro Borges lança 'Venezuela: originalidade e ousadia', no Rio

A Comunicação que queremos
Ocupação Chiquinha Gonzaga lança jornal
TV latino-americana 'Telesur' estará pronta em três meses
Os indígenas do Rio de Janeiro por Everardo Rocha
Programa de rádio patrocinado por sindicatos, 'Boca Livre': nove anos no ar
Jornal carioca 'Bafafá' aumenta pontos de distribuição em Brasília

De Olho Na Mídia
Algumas perguntas sobre o ataque da mídia à Venezuela

Democratização da Comunicação
Comissão da Câmara aprova estímulo cultural a rádio e TV comunitária

NPC Informa
Vídeo-debate: 40 anos de manipulação, 40 anos de TV Globo
Médico e sociólogo, Rui Magrini lança romance histórico 'Paris 1870'
Dica de vídeo: 'De Olho no Orçamento'
Documentário retrata realidade ao longo da “Avenida da miséria”, a famosa Avenida Brasil, no Rio
XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, no Rio
Quinta às Cinco na ABI inicia segunda fase
Eduardo Coutinho e João M. Salles estiveram em Campinas

De Olho No Mundo
Jornalista da RTP que furou o cerco das TV americanas debate, no Rio, o jornalismo internacional
Rádio La Luna e a mobilização popular no Equador
Livro de Kjeld Jakobsen sobre comércio internacional será lançado em São Paulo
Pressão leva Berlusconi a vender (ou algo parecido!) parte do seu império de mídia

Radiografia da Comunicação Sindical
Nesta edição, o SINTUFRJ

Memória
Notícias da Agenda NPC-2005, referentes ao dia 1º de Maio

Pérola da edição
A dor da gente não sai no jornal

Proposta de Pauta
CPT lança 'Conflitos no Campo Brasil 2004'

Entrevista
Entrevista com Waldemar Rossi sobre a eleição do papa e a mídia
Em cima do fato: A Biografia que convem

Nova entrevista na nossa página
Fórum Social Mundial: uma resposta ao neoliberalismo

Novos artigos em nossa página
Os jornais deram pouco ou nenhum espaço à passeata contra a violência que fechou a avenida Rio Branco
O jornalismo desmoralizado da Forbes
Empresário pede mais liberdade, mas não faz o dever de casa
Antes tarde do que nunca
Como? As revoluções ainda existem?
O velho amigo de Henry Kissinger
Venezuela: a Reserva Militar para aprofundar a Revolução!

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