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Boletim do NPC
— Nº 86
— De 1 a 15.5.2006
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias
do NPC
Domingo
é Dia de Cinema
O
filme “Memória del Saqueio”, do cineasta argentino Fernando Solanas,
será exibido no dia 7 de maio, às 9h, no Projeto Domingo
é Dia de Cinema, no Cine Odeon-BR. A saída do governo do
presidente argentino Fernando de La Rúa é o ponto de partida
deste documentário que analisa os mecanismos que levaram o país
a mergulhar em uma crise sem precedentes na sua história. Solanas
não apenas investiga as razões da derrocada de seu país,
mas também aponta os principais responsáveis por ela. As
altas dívidas, o ultraliberalismo, a corrupção e a
privatização indiscriminadas foram os resultados de uma política
de terra arrasada empregada por Carlos Menem e seus asseclas, com a ajuda
de empresas multinacionais ocidentais e a cumplicidade de organizações
internacionais. Logo após, haverá o debate “O Dia do Trabalho
e as Veias Abertas da América Latina”, com os professores Luís
Mergulhão, de História da rede pública, e Emir Sader,
coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da
UERJ. Ingressos a R$ 2,00. O Cine Odeon-BR fica na Cinelândia.
Dois
meses de maratona de palestras do NPC sobre os desafios da comunicação
de esquerda
Março
e abril foram cheios de convites de palestras para o NPC. Houve uma série
de debates sobre a Cartilha do 8 de Março. Foi realizado
um lançamento em Campinas, promovido pelo TIE-Brasil, no Sindicato
dos Metalúrgicos. Em seguida, a Cartilha foi lançada em Diadema
(SP), na Fundação Florestan Fernandes; e em São Paulo
no CEEP. Nos três eventos houve apresentação do caderno
e um caloroso debate.
Em meados
de março, o NPC fez uma palestra em Campina Grande sobre Comunicação
e Disputa de Hegemonia, promovida pelo Sindifisco da Paraíba.
Dias depois a mesma palestra foi repetida no Sindsprev de Pernambuco, na
ocasião da comemoração dos 15 anos de fundação
do Sindicato. No final do mês, o NPC foi convidado para a mesa de
abertura do Congresso da Federação dos Trabalhadores do Ensino
Particular do Estado do Rio de Janeiro. O tema foi “Os desafios da Comunicação
Sindical na conjuntura atual”. No dia seguinte, estivemos em São
Paulo, no Primeiro Seminário de Comunicação do PSTU
para falar dos Desafios da linguagem para uma comunicação
de esquerda.
No começo
de abril, o NPC fez uma palestra sobre Formação político-sindical
para a conjuntura de 2006, no Seminário de Formação
da CUT Estadual do Rio de Janeiro. E finalmente, no 19 de abril, o coordenador
do Núcleo esteve em Porto Alegre para a Aula Inaugural de um Curso
de Formação Política-Sindical, de dois anos de
duração, promovido pelo Sindicato dos Bancários de
Porto Alegre e Região. No final do mês, na ocasião
da publicação da Cartilha do 1º de Maio, nova
série de palestras sobre o tema do Dia Internacional dos Trabalhadores.
A Comunicação
que queremos
Sisejufe-RJ
lança ‘Idéias em Revista’
O Sisejufe-RJ
lançou, no dia 18 de abril, a sua nova publicação
Idéias
em Revista. Além de questões nacionais e internacionais,
o novo projeto pretende tratar de temas como a luta pela democratização
da comunicação. Segundo seus organizadores, a revista quer
“demonstrar que com vontade política é possível furar
o esquema do pensamento único, tão em voga na mídia
conservadora.”
Assufrgs
lança revista bimensal em maio
A nova
Coordenação da Associação dos Servidores da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Assufrgs-Seção
Sindical) vai lançar em maio a sua primeira revista. Será
uma publicação bimensal, com 12 páginas. O nome —
Assurgente—
vem
do latim e significa aquilo que surge, que se ergue. A primeira edição
terá como matéria principal a história do Dia Internacional
de Luta dos Trabalhadores. A fonte foi a cartilha do NPC, “1º de Maio:
dois séculos de lutas operárias”. Também faz parte
do novo projeto de comunicação a reformulação
do site da entidade (www.assufrgs.com.br), com a inclusão de ferramentas
dinâmicas, o que irá facilitar a atualização
de notícias.
De Olho Na Mídia
GloboNews
continua em campanha pela flexibilização das leis trabalhistas
Sábado,
dia 22 de abril, no começo da tarde, a GloboNews retoma os
acontecimentos de Paris, de março e começo de abril. Numa
hora em que o telespectador, presumivelmente, estaria relaxado e despreocupado,
ela destila sua ideologia neoliberal, sem meias palavras. O locutor Silvio
Boccanera analisa tranqüilamente os acontecimentos franceses a partir
das revoltas dos jovens estudantes. Sem querer solta uma frasezinha que
nos dá o termômetro da reportagem inteira: "O governo francês
tem uma política paternalista que protege quem não trabalha".
Pareceria
uma frase inócua. Mas não é. No imaginário
coletivo, aqui e na França, na China ou na Argentina, quem não
trabalha é... vagabundo. Não quer saber de trampo. Por que
o repórter da GloboNews não disse que o tal governo
tem uma política que dá proteção ou cobertura
aos desempregados, aos que estão sem trabalho? Não, não
existe desemprego. Não existem desempregados. Para a GloboNews
o mundo se divide entre os que trabalham e os que não trabalham.
Não há causas a serem levantadas. Aliás... esta frasezinha
se encaixa muito bem na ideologia dominante do neoliberalismo que prega
que só não trabalha quem não quer. Não trabalha
quem não cuidou da sua "empregabilidade". Isso se chama de destilação
de ideologia em doses homeopáticas.
Mas não
é só nesta frase que está a ideologia do projeto neoliberal.
A Globo, seja no seu canal aberto, seja nos canais fechados, é muito
coerente. Disputa a sua visão de mundo em cada linha, pouco importa
quem seja o repórter, o enviado especial, o âncora, o comentarista
ou o locutor que esteja dando a notícia. Poucos segundos após
ter falado dos que "não trabalham", Boccanera faz uma defesa clássica
da flexibilização das leis trabalhistas. Sem mais nem menos
desfila todo o rosário da fé neoliberal. Diz que o custo
da mão de obra é muito caro, na França. Que é
preciso diminuir o custo do trabalho. Diz que se a França não
fizer assim, o País quebra, etc. etc. É assim que a burguesia
defende seus interesses de classe. Sem perder uma ocasião para fazer
cabeça. Seja falando da França ou do Brasil.
(Por
Vito Giannotti)
Veja
aderiu à imprensa marrom
Diogo
Mainardi não conseguiu celebrizar-se como encarnação
tupiniquim de Gore Vidal. Exigiria muito talento, muito trabalho, anos
de pesquisa. Sobretudo recolhimento e silêncio. Preferiu o caminho
mais rápido e barulhento: afamar-se através da difamação.
Queria a glória instantânea, holofotes, lantejoulas - optou
pelo paradigma Matt Drudge, o pinico-escarradeira da imprensa americana.
Não foi casualidade, mas livre arbítrio. O rapaz sabe o que
lhe convém.
Veja é
que não tem o direito de achincalhar seus quase 40 anos de história
incorporando com tanto gosto a depravação que Diogo Mainardi
espalha em seus escritos. Os nomes que enfeitam o expediente da Veja não
merecem entrar para a história associados a um dos episódios
mais nauseantes do jornalismo brasileiro. O carro-chefe da Editora Abril
tem responsabilidades, compromissos com a sociedade. Uma
de suas co-irmãs, Nova Escola, é distribuída pelo
Ministério da Educação, concebida como ferramenta
para a formação de cidadãos decentes e dignos.(Grifo
em vermelho da editora)
Globo
faz chamada alarmista sobre a Bolívia
De uma
vergonha a "matéria" do jornal O GLOBO do dia 19/4/2006 na editoria
de Inter sobre a Bolívia. Chamada alarmista, notícia que
não agrega nenhum valor, feita para aquele leitor que quer passar
o tempo. Segundo o diário conservador carioca, o "presidente Evo
Morales já se encontra sob fogo cruzado de diversos setores da sociedade
boliviana".
A frase
segue um padrão pateticamente reconhecível da imprensa mundial:
personificar excessivamente o líder (presidente, em vez de "governo
boliviano", tal como seria mais razoável); alarmar para uma falsa
crise, com propósitos secundários; generalizar a crise com
a expressão "diversos setores", quando que apenas alguns segmentos
que naturalmente reagiriam a um governo popular estão reclamando;
supor que na democracia não existem disputas, negociações
de interesses, e dizer então que esta natural disputa é um
"fogo cruzado"; falar sobre uma situação supostamente séria,
mas não explicar nada sobre o assunto, levando mais confusão
ao leitor ("onda de protestos regionais e sindicais").
Enfim,
a grande imprensa cansa a inteligência da população
pensante. Recomendo não usar muito durante a semana. Não
é bom pro fígado.
(Por
Gustavo Barreto. A notícia está reproduzida abaixo)
Morales
enfrenta protestos na Bolívia
Judiciário, sindicatos
e autonomistas entram em choque com governo
LA PAZ. Três meses após
assumir o governo da Bolívia, o presidente Evo Morales já
se encontra sob fogo cruzado de diversos setores da sociedade boliviana.
Ontem, Morales enfrentava uma onda de protestos regionais e sindicais e
desentendimentos com o Poder Judiciário por questões salariais.
A situação pode se agravar no fim da semana se a greve geral
convocada pela Central Operária Boliviana conseguir uma ampla adesão
e paralisar o país.
O presidente trocou acusações
com o líder do movimento autonomista do departamento (estado) de
Santa Cruz, Germán Antelo. Para este, o governo não vem dando
a devida atenção a seu departamento e ao de Tarija, que pleiteiam
maior liberdade de ação em relação a La Paz.
Segundo o presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Morales
trata as duas regiões “com a antiquada visão centralista”
de governos passados. Morales respondeu acusando as autoridades dos dois
departamentos de promoverem a autonomia. O vice-presidente Alvaro Garcia
Linera viajará a Santa Cruz para tentar resolver as divergências.
Além disso, Morales entrou
em rota de colisão com os juízes bolivianos, que o acusam
de se intrometer nas atribuições do Poder Judiciário
e rejeitam um plano de austeridade do governo que inclui corte de salários.
— Alguns poderes do Estado, como
o Judiciário, ainda não entenderam como realizar uma revolução
cultural e democrática no país — criticou o presidente.
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Democratização
da Comunicação
TV
Comunitária de Brasília entrega manifesto sobre TV digital
a Hugo Chávez
A defesa
de um modelo de tecnologia digital próprio, desenvolvido pelos países
do Mercosul, “que permita garantir a democratização da informação,
com diversidade e pluralidade, rompendo com o atual controle dos oligopólios”,
foi defendido no manifesto TV Digital, Mercosul e Soberania, entregue
pela Televisão Comunitária de Brasília, ao presidente
Hugo Chávez, durante sua passagem por Curitiba, onde foi realizado
o II Encontro de Integração Inter-Regional da Venezuela com
o Paraná, nos dias 19 e 20 de abril.
Diz o
texto: “No mesmo momento em que a Venezuela, a Argentina, o Uruguai, Cuba
e a Bolívia transformaram em realidade a Telesur, que também
tem a participação do Brasil, a construção
da Petrosur, a ALBA (Alternativa Bolivariana para a América), o
Gasoduto do Sul, o Banco do Sul e outras iniciativas de integração
e cooperação regional, existem as condições
para que também a implementação da TV Digital seja
fruto de um esforço comum do Mercosul. Existia e existe uma clara
disposição da Argentina para esse acordo com o Brasil, e
é preciso ressaltar que já existe cooperação
entre os dois países na área de tecnologia militar”.
Uma das
sugestões que a TV Comunitária de Brasília, representada
pelo jornalista Beto Almeida, também diretor brasileiro da Telesur,
deixou ao presidente da Venezuela é que a TV Digital do Mercosul
tenha a tecnologia adequada para os insuperáveis requisitos da democracia
informativo-cultural e de soberania dos povos, possibilitando a multiplicação
dos canais regulados por interesses públicos e sociais.
((Radar
Latino-Americano, 26/6 a 3/5/2006)
Cartilha
do FNDC tenta desvendar como dominar essa tal de mídia
O
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
(FNDC) lançou a Cartilha Democratização da Comunicação
– Como domar essa tal de mídia?”. Segundo o texto de abertura, a
sociedade brasileira precisa se conscientizar que tem condições
de democratizar os meios de comunicação no País. Nunca
o momento foi tão propício para a sociedade civilizar a mídia,
a exemplo do que foi feito em outros setores nas últimas duas décadas.
Mas a existência desta luta só terá sentido se a sociedade
se capacitar, pressionar e usar adequadamente o poder que possui. O que
significa entrar pela porta da frente na discussão de modelos para
os sistemas e mercados de comunicação.
“Não
existe forma mais democrática da população deixar
de ter esperança nas antenas de tevê e perceber que ninguém
é dono da mídia. Começar a desvendar este labirinto
de interesses e poderes pouco revelados, mas muito exercidos, e exigir
regras que o discipline é uma das primeiras formas de se democratizar
a comunicação. Colocar de pé iniciativas de produção
de comunicação e informação que promovam a
inclusão das pessoas que estão fora do “clube” é outra”.
O texto destaca que as formas sugeridas não são as únicas,
mas foram fruto de um caminho que algumas entidades e cidadãos encontraram,
desde os anos 80, para chamar atenção sobre uma área
que sempre foi vista como um território onde existiam donos.
“Mudar
esse quadro de liberdades sem responsabilidades e de direitos sem deveres
exercido por parte das empresas e de alguns governantes depende de você
e de nós todos. Vamos logo avisando: esta luta é dura, permanente
e não tem um fim previsível. Mas se você deseja trilhá-la
junto conosco, seja muito bem-vindo”. O arquivo em formato PDF da cartilha
pode ser acessado em www.fndc.org.br
NPC Informa
Prefeitura
do Rio de Janeiro faz caderno sobre Imprensa Sindical
A Secretaria
Especial de Comunicação Social da Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro, da qual é titular a jornalista Ágata Messina,
produziu um caderno intitulado “Breve História da Imprensa Sindical
no Brasil”. As fontes da consulta foram o Núcleo Piratininga de
Comunicação, o Arquivo de Memória Operária
do Rio de Janeiro e a Editora Mauad. Os jornais e cartazes reproduzidos
são da coleção do Observatório da Imprensa
Sindical mantido pelo Núcleo Piratininga. A publicação
faz parte da série Memórias, editada pela Secretaria.
Dentre os títulos já publicados estão “O Rádio
Educativo no Brasil”, “Getúlio Vargas e a Imprensa” e “Imprensa
Alternativa: apogeu, queda e novos caminhos”. Para entrar em contato com
o setor, envie mensagem para cadernos@pcrj.rj.gov.br ; A edição
é da jornalista Regina Braga e a pesquisa e redação
do jornalista Álvaro Mendes.
1930:
Os Órfãos da Revolução
O jornalista
Domingos Meirelles, repórter da Rede Globo e apresentador do programa
Linha Direta, lançou no ano passado o livro “1930: Os Órfãos
da Revolução”, pela Editora Record. O jornalista também
é autor de “As noites das grandes fogueiras”, sobre a trajetória
da Coluna Prestes, lançado há dez anos. Mais do que uma rebelião
militar, a Coluna Prestes foi uma das mais extraordinárias marchas
revolucionárias que já aconteceram no Brasil. Em “1930: Os
Órfãos da Revolução”, Meirelles acompanha os
tenentes da Coluna Prestes desde o exílio, em 1927, até seu
retorno clandestino ao Brasil para deflagrar o movimento que depôs
o presidente Washington Luís. É um abrangente trabalho de
pesquisa sobre a conspiração que deu origem à Revolução
de 1930.
Leituras
da Crise: Diálogos sobre o PT, a democracia brasileira e o socialismo
Este
livro, da Editora Fundação Perseu Abramo, reúne entrevistas
com Marilena Chaui, Leonardo Boff, João Pedro Stédile e Wanderley
Guilherme dos Santos, com reflexões sobre a crise política
e ética das instituições brasileiras, e colabora para
o entendimento das causas, dos interesses e dos significados desses acontecimentos,
para além de uma visão parcial e instrumental. Os diálogos
e entrevistas que compõem este livro constituem, em seu pluralismo
de razões, talvez a melhor reflexão pública que se
produziu sobre a crise vivida pela democracia brasileira em 2005 e os caminhos
para superá-la.
São
quatro pontos de vista que convergem para uma síntese possível,
contrária à instrumentalização midiática
da crise, que pretende cortar pela raiz esta reflexão. O valor da
obra está em alavancar a esperança na capacidade do povo
em realizar, através da democracia, as profundas e urgentes transformações
do país. Além das entrevistas, Leituras da Crise traz
ainda importantes documentos: artigos de Marilena Chaui e Wanderley Guilherme
dos Santos, além da "Carta ao povo brasileiro" e da "Carta da Terra".
Assistir
“A Batalha do Chile” é obrigatório
O documentário
político “A Batalha do Chile” acaba de ser lançada em DVD
pela Coleção Videofilmes. Trata-se de uma obra-prima do cineasta
chileno Patrício Guzmán que pode, inclusive, ser utilizado
como o currículo de um curso de formação política.
Temas como reformismo, revolução, socialismo, a dominação
burguesa, o poder popular, o papel da mídia e muitos outros surgem
enquanto assistimos ao filme. São quase cinco horas de duração,
divididas em três partes: "A Insurreição da Burguesia",
"O Golpe de Estado" e "O Poder Popular". A caixa também traz um
disco de extras com entrevistas e outros documentários muito interessantes.
A primeira
cena do documentário mostra o Palácio de La Moneda sendo
bombardeado em 11 de setembro de 1973. É o próprio símbolo
da dominação burguesa. A classe dominante não hesita
em destruir suas próprias obras para manter seus privilégios.
Mostra que, se a esquerda chilena pretendia trilhar a “via pacífica”
para o socialismo, a burguesia não vacilou em responder com extrema
violência. Paz para ela significa sossego para continuar explorando.
Já para seus inimigos é a paz dos cemitérios.
Mais sobre Patrício
Guzmán
A matéria
prima de Patrício Guzmán em seus documentários é
a história recente do Chile. Em sua filmografia estão “La
memoria obstinada”, “El caso Pinochet” e “En nombre de Dios y La batalla
de Chile”. Seu último filme, de 1973, se chama Salvador Allende.
O professor Reginaldo Moraes, do Conselho do NPC, já viu e indica:
“é muito bom”. De
acordo com o site, o documentário conta a vida do presidente
Salvador Allende, desde sua infância em Valparaíso até
sua morte, em 11 de setembro de 1973, alternando imagens de documentos
de arquivos, álbuns de fotos e entrevistas. |
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Mostra
Filma Favela
Reunir
algumas das produções feitas sobre os espaços populares
e pelas Escolas Populares de Áudiovisual. Este é o objetivo
da Mostra Filma Favela, realizada pelo Observatório de Favelas em
parceria com Afroreggae, Nós do Morro e Central Única das
Favelas (CUFA), nos dias 5, 6 e 7 de maio, sempre às 18h, na sede
do Observatório de Favelas. Na sexta (5) e no domingo (7) serão
exibidos 2 curtas metragens por dia, produzidos pelo Nós do Morro,
CUFA, Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc)
e Nós do Cinema, além de um longa metragem produzido pelo
AfroReggae. Na noite de sábado (6), serão exibidos os documentários
“Falcão - meninos do tráfico” (CUFA) e “Até quando?”
(Observatório de Favelas). Após as exibições
haverá debate com personalidades envolvidas na produção
ou especialistas sobre a temática abordada nos vídeos. O
Observatório de Favelas fica na Rua Teixeira Ribeiro, 535 - Parque
Maré – Maré. Fones: (21) 3104-4057 ou 3888-3220.
Ministério
do Trabalho comemora 1º de Maio
Começa
a circular em oito capitais e o Distrito Federal, a partir de maio, uma
exposição de fotos sobre a história do trabalho no
Brasil. A exposição faz parte do Projeto Memória do
Trabalho, uma iniciativa institucional do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE) executada em parceria com a Fundação Getúlio
Vargas (FGV), instituição realizadora do evento. A mostra
tem imagens que registram momentos históricos do trabalho e manifestações
do movimento sindical. São 150 fotos —
a maioria inédita —,
além de reproduções de pinturas, cartazes, documentos
e outros registros. A abertura da exposição será em
Brasília, no dia 2 de maio, no Centro Cultural Banco do Brasil,
onde ficará até o dia 14 maio. A partir do dia 18 de maio,
a mostra estará no Centro Cultural da Caixa até dia 4 de
junho.
Seminário
repõe memória das Ligas Camponesas na Paraíba
Nos dias
28 e 29 de abril, a Paraíba realiza o Seminário Memória
Camponesa. Ex-lideranças daquele movimento, jornalistas, médicos,
professores, sindicalistas e estudantes vão falar sobre os episódios
que marcaram a luta entre camponeses e latifundiários em solo paraibano
antes do golpe de 1964. O Projeto Memória Camponesa é
uma iniciativa que reúne pesquisadores de diversas instituições,
sindicalistas, ex-assessores e lideranças dos Movimentos Sociais
dos Trabalhadores, intelectuais em geral, em torno do objetivo comum de
registrar a memória das lutas camponesas no Brasil. Já foram
realizados três encontros. No Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de
outubro de 2004. No Rio Grande do Norte, nos dias 20 e 21 de janeiro de
2005, e em Pernambuco, nos dias 24 a 25 de janeiro de 2005.
I
Ciclo de Debates Jornalismo, Cultura e Diversidade
O Governo
de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, realiza o
I
Ciclo de Debates Jornalismo, Cultura e Diversidade, com o objetivo
de contribuir para o desenvolvimento das relações entre a
Imprensa, em especial o jornalismo cultural, com artistas, produtores e
agentes culturais e dirigentes de organismos governamentais e não-governamentais
de Articulação e execução de políticas
culturais. O evento é voltado ainda para estudantes de Comunicação
Social, Música, Artes Cênicas, Letras e outras áreas
relacionadas à cultura e à comunicação. O Ciclo
de Debates acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de maio, no Palácio
da Instrução, com painéis (das 14 às 16h),
palestras (das 19 às 21h30) e apresentações culturais.
As inscrições podem ser feitas na Assessoria de Comunicação
da Secretaria de Estado de Cultura ou no Sindicato dos Jornalistas, até
o dia 5 de maio. Informações: (65) 3613-9219 / 9221.
Entre
Muros e Favelas na inauguração do cineclube do Pedro
II
Nesta
próxima quarta-feira, dia 3 de maio, será inaugurado o Cineclube
da Associação dos Docentes do Colégio Pedro II, no
Campus de São Cristóvão, às 18h. O filme de
estréia é o excelente Entre Muros e Favelas. É
um documento sobre o cotidiano das populações de periferia
e favelas do Rio de Janeiro, a violência do tráfico e a violência
policial, a resistência cultural e o drama de famílias que
perderam parentes. O filme é dirigido por Susanne Dzeik, Kirsten
Wagenschein e Marcio Jerônimo; co-produção Brasil-Alemanha
da Videokollektive Ak Kraak (Berlin), Tra Ver e TV Comunitária Tagarela
(Rio de Janeiro). Após a sessão haverá debates com
o Prof. Marcelo Freixo, da ONG Justiça Global. Antes, um coquetel
com pipoca e guaraná.
De Olho Na Vida
Brasil
fica em 126º lugar no ranking de repetência escolar:
Esta é
a grande muralha da linguagem
A notícia
é simples e trágica. Sobre 142 paises avaliados pela ONU,
com dados de 2004, o Brasil fica entre os 20 piores paises em qualidade
de ensino fundamental. Sim, esta uma das principais tragédias do
nosso país penúltimo colocado, no mundo, em pior distribuição
de renda. Sobre 142 paises pesquisados pela ONU, o Brasil ficou em 126º.
Atrás do Haiti, o país mais miserável da América
Latina, e evidentemente da Argentina, da Venezuela e do Paraguai.
No livro
Muralhas
da Linguagem, o coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação,
Vito Giannotti, fala que a qualidade do ensino brasileiro é a grande
muralha que impede que 80% da população não consiga
ler e entender um texto. Qualquer estatística nos diz que somente
25% da população brasileira pode ser considerada alfabetizada.
A pesquisa
de Vito constatou que a grande maioria da população não
entende palavras como: inaudível, irreversível, conjuntura,
preponderante, deferido, equívoco e milhares de outras que poluem
as falas e escritos dos que não levam em conta estas estatísticas.
Muralhas
da Linguagem conta a história de dona Ediléuza, de Barreiro
(Pernambuco), que no show do milhão do Silvio Santos, em 12/9/2002,
respondeu ao entrevistador que uma pessoa otimista é aquela que
acha que tudo vai dar errado. A culpa é dela? Absolutamente não.
A ONU explica. Para quem quiser se comunicar com os 80% da população
fica a lição. O 126º lugar em repetência escolar
sobre 142 países.
(Por
Claudia Santiago)
Proposta de Pauta
AS MUDAS ROMPERAM
O SILÊNCIO - Mulheres da Via Campesina
Criminalização
de movimentos sociais avança na mídia
O processo
de criminalização dos movimentos sociais é, a cada
dia que passa, uma realidade concreta em boa parte da mídia brasileira.
Há uma escalada de adjetivos e associações no ar,
sendo a mais recente delas a tentativa de associar organizações
como o MST e a Via Campesina a quadrilhas de foras-da-lei e, mesmo, ao
terrorismo. A ação das mulheres da Via Campesina no horto
da empresa Aracruz Celulose, no dia 8 de março, funcionou como uma
espécie de senha para o lançamento de uma nova e pesada ofensiva
nesta direção.
No dia
do aniversário de Eldorado de Carajás, o Jornal Nacional,
da Rede Globo, forneceu um exemplo paradigmático dessa ofensiva.
Apresentado logo no primeiro bloco, o caso de Carajás rapidamente
evoluiu para as ações do MST no dia, para o caso Aracruz
e, depois, para o noticiário policial, encerrando com uma matéria
sobre um atentado terrorista que ocorreu naquele dia. Esse fenômeno
é mais claro ainda no RS, onde ocorreu a polêmica ação
na Aracruz. O Grupo RBS lançou uma verdadeira cruzada midiática,
apresentando o MST e a Via Campesina como uma espécie de braço
da Al Qaeda no campo brasileiro. Em sua edição de terça-feira
(25), o jornal Zero Hora diz em sua manchete: “Promotores tentam rastrear
dinheiro do Exterior para o MST”. “A quebra de sigilo objetiva investigar
se há financiamento internacional irregular ou desvio de finalidade
de verbas públicas”, acrescenta.
A Via
Campesina divulgou uma nota, no final da tarde de terça (25), contestando
as denúncias feitas pelo Ministério Público e denunciando
o processo de criminalização. Repetindo o que o coordenador
nacional do MST, João Pedro Stédile, havia dito na segunda,
a nota sustenta que as denúncias “visam responder à pressão
dos meios de comunicação, patrocinados pela Aracruz, em especial
o Grupo RBS”. A nota afirma: “A denúncia apresentada pelo Ministério
Público é baseada em suposições do promotor
e não tem base jurídica. São denúncias infundadas
que visam a responder à pressão dos meios de comunicação,
patrocinados pela Aracruz, em especial o Grupo RBS, que têm agido
sistematicamente de modo a criminalizar e a perseguir os movimentos sociais
do Rio Grande do Sul. Em juízo, com tranqüilidade, a Via Campesina
irá provar o descabimento das denúncias e espera que o Poder
Judiciário se paute mais pelo interesse público do que pela
pressão das grandes empresas e da grande imprensa”.
(Agência
Carta Maior)
Imagens da Vida
Foto
de Leonardo Melgarejo, de Porto Alegre/RS.
História
das Lutas dos Trabalhadores
1º
de Maio de 2006: 120 anos de luta
Um
1º de Maio diferente, ou igual ou pior do que os outros 120 Primeiros
de Maio desde o longínquo 1886. Depende do ponto de vista. Por Vito
Giannotti
Para os
trabalhadores franceses, há muito o que comemorar. Ou melhor, algo
a comemorar. A vitória dos estudantes e dos trabalhadores contra
um artigo da lei de Modernização do Trabalho que o governo
neoliberal queria impor é uma vitória, sim. Mas é
parcial. Afinal toda a lei da chamada “modernização do trabalho”
continua seguindo seu caminho. As enormes manifestações só
conseguiram fazer retirar, provisoriamente, um artigo da lei. A greve dos
operários, lado a lado dos estudantes, foi a maior desde 1968. Fazia
tempo que a França não via mais de três milhões
de manifestantes nas ruas. E a lição ficou: só com
luta se consegue vitórias.
De Olho No Mundo
1º de Maio
nos Estados Unidos: Chega de ser clandestino
Imigrantes
latino-americanos vão fazer greve no 1º de Maio, nos EUA
Quem
diria, no país onde começou a luta do 1º de Maio e onde
o Dia do Trabalhador é comemorado em 2 de setembro, os trabalhadores
da América Latina vão dar uma lição de memória
aos norte-americanos. Milhões de imigrantes de todos os países
da América Latina trabalham nos piores serviços naquele país.
São imigrantes... igual aos italianos, espanhóis e portugueses
no começo do século 19 no Brasil. Só que os EUA de
hoje não querem mais saber de imigrantes. E assim eles vivem lá
e trabalham como clandestinos. É claro que trabalham nas condições
que o diabo gosta. Ou melhor... que o capital gosta.
Se 54%
dos trabalhadores nos EUA estão sem nenhuma proteção
trabalhista, totalmente precarizados, imaginemos o que acontece com os
latino-americanos. E assim eles resolveram fazer uma greve no dia 1º
de Maio. Lá, nos EUA, por ironia do destino o dia do Trabalhador
não é comemorado como no mundo todo, no 1º de Maio.
Mas os imigrantes dos países mais pobres da América Latina
resolveram relembrar para seus irmãos do Norte que o Dia do Trabalhador
é ele mesmo: o 1º de Maio.
(Por
Claudia Santiago)
Festival
de Documentários Três Continentes
O Festival
de Documentários Três Continentes, fundado pelo Movimento
de Documentaristas, foi realizado, pela primeira vez, em 2002 em Buenos
Aires. Em 2003 o festival aconteceu em Johannesburgo e Cidade do Cabo,
na África do Sul, em 2004 em três cidades da Índia
e em 2005 na Venezuela. Em 12 de novembro de 2005, com a presença
de Blanca Eekhout, pela Empresa Venezuelana de Telecomunicações
(VIVE TV) e Miguel Mirra, pelo Movimento de Documentaristas, foi formalizado
o convênio para a organização em Buenos Aires do V
Festival Internacional de Documentários Três Continentes,
Ásia, África e América Latina. Acontecerá durante
a primeira semana de outubro de 2006. Na edição de 2006,
em Buenos Aires, está prevista também a Mostra Competitiva
Internacional, a realização de uma retrospectiva do Festival
(com materiais da Ásia, África e América Latina),
mesas redondas, conferências e encontros com documentaristas convidados
dos três continentes.
(www.documentalistas.org.ar
- Canal Internacional)
Pérolas da
edição
“Salvador
Allende marcó mi vida. No sería el que soy si él no
hubiera encarnado aquella utopía de un mundo más justo y
más libre que recorría mi país, en esos tiempos. Yo
estaba allí, actor y cineasta. Recuerdo la frescura del aire, la
profunda inspiración que nos unía los unos a los otros y
más allá, al mundo entero. Filmábamos ese sueño
radiante, con lucidez y fervor. Era una sociedad entera en estado amoroso”.
Patricio
Guzmán
“Enquanto
não aparecer diariamente na tela da TV quando se iniciou e até
quando vai terminar a concessão pública para que a Rede Globo,
por exemplo, utilize determinado canal, não haverá democracia
no Brasil”.
Laurindo
Lalo Leal Filho, no Programa Brasil das Gerais, da Rede Minas, 16/3/2006.
“É
certo que não basta eliminar as doações (para as campanhas
eleitorais), quando o controle dos meios de comunicação permanece
em poder de poderosos grupos privados e estes podem recorrer a todos os
expedientes para assustar e enganar o eleitor, sem dar espaço de
contestação aos adversários. (...) Tudo isto revela
quão distante nos encontramos de um regime verdadeiramente democrático,
como proposto no art. 1º da Constituição Federal”.
Osny
Duarte Pereira, jurista, membro do Conselho da República e professor
do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), quando em vida.
Novos artigos em
nossa página
Haja
cruz. Por José Arbex Jr.
20 de
janeiro, 2006: pelo menos 120 agentes da Polícia Federal, incluindo
um destacamento do Comando de Operações Táticas, de
Brasília, todos armados, disparam bombas de efeito moral e balas
de borracha contra os habitantes das aldeias Córrego D’Ouro e Olho
D’Água dos povos tupiniquim e guarani, e finalmente tocam fogo em
suas casas. O ataque, fulminante, aterroriza e destrói as duas aldeias;
oito de seus líderes são presos, dezenas de seres humanos
saem feridos (...) abril/2006
Brutalidade
da impunidade no caso de Eldorado não foi pauta no dia 17.
Por Verena Glass
Dez anos
depois de uma das mais brutais chacinas da história recente do país,
quando 19 cidadãos, de profissão agricultor, foram assassinados
pela polícia – dez deles, segundo o laudo da perícia, com
tiros a queima roupa -, alguns meses depois da soltura dos únicos
dois condenados entre os 155 executores do massacre de Eldorado dos Carajás
(o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira
de Oliveira, sentenciados a 228 e 154 anos de prisão, respectivamente),
alguma coisa no Estado de Direito parece fora do eixo (...) abril/2006
Dois
argumentos chinfrins no debate. Por João
Brant
Uma das
possibilidades imediatas que a TV digital traz é o aumento no número
de canais. Em teoria, a possibilidade de mais vozes, mais concorrência,
mais espaço para pluralidade e diversidade. Não basta o aumento
de canais para alcançar essas mudanças, mas é certamente
um passo importante. No entanto, as emissoras abertas, obviamente, não
querem mais canais. E na tentativa de manter o mercado fechado, atêm-se
a dois argumentos (...) abril/2006
Sistema
de Rádio e TV Digital: tem que ser democrático e brasileiro.
Fórum Social Brasileiro
Nós,
organizações da sociedade civil, movimentos populares e sociais
reunidos no II Fórum Social Brasileiro, realizado entre os dias
20 e 23 de abril de 2006 em Recife, conscientes da necessidade de somar
esforços para participar politicamente do processo de digitalização
do rádio e da TV (...) Leia a Moção do Fórum
Social Brasileiro, Recife, 23/4/2006.
Para
a mídia controlada pelo império, a guerra no Irã já
começou. Por Omar Nasser Filho
A guerra
contra a República Islâmica do Irã já começou
e o primeiro território já foi ocupado pelos exércitos
invasores. Nos gabinetes da CIA e do MI-6, o serviço secreto britânico,
a produção de press releases fabricados com o objetivo
de denegrir a imagem do “inimigo” e criar um ambiente favorável
à volúpia belicista dos “falcões” de Washington e
Downing Street corre a todo vapor (...) abril/2006
A
legítima ofensiva dos camponeses. Por Alipio
Freire
Madrugada.
Sentado frente ao computador, fuço a internet. De repente – e não
mais que isto – sinto sair-me pelo ouvido algo estranho. Na mesma fração
de segundo em que levei a mão à orelha tentando me proteger
e entender o que acontecia, aquilo que se despregara de mim já dera
uma cambalhota no ar e se encarrapitara no canto superior direito do monitor:
Era um grilo, trajando casaca e cartola, que me ameaçava com um
guarda-chuva enrolado, enquanto gritava repetidamente (...) abril/2006
Boletim do Núcleo
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Coordenador:
Vito Giannotti
Edição:
Claudia Santiago (MTB.14.915)
Redação:
Kátia Marko
Web-designer:
Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
Colaboraram
nesta edição: Bruno Zornitta (RJ), Gustavo Barreto
(RJ), Najla Passos (MT), Regina Rocha (RJ), Reginaldo Moraes (SP), Rogério
Almeida (PA) e Sergio Domingues (RJ). [voltar]
Se
você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda
esta mensagem escrevendo REMOVA.
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