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MST é solidário com o jornal Brasil de Fato. E você?
Maio de 2006
Estimados
colaboradores, militantes e assinantes do jornal Brasil de Fato
É uma árdua tarefa. Mas estamos resistindo. Tivemos muitas conquistas. Mantivemos nossa independência. Enfrentamos o monopólio da publicidade, da distribuição. Boicotes de todo tipo. Inclusive o sectarismo de alguns setores de esquerda, acostumados a jornais partidários e alinhados ideologicamente. De fato, conseguir ser independente e apenas compromissado com os movimentos sociais e os interesses do povo é uma tarefa muito difícil. Sonhávamos que o jornal Brasil de Fato pudesse estar colado a um processo de reascenso do movimento de massas que não veio. Então tivemos que mudar a sua forma. Em vez de um jornal de massas, nas bancas, com tiragem significativa, foi preciso transformá-lo em um jornal de militantes. Esperávamos poder ter acesso à publicidade de organismos públicos, cuja obrigação é distribuir democraticamente as verbas de publicidade, que são do povo. Cuja obrigação é democratizar a mídia brasileira. Isso também não aconteceu. Em três anos, tivemos raros anúncios de empresas públicas do Paraná, da Petrobrás e da Companhia Furnas. O que nos sustentou, esse tempo todo, foram as assinaturas, as contribuições dos movimentos sociais e a colaboração de todos os que trabalharam por esse projeto coletivo. Avanços significativos Montamos uma equipe de redação e correspondentes dedicados, que, sem ingerência do conselho editorial, fazem do jornalismo uma militância, e que procuram de forma democrática construir um jornal comprometido apenas com a verdade e com os interesses do povo. Um jornal plural e aberto. Editamos diversos cadernos especiais, com temas específicos, para atender as necessidades dos movimentos: reforma agrária, combate aos transgênicos, contra a transposição do rio São Francisco, em defesa da biodiversidade, em homenagem ao povo guarani e Sepé Tiaraju etc. Essas edições especiais chegaram a ter tiragens de um milhão de exemplares, com forte impacto nas populações onde foram distribuídas. Avançamos também ao vincular nosso trabalho a uma agência que produz notícias para programas de rádio. Avançamos na linha editorial, com uma página permanente sobre o continente africano, excluído da imprensa brasíleira. Temos conseguido também entrevistas históricas com lideranças nacionais e internacionais - material agora transformado no livro É preciso coragem para mudar o Brasil, com entrevistas exclusivas com Noam Chomski, Yasser Arafat, Celso Furtado, Apolônio de Carvalho, Fidel Castro, Hugo Chávez, Aleida Guevara, Hebe de Bonafini, entre outros. Mudanças necessárias Porém, apesar de avanços importantes, estamos enfrentando novas dificuldades financeiras, resultantes do aumento de custos de gráfica, correio, em contrapartida com a lenta expansão das assinaturas. Por isso, queremos compartilhar com vocês as propostas de mudanças que estaremos implementando em nosso projeto. 1. A edição semanal do jornal impresso, a partir da próxima edição, passa a ter oito páginas. 2. Vamos potencializar a página do jornal na internet - Agência Brasil de Fato (www.brasildefato.com.br), com atualizações diárias de notícias ligadas à luta de classes, às lutas dos movimentos sociais, e também com artigos e análises, para que os leitores e colaboradores possam acessar mais informações a menor custo. 3. Vamos produzir um boletim eletrônico que chegue aos leitores de forma mais rápida do que o jornal impresso. Para receber o boletim, os assinantes devem mandar seus endereços eletrônicos para: boletim@brasildefato.com.br 4. Vamos estreitar nossa parceria com a Agência de Notícias do Planalto, que edita boletins diários para mais de 1.200 rádios comerciais e comunitárias de todo o país. Esperamos, com esses ajustes, nos adaptar às dificuldades financeiras. Quem sabe realizaremos o sonho de um jornal diário, que esteja em todas as bancas, de fácil acesso a todo o povo brasileiro - embora saibamos que isso vai depender sobretudo do reascenso do movimento de massas e de maior acúmulo organizativo dos movimentos sociais. Precisamos do seu apoio Para dar concretude a essa luta permanente, precisamos dobrar o número de assinantes. Por isso, esperamos sua ajuda, de várias formas: 1. Indicando jornalistas ou companheiros e companheiras de movimentos sociais que poderiam colaborar com o jornal enviando artigos, reportagens, o que ampliará a forma militante de fazer o jornal, e trará para o jornal mais temas de todo o Brasil. 2. Ampliando as assinaturas. A assinatura anual, que dá direito a 52 exemplares, custa apenas R$ 100 e pode ser parcelada em até quatro vezes. Se cada assinante conseguir mais um amigo ou amiga disposto a contribuir com R$ 100, dobramos o número de assinantes e damos mais fôlego ao jornal. Ou você pode oferecer uma assinatura solidária a um amigo que não tem recursos e precisa receber as informações do Brasil de Fato. 3. Se você pertence a um sindicato, entidade, prefeitura, escola, centro acadêmico, comunidade religiosa etc., motive a sua entidade a fazer assinaturas coletivas para distribuir a mais pessoas. Esperamos poder contar com sua compreensão e fidelidade para nos ajudar a ampliar nossos leitores e seguir construindo um jornal plural, comprometido com a causa do povo brasileiro. Um forte
abraço,
Nilton Viana, editor-chefe
1. Depósito bancário
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